Duque, isso dói... - Capítulo 26
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26: Corvo Preocupado 26: Corvo Preocupado Corvo estava trabalhando como de costume quando ele ouviu um servo.
“Senhor, o Conde Alaric chegou.”
“Poderia Alaric? Para quê?”
Ele perguntou confuso.
Conde Alaric entrou como um furacão, exigindo uma audiência. Foi uma grande descortesia, especialmente porque o Duque e sua esposa, Serafina, haviam acabado de se casar alguns dias atrás. No entanto, o Conde não tinha consideração por tais formalidades. Seu único objetivo era encontrar falhas no Duque de Everwyn e explorar qualquer fraqueza percebida.
“O que devemos fazer?” Servo perguntou novamente.
Corvo, que não queria ser perturbado, pensou por um segundo.
“Apenas envie-o para a área de espera e mande alguém conversar com ele. Apenas diga que estou extremamente ocupado.” Ele disse.
O servo assentiu e saiu.
…
Ao retornar do trabalho, Corvo perguntou a seu Intendente
“O que o Conde Alaric queria desta vez?”
“Nada novo. Como sempre, ele exigiu dinheiro.”
Embora o Conde fingisse buscar investimentos comerciais, estava claro que ele estava atrás apenas da riqueza do Duque. Corvo pressionou as têmporas em frustração. Dinheiro não era um problema para ele, mas as exigências incessantes do Conde eram irritantes. Ainda assim, o dinheiro era uma ferramenta necessária para manter seu título e status.
“Você contou para Serafina?”
“Não, senhor.”
“Bom.”
Corvo preferia proteger Serafina desses problemas, confiante de que ele mesmo poderia lidar com eles.
Caminhando em direção ao seu escritório, Corvo parou, sua atenção capturada por uma empregada carregando trapos ensanguentados.
“O que é isso?” ele perguntou.
“Oh, Mestre,” Pillen, a empregada, disse com uma rápida reverência. “Madame teve um sangramento nasal no escritório.”
“Um sangramento nasal?” Corvo franziu a testa. Serafina estava bem quando ele a deixou pela manhã. “Você chamou o doutor?”
“Sim, o Doutor do Duque a atendeu.”
Confuso Corvo perguntou.
“Temos um médico da família?”
“Como você raramente fica doente, o doutor teve pouco a fazer até agora. Ele disse que é só anemia e prescreveu medicação.”
“Ela sangrou, e não há nada de errado?” Corvo estava cético. Para ele, sangrar significava uma doença grave.
“O doutor é competente?” ele perguntou, preocupado.
“Madame tem uma constituição frágil, diferente de você. Ela está no escritório agora.”
“No escritório? Depois de um sangramento nasal?”
“Ela insistiu em terminar o trabalho.”
Corvo subiu as escadas rapidamente, determinado a ver Serafina por si mesmo.
“Serafina,” ele chamou, entrando no escritório.
Ela olhou para cima de sua escrita. “Ah, você voltou.”
“Sente-se,” ele disse, observando o pano manchado de sangue.
“Não é nada sério,” ela o tranquilizou.
“Sangrar não é sério?” Ele tocou gentilmente sua bochecha, alarmado com sua frieza. Ela parecia tão frágil como se pudesse desaparecer com a menor brisa.
“Está tudo bem…” ela começou.
“Vamos encerrar por hoje,” Corvo disse, tirando a caneta de sua mão.
“Ainda não,” ela protestou.
“Se você adiar o trabalho de hoje, o Ducado sobreviverá,” ele respondeu com um sorriso irônico.
Ela sorriu de volta. “Isso é verdade.”
“Você tomou seu remédio?”
“Ainda não.”
“Ainda não?” Sua preocupação se aprofundou. Ela frequentemente negligenciava sua saúde, o que o desagradava.
Observando seu delicado pulso lutar para segurar a caneta, ele suspirou. Se ela não cuidasse de si mesma, ele teria que fazer isso por ela. Ele garantiria que ela tivesse o apoio e o cuidado necessário, tanto como sua esposa quanto como Duquesa de Everwyn.
…
“Espere aqui. Vou buscar seu remédio,” Corvo disse, seu tom firme, mas carinhoso.
“Oh, não!” Serafina tentou rapidamente alcançar Corvo enquanto ele começava a sair. Além do medicamento prescrito pelo Doutor do Duque, ela tinha seus próprios remédios escondidos. Ela acenou com a mão em protesto, não querendo sobrecarregá-lo com tal tarefa trivial.
“Eu faço isso. Você acabou de parar de trabalhar; você deve descansar,” Corvo insistiu.
“Está tudo bem, esse é meu trabalho,” Serafina respondeu, tentando se levantar.
Corvo gentilmente acariciou sua cabeça, aplicando pressão suficiente para mantê-la sentada. “Volte para o quarto. Eu trarei os comprimidos.”
“…okay,” Serafina concordou, observando enquanto ele desaparecia para buscar o remédio. Ela suspirou, seu rosto aquecendo com o pensamento dele cuidando de suas necessidades em vez de delegar isso às empregadas.
‘Ele é mais gentil do que eu pensava?’ ela se perguntou. Tudo parecia estranho para ela no primeiro dia de seu casamento. Até seu marido era um enigma.
Determinada, Serafina se levantou abruptamente. Ela não podia ficar parada. Ela planejava tomar seu remédio antes que Corvo retornasse. A mistura líquida, derivada de ervas medicinais, era notoriamente vil. Sua amargura, às vezes tão intensa que poderia entorpecer sua língua, tornava-a insuportável.
Apesar de seus esforços, ela nunca conseguia se acostumar com o gosto. Era por essa razão que ela temia tomar isso duas vezes. Com pressa, ela foi para o quarto.
Felizmente, o quarto estava vazio. Serafina rapidamente pegou o remédio escondido de uma gaveta. A pesada garrafa marrom continha apenas uma pequena quantidade do precioso líquido, pois era propenso a rápida decomposição.
Ela desenrolhou a garrafa e despejou uma dose medida em uma colher. Fazendo uma careta ao olhar para o líquido espesso, ela engoliu rapidamente. A amargura semelhante ao ferro era tão intensa que a fez contorcer.
Suas mãos buscaram a mesa. Água. Ela precisava desesperadamente de água para lavar o gosto horrível.
“O que você está fazendo?” A voz de Corvo a assustou.
“Oh, tossindo, tossindo!” Serafina engasgou, a água desceu pelo caminho errado. Ela também temia que o copo tivesse atingido seu nariz.
“Serafina?” A preocupação de Corvo era palpável.
“Oh, nada… Tosse! Não.” Ela tentou se acalmar e esconder as evidências. às pressas, ela guardou a garrafa de remédio de volta na gaveta e se virou.
O rosto de Corvo escureceu de preocupação enquanto ele se aproximava dela. “Você…” ele começou, puxando um lenço da manga e pressionando-o em seu nariz. “Você tem um sangramento nasal e diz que não é nada?”
Sangramento nasal? Ela sentiu o gosto de sangue misturado com o remédio amargo. Era uma sensação familiar, embora desagradável.
“Gilbert!” Corvo chamou.
O mordomo entrou às pressas, seus olhos arregalados de choque ao ver sua senhora sangrando novamente. “Madame!”
“Chame o médico de volta,” Corvo ordenou.
“Ok,” Gilbert respondeu, desaparecendo mais rápido do que tinha chegado. Serafina se recostou, sentindo o aperto firme, porém gentil de Corvo enquanto ele tentava estancar o fluxo de sangue.
“Não é nada grave… vai parar logo,” ela insistiu.
“Deixarei o médico determinar isso,” Corvo respondeu, seu tom não deixando espaço para argumentos.
Serafina suspirou. A casa parecia estar perpetuamente em alerta por causa das menores coisas. Para ela, que estava cronicamente doente, um sangramento nasal era um pequeno incômodo. Mas para Corvo e para o resto da casa, era motivo de preocupação imediata. Enquanto ela estava lá, esperando pelo médico, ela percebeu que, talvez pela primeira vez, não estava enfrentando suas dificuldades sozinha.