Duque, isso dói... - Capítulo 22
- Home
- Duque, isso dói...
- Capítulo 22 - 22 Sussurros da Noite ao Luar 22 Sussurros da Noite ao Luar Eu
22: Sussurros da Noite ao Luar 22: Sussurros da Noite ao Luar “Eu juro.”
“…Rav…ven.”
Seus delicados lábios carmesins mal se separaram enquanto ela murmurava o nome dele, a tranquila noite amplificando a ternura em sua voz. A boca de Corvo se curvou em um sorriso quente e satisfeito.
“Sim, é assim que você vai me chamar de agora em diante. Nada mais de ‘Duque’.”
“Está bem.”
O murmúrio de Serafina se suavizou à medida que o sono a venceu, suas pálpebras tremulando fechadas.
“Você está com sono?”
“Sim…”
O corpo de Corvo ainda doía com desejo, mas ele se conteve, sua mão demorando-se em sua pele. O cheiro dela e a memória de sua intimidade o atormentavam.
“Hmm… Eu quero fazer mais.”
Ele pressionou seus lábios aos dela com uma necessidade urgente. Enquanto ela abria a boca para respirar, seus olhos violetas piscaram abertos.
“Estou realmente com sono…”
Seu corpo estava dolorido, e outra rodada provavelmente causaria mais dor. Corvo suspirou, aceitando sua recusa.
“Está bem, não vou insistir. Apenas deixe-me tocar você.”
“Estou com sono…”
Sua pequena mão tentou afastar o braço dele, mas o esgotamento drenou sua força. Ela não conseguiu movê-lo.
“Serafina.”
Sua mão, que estivera acariciando seu peito, moveu-se para o umbigo dela. Ela não fez um som, seu rosto tranquilo no sono. Ele parou, respeitando seu descanso.
“Ha.”
Ele se perguntava se poderia suportar essa longa noite sem ela.
—
A luz do sol penetrou pelas cortinas, acordando Serafina. Ela piscou contra a luz brilhante, seu corpo protestando enquanto se movia.
‘Ah.’
Um gemido escapou de seus lábios enquanto a dor da noite passada se avivava. Seus músculos doíam, mas era suportável.
Ela notou que estava vestida com uma camisola. Seu vestido de casamento jazia em farrapos no chão, evidência do cuidado dos criados.
Suas bochechas coraram de constrangimento, imaginando os criados vendo as marcas em seu corpo. Ela engoliu sua vergonha e olhou ao redor do quarto vazio.
‘Você disse que não me deixaria desta vez.’
Ela fez um pequeno biquinho. Esta foi a primeira noite deles como um casal casado, e a tradição ditava que ficassem juntos até a manhã. Mas Corvo sempre tinha seus jeitos.
Um conjunto de roupas estava arrumado em uma mesa perto da cama, um pequeno gesto de atenção.
Quando ela tentou se levantar, uma dor disparou por suas pernas. Cada movimento parecia agulhas cutucando seus músculos, forçando-a eventualmente a desistir. Ela apertou sua camisola e esperou.
Toc-toc.
“Quem é?”
“Meu nome é Gilbert. Serei seu mordomo.”
Ele tinha chegado exatamente na hora certa. Serafina rapidamente verificou sua aparência antes de responder.
“Entre.”
O mordomo entrou, inclinando-se educadamente. Era o mesmo homem que os tinha recebido no dia anterior.
“Bom dia, Vossa Graça. Dormiu bem?”
“Sim, obrigada. Eu não esperava que meu quarto estivesse pronto.”
“Foi pedido do mestre.”
“Sério?”
Ela se surpreendeu. Ela não esperava que Corvo se preocupasse com tais detalhes, frequentemente deixando-os para o mordomo.
“Vim para me apresentar adequadamente, já que não tive a chance ontem.”
Ele se levantou de sua reverência.
“Sou Gilbert, o chefe dos mordomos desta mansão. É uma honra servi-la, Duquesa.”
“Obrigada, Gilbert. Por favor, cuide bem de mim.”
“Claro, Vossa Graça. Se precisar de algo, por favor não hesite em pedir.”
.
.
.
Ele sorriu calorosamente, embora parecesse um pouco jovem para ser chamado de mordomo.
“Por favor, cuide bem de mim também.”
Serafina retribuiu o sorriso, notando uma breve ruga atravessar a testa de Gilbert, o que pareceu fora do lugar.
“Gostaria que eu chamasse um médico?”
“O quê?”
A questão repentina confundiu Serafina, e Gilbert falou com cautela.
“Você parece um pouco… pálida.”
“Ah.”
Serafina tentou rir disso. Seu corpo frequentemente se sentia fraco de manhã por causa da pressão sanguínea baixa, mas não era grave o suficiente para justificar um médico.
“Não a tal ponto. Não se preocupe.”
“Devo trazer o café da manhã?”
“Sem café da manhã. Onde está o Duque?”
“O mestre saiu cedo esta manhã para negócios.”
“Entendi.”
Gilbert olhou para Serafina, ansioso pelo comportamento de seu mestre em deixar sua noiva após a primeira noite juntos. No entanto, ele não deixou sua ansiedade transparecer.
Mas Serafina não pareceu incomodada. Seus olhos serenos sugeriam que ela não estava curiosa sobre o paradeiro de seu marido.
“Algo chegou da casa do Conde, rotulado como um item da Madame. Onde devo colocá-lo?”
“Poderia colocar no meu quarto? Eu preciso verificar, então, por favor, não organize.”
“Entendido.”
Gilbert assentiu gentilmente, entendendo que era apenas apropriado para a proprietária lidar com seus pertences. Ele decidiu mover a bagagem selada ele mesmo.
“Gilbert, você está encarregado desta casa, correto?”
“Sim.”
“Então você deve estar familiarizado com a casa.”
“Pode se dizer isso.”
“Poderia me mostrar a casa hoje?”
“Claro, seria benéfico para você saber essas coisas.”
Determinada a esconder sua fraqueza física, Serafina convocou a pouca energia que tinha.
“Obrigada. Ah, eu gostaria de tomar um banho antes. Há um banho?”
“Claro, vou mandar as criadas cuidarem de você.”
Enquanto Serafina ponderava se precisava das criadas para ajudá-la, Gilbert saiu rapidamente, não dando a ela a chance de protestar.
Ela decidiu que não seria errado ser servida e, dada sua dor muscular, preferiu mover-se o mínimo possível.
Serafina deslizou suas pernas para fora da cama; o movimento ainda era doloroso, mas mais gerenciável do que antes. Ela pisou lentamente no chão, cuidadosa como um cervo dando seus primeiros passos.
‘Ugh.’
Ela engoliu um grito silencioso. A cama atrás dela era tentadora, mas passo a passo, ela avançou.
Serafina segurou a maçaneta do banheiro e tomou um pequeno fôlego. Mesmo com dor, ela não queria parecer frágil. Ela endireitou as costas, tentando ignorar as batidas em seus ouvidos.
“Whoo.”
Ao respirar e abrir a porta, o ar quente a envolveu. As criadas, que haviam chegado despercebidas, a encontraram e se inclinaram.
“Meu nome é Pillen, e estarei cuidando da senhora a partir de hoje.”
“Meu nome é Lili, aqui para servi-la.”
Embora constrangida por tê-las no banheiro, Serafina assentiu educadamente.
Cuidadosamente se despiu, Serafina mergulhou os dedos do pé na água morna. Um sorriso se espalhou pelo seu rosto à medida que o calor subia de seus dedos.
A água, na temperatura certa, relaxou seus músculos tensos. Recostada na banheira, ela fechou lentamente os olhos, desfrutando do alívio.
Depois de um tempo, ela se levantou. A dor atenuada havia amenizado.
As criadas naturalmente estenderam toalhas, secando-a.
Serafina se sentiu desajeitada; ela nunca havia recebido muita atenção dos criados na casa do Conde.