Duque, isso dói... - Capítulo 206
Capítulo 206: Um pai insistente
“Claro! Eu vou criar algo especial só para você, Madame. Vamos garantir que atenda todos os seus desejos, o que você quiser!” ela prometeu, sua voz preenchida com animação.
Serafina sorriu suavemente. “Eu adoraria ver alguns designs para roupas de recém-nascidos quando você tiver a chance.”
Margareta, não querendo desperdiçar um segundo, puxou alguns esboços rápidos. “Eu ainda não tenho nada finalizado, mas que tal isto?” ela disse, mostrando algumas ideias em que já havia começado a trabalhar. O casal se inclinou, claramente interessado.
Raven, ainda intrigado, virou-se para Margareta após um momento, certificando-se de que Serafina não estava prestando atenção. “Uma palavra,” ele disse baixinho.
“Y-Sim, Duque?” Margareta gaguejou, claramente um pouco intimidada pela sua seriedade repentina.
Ele gesticulou em direção aos esboços que ela havia mostrado para Serafina mais cedo. “Aquelas roupas para o bebê… Você pode fazê-las em várias cores diferentes? Eu quero o máximo de opções possível.”
Margareta piscou. “Cores diferentes… para as roupas do bebê?”
“Sim,” Raven disse firmemente. “E garanta que sejam bem feitas. Nosso filho vai crescer rápido, então eu preciso de tudo em tamanhos diferentes também.”
Margareta assentiu, anotando freneticamente. Ela podia praticamente ouvir as moedas tilintando em sua mente. “Claro! Vou fazer questão de ter tudo em uma variedade de cores e tamanhos.”
“E mais uma coisa,” Raven acrescentou, sua voz baixando um pouquinho mais. “Envie a conta para mim. Não deixe minha esposa ver.”
Os olhos de Margareta se arregalaram ligeiramente. “Sim, Vossa Graça,” ela respondeu rapidamente, entendendo imediatamente.
Raven deu um aceno satisfeito e olhou de volta para Serafina, que agora estava distraída por outro vestido em exibição. Ele não pôde evitar sorrir. Por mais que ele não soubesse nada sobre bebês ou roupas de bebê, ele sabia uma coisa com certeza: ele não pouparia despesas para sua família.
Raven, tendo encomendado uma quantidade ridícula de roupas de bebê sem Serafina ter ideia, caminhou de volta para ela como se tivesse acabado de conseguir algo grandioso. O peito dele estava estufado de um jeito que parecia que ele havia conquistado um reino inteiro, não apenas gastado uma pequena fortuna em roupinhas minúsculas.
“Você finalmente decidiu sobre as roupas?” Serafina perguntou, um pouco divertida por seu óbvio orgulho.
“Yeah,” ele disse, voz suave. “Eles vão fazer tudo rápido e enviar tudo para o Ducado.”
Serafina sorriu, sua expressão tão doce quanto os biscoitos sobre a mesa ao lado dela.
Antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, a mão de Raven alcançou, tocando suavemente sua bochecha, como se ele não pudesse evitar tocá-la.
“Tudo bem, vamos sair,” ele disse, sua voz suave, sua mão demorando um momento a mais em sua bochecha.
“Tem mais alguma parada em mente?” Serafina perguntou, já sabendo qual seria a resposta dele.
“Vou conferir o resto das lojas na próxima vez. Já saímos por tempo suficiente,” ele admitiu, embora seus olhos a examinassem como se verificando se ela não estava muito cansada.
“Bom, então vamos comer algo gostoso no lugar,” ela disse, os olhos brilhando.
Raven levantou a sobrancelha, curioso. “Algo delicioso? O que você tem em mente?”
“Bolo!” Serafina exclamou, praticamente saltitando com o pensamento. Desejos de gravidez não eram brincadeira.
Raven inclinou a cabeça. “Bolo? Você quer dizer das padarias? Tenho certeza de que o cozinheiro lá no Ducado poderia fazer algo muito melhor do que qualquer coisa que encontraríamos aqui.”
Serafina riu. “Sim, o cozinheiro é ótimo e tal, mas hoje eu quero algo especial. Só para mim, você e o bebê. Algo doce e diferente—como um bolo que normalmente não teríamos em casa.”
As mãos dela repousaram instintivamente em sua barriga crescendo, seu sorriso caloroso e cheio de um tipo de contentamento que fez o coração de Raven derreter um pouco.
Ele não pôde resistir sorrir de volta para ela. Ela tinha aquele brilho sobre ela—aquele que as pessoas falam quando mencionam mulheres grávidas sendo radiantes. E por uma vez, Raven não estava pensando em batalhas ou estratégias ou em administrar o Ducado. Ele estava apenas… feliz.
“Certo,” ele concordou suavemente. “Bolo será.”
Enquanto começavam a fazer planos para sair, o sol já começava a se pôr no céu. Estava ficando um pouco tarde e as lojas estariam fechando logo.
Raven virou-se para o condutor para preparar a carruagem, mas então algo lhe veio à mente, e ele fez uma pausa.
“Sabe de uma coisa, vou pegar a carruagem eu mesmo,” ele disse de repente. “Você espera aqui.”
Serafina lhe deu um olhar, divertida mas não surpresa por sua superproteção. “Eu vou estar bem aqui sentada, sem mexer um centímetro,” ela prometeu, um sorriso maroto em seus lábios. “Eu não ousaria me levantar e andar sozinha.”
Raven lançou um olhar que era metade aviso, metade preocupação, antes de ceder com um suspiro. “Bom,” ele murmurou, claramente não querendo admitir que estava sendo excessivamente cauteloso. “Só… seja cuidadosa.”
“Vou estar bem aqui sentada, eu prometo. Pode ir,” ela provocou, acenando para que ele se fosse.
Ele hesitou, olhando para ela mais uma vez como se um último olhar garantisse que ela não fosse de repente levantar-se e correr uma maratona. Finalmente, ele acenou com a cabeça e partiu, deixando Serafina para trás com um riso.
“Bebê, seu pai é um grande preocupado,” ela sussurrou, acariciando sua barriga. “Eu nem quero imaginar o quanto ele vai cuidar de você quando você nascer.”
O cavaleiro ao lado dela lutou para manter a expressão séria. Ele era um dos homens de maior confiança do Duque—sério, estoico e um pouco intimidador. Mas até ELE não pôde evitar achar a ideia de Raven, o temível Duque, se tornando um pai superprotetor, ironicamente hilária.
O cavaleiro tossiu, cobrindo rapidamente a boca para esconder o riso que ameaçava escapar.
Lá fora, o som dos cascos ecoava pelas ruas silenciosas. O cavaleiro deu uma olhada pela janela e confirmou que a carruagem estava pronta, parada bem em frente à loja.
“Madame, parece que o Duque tem a carruagem esperando pela senhora,” o cavaleiro disse, virando-se para Serafina.
“Ótimo, então vamos indo,” ela respondeu, levantando com a ajuda do cavaleiro. Ao levantar, sua mão instintivamente moveu-se para suas costas, apoiando o peso de sua barriga crescendo. Não era fácil se mover nesses dias, mas Serafina lidava com isso com Graça.
“Tenha cuidado com as escadas, Madame,” o cavaleiro avisou, estendendo o braço para ajudá-la.
As escadas estavam forradas com um carpete espesso e macio, suave o suficiente para abafar seus passos enquanto faziam seu caminho devagar.