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Duque, isso dói... - Capítulo 203

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Capítulo 203: Limões em conserva

“Serafina, eu fiquei tão feliz quando soube do bebê. A ideia de ter um filho que se pareça com você… faz meu coração transbordar.” Sua voz falhou ao continuar. “Mas desde aquele dia, não dormi direito. Estou aterrorizado. E se algo der errado? E se eu perder você?”

Ele se levantou abruptamente, passando as mãos pelos cabelos. Suas costas estavam úmidas de suor, e ele se sentia preso em seus pensamentos em espiral.

“Não consigo parar de pensar nisso. O medo só continua me corroendo. Não quero imaginar uma vida sem você.”

Serafina estendeu os braços e envolveu-o, puxando-o para perto. “Me desculpe, Corvo,” ela sussurrou através de suas lágrimas. “Mas eu não posso desistir deste filho. Se eu fizer isso, vou me arrepender pelo resto da minha vida.”

Corvo fechou os olhos, segurando-a firmemente. Ele sentiu ela tremendo em seus braços, e sua resolução se esfacelou.

“Tudo bem,” ele disse, sua voz mal mais que um sussurro. “Vamos fazer do seu jeito.”

Serafina olhou para ele, surpresa. “Sério? Você está falando sério?” ela perguntou, sua voz tremendo de esperança.

“Mas tem uma condição,” Corvo disse, seus olhos se fixando nos dela.

“Uma condição?” ela repetiu.

“Você tem que viver, Serafina. Você tem que sobreviver a isso e estar aqui para criar nosso filho comigo. Me prometa isso.”

Lágrimas encheram seus olhos mais uma vez, mas desta vez, eram lágrimas de alívio. “Eu prometo, Corvo. Eu vou fazer tudo que puder para ficar com você e nosso bebê.”

Corvo assentiu, seu coração doendo de amor por ela. “Você prometeu,” ele disse suavemente, sua voz cheia de emoção.

“Eu prometo,” ela sussurrou de volta, pressionando seus lábios nos dele em um beijo terno.

Naquele momento, eles se agarraram um ao outro firmemente, sabendo que seja lá o que o futuro reservasse, eles enfrentariam juntos.

….

Os dias se passaram, e recentemente, Corvo ouviu que Serafina não estava se alimentando direito.

Corvo soltou um longo e pesado suspiro quando ouviu o doutor dizer que não havia nada fisicamente errado com Serafina. Nenhuma doença, nenhuma infecção, nenhuma causa para preocupação. No entanto, por mais reconfortante que isso devesse ter sido. Era apenas os efeitos da gravidez.

…

Na mesa de jantar…

“Ah… Eu realmente não consigo comer,” Serafina murmurou, sua voz pouco mais do que um sussurro, mas que cortava a sala.

“Isso?”

“Aquilo também…” Ela gesticulou de forma vaga para a variedade de comida que havia sido colocada à sua frente. Pratos cheios de diversos pratos, cada um cuidadosamente preparado na esperança de tentá-la, mas nenhum deles havia sido tocado.

Suas mãos pairavam incertas acima da mesa, ainda apertadas como se ela não conseguisse relaxar o suficiente para sequer tentar.

“Serafina, você sabe que precisa comer pelo bem do bebê.”

O bebê. A mera menção de seu filho pareceu tirá-la de seus pensamentos. Mesmo que sua mente ainda estivesse embaçada de desconforto, sua mão, que estivera cobrindo sua boca como se contendo alguma força invisível, lentamente caiu. Ela piscou algumas vezes, quase como se estivesse voltando à realidade agora.

Com uma determinação trêmula, ela estendeu a mão, pegando o garfo à sua frente. Por um momento, pareceu que ela estava decidida a se forçar a comer, a fazer o que era necessário pelo bem do filho que ainda não nasceu. Mas sua pegada no utensílio era fraca, hesitante. Ela espetou um pequeno pedaço de carne, movendo-o ao redor do prato antes de finalmente levá-lo à boca.

Contudo, assim que a comida se aproximou de seu rosto, ela parou. Seu nariz enrugou em desgosto, e seu corpo todo recuou. Ela colocou o garfo de volta, derrotada.

“Eu não consigo,” ela murmurou, sua voz tremendo. “O cheiro… é simplesmente tão repugnante.”

A testa de Corvo se franziu em preocupação. Ele estava tentando tanto ajudá-la através disso, mas parecia que nada funcionava. Ele queria dizer algo, qualquer coisa que a tranquilizasse, mas tudo que saiu foi um firme, “Morde.”

O comando tinha uma seriedade que cortava o ar e fez Serafina estremecer ligeiramente. Seu tom sério não era intencional, mas a situação estava frustrante. Doía nele vê-la lutar assim.

A mesa, que uma vez estava cheia de aromas convidativos, agora mais parecia um campo de batalha. Serafina parecia exausta, desgastada pelo constante enjoo que a assolara por dias.

Ela hesitou por um momento, antes de suavemente se aninhar em seus braços. Era como se encontrasse um pouco de paz ali, mesmo quando nada mais parecia aliviar seu desconforto.

“Você está bem?” ele perguntou, sua voz mais gentil agora. Sua mão encontrou o caminho para suas costas, esfregando círculos tranquilizadores entre seus ombros enquanto ela repousava a cabeça contra seu peito.

Ela balançou a cabeça, muito ligeiramente, seu rosto ainda pálido e fraco. Seus movimentos eram tão pequenos, tão frágeis. Corvo não conseguia evitar apertar seu abraço nela, sentindo a necessidade de protegê-la dessa batalha que ela estava lutando com seu próprio corpo.

“Há algo que você queira comer?” ele perguntou novamente; ele estava preocupado com ela; ele observava seu rosto atentamente, esperando por algum sinal de alívio, alguma indicação de que poderia lhe dar algo que a fizesse sentir-se melhor.

Por um longo momento, ela não respondeu. Então, lentamente, ela levantou a cabeça de seu peito.

“Corvo, eu… Só tem uma coisa que eu sinto vontade de comer.”

“O que é?” ele perguntou rapidamente, ansioso para aproveitar qualquer oportunidade de ajudá-la. Seu coração batia no peito. Ele traria qualquer coisa se isso significasse que ela comeria.

“É um pouco estranho, porém…”

“Está tudo bem,” ele a tranquilizou. “Só me diga. Seja lá o que for, eu vou trazer para você.”

Ela hesitou por um segundo, então finalmente falou. “…Em conserva.”

“Em conserva?” Ele piscou, incerto para onde isso ia. “Em conserva de quê?”

“Limões em conserva,” ela disse suavemente, sua voz cheia tanto de embaraço quanto de esperança.

Os olhos de Corvo se arregalaram de surpresa. Limões em conserva? Era aquilo que ela estava desejando. Aquilo mal se qualificava como comida em sua mente.

Certamente, não era algo que poderia nutri-la ou ao bebê. Mas ele não estava em posição de discutir agora. Ela precisava comer algo – qualquer coisa.

Sem pensar duas vezes, Corvo ordenou à cozinha para trazer o que ela desejava. Em pouco tempo, os limões em conserva foram colocados à sua frente, sentados em um pequeno prato ao lado dos pratos intocados.

Ao contrário das outras comidas, Serafina alcançou os limões imediatamente. Sua mão era estável enquanto ela pegava uma colher e apanhava uma fatia, sua cor amarela brilhante cintilante sob uma fina camada de mel. Sem hesitar, ela colocou o limão na boca.

Pela primeira vez em dias, o rosto dela se iluminou. Toda a tensão parecia derreter, seu enjoo esquecido enquanto ela devorava a iguaria azeda.

A única coisa que saiu de sua boca foi a colher vazia, e ela ansiosamente foi para outro bocado.

“…É bom?” Corvo perguntou, ainda em choque pelo fato de algo tão simples como limões em conserva trazerem tal alívio a ela.

“Está delicioso,” ela respondeu, seu sorriso largo, suas bochechas ganhando uma corzinha pela primeira vez em o que parecia ser uma eternidade. Mesmo com a boca cheia, ela olhou para ele com um sorriso brilhante e quase tímido.

A carne e a sopa que um dia foram suas preferidas ficaram ignoradas, mas os limões em conserva? Eles desapareceram em minutos.

Corvo observava, seus olhos arregalados em descrença. Ele não conseguia compreender. Ele estendeu a mão, provando uma fatia ele mesmo. Seu rosto imediatamente se contorceu em desgosto.

Era azedo demais, quase intragável. Como ela poderia gostar de algo assim? E era isso tudo que ela poderia comer?

“Eu queria que você pudesse comer algo mais,” ele disse suavemente, embora sua voz carregasse um traço de frustração.

A expressão de Serafina escureceu com suas palavras. Ela colocou sua colher na mesa com um clique.

“Você está me culpando por não conseguir comer mais nada?”

Corvo piscou, surpreso. “Não, não foi isso que eu quis dizer.”

“Você acha que eu não quero comer outras coisas?” ela rebateu, sua voz subindo em irritação. “Eu não posso evitar se o cheiro da comida me dá vontade de vomitar. O bebê não quer mais nada agora!” Sua voz falhou enquanto falava, sua frustração e exaustão transbordando. Lágrimas afloraram em seus olhos, e ela mordeu o lábio, tentando segurá-las.

Corvo imediatamente se arrependeu de suas palavras. “Me desculpe, Serafina. Não quis te chatear. Estou só preocupado com você. Não queria fazer você chorar.”

Ela fungou, enxugando seus olhos enquanto concordava com a cabeça. “Eu sei… Eu só… Eu odeio me sentir assim.”

“Eu sei. Me desculpe,” ele disse novamente, sua voz suave. “Estou feliz que você esteja comendo, mesmo que seja só limões em conserva. Então não chore, tá?”

Ela deu um pequeno aceno, seus lábios formando um sorriso fraco. “Então… posso continuar comendo eles?”

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