Duque, isso dói... - Capítulo 201
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- Capítulo 201 - 201 Tensão 201 Tensão Eu… Eu não tinha certeza ela sussurrou
201: Tensão 201: Tensão “Eu… Eu não tinha certeza,” ela sussurrou, sua mão movendo-se instintivamente para sua barriga. “É verdade? Estou mesmo grávida?”
Corvo assentiu solenemente. “Sim. O doutor confirmou. Você está com cerca de um mês.”
As lágrimas brotaram nos olhos de Serafina, suas emoções a sobrecarregaram. Ela tinha estado tão assustada, tão incerta. Mas agora, sabendo que ela realmente estava carregando o filho deles, uma nova onda de alegria e medo a envolveu.
Enquanto ela gentilmente acariciava sua barriga, ela sussurrou, “O que devemos fazer agora, Corvo? Estou assustada.”
O rosto de Corvo se escureceu enquanto ele considerava suas palavras, e após uma longa pausa, finalmente disse, “Precisamos conversar sobre isso… sobre a criança.”
Corvo ficou congelado na luz tênue da sala, seu coração batendo forte. A notícia do doutor era algo que ele nunca esperou—algo que não tinha certeza se estava pronto para enfrentar. Serafina, sua delicada e frágil esposa, estava carregando o filho deles.
Ele encarou o rosto pálido dela, ainda adormecida na cama, seu corpo parecendo ainda menor do que o habitual sob os grossos cobertores. A alegria que deveria ter sentido foi ofuscada por um sentimento profundo de pavor.
Ele ainda podia ouvir as palavras do doutor ecoando em sua cabeça: O corpo dela era fraco demais para carregar a criança. Aquela única frase o cortara como uma lâmina.
Serafina mexeu-se em seu sono, suas longas pestanas abrindo-se lentamente. Corvo deu um passo à frente, ajoelhando ao lado da cama, seus olhos nunca deixando o rosto dela.
Ela piscou para ele, seus olhos violetas refletindo o fogo, e Corvo pôde ver o esgotamento gravado em suas feições delicadas.
“Corvo?” Sua voz era quase um sussurro, fraca mas ainda cheia de calor.
Ele estendeu a mão gentilmente e tomou a dela, seus dedos roçando contra a frieza de sua pele. “Serafina, há algo que você precisa saber.”
Ela piscou lentamente, sua expressão nublada pela preocupação. “O que é?”
Corvo respirou fundo, seu peito apertando enquanto falava. “Você está… está grávida.”
Por um momento, o silêncio preencheu a sala. O rosto de Serafina permaneceu inexpressivo, seus olhos ligeiramente arregalados enquanto absorvia suas palavras. Então, lentamente, seus lábios se separaram, e sua voz tremeu enquanto falava.
“Grávida? Eu?”
Corvo assentiu, observando enquanto a mão dela se movia reflexivamente para seu abdômen. “Sim, o doutor confirmou. Você está carregando nosso filho.”
As lágrimas acumularam-se nos olhos de Serafina, derramando-se sobre suas bochechas antes que ela pudesse contê-las. “Eu… Eu nunca pensei que fosse possível,” ela sussurrou, sua voz embargada de emoção. “Eles me disseram que eu nunca poderia ter filhos… que meu corpo era muito fraco.”
“Eu sei,” Corvo disse suavemente, apertando a mão dela. “É por isso que precisamos ter cuidado. O doutor disse que existem riscos, Serafina—riscos sérios. Precisamos pensar nisso com cuidado.”
Ela balançou a cabeça, seu aperto na mão dele fortalecendo. “Não, Corvo. Este é o nosso filho. Um filho que eu nunca pensei que poderia ter. Não posso simplesmente desistir deles. Eu não vou.”
O coração de Corvo torceu com as palavras dela. Ele podia ver a determinação em seus olhos, a força que sempre o atraíra para ela, mas isso só fez o medo dentro dele crescer. “Mas você pode morrer, Serafina. Seu corpo… você sempre foi tão frágil. Eu não posso perder você.”
A expressão de Serafina amoleceu, mas sua resolução não vacilou. “Eu conheço os riscos, Corvo. Mas eu acredito que podemos fazer isso. Eu acredito que eu posso fazer isso.”
Corvo deixou escapar um suspiro frustrado, passando a mão pelo seu cabelo escuro. “Você não entende. Eu não posso—” Ele pausou, lutando para encontrar as palavras. “Eu não posso passar por perdê-la. Não depois de tudo que passamos. A ideia de você não estar aqui… isso me aterroriza mais do que qualquer coisa.”
Serafina alcançou para cima e gentilmente segurou o rosto dele com sua mão livre, seu polegar passando levemente contra sua bochecha. “Eu entendo, Corvo. Sério. Mas eu também entendo que esta criança é parte de nós dois. Um milagre que eu nunca pensei que teria. Como posso desistir disso?”
Corvo olhou para ela, dividido entre seu medo pela vida dela e o amor inegável que ele sentia pela criança crescendo dentro dela. “Serafina, por favor. Pense nisso. Você precisa descansar, se recuperar. Talvez… talvez possamos tentar novamente mais tarde, quando você estiver mais forte.”
Os olhos de Serafina se estreitaram, seu aperto na mão dele firme. “Não. Esta é a nossa chance, Corvo. Eu não quero esperar. Eu não quero arriscar perder essa criança. Eu já perdi tanto na minha vida… Não posso perder isso também.”
Suas palavras tocaram uma corda profunda dentro dele. Ele sabia quanto Serafina havia sofrido, quantas batalhas ela havia lutado apenas para sobreviver. Sua força era inegável, mas seu corpo era frágil, e essa fragilidade o assombrava todos os dias. Ele havia jurado protegê-la, mantê-la a salvo de danos. Mas isso… isso estava além de seu controle.
“Eu estou assustado,” ele admitiu, sua voz mal acima de um sussurro. “Estou assustado com o que pode acontecer com você.”
Os olhos de Serafina amolecidos, e ela alcançou para limpar uma lágrima que tinha escorrido pela sua bochecha. “Eu também estou assustada, Corvo. Mas vamos enfrentar isso juntos. Sempre enfrentamos tudo juntos, não é?”
Corvo assentiu, sua garganta apertada de emoção. Ele queria acreditar nela, queria confiar que tudo ficaria bem. Mas o medo permaneceu, roendo as bordas de sua mente.
A porta rangeu aberta, e o Doutor do Duque entrou silenciosamente. Corvo olhou para cima, sua mandíbula tensionada enquanto o doutor se aproximava. Serafina, percebendo a tensão dele, deu um aperto tranquilizador na mão dele.
“Como está se sentindo, Madame?” o doutor perguntou suavemente, colocando sua bolsa na mesa próxima.
“Estou… estou bem,” Serafina respondeu, sua voz mais firme do que antes.
O doutor franziu ligeiramente a testa, a preocupação evidente em seus olhos. “Precisamos ser cautelosos, Madame. Seu corpo está sob uma grande tensão. Você deve descansar o máximo possível e evitar qualquer estresse desnecessário.”
O aperto de Corvo na mão de Serafina se apertou. “Quão sérios são? Os riscos?”