Duque, isso dói... - Capítulo 193
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193: A investigação 2 193: A investigação 2 Eles entraram na taverna, que estava muito mais tranquila de manhã do que havia estado na noite anterior.
Alguns clientes estavam espalhados, a maioria deles tomando chá ou com pratos de café da manhã. Eles encontraram uma mesa perto da janela, onde a luz do sol entrava, e pediram comida.
Enquanto esperavam as refeições, Serafina não conseguia deixar de olhar pela janela, perdida em pensamentos. “E se eles não encontrarem o ladrão? E se nunca recuperarmos nossas coisas?”
Raven estendeu a mão sobre a mesa e segurou a dela. “Ei, não se preocupe com isso. As coisas podem ser substituídas. Além disso, não vou deixar que algumas moedas roubadas arruínem esta viagem.”
Serafina apertou a mão dele, sentindo-se um pouco mais tranquila. “Você está certo. Acho que estou apenas frustrada.”
A comida chegou logo depois, e por alguns momentos, eles se permitiram aproveitar o prazer simples de uma boa refeição. O café da manhã da taverna era farto—ovos, pão fresco e algumas frutas. Serafina sentiu-se um pouco mais relaxada a cada mordida.
Enquanto comiam, Raven recostou-se na cadeira, pensativo. “Sabe, estive pensando… Se os guardas não progredirem hoje, talvez devêssemos investigar um pouco por conta própria.”
Serafina ergueu uma sobrancelha. “Investigar? Você quer dizer, brincar de detetives?”
Raven sorriu. “Por que não? Poderia ser divertido.”
“Divertido? Não tenho certeza se andar às escondidas e correr atrás de ladrões é minha ideia de lua de mel divertida.”
“Bem, só faremos isso se os guardas chegarem a um beco sem saída”, disse ele, dando outra mordida no pão. “Mas honestamente, quem melhor para encontrar um ladrão do que um Duque?”
Serafina revirou os olhos, mas não pôde deixar de sorrir. “Você é impossível.”
Depois de terminarem o café da manhã, eles caminharam de volta para a pousada, com o sol quente brilhando sobre eles.
A cidade estava começando a acordar, com vendedores montando suas barracas e alguns moradores se movimentando. Quase os fazia esquecer o caos anterior.
Mas quando se aproximaram da pousada, a visão dos guardas entrando e saindo do prédio rapidamente os lembrou de que isso ainda não havia terminado.
De volta ao quarto deles, encontraram tudo praticamente como haviam deixado—um pouco mais bagunçado pela busca dos guardas, mas nada parecia fora do lugar. Serafina sentou-se na borda da cama, suspirando.
“Espero que eles peguem quem fez isso”, ela disse baixinho.
“Eles vão”, Raven respondeu, parado junto à janela, olhando para fora. “E se não pegarem, nós garantiremos isso.”
Serafina sorriu. Mesmo no meio de tudo isso, ela estava feliz por ter Raven ao seu lado. Sua presença calma e constante fazia tudo parecer um pouco menos esmagador.
Enquanto se acomodavam para um momento de descanso, uma batida na porta interrompeu o silêncio. Raven a abriu para encontrar o guarda de mais cedo ali, com uma expressão mais séria do que antes.
“Encontramos algo”, disse o guarda, com um tom grave. “Vocês talvez queiram vir conosco.”
…
O sol estava mais alto no céu agora, lançando sombras longas pelas ruas estreitas de Pincla. Enquanto Raven e Serafina seguiam o guarda pelos corredores sinuosos da pousada, um sentimento de inquietação pairava no ar.
Os pisos de madeira rangiam sob seus pés, e os sussurros de outros hóspedes pareciam segui-los, como se todos estivessem envolvidos no mesmo senso de suspense.
O guarda os levou até um quarto no final do corredor, longe da maioria dos outros. Dentro, dois outros guardas estavam ao pé de uma pequena mesa.
Sobre ela havia uma pilha de itens variados—algumas moedas de prata, alguns trinkets desgastados e, para surpresa de Raven, uma corrente delicada que parecia suspeitosamente familiar.
“Isso é meu”, disse Serafina suavemente, sua voz embargada enquanto apontava para a corrente. Ela se aproximou, seus olhos se arregalando ao reconhecer o pequeno pingente preso a ela—uma herança de família que havia sido passada para ela quando era apenas uma menina.
A expressão de Raven endureceu. “Onde vocês encontraram isso?”
O guarda ao lado da mesa gesticulou para o canto mais distante da sala. “Descobrimos isso escondido no quarto de um dos ladrões. Ele deve ter saído às pressas durante a noite e não teve chance de levar tudo.”
O maxilar de Raven se contraiu. ‘Então o ladrão estava bem debaixo do nosso nariz,’ ele pensou. Ele trocou um olhar com Serafina, que ainda estava olhando para a corrente em descrença.
“Vamos devolver isso para você, claro”, continuou o guarda. “Mas temo que o ladrão ainda esteja solto. Estamos fazendo tudo o que podemos para rastreá-lo, mas ainda não encontramos pistas sólidas. Parece que ele sabia como cobrir seus rastros bem.”
Raven assentiu lentamente, embora não pudesse deixar de sentir uma centelha de frustração. ‘Ótimo. Então estamos de volta à estaca zero,’ ele pensou. “E quanto aos outros itens roubados?”
O guarda balançou a cabeça. “A maioria ainda está desaparecida. Acreditamos que o ladrão possa ter tido ajuda, o que explicaria como ele conseguiu atingir tantos quartos sem ser notado. Estamos de olho, porém. É apenas uma questão de tempo até pegá-los.”
Serafina respirou fundo, seus dedos tocando o pingente enquanto guardava a corrente. “Pelo menos conseguimos isso de volta”, disse ela, conseguindo um pequeno sorriso. “Isso já é algo.”
Raven deu a ela um aceno de cabeça tranquilizador. “Sim. Um passo de cada vez.”
Os guardas ofereceram manter-les atualizados sobre a investigação, mas não havia muito mais que eles pudessem fazer por agora. Sem mais nada para discutir, Raven e Serafina voltaram para o quarto deles.
Enquanto caminhavam pelo corredor, Raven não pôde deixar de olhar para trás. A pousada parecia diferente agora—menos como uma parada aconchegante em sua viagem, e mais como um lugar envolto em segredos.
Ele tinha uma sensação intuitiva de que algo maior estava acontecendo ali. ‘Talvez isso não seja apenas um roubo aleatório,’ ele pensou consigo mesmo.
De volta ao quarto deles, Serafina sentou-se na borda da cama, brincando distraidamente com a corrente entre os dedos.
“Você acha que eles vão encontrá-lo?”