Duque, isso dói... - Capítulo 179
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179: Uma Noite na Cidade de Gatak 179: Uma Noite na Cidade de Gatak A caravana chegou à movimentada cidade de Gatak justo quando o sol mergulhava abaixo do horizonte. A luz que se esvaía banhava a cidade em um tom dourado quente, lançando longas sombras quando os portões se abriram para os viajantes. Raven caminhou em direção ao compartimento feminino da caravana, batendo suavemente na porta. “Serafina, chegamos.”
Dentro, Serafina mexeu-se, despertando de seu sono cheio de sonhos. Seus olhos se abriram enquanto ela se esticava, se adaptando ao ambiente. Ao abrir a porta, Raven a saudou com um sorriso suave.
“Chegamos? Que bom,” disse ela, sacudindo os resíduos da soneca.
Serafina saiu, alisando suas roupas, e, juntas com Raven, começaram a caminhar em direção ao centro da cidade, ansiosas para encontrar um lugar para descansar.
Assim que estavam prestes a seguir, viram duas figuras familiares se aproximando—Verônica e Blakky. Verônica, com seu costumeiro rebolado confiante, capturou o olhar de Serafina imediatamente.
Por um breve momento, o rosto de Serafina corou. As lembranças de suas ‘atividades vulgares’ vieram à tona.
Embora ela tivesse desfrutado de cada momento, havia uma pontada de culpa que se seguia. Ela não podia deixar de se sentir conflitada, sabendo que estava errado fazer essas ‘atividades’ além de Raven.
Mas como não era outro homem, mas uma mulher, ela não se sentia tão culpada, mas ainda estava lá.
O sorriso de Verônica era sutil, mas cúmplice, como se ela pudesse ler os pensamentos de Serafina. “Parece que vocês dois ainda estão frescos da viagem,” provocou Verônica, olhando entre o casal. Blakky ficou ao lado dela, calado como sempre, com sua expressão severa inalterada.
Raven, alheio às correntezas sutis entre as mulheres, apenas concordou com a cabeça. “Sim, estávamos prestes a procurar uma pousada para passar a noite.”
Verônica inclinou-se levemente, com uma voz baixa, mas brincalhona. “Bem, Blakky e eu temos alguns planos próprios para a noite. Mas tenho certeza de que nos encontraremos mais tarde.” Ela piscou para Serafina, causando outro rubor nas bochechas da jovem.
Blakky, que parecia ter pouco interesse na conversa, deu a Raven uma saudação seca antes de virar em direção às ruas da cidade. “Vamos, Verônica,” disse ele com sua voz profunda, apressando-a.
Com isso, Blakky e Verônica partiram em outra direção, deixando Serafina e Raven sozinhos.
Juntos, eles fizeram seu caminho através das movimentadas ruas da Cidade de Gatak. A cidade estava viva com atividade, enquanto os vendedores anunciavam seus produtos e os viajantes corriam para garantir alojamento para a noite.
O ar estava espesso com o aroma de carnes assadas, especiarias e o ocasional cheiro de pão fresco assando em algum lugar por perto. O estômago de Serafina roncou levemente; ela não tinha comido nada.
Após alguma procura, eles encontraram uma pousada escondida do burburinho principal da cidade, um lugar pitoresco com uma atmosfera acolhedora. Diferente de sua última estadia, esta pousada oferecia quartos com banheiros separados—algo que trouxe a Serafina um pequeno alívio. Ela não tinha desejo de reviver o constrangimento da última vez.
Enquanto se aproximavam do dono da pousada, Raven negociou um quarto enquanto Serafina olhava ao redor.
A área comum estava cheia de viajantes—alguns rindo, outros envolvidos em conversas tranquilas. Parecia um lugar animado, mas não excessivamente lotado. O dono da pousada entregou a Raven uma chave, e eles subiram as escadas para o quarto deles.
O quarto era modesto, mas limpo, com uma cama grande e uma pequena lareira para afastar o frio da noite.
Serafina imediatamente notou o banheiro anexo ao quarto, sua porta de madeira entreaberta, revelando um pequeno espaço funcional com uma bacia de cobre.
Após acomodar seus pertences, o casal desceu para a área de refeições da pousada. A esposa do dono da pousada trouxe pratos de ensopado fumegante, pão fresco e taças de vinho.
Enquanto comiam, Serafina se encontrou relaxando, a tensão do dia lentamente se dissipando. Raven, sempre um marido atencioso, sorria para ela entre as mordidas, perguntando sobre seus pensamentos na cidade.
“É linda,” ela disse, olhando pela janela onde o céu da noite havia se aprofundado em tons de roxo e laranja. “Adoraria explorar mais amanhã.”
Raven concordou com um aceno de cabeça. “Teremos bastante tempo. Hoje à noite, no entanto, vamos nos divertir.”
Após a refeição, eles decidiram dar um passeio fora da pousada. As ruas da Cidade de Gatak haviam acalmado um pouco, embora um suave burburinho de atividade persistisse.
A cidade se sentia viva, mas pacífica sob o manto do crepúsculo. Eles passearam pelo mercado, onde alguns vendedores ainda tinham suas barracas abertas, vendendo bugigangas, joias e outros produtos.
Serafina maravilhou-se com a habilidade dos itens, admirando uma delicada pulseira feita de prata e adornada com pequenas pedras preciosas.
Raven, percebendo seu interesse, comprou-a para ela com um sorriso suave. Ela corou, agradecendo-o enquanto ele a prendia em seu pulso.
Ao retornarem à pousada, a sala comum estava animada. O fogo quente crepitava na lareira, e vários grupos de viajantes e locais estavam reunidos em torno das mesas, aproveitando a noite. Serafina e Raven estavam prestes a se recolher ao quarto quando uma confusão irrompeu perto do bar.
Um homem vestido com uma capa de viajante empoeirada estava discutindo acaloradamente com outro cliente. O dono da pousada estava entre eles, tentando manter a paz.
“Você roubou de mim, seu bastardo!” o cliente, um homem robusto com uma barba espessa, gritou enquanto apontava para a figura encapuzada. “Não pense que não te vi enfiando sua mão na minha bolsa!”
O homem acusado levantou as mãos defensivamente. “Eu não roubei nada! Você está bêbado e não sabe o que está dizendo.”
A multidão começou a se reunir, murmurando entre si enquanto a tensão no ambiente se tornava mais espessa. Serafina e Raven ficaram à margem da reunião, curiosos para ver como a situação se desenrolaria.
“Não estou bêbado!” o homem barbudo estalou, seu rosto ficando vermelho de raiva. “Você pegou o meu dinheiro, e eu não vou embora até pegá-lo de volta.”
O dono da pousada tentou acalmar a situação. “Vamos acalmar aqui, senhores. Não precisamos causar uma cena.”
O ladrão acusado zombou, recuando em direção à saída. “Eu te disse, eu não peguei nada. Se você está perdendo seu dinheiro, talvez devesse tomar mais cuidado com ele.”
Antes que alguém pudesse reagir, o homem barbudo avançou, agarrando a frente da túnica do encapuzado. “Você pensa que pode simplesmente entrar aqui e me roubar? Eu vou arrancar a verdade de você à força!”
Os dois homens se atracaram, derrubando uma cadeira no processo. A multidão gaspou, alguns recuando enquanto outros se inclinavam, ansiosos pela confrontação.
Os olhos de Serafina se arregalaram enquanto a cena se desenrolava, e Raven instintivamente colocou um braço protetor ao redor dela.
O dono da pousada gritou: “Parem! Parem agora!” mas nenhum dos homens parecia ouvi-lo.
Vários clientes pularam para tentar separar os dois homens, puxando o homem barbudo para longe enquanto a figura encapuzada tropeçava para trás, seu capuz caindo no processo. Sob a capa estava um rapaz, não mais velho que vinte anos, com os olhos arregalados de medo e desespero.
Seu cabelo estava despenteado, e havia uma selvageria em sua expressão enquanto ele olhava em volta da sala.
“Eu não roubei nada!” ele gritou, mas sua voz trincou, traindo seu medo.
O homem barbudo, agora segurado por dois outros clientes, rosnou. “Você é um ladrão! Eu te vi!”
“EU DISSE PARA PARAREM!” o dono da pousada gritou com mais confiança desta vez.
Por quê?
Seus seguranças estavam aqui…
Eram dois homens com corpos grandes e muito músculos. Ninguém queria enfrentá-los.
O rapaz passou os olhos rapidamente pela multidão, focando na saída da pousada. Sem hesitar, ele disparou em direção à porta, derrubando outra mesa em sua pressa. O dono da pousada gritou atrás dele, mas o jovem já havia saído pela porta, desaparecendo na noite.
Por um momento, a sala ficou em silêncio, o ar pesado com as consequências da confrontação. Então o homem barbudo quebrou a tensão, xingando baixinho enquanto se sentava pesadamente em sua mesa.
“Maldito ladrão,” ele murmurou, passando as mãos pelas têmporas. “Era todo o dinheiro que eu tinha.”
O dono da pousada se aproximou cautelosamente. “Você tem certeza de que foi ele?” ele questionou. “Talvez sua moeda esteja em outro lugar.”
O homem barbudo balançou a cabeça, sua raiva substituída pela derrota. “Eu sei o que vi. Aquele bastardo roubou.”
Um dos clientes que tinha ajudado a separar os homens falou. “Bem, não há muito o que fazer agora. Ele foi embora.”
A multidão aos poucos se dispersou, as pessoas voltando para suas bebidas e conversas, embora a energia na sala estivesse notavelmente mais quieta. Serafina e Raven trocaram olhares, ambos sentindo o peso dos eventos da noite.
“Isso foi… inesperado,” Serafina sussurrou enquanto eles começavam a voltar para o quarto.
Raven assentiu, com uma expressão pensativa. “Acho que aquele rapaz não estava contando toda a verdade. Mas acho que nunca saberemos agora.”
“Bom, não precisamos saber… é normal nesta grande cidade,” Raven acrescentou.
Serafina concordou e eles alcançaram o quarto.
A noite também seria quente.
Embora Serafina já tivesse tido sua dose diária de prazer com Verônica. Mas ela era uma mulher, não um homem, que não podia ir atrás de algumas rodadas.
Ela pode continuar isso o quanto quiser… é uma vantagem que as mulheres têm sobre os homens.
Mas já que seu buraco principal ainda estava se recuperando das atividades com Verônica. Ela decidiu dar a ele outro buraco que ainda não tinha sido usado.
Ela não ia contar para Raven sobre Verônica. Quem sabe como ele reagiria?
Talvez ele acabe matando elas?
Eles entraram no quarto, e Serafina lembrou, “Hoje eu quero no outro lado.”