Duque, isso dói... - Capítulo 167
- Home
- Duque, isso dói...
- Capítulo 167 - 167 O pedido de Serafina 167 O pedido de Serafina Uau olha
167: O pedido de Serafina 167: O pedido de Serafina “Uau, olha isso!”
ela exclamou, puxando Raven consigo para a barraca. Ela passou os dedos pela superfície lisa de um vaso lindamente pintado, admirando o artesanato.
O dono da loja, que era um homem velho de aparência gentil, sorriu com seu entusiasmo. “Interessada em uma cerâmica fina, senhorita?”
Serafina acenou com a cabeça animadamente, fazendo perguntas sobre as diferentes peças. Raven ficou ao lado, observando-a com diversão enquanto ela interagia com o dono da loja, a usual compostura dela substituída por uma maravilha infantil.
Após visitar a loja, Serafina subitamente se virou para Raven com um brilho estranho nos olhos.
“Raven, tive uma ideia… Vamos abrir uma loja para o festival!”
Raven piscou, surpreso com a sugestão. “Uma loja? Do que você está falando?”
Serafina sorriu. “Apenas para esta noite! Quero vender biscoitos ou algo divertido.”
Raven suspirou, balançando a cabeça. “Serafina, não somos daqui. Nem sequer temos como montar uma loja.”
Mas Serafina insistiu, suplicando a ele até que, eventualmente, Raven cedeu. “Certo, certo. Deixa eu ver o que consigo fazer.”
Ele deixou Serafina na estalagem e foi para a cidade perguntar sobre como montar uma barraca.
…
Raven se deslocava pelas ruas movimentadas, desviando das pessoas da cidade que estavam ocupadas decorando e montando barracas para o festival.
Sua mente corria com a logística do pedido de Serafina — abrir uma barraca de biscoitos não era uma tarefa pequena, mas o brilho nos olhos dela quando mencionou isso o determinou a encontrar um jeito.
Após algumas perguntas, Raven se viu diante de uma padaria pequena e aconchegante. O cheiro de pão fresco vinha das janelas abertas, e a atmosfera quente e convidativa o chamou para dentro.
Empurrando a porta, um sino tilintou suavemente, anunciando sua chegada.
Atrás do balcão estava o dono da padaria, um homem rechonchudo com as mãos polvilhadas de farinha e um sorriso jovial. Ele cumprimentou Raven com um aceno.
“Bom dia, senhor! O que posso fazer por você?” o padeiro perguntou, limpando as mãos no avental.
Raven pigarreou, incerto de como começar a conversa. “Na verdade, estou aqui em nome da minha esposa. Ela está, bem, muito animada com o festival, e quer abrir uma barraca para vender biscoitos esta noite.”
O padeiro levantou uma sobrancelha, seu interesse aguçado. “Biscoitos, é? Isso parece delicioso! Mas vocês são daqui? Não os vi antes.”
“Estamos só de passagem,” Raven explicou. “Não somos da cidade, então realmente não temos como montar uma barraca nós mesmos. Foi por isso que vim aqui — para ver se há alguma maneira de você poder nos ajudar.”
O padeiro riu gostosamente, um som rico e caloroso. “Bem, vocês têm sorte, meu amigo! Acontece que tenho outra loja logo ali, do outro lado da rua. Meu irmão normalmente a administra, mas ele saiu da cidade a negócios. Eu pensei que ficaria fechada para o festival, mas se estiverem interessados, posso deixar que a usem por essa noite.”
Os olhos de Raven se iluminaram com surpresa. “Sério? Isso seria perfeito.”
“Hohoho, imaginei que gostaria disso,” disse o padeiro, seu rosto redondo radiante. “Mas é claro, não é de graça.” Ele se inclinou, abaixando a voz conspiratoriamente. “Preços de festival, sabe. Vai custar dez moedas de ouro.”
Raven piscou, surpreso com o preço salgado. “Dez moedas de ouro? Isso é… bastante, você não acha?”
O padeiro acenou com a mão desdenhosamente. “Ah, não se assuste com o preço, senhor. Com o festival acontecendo, vocês vão recuperar isso rapidinho. As pessoas estão sempre procurando por guloseimas frescas para curtir durante as celebrações. E confie em mim, uma barraca de biscoitos? Vocês serão a sensação da noite!”
Raven considerou a oferta. Era cara, com certeza, mas a empolgação de Serafina era inestimável para ele. E quem era ele? Ele era o duque, a pessoa mais rica ali.
Além disso, o padeiro tinha um ponto — as multidões do festival certamente iriam se aglomerar por algo tão simples e reconfortante quanto biscoitos.
“Certo, eu aceito,” Raven concordou, tirando as moedas da sua bolsa.
Os olhos do padeiro brilharam de satisfação enquanto o ouro tilintava em sua mão. “Escolha sábia, meu amigo. Agora, vamos preparar tudo.”
Eles atravessaram a rua, e o padeiro destrancou a porta para a segunda padaria. Ao entrarem, Raven notou que a loja estava em excelente condição, apesar de estar fechada há vários dias.
Os balcões estavam impecáveis, e as prateleiras estavam bem abastecidas com ingredientes. Era claro que o padeiro mantinha uma operação arrumada.
“Este lugar está ótimo,” Raven comentou, deslizando os dedos pela bancada lisa. “É muito melhor do que eu esperava.”
“Claro que está!” respondeu o padeiro orgulhosamente. “Eu sempre me certifico de que minhas lojas estão bem cuidadas. Agora, sobre esses biscoitos… Vocês vão precisar de ingredientes e equipamentos, sim?”
“Sim,” Raven hesitou, “na verdade, não sei o que procurar; minha esposa geralmente cuida dessas coisas.”
O dono sorriu. “Bem, vocês vão precisar de tudo — a farinha, o açúcar, os ovos, os utensílios… praticamente todo o necessário.”
“Você poderia providenciar tudo, por favor?”
O padeiro bateu as mãos uma na outra. “Sem problema! Vou preparar tudo para vocês. E se precisarem de uma mão, posso dispensar um dos membros da minha equipe para ajudar sua esposa.”
Os olhos de Raven se suavizaram de gratidão. “Isso seria muito útil, obrigado.”
O padeiro se aproximou mais, sua voz assumindo um tom mais sério. “E mais uma coisa, senhor. A decoração. Vocês não podem abrir uma barraca para o festival sem deixá-la festiva. Vou providenciar que algumas fitas e bandeiras sejam trazidas e colocadas antes da noite.”
Raven sorriu com o entusiasmo do padeiro. “Isso é muito atencioso da sua parte. Vou garantir que estejamos prontos a tempo.”
Quando Raven estava prestes a virar para sair, ele parou, alcançando o bolso do casaco. Ele discretamente deslizou uma moeda de ouro adicional na mão do padeiro — uma gorjeta por toda a ajuda e atenção extras.
Os olhos do padeiro se arregalaram de surpresa, mas ele rapidamente guardou a moeda com um sorriso agradecido. “Você é muito generoso, senhor. Vou garantir que tudo esteja perfeito para você e sua esposa.”
Raven acenou em agradecimento antes de sair da padaria, sentindo-se confiante de que os preparativos estavam em boas mãos. Ao voltar para a estalagem, ele não pôde deixar de sorrir com o pensamento do rosto de Serafina se iluminando ao contar a ela a boa notícia.
A loja estava pronta, os ingredientes estavam garantidos, e em breve, Serafina teria seu desejo — uma barraca de biscoitos no festival.