Duque, isso dói... - Capítulo 160
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160: O Destino dos Traidores 2 160: O Destino dos Traidores 2 Com cautela, Ferdinando saiu de sua cela, seus olhos se movendo rápido, ele procurava qualquer sinal de movimento. Mas o corredor estava vazio, e seu coração começou a inchar com esperança. Talvez seu pai não o tivesse abandonado afinal.
Ele se moveu pelos corredores escuros, seus passos ficando mais determinados à medida que percebia que não havia ninguém para detê-lo.
Suas suspeitas lentamente davam lugar à certeza—esta era sua chance, seu caminho para a liberdade. Ele estava vivo, e em breve seria livre.
Ele permitiu-se imaginar a vida que recuperaria. Uma vez fora, ele encontraria uma maneira de juntar dinheiro, criar uma nova identidade e começar de novo. E então, ele tomaria sua vingança contra aqueles que o haviam prejudicado, especialmente Raven Everwyn.
Seus pensamentos se tornaram sombrios enquanto ele imaginava a vingança que executaria no Duque. Ele se via parado sobre o homem que o havia arruinado, cortando sua cabeça e entregando-a a Serafina, a mulher que tanto desejara, fazendo-a assistir enquanto seu mundo desmoronava.
Mas, justo quando estava perdido nesses pensamentos, uma voz estilhaçou seu devaneio.
“Ferdinando.”
A voz ecoou pelo corredor, fria e ameaçadora. Ela parou Ferdinando em seu caminho, enviando um calafrio pela sua espinha.
Ele virou lentamente, seus olhos se arregalando de medo enquanto uma figura saía das sombras, agarrando seu braço com um aperto forte.
“Quem… quem é você?” Ferdinando gaguejou, sua voz tremendo de terror.
“Você sabe quem eu sou,” disse a figura, avançando para a luz fraca.
O coração de Ferdinando afundou enquanto o pânico o invadia. Ele tentou se soltar, mas o aperto da figura só se apertou.
“Você gostou da sua liberdade efêmera?” Raven perguntou.
“O que—o que você quer dizer? Quem—?” A voz de Ferdinando se quebrou, sua mente recusando-se a aceitar a realidade diante dele.
“Fui eu quem orquestrou isso,” Raven respondeu, seu olhar nunca deixando o rosto de Ferdinando.
“Quem você acha que realmente ajudaria você? Você perdeu tudo e agora não é mais que um criminoso insignificante.”
“Não! Isso não pode ser! Onde está meu pai? Por que você está aqui?” A voz de Ferdinando era uma mistura de medo e desespero enquanto ele tentava fugir, mas a presença de Raven era avassaladora.
Os olhos de Raven estavam frios enquanto olhava para o homem à sua frente, o homem que ousara ameaçar tudo o que lhe era querido. Sem dizer outra palavra, ele puxou sua espada, a lâmina brilhando na luz fraca.
“Ahhh!” Ferdinando gritou enquanto a lâmina cortava sua palma, a dor era imediata e intensa.
“Você tocou minha esposa com essas mãos,” a voz de Raven estava cheia de nojo.
“Argh! Minha mão—minha mão!” Ferdinando gritou, mas suas palavras foram interrompidas quando o punho de Raven atingiu seu rosto, mandando-o ao chão. Sangue jorrava de seu nariz enquanto ele ficava ali, impotente e quebrado.
“Você ousou olhar para minha esposa com esses olhos sujos,” Raven continuou, sua voz gotejando com desdém. Ele pisou no entrepernas de Ferdinando, esmagando-os e fazendo-o se contorcer de agonia, seu corpo convulsionando de dor.
“E você não hesitou em amaldiçoá-la com seus pensamentos vis,”
Raven adicionou, seu tom preenchido de uma fúria fria e implacável.
O corpo de Ferdinando se contraiu incontrolavelmente enquanto a dor o dominava, sua mente se desligando em uma tentativa desesperada de escapar do tormento.
Somente quando Ferdinando finalmente desmaiou, Raven recuou, limpando o sangue de sua espada como se fosse apenas sujeira. Ele olhou para a forma amassada de Ferdinando com desdém, seu coração endurecido contra qualquer vestígio de piedade.
“Parem o sangramento e levem-no para o calabouço,” Raven ordenou a seus homens, que haviam assistido silenciosamente a cena se desenrolar. “Ele deve viver uma vida tão miserável que implore pela morte, mas não deixem que ele morra.”
Os guardas acenaram em silêncio e se moveram rapidamente para obedecer.
Eles levantaram o corpo flácido de Ferdinando, sua mão ainda sangrando profusamente, e o carregaram para longe. Apesar de seu estado inconsciente, gemidos fracos de dor escapavam dos lábios de Ferdinando.
Enquanto os guardas desapareciam na escuridão com Ferdinando, Raven enfundou sua espada, o metal deslizando suavemente de volta para a bainha. O som era final, como o fechar de um capítulo de um livro. Ele virou-se para sair, mas algo o fez pausar.
Por um momento, a exterior frio e calculista que mantivera começou a se quebrar. Sua mente voltou a Serafina, a mulher que lutara ferozmente para proteger. O pensamento nela trouxe um amolecimento aos seus olhos que mais ninguém veria.
Ele lembrou de como Ferdinando a havia olhado, como seus pensamentos imundos haviam manchado sua pureza. Raven cerrava seus punhos, a raiva fervendo dentro dele mais uma vez. Mas então, tão depressa quanto veio, ele a empurrou para baixo, enterrando-a profundamente em seu coração.
Serafina agora estava segura. Ferdinando nunca mais a tocaria, nunca mais a olharia com aqueles olhos vis. Isso era tudo o que importava. Sua mente aguda e calculista já estava se movendo para a próxima tarefa em mãos.
Mas antes que pudesse dar mais um passo, um de seus homens se aproximou dele, uma expressão grave no rosto.
“Meu Senhor, o que fazemos sobre Arjan Alaric?” o cavaleiro perguntou, sua voz baixa.
Os olhos de Raven escureceram com a menção do nome. Arjan ainda estava lá fora, em algum lugar, e enquanto permanecesse livre, ela era uma ameaça. Mas rastreá-la estava se mostrando uma tarefa mais difícil do que ele havia antecipado.
“Aumentem a recompensa,” ele fez uma pausa
“Espalhem a palavra por todos os cantos do Império. Quero que cada caçador de recompensas, cada mercenário, e cada plebeu que deseja moedas saiba que encontrar Arjan Alaric os tornará ricos além de seus mais loucos sonhos.”
O cavaleiro acenou e rapidamente partiu para cumprir a ordem. Raven permaneceu parado no corredor vazio, seus pensamentos girando como uma tempestade. Ele sabia que a captura de Arjan era apenas uma questão de tempo, mas tempo era algo que ele não tinha em abundância. Cada dia que ela permanecia livre era mais um dia em que ela poderia estar planejando, reunindo aliados, ou pior, buscando vingança.
Mas por agora, Ferdinando estava resolvido, e a família Alaric não existia mais. Era uma vitória, embora vazia. Raven não encontrava alegria em sua queda, só uma satisfação sombria em saber que a justiça havia sido feita.
Finalmente, ele virou-se e saiu da prisão…
Mas daquele dia em diante, Ferdinando desapareceu deste mundo junto com o Conde Alaric.