Dormindo com o CEO - Capítulo 44

44: Faz de Conta que Dorme 44: Faz de Conta que Dorme Enquanto Derek estava no chuveiro, Emily estava tendo uma crise silenciosa.

A situação tinha o potencial de se tornar um desastre épico se ela não lidasse com isso adequadamente. O que ela faria? Como ela faria? Sua mente trabalhando a mil por hora enquanto tentava pensar em um jeito de escapar da sua situação.

Ela estava cansada, tão cansada que suas pálpebras se fechavam sem que ela quisesse, tentando arrastá-la para o sono. Apenas o seu medo as forçava a se abrir novamente a cada vez que se fechavam. Mas Emily sabia que em algum momento o medo que a mantinha acordada perderia a batalha que travava com seu corpo. Ela precisava dormir, mas não podia se dar ao luxo de dormir. Assim que o fizesse, ela sabia que teria um pesadelo, e após anos sendo a única que sabia daquele lado da sua vida, Emily não queria que ninguém soubesse, especialmente seu chefe. Havia coisas que eram pessoais demais, e o homem a quem ela se reportava, vê-la em meio a um terror noturno era uma delas.

Mas, apesar disso, seu corpo estava lentamente, mas com certeza, empurrando-a para desligar-se para a noite.

E assim que ela desistisse e fosse dormir, o segredo estaria descoberto mais rápido do que ela poderia dizer bons sonhos. Ele nunca mais a olharia da mesma forma, ela simplesmente sabia disso. Para evitar que isso acontecesse, Emily primeiro pensou em sair para fora. Talvez dar uma volta ao redor do prédio, fazer um pouco de exploração noturna até que ela pudesse estar quase certa de que ele estaria dormindo. Então ela poderia se esgueirar de volta, se cobrir e tirar um cochilo antes que um pesadelo a acordasse inevitavelmente. Mas pelo menos então Derek estaria tão profundamente dormindo que ele não sentiria a cama tremer enquanto ela se sacudia, vencida pelo medo de coisas que nem mesmo eram reais.

Sua pequena ideia de explorar foi interrompida quando houve um som como o de um gato arranhando suas unhas na porta, e então uma sombra passou rápido ao lado da janela, rápido demais para que ela pudesse identificar o que era.

“É só uma coruja, só uma coruja. Não tenha medo, é só uma coruja, não há necessidade de pânico, é só uma coruja, ela não vai te machucar,” ela tentou se dizer, mas ainda assim, só para estar segura, ela havia saído da cama e ido fechar a cortina, o tecido nem sequer cobrindo toda a janela completamente. Sem dúvida, se ela realmente dormisse, o filete de luz que entraria por essa pequena abertura a incomodaria imensamente, mas como ela sabia que não dormiria a noite toda, Emily não deixou que isso a incomodasse. Tudo o que ela tinha que fazer era estar no quarto por uma noite, as deficiências seriam de outra pessoa quando fizessem o check-out pela manhã.

Tarefa cumprida, Emily voltou para seu lado escolhido da cama, mas antes que pudesse voltar para ela, Derek chamou, pedindo para que ela trouxesse suas roupas, e uma vez que ele se vestiu, saiu e entrou na cama, o que trouxe Emily ao seu problema atual.

Tudo o que ela tinha que fazer era ficar acordada um minuto a mais do que Derek, mas o homem era a prova de sono. Ela se agarrou à fachada de estar lendo pelo tempo que pôde. Suspirando em contentamento falso de vez em quando e virando uma página, embora as palavras estivessem nadando na página e ela não fizesse ideia do que estava acontecendo.

Dando uma olhada de lado para Derek, ela esperava encontrá-lo cochilando. Nada disso, ao invés disso, ele estava acordado, completamente envolvido no que quer que estivesse assistindo.

Claramente, era hora da opção nuclear.

Com um bocejo alto e exagerado, Emily esticou os braços. Girando levemente, ela fechou seu livro e o colocou na mesa de cabeceira. Depois, ela tirou seus óculos e os colocou no estojo antes que eles também se juntassem ao livro na mesa de cabeceira. Outro bocejo e outro olhar furtivo encontraram Derek ainda acordado.

Pegando seu telefone, Emily programou o alarme para as oito da manhã seguinte. Sendo meia-noite, isso lhes daria sólidas oito horas de sono. Era essa a quantidade de sono que as pessoas normais tinham, certo? Esperando que seu palpite estivesse correto, Emily programou o alarme e colocou o telefone de lado.

“Programei o despertador para as oito da manhã, isso deve nos dar mais do que tempo suficiente para nos arrumarmos, nosso voo é ao meio-dia de amanhã,” ela lhe disse.

“Bom, isso será uma quantidade adequada de sono,” A resposta dele foi estranha, artificial, quase como se ele estivesse tão incerto sobre a coisa toda do sono quanto ela estava.

Ignorando, Emily partiu para a próxima etapa do seu plano. “Boa noite, Derek, não fique acordado por muito tempo, ainda temos que voar de volta amanhã,” ela disse a ele, a resposta dele foi imediata.

“Boa noite para você também, Emily. E não se preocupe, não pretendo ficar acordado por muito mais tempo, só tenho que terminar essa última cena,” ele lhe disse, como alguém que maratonou muitas coisas, Emily não acreditava muito nele, mas ela se deitou. De costas para ele enquanto fingia estar dormindo.

Talvez fosse uma coisa de ego, ele não queria ser visto dormindo antes dela. Tudo o que ela tinha que fazer era fingir estar dormindo, e logo em seguida ele seguiria, só que ele estaria realmente dormindo.

Sorrindo para sua própria esperteza, Emily começou a trabalhar. Primeiro ela fechou os olhos, depois começou a respirar fundo, de forma uniforme, uma vez após a outra.

Ela não percebeu quando seu sono passou de falso para muito real.