Domando os Gêmeos Alfas - Capítulo 43
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- Capítulo 43 - 43 Meia bruxa 43 Meia bruxa O impacto daquela noite com Lótus
43: Meia bruxa 43: Meia bruxa O impacto daquela noite com Lótus ainda persistia em sua mente. Ele não conseguia esquecer o fato de estar se apaixonando profundamente por ela e indo contra seu código. Ele não acreditava em amor ou atração, mas desde a primeira vez que havia dormido com ela no hotel, cinco anos atrás, ele sempre soube que seus caminhos se cruzariam novamente.
Sentado em sua escrivaninha, absorto no trabalho. O brilho suave da luminária iluminava o quarto enquanto ele revisava diligentemente os relatórios à sua frente. Justo quando estava prestes a assinar um documento particularmente importante, houve uma batida repentina na porta do escritório.
“Entre,” chamou Pedro, sua voz tingida com uma ponta de irritação pela interrupção. Ele não estava esperando visitas naquele momento, havia ordenado que ninguém o interrompesse.
A porta rangeu ao abrir, e Sheila entrou na sala. Pedro não pôde evitar um sentimento de aborrecimento ao vê-la.
“O que você quer, Sheila?” Pedro perguntou, mantendo a voz firme, ainda sem tirar o olhar do documento que manipulava.
Sheila avançou pela sala, um sorriso malicioso nos lábios. “Ah, Pedro, sempre o epítome da elegância,” ela zombou. “Só pensei que você deveria saber o colossal erro que está cometendo ao se casar com Lótus. Você me deixou por alguém como ela? Ela pode ser uma aproveitadora—”
“Engula essas palavras de volta ou vai se arrepender. Que absurdo está falando? Você não tem dignidade? Lótus está construindo um nome para si mesma, está fazendo coisas que você nunca faria em toda a sua vida. Por que você não arruma uma vida?”
Sheila cruzou os braços, tentando ignorar a pontada de dor que sentiu com as palavras dele. “Não me importo com o que ela faz ou o que ela alcançou, tudo o que eu sei é que ela não é boa para você. Você está cometendo um grande erro e tenho certeza de que um dia vai se arrepender.”
A mandíbula de Pedro tensa enquanto ele apertava os punhos embaixo da mesa. Os comentários de Sheila não eram novos para ele, mas ainda assim conseguiam atingi-lo. Ele não queria entrar nos jogos mesquinhos dela, mas sabia que não poderia deixar as palavras contra Lótus passarem como se nada fossem. Sentia um desejo ardente de proteger Lótus a partir daquele momento, mas seria possível com todos esses obstáculos?
“Não tenho tempo para suas conversas insignificantes, Sheila,” Pedro retrucou, sua voz transbordando desprezo. Ele fechou o documento e fixou os olhos com raiva nela.
Sheila riu desdenhosamente, seus olhos brilhando com malícia. “Você pode me descartar agora, mas marque minhas palavras, Pedro. Você nunca será feliz com ela e eu verei você correr de volta para mim.”
Com um gesto de mão desdenhoso, Pedro pediu que Sheila saísse. Ele observou enquanto ela saía do escritório, a porta pesada se fechando atrás dela com um estrondo. O quarto parecia ficar assustadoramente silencioso na ausência dela, e Pedro não conseguia se livrar da inquietação que se estabeleceu dentro de si.
Antes que pudesse refletir mais sobre as palavras de Sheila, a assistente de Pedro, Lisa, apareceu à porta.
“Senhor, desculpe interromper, mas há alguém esperando por você lá embaixo,” Lisa o informou com um tom suave.
Pedro franzia a testa em confusão. Ele não esperava visitantes, especialmente não naquela hora. Curioso, ele deixou o escritório e desceu as escadas até o saguão.
Ao chegar ao pé da escada, seus olhos se arregalaram surpresos e incrédulos. À sua frente estava André, o ex de Lótus. Pedro tinha crescido detestando André com o passar do tempo. E agora que sabia o que ele tinha feito com Lótus no passado, apenas intensificava sua raiva contra ele.
“O que você está fazendo aqui, André?” Pedro perguntou, a voz carregada de hostilidade.
André deu um sorriso cínico, seus olhos brilhando com divertimento mal-intencionado. “Essa é a forma de receber sua visita?” ele zombou. “Você, jovem senhorita, certamente sabe como ser tão desrespeitosa.”
“O que você quer, André? Tenho bastante certeza de que você é sano o suficiente para saber que isso aqui é um estabelecimento e não os seus clubes ou bares habituais.” Um sorriso maldoso surgiu nos lábios dele enquanto observava o nariz de André inflar de raiva.
“Eu também não quero estar aqui. Mas você está cometendo um grande erro, Lótus é minha. Eu a pegarei de volta quando achar conveniente, aproveite enquanto dura.” Sem dar espaço para Pedro retrucar com raiva, ele saiu andando.
Pedro teve que resistir a cada fibra do seu ser para não dar a André o soco que ele tanto merecia.
Ao fechar a porta do escritório com força, Pedro permitiu-se um momento para se acalmar. O encontro o abalara profundamente, mas ele não poderia deixar isso consumi-lo. Se queria que seu relacionamento com Lótus desse certo, então ele deveria trabalhar serio nisso e parar com as doces palavras.
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As próximas semanas passaram voando para Lótus, ela ignorando todas as distrações e focando exclusivamente em construir sua empresa e garantir que todos os parâmetros que definira para si mesma fossem atingidos. Hoje era dia de premiação nos estados, onde o desempenho excepcional das empresas seria reconhecido.
Como ela poderia esquecer? Pedro. Ele havia se tornado uma força motriz para ela esses dias e ela não pôde evitar sentir-se em paz. Havia sempre um calor que ressoava nela toda vez que pensava nele.
Lótus mal conseguia conter os nervos enquanto a cerimônia de premiação acontecia. Ela aguardava ansiosamente o anúncio da melhor empresa de arquitetura dos estados.
Quando o apresentador finalmente chamou o nome de sua empresa, uma onda de excitação a invadiu. Ela sorriu orgulhosa ao caminhar até o palco, onde seu Pedro juntou-se a ela.
O rosto do casal iluminou-se de alegria ao aceitarem o prêmio muito merecido.
“Eu te disse que você merecia, querida.” Ele sussurrou ardente em seu ouvido.
“Ah é? Acho que você acertou essa.”
“Não vou ganhar uma recompensa por isso?” Ele fez beicinho e ela deu um leve peteleco em sua testa, brincando.
“Vai sim.”
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Mais tarde naquela noite, uma grande festa de gala estava a todo vapor para celebrar a conquista de Lótus. Ela se encontrava no camarim com Jenny e James. Os jovens estavam impecavelmente vestidos, seus rostos inocentes transbordando excitação. Lótus dava os retoques finais em seu elegante vestido branco, escolhendo cuidadosamente seus acessórios.
Ao entrarem no salão de baile, a atmosfera estava efervescente com opulência e emoção. Todos os olhos estavam fixos nela. Jenny segurava firmemente sua mão, obviamente assustada com o número de pessoas que haviam aparecido.
De repente, Lótus sentiu um líquido frio pingar em seu traje branco.
“Como você se atreve a fazer isso com a minha mãe?!” James gritou.
Lótus olhou para cima para encontrar o olhar penetrante e odioso de Sheila, que inclinava a cabeça levemente, provocando Lótus.
James puxou suas mãos das de sua mãe, ele puxou a roupa de Sheila e, num movimento rápido, Sheila deu-lhe um tapa, deixando uma marca vermelha de dedos no seu rosto. James desabou, chorando.
Lótus viu vermelho, suas orelhas flamejaram de raiva. Ela manteve Jenny com Natasha, que estava fervendo ao seu lado, todos assistiam com total atenção.
“Como você ousa levantar a mão para o meu filho?” Sua voz era baixa, mas calculada e gelada.
Sheila deu um passo para trás, o sorriso nunca deixando seu rosto. “Que filho? Seu filho bastardo? O que-”
Lótus não deixou ela terminar, suas mãos se conectaram com o rosto de Sheila, empurrando-a para o chão. Lótus, irritada, agarrou-a pelos cabelos, levantando sua cabeça para enfrentar a dela. Ela poderia aguentar qualquer coisa, exceto ataques contra seus filhos.
“Eu te desafio a dizer isso de novo Sheila, e eu prometo que você não vai sair daqui com suas duas pernas.” Lótus ameaçou.
Suspiros ecoaram pela multidão, todos assistiam enquanto a filha rejeitada dos Kent mantinha Sheila no chão, a mídia estava em polvorosa, tentando pegar a notícia suculenta e passar algumas coisas para a internet.
“Lótus, você vai pagar por isso.” Sheila gritou, mas parou depois de olhar para o vestido manchado de Lótus.
Lótus sorriu maliciosamente, ela estava preparada para casos como esse.
Removendo seu vestido branco manchado, ela revelou um deslumbrante vestido vermelho que aderia às suas curvas, deixando a multidão atônita. Um murmúrio de surpresa e admiração percorreu a sala, seguido por uma rodada de aplausos e vivas.
Sentindo-se tanto empoderada quanto reivindicada, Lótus aproveitou a oportunidade para afirmar ainda mais sua presença. Com um sorriso maroto, ela avançou e arrancou a peruca de Sheila, expondo seu cabelo bagunçado e a envergonhando diante da multidão. Os espectadores irromperam em risadas e espanto, desfrutando completamente da reviravolta inesperada dos eventos.
“Uau, mãe! Você realmente mostrou quem manda!” Jenny exclamou, seus olhos brilhando de admiração.
James concordou com entusiasmo. “Isso ai, mãe! Você é como uma super-heroína!”
Lótus sorriu, profundamente comovida pelo apoio inabalável de seus filhos. “Obrigada, meus queridos. Às vezes temos que tomar as coisas em nossas próprias mãos, mas lembrem-se sempre de defender o que é certo.”
Natasha, que estava observando silenciosamente de longe, se aproximou de Lótus. “É essa Lótus que eu quero ver.” Natasha sorriu orgulhosamente.
“Obrigada, Natasha. Eu não poderia deixar ela arruinar essa noite especial para mim,” Lótus respondeu com gratidão. “Agora, vamos voltar para lá e aproveitar o resto da celebração.”
Quando Lótus reentrou no salão de baile, agora adornada com seu deslumbrante vestido vermelho, ela olhou ao redor da multidão por ele, ele prometeu aparecer no baile, mas agora ele não estava em lugar nenhum para ser encontrado.
Pegando seu celular, ela discou para Stanley que atendeu no primeiro toque. “Verifique se está tudo bem com meu marido”.
Um leve rubor tingiu sua bochecha ao proferir essas palavras.
—–
Pedro estava confortavelmente sentado no canto escuro do salão onde o baile acontecia, com um copo de uísque relaxadamente em sua mão. Todos assistiam a saga entre Sheila e Lótus, Pedro queria irromper naquele instante, mas Natasha sinalizou para ele não fazer. Ali ele sabia que Lótus poderia lidar com a situação.
André virou-se para Pedro, um sorriso cúmplice nos lábios. “Você é um homem de sorte, Pedro. Você sabe disso? Você tem uma boa esposa.”
Pedro lançou um olhar para André, seus olhos brilhando travessos. “Ah, é? Obrigado pelo lembrete, meu amigo. Justo o que eu precisava esta noite.” Ele deu um gole contemplativo em seu copo, saboreando brevemente a sensação suave da bebida contra sua língua.
Como que por sinal, a natureza chamou, e Pedro desculpou-se da mesa, passando pela multidão em direção ao banheiro. Desatento às maquinações do destino, ele voltou alguns momentos depois, ansioso para terminar sua bebida e ver Lótus.
Segurando o copo nos lábios, ele o inclinou levemente, permitindo que o líquido âmbar encontrasse sua língua. Um gosto forte e desconhecido atingiu seu paladar, causando um franzir de sobrancelhas em confusão. O pânico se instalou ao perceber – sua bebida havia sido batizada. Era tarde demais; ele já havia terminado.
Sua visão embaçada, suas pernas instáveis mal suportando seu corpo intoxicado enquanto ele cambaleava em direção ao banheiro novamente, sua mente tentando compreender a situação. O mundo girava ao seu redor, transformando-se em um espetáculo turvo.
Com grande esforço, Pedro conseguiu abrir a porta do banheiro, sendo recebido por um cômodo mal iluminado e o som da água corrente. Através da névoa induzida pelo álcool, ele espreitou a figura diante do espelho – uma silhueta sensual adornada com cabelos longos. Ele assumiu que era Lótus, seus sentidos distorcidos.
“Lótus,” Pedro balbuciou, suas palavras se juntando. “Você veio me resgatar, não é?”
A mulher virou-se, revelando ser Sheila. Ela se arrumou depois do plano falho com Lótus; era hora de focar no plano B. Um indício de diversão dançava em seus lábios. “Resgatar você? Eu nem sabia que você precisava de resgate, Pedro.”
Pedro piscou, seu olhar se concentrando nela. “Sheila? O que… O que você está fazendo aqui?”
Sheila se aproximou dele com confiança, seus movimentos exalando confiança. Ela passou os dedos pelo peito dele, seu toque despertando um lampejo de desejo dentro dele. “Eu poderia fazer a mesma pergunta. Por que você está aqui, Pedro?”
A mente de Pedro corria, sua voz trêmula. “Eu… Eu pensei que você fosse Lótus. Eu não quis—”
A risada de Sheila cortou a tensão, seus olhos brilhando maliciosamente. “É engraçado como podemos parecer semelhantes em uma iluminação fraca, não é, Pedro? Mas talvez o destino atenda ao meu chamado.”
Balançando sob o peso de sua intoxicação, Peter encontrou-se incapaz de resistir às investidas de Sheila. Ela o beijou profundamente, a ponta no seu vinho o deixou mais excitado do que nunca e ele se viu inclinando-se para mais.
Justamente quando o momento caloroso estava acontecendo, a porta se abriu de repente, assustando os dois.