Domando os Gêmeos Alfas - Capítulo 173
Capítulo 173: Até logo
Assim que Alyssa estava prestes a dar seu primeiro passo para o interior do palácio, uma figura familiar chamou sua atenção. Era ele—Hunter, o homem que ela pensou que nunca mais veria. Seu coração acelerou, e ela lutou contra a tentação de correr, de se esconder do passado que a assombrava. Hunter, no entanto, parecia alheio à presença dela. Caminhava com passos confiantes, seus olhos focados à frente. Alyssa não podia acreditar que ele não a reconhecia, mesmo depois de todos esses anos. Talvez ele estivesse apenas jogando um jogo, fingindo ser um estranho. Ela decidiu entrar no jogo, escondendo sua agitação sob uma máscara de calma. Ela sorriu educadamente enquanto Hunter se aproximava. “Bom dia”, ela cumprimentou, sua voz firme apesar da agitação interior. Hunter assentiu secamente, seus olhos se estreitando levemente, como se tentassem recordar algo. “Eu a conheço?” ele perguntou, sua voz baixa e suave. O coração de Alyssa deu um pulo, mas ela manteve sua compostura. “Temo que o senhor esteja enganado”, ela respondeu, sua voz leve e desdenhosa. “Estou aqui como a governanta do Príncipe Vale.” O olhar de Hunter pousou sobre ela por um momento a mais do que o necessário, mas então ele se virou sem dizer mais uma palavra. Alyssa soltou uma respiração que não percebeu que estava segurando, aliviada por ter conseguido manter seu segredo escondido—por enquanto. Pedindo desculpas com uma breve reverência, Alyssa apressou-se pelos corredores do palácio, sentindo o olhar de Hunter penetrar em suas costas. Ela sabia que não podia baixar a guarda, não com ele tão perto. Ela precisava se concentrar na tarefa que tinha em mãos—as crianças. Chegando à ala da creche, Alyssa encontrou as duas pequenas crianças brincando alegremente com blocos no chão. O Príncipe Vale, um precoce menino de cinco anos com cabelos loiros arenosos, olhou para ela com olhos azuis arregalados, a excitação evidente em seu rosto. “Alyssa, você está aqui!” ele exclamou, um sorriso se espalhando pelo seu rosto. Ela retribuiu o sorriso, abaixando-se para ficar à altura dele. “De fato, Vossa Alteza”, ela respondeu com um tom brincalhão em sua voz. “Devemos ter uma grande aventura hoje? Vamos construir a torre de blocos mais alta que este reino já viu?” O rosto do Príncipe Vale brilhou ainda mais, e ele assentiu vigorosamente. “Eu gostaria muito disso!” Pelo resto da manhã, Alyssa se lançou em seu papel de governanta, incentivando a brincadeira das crianças, ensinando-lhes letras e números, e nutrindo suas imaginações. Ela se deliciava com a inocência delas, a energia sem limites, e temporariamente esqueceu o peso dos segredos que carregava. À medida que a tarde passava, o momento de partir se aproximava. O coração de Alyssa afundava, sabendo que seu tempo com as crianças estava chegando ao fim. O Príncipe Vale e sua irmã mais nova, Princesa Isabella, juntaram seus brinquedos relutantemente, deixando cair indícios de que queriam que a aventura continuasse. Assim que Alyssa estava prestes a lembrar as crianças de sua iminente partida, uma voz em pânico a interrompeu. “M-mãe! Espere por mim!” Seu coração parou. Aquela voz—aquela palavra—não podia ser. Ela virou-se, e lá estava ele—Timothy, seu amado filho. Como ele a havia encontrado? Uma mistura de emoções passou por ela—alegria ao ver Timothy novamente, medo das consequências que a presença dele poderia trazer. Hunter se aproximou, um traço de confusão e curiosidade em seus olhos. “Mãe?” ele repetiu, olhando entre Alyssa e Timothy. A mente de Alyssa acelerou enquanto ela buscava uma explicação. Ela não podia deixar a verdade vir à tona, não agora. “Ah, parece que Timothy me confundiu com sua mãe”, ela respondeu, sua voz vacilando ligeiramente. “Asseguro-lhe, ele deve ter me confundido com outra pessoa, Vossa Alteza.” O olhar de Hunter permaneceu nela, seus olhos buscando respostas. “Muito bem”, ele finalmente disse, sua voz tingida de suspeita. “Mas você precisará partir agora. Timothy, vem.” Timothy, alheio à turbulência entre os dois adultos, apressou-se até Alyssa. “Desculpe, mãe”, ele sussurrou, agarrando-se à sua mão. Alyssa mordeu o lábio, com o coração doendo com o pensamento de deixar Timothy para trás mais uma vez. Mas ela não tinha escolha. Ela apertou a mão dele com força e forçou um sorriso, mascarando sua dor. “Está tudo bem, meu amor”, ela sussurrou de volta. “Eu te verei em breve.”