174: Matilha Fireblood 174: Matilha Fireblood Dizer que Constanza estava chocada seria um eufemismo. Ela conhecia Ava e Ryder, eles eram a família de Lily. Tecnicamente, eles eram seus parentes por casamento.

“Então Ava não sabe que você existe?” ela perguntou.

“Não, e eu não quero que ela saiba, ela já passou por muita coisa. Eu não quero acrescentar aos seus problemas.” Killian respondeu.

“Bem, ela não precisa saber sobre você. Eu não acho que a segurança da alcateia seja forte quando as bruxas estão por perto, então podemos simplesmente nos infiltrar lá.”

“Então vamos lá, perguntamos ao vendedor se ele pode nos ajudar e saímos imediatamente?” Killian perguntou.

“Exatamente o que eu penso, não vamos perturbar Ava ou sequer falar com ela.”

“E se isso der errado?” ele perguntou.

“Killian, você quer viver o resto da sua vida temendo quando essa coisa tomar controle total de você?”

“Não.”

“Então está decidido, nós vamos à alcateia Fireblood amanhã” ela disse a ele.

“Ok, eu aceito.”

“Você está bravo comigo? Você parece tenso” ele perguntou a ela.

“Bem, a gente estava realmente tendo um bom momento antes de toda essa coisa acontecer” ela disse a ele.

Killian não se conteve, ele começou a rir.

“Pare de rir, não tem graça.” ela disse enquanto se sentava.

Ele a puxou de volta para a cama e a segurou junto a ele.

“Eu costumava pensar que Reni era a melhor coisa que me aconteceu, mas parece que estou enganado, você é a melhor coisa que me aconteceu.” ele disse a ela.

“E é por isso que temos que descobrir o que está errado com você e como parar isso, para podermos ter uma vida maravilhosa juntos” Constanza disse a ele e então aproximou a cabeça dele para beijá-lo.

Enquanto a beijava, seu coração batia culpado no peito, ele não se importava em ser curado, ele queria morrer e era isso que ele pediria à bruxa. Ele só esperava não machucá-la demais, ela era uma alma tão pura e merecia algo melhor.

NO DIA SEGUINTE
Constanza e Killian fizeram seu caminho até a alcateia Fireblood. Era como Constanza havia previsto, a segurança estava relaxada e eles conseguiram passar sem serem notados.

” Estamos dentro, vamos procurar nosso cara” Constanza disse a ele, segurando sua mão firmemente.

“Não se preocupe, eu estou aqui, não vou te deixar ir” ela disse a Killian.

“Eu sei, eu confio em você” ele disse a ela. E ele realmente confiava, Killian não conhecia Constanza há muito tempo mas sabia que podia confiar a vida dele a ela.

Constanza passou pelas barracas até encontrar o vendedor.

“Ei! Você se lembra de nós?” ela perguntou a ele com uma voz alegre.

O homem os olhou e seu rosto empalideceu de medo. Ele rapidamente os trouxe para dentro e fechou a cortina, fazendo questão de colocar a placa de fechado do lado de fora.

Constanza ficou chocada com o comportamento dele.

“O que foi?” ela perguntou.

“O que vocês dois estão fazendo aqui?” o vendedor perguntou.

“Na verdade, estávamos procurando por você, queríamos lhe perguntar algo. O que há de errado, por que você parece tão preocupado?” Constanza perguntou a ele.

“Você está sendo feita refém por esse homem?” o vendedor perguntou a Constanza.

Ela riu e mostrou a ele suas mãos entrelaçadas.

“Você vê como estou segurando ele forte? Eu definitivamente sou a que está mantendo ele refém.” ela disse ao vendedor.

O vendedor suspirou aliviado. “Então os dois de vocês são companheiros, certo?” ele perguntou.

“Sim, nós somos. Ele é meu companheiro.” Constanza respondeu.

“Por que todas essas perguntas?” Killian perguntou.

“Depois que vocês dois foram embora aquele dia, um grupo de pessoas veio me fazer perguntas sobre você, eles disseram que você era um prisioneiro mantendo ela refém. Claro que eu disse a eles que não era verdade porque vocês dois pareciam um casal de companheiros recém-unidos e apaixonados.” o vendedor disse a Killian.

“Quem eram essas pessoas?” Constanza perguntou.

“Bem eu só reconheci duas delas. Mestres Evena e Reni, bruxas poderosas e respeitadas. Reni é a bruxa do rei vampiro. Eles estavam com uma carta do rei pedindo a cooperação de todos para encontrar vocês”
Killian teria desmoronado no chão se Constanza não estivesse segurando ele.

“E então, o que aconteceu?” Constanza perguntou.

“Eles foram embora depois que eu disse que não havia chance de você estar sendo feita refém. Eu acho que um dos homens era seu irmão, ele se parecia com você.”

“Ele tinha cabelo curto e arrumado ou cachos longos?” Constanza perguntou.

“Cabelo curto e arrumado.” o homem respondeu.

“Então é Alessandro, isso significa que eles sabem sobre isso agora” Constanza disse.

“Eu não acho que vocês dois deveriam aparecer assim em público. Vocês deveriam estar se escondendo” o vendedor aconselhou eles.

“Nós viemos lhe perguntar algo, é por isso que estamos aqui” Constanza disse a ele.

“O que é? Se eu puder responder, farei com prazer.”

“Meu companheiro está doente, precisamos de uma bruxa experiente para ajudá-lo.” ela disse a ele.

“bem as bruxas experientes que eu conheço são três, Evena, Reni e Dreya. Já que as duas primeiras estão atrás de você, acho que vocês estão presos com Dreya.” ele disse a eles.

“Como podemos contactar essa Dreya?” Constanza perguntou.

“Ele fica muito no covil dele esses dias. Você pode tentar ir até lá ou conseguir uma de suas bruxas para te levar até lá. Mas será muito difícil, já que elas raramente deixam o covil, exceto para fazer recados.”

“Então nós temos que ir até lá? Você tem o endereço?” Constanza perguntou a ele.

“Eu tenho, mas é uma viagem muito longa”. Ele a advertiu, entregando o endereço a ela.

Constanza pegou-o dele, “muito obrigada, eu realmente agradeço” ela disse a ele.

“Muito obrigado.” Killian acrescentou.

“São ambos bem-vindos, mantenham-se seguros, espero vê-los novamente no futuro sob circunstâncias bem melhores” ele disse a eles.

Eles se despediram dele e deixaram a barraca.

“Então temos um endereço, só precisamos comprar suprimentos e podemos começar nossa jornada” Constanza disse a ele.

“Muito obrigado por fazer isso Connie” ele disse a ela.

“De nada Killian, e você precisa parar de me agradecer já” ela disse.

Killian sorriu novamente, Constanza nunca se cansaria de ver como o sorriso dele iluminava todo o seu rosto.

“Você fica realmente linda quando sorri.” ela disse a ele.

“E você fica linda o tempo todo” ele disse a ela em resposta.

“Como você sabe disso?”

“Eu simplesmente sei, alguém tão gentil quanto você tem que ser muito bonita” ele disse a ela.

“Você é tão piegas”
“Nós dois somos piegas”
“Está pronto para irmos?” ela perguntou a ele.

“Você pode descrever a alcateia para mim, antes de partirmos? Quero saber como é a alcateia da minha irmã” ele pediu a ela.

“Claro, a alcateia é moderna, é como uma pequena cidade. Nós estamos na Praça da Cidade, há flores por toda parte, borboletas bonitas…..” Constanza ainda estava explicando quando ouviram um grande sino de uma das barracas maiores.

“Desconto de noventa por cento para as primeiras cinquenta pessoas” o vendedor anunciou.

Houve um caos enquanto todos corriam em direção à barraca. Constanza e Killian estavam bem no centro da multidão.

No caos, a mão de Constanza se soltou da de Killian.

“Killian, Killian!” ela gritou, mas sua voz foi engolida pela multidão.

Killian estava em pânico total. Ele não estava segurando a mão de Constanza e não conseguia senti-la perto dele. Ele não tinha ideia de onde estava.

Ele tropeçou pela multidão, “Por favor, ajude” ele disse, mas ninguém o ouviu.

E então ele sentiu alguém agarrar sua mão, não era Constanza, ele se debateu.

“Está tudo bem criança, você está seguro comigo.” a pessoa disse a ele. Soava como a voz de uma mulher.

Ela o levou para fora da multidão até um lugar tranquilo e ajudou-o a se sentar em um banco.

“Quem é você?” Killian perguntou.

“Eu sou Helena. Qual é o seu nome?”

“Killian”
“Bem Killian, você estava com alguém e se separou?”

“Sim, eu estava com minha companheira.” ele respondeu.

“Então vamos sentar aqui e esperar por ela. Tenho certeza que ela vai te encontrar em breve.” ela disse a ele.

“Obrigado por me ajudar a sair da multidão.”

“De nada criança, você tem algum parentesco com alguém aqui na Fireblood?” ela perguntou a ele.

“Não senhora”
“Hum! Eu poderia jurar que você parece familiar com a nossa Luna Ava” Helena disse.

“Você conhece a Ava?” Killian perguntou ansiosamente.

“Sim eu conheço, você a conhece? Você parece muito ansioso?” Helena perguntou a ele.

“Bem, eu ouvi falar dela e de sua história, como ela foi de prisioneira a Luna” Killian respondeu, tentando diminuir seu entusiasmo.

“Bem, Ava é uma garota corajosa. Agora, o que te traz à Fireblood?”

“Eu e minha companheira viemos ao mercado das bruxas”.

“Ah! Sim, muitas pessoas de outras alcateias costumam vir? De qual alcateia vocês dois são?”

“É na cidade, talvez você não tenha ouvido falar” Killian respondeu, esperando que soasse convincente.

“Ah! Que bom. Como vocês dois estão gostando do campo até agora?”

“É bom.” Killian respondeu, desejando que Constanza o encontrasse rapidamente, embora Helena parecesse ser simpática, suas perguntas estavam se tornando muito intrusivas.

“Ei Helena! Quem você tem aí?” ele ouviu uma nova voz perguntar. Ótimo! Mais pessoas! Killian pensou sarcasticamente enquanto suplicava internamente para Constanza chegar logo.

“Oh oi Ava, eu fiz um novo amigo e ele é um grande fã seu” Helena respondeu.

O coração de Killian afundou ainda mais no estômago quando ouviu o nome ‘Ava’.