Desejando o Bilionário Pai de Praia - Capítulo 59

59: Capítulo 59: Solto sob Fiança 59: Capítulo 59: Solto sob Fiança *Michael*
À medida que as portas se abriram e eu saí do prédio da Express Air, o ar frio me atingiu no rosto. Fiz meu caminho pelo calçadao escorregadio até meu carro, que já me esperava. Bruce, o chefe da minha equipe de segurança, estava sentado no banco da frente, então deslizei para o banco do passageiro ao lado dele.

“É surpreendente ver você aqui, Bruce. Eu estava esperando Lance ou um dos outros motoristas hoje. Mas é bom ver você de qualquer maneira.”

“Eu mandei Lance buscar a Shelby em Cambridge, senhor. Eu não achei que seria prudente ela pegar o trem sozinha de novo, especialmente porque as circunstâncias mudaram recentemente. Espero que esteja tudo bem para o senhor.”

“O que você quer dizer que as circunstâncias mudaram?” eu perguntei, confuso.

“Eu soube hoje que alguém pagou a fiança do Blaine na semana passada. Ele esteve solto esse tempo todo,” Bruce respondeu.

“Ah, entendo,” eu disse, chocado. “Sim, foi uma boa decisão da sua parte, Bruce. Obrigado.”

Minha cabeça começou a girar com o pensamento de que Blaine poderia estar nos seguindo, a mim ou à Shelby, neste exato momento.

“Você sabe se ele tem alguma restrição imposta? Ele está em prisão domiciliar ou algo assim?” eu perguntei.

“Eu fiz um pedido para acessar essa informação. Eu o avisarei assim que descobrir, senhor,” Bruce respondeu. “Até termos essa informação, acho melhor eu acompanhá-lo pela cidade.”

“Muito bem, eu só precisava fazer umas compras hoje. Eu sei que as lojas vão estar uma loucura, a apenas três dias do Natal, mas eu preciso encontrar o presente perfeito para a Shelby.”

“Claro, senhor,” Bruce disse, colocando o carro em movimento e entrando no trânsito.

As ruas estavam cheias de compradores e suas sacolas de compras. Eu passei de loja em loja, com Bruce sempre por perto. Peguei um conjunto de pérolas, admirei-as e depois as coloquei no lugar novamente.

“Ainda não tem certeza do que comprar para ela?” Bruce me perguntou.

“Não. Essas seriam boas,” eu disse, gesticulando para as pérolas. “Tenho certeza de que ela gostaria delas, mas elas simplesmente não parecem ser a cara dela. A Shelby é muito diferente das outras mulheres com quem eu saí. Ela não é…”

Eu parei, tentando encontrar a palavra certa.

“Materialista?” Bruce sugeriu para mim.

“Exatamente,” eu ri. “Sinceramente, seria muito mais fácil comprar um presente para uma sugar baby verdadeira do que escolher algo para a Shelby. Ela realmente não liga para o dinheiro.”

Bruce soltou uma de suas raras gargalhadas.

“O que tem tanta graça?” eu perguntei de bom humor enquanto examinava os mostruários de joalheria.

“É que não são muitos homens que reclamam de suas namoradas não querendo que eles as mimem com presentes. Geralmente é o oposto,” Bruce disse.

Eu sorri, “Você me pegou aí. E o que você comprou para a sua esposa este ano, Bruce? Por favor, estou desesperado.”

“Eu sou casado há muito tempo, Michael, e aprendi uma coisa sobre presentes de Natal.”

“Estou ouvindo.”

“Não é sobre quanto o presente custa. É sobre o quanto de pensamento você coloca por trás do presente. Faça algo pessoal; escolha uma memória do tempo que passaram juntos e dê a ela algo que o faça lembrar daquele momento. Funciona toda vez,” Bruce explicou.

“Nossa, Bruce, não fazia ideia de que você era tão romântico. Essa é uma ótima sugestão.”

Voltei minha atenção para o mostruário de joias, examinando fileiras de diamantes, colares, pulseiras e brincos. Meus olhos pousaram em um pequeno par de brincos.

“Com licença, poderia dar uma olhada mais de perto nesse par?” eu perguntei à vendedora.

Ela tirou os brincos para mim, uma concha de ouro branco com uma delicada pérola branca na base. Fui imediatamente puxado de volta para a memória da Shelby pegando uma concha na praia, quando vimos os golfinhos juntos e como ela a carregou consigo pelo resto da viagem. Ela a deixou no criado-mudo quando foi embora, e na nossa última viagem, decidimos coletá-las juntos.

“Eu vou levar este par.”

A vendedora pareceu desapontada com a venda pequena, mas meu coração se sentiu muito mais leve sabendo que eu tinha um presente que seria verdadeiramente significativo para o nosso primeiro Natal juntos.

Eu saí da loja, sacola na mão, e fui direto para o carro. Eu precisava esconder os brincos em minha casa antes da Shelby chegar. Logo que cruzei na frente de uma grande porta que levava a uma loja de departamentos cara, senti o ombro do Bruce me empurrando para dentro.

“O que está acontecendo?” eu perguntei ao Bruce enquanto ele tentava me guiar discretamente fora da rua principal. Acabamos entre altas prateleiras de sapatos antes do Bruce parar.

Olhei pelas janelas de exibição e vi o Blaine caminhando pela rua na direção de onde acabávamos de sair.

“Era o Blaine?” eu perguntei, não confiando nos meus próprios olhos.

“Sim, senhor. Me desculpe pela mudança abrupta de direção, mas eu percebi um homem de capuz preto saindo da última loja ao mesmo tempo que nós. Eu queria ter certeza de que não era só coincidência.”

“Bem, isso não foi coincidência,” eu disse, balançando a cabeça frustrado. “Ele esteve nos seguindo o tempo todo?” eu perguntei.

“Não, eu só o notei quando saímos.”

“Estou me perguntando como ele me encontrou. Não é como se eu passasse muito tempo em joalherias femininas.”

“Eu estava pensando a mesma coisa. Acho que o melhor seria voltarmos ao escritório e planejarmos nossa próxima ação,” Bruce disse.

“Não, me leve de volta à minha cobertura. Eu já tenho um plano. Algo que o Blaine não esperará.”

A volta para minha cobertura foi longa e distante da nossa rota normal. Bruce fez curvas inesperadas, enquanto observava no espelho retrovisor para ter certeza de que não estávamos sendo seguidos. Usei o tempo extra para ligar para meu motorista, Lance, e dizer para ele levar a Shelby diretamente para o aeroporto em vez de vir para a cobertura. Fiz questão de deixar claro que ele não deveria revelar as mudanças de plano a Shelby.

Uma vez que Bruce teve certeza de que não estávamos sendo seguidos, ele subiu comigo até a cobertura.

“Bruce, tenho certeza de que estou seguro agora; você pode voltar para o escritório. Eu o chamarei assim que tiver tudo organizado.”

“Eu não acho que seria prudente, senhor. Um animal ferido é o mais perigoso. É exatamente isso que o Blaine é. Você o feriu, então da próxima vez que ele atacar, pode ser que ele queira mais do que apenas a sua reputação,” Bruce explicou.

“Até quando você pretende ficar ao meu lado, Bruce?” eu perguntei.

“Até eu ter certeza de que você está seguro, senhor.”

“Bem, então você precisa ligar para sua esposa, Bruce. Diga a ela para arrumar roupas quentes. Eu não vou tirar você da sua esposa no Natal, mas me recuso a passar o Natal aqui.”

Bruce assentiu, um pequeno sorriso quebrando sua expressão séria. Entrei no meu quarto e retirei uma mala do armário. Peguei meu telefone e disquei o número do Reggie.

Reggie tinha sido meu estagiário nos últimos anos, e nesse tempo, construí uma amizade com ele. Eu o confiava quase tanto quanto confio no Bruce.

“Alô?”

“Reggie, tem algo que eu preciso que você faça. Isso tem que ter prioridade sobre todo o seu outro trabalho agora, e você não pode deixar ninguém saber o que está fazendo, nem minhas secretárias ou recepcionistas, ninguém.”

“Ok, senhor. Eu posso fazer isso, mas tenho que perguntar, está tudo bem?” Reggie perguntou, e pude ouvir a preocupação em sua voz.

“O Blaine foi solto sob fiança. Eu não pensei que isso causaria muita preocupação até o Bruce notar que ele estava nos seguindo hoje. Nós conseguimos nos afastar sem o Blaine perceber, mas eu me recuso a passar meu primeiro Natal com a Shelby sentindo que tenho que olhar constantemente por cima do ombro,” eu expliquei.

“Entendo. O que você precisa que eu faça?” Reggie perguntou.

“Eu preciso que você limpe completamente minha agenda até depois das festas. Além disso, preciso do meu jato particular pronto em nosso hangar, abastecido com combustível suficiente para chegar ao Colorado. Entre em contato com minha prima Lucille e explique a situação. Diga a ela para nos encontrar no aeroporto; ela vai conosco.”

“Claro, senhor. Gostaria que eu enviasse um carro para Lucille?”

“Seria o melhor. Não acho que o Blaine a seguirá, mas diga ao motorista para pegar estradas alternativas para o aeroporto. Além disso, colabore com o Bruce para ter alguém da segurança garantindo que ela não está sendo seguida.”

“Certo, chefe,” Reggie disse.

“Obrigado, estou contente por ter você ao meu lado.”

“Eu sempre estarei, senhor. Espero que tenha um Feliz Natal.”

“Você também, Reggie.”

Desliguei meu telefone e o coloquei no bolso. Respirei fundo e examinei meu armário, pegando o que precisava para um Natal tranquilo nas montanhas.

Coloquei minhas coisas essenciais e o presente de Natal da Shelby na mala e a fechei.

Passaríamos o Natal na minha cabana privada em Vale.