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393: Capítulo 393: O Lar Perfeito 393: Capítulo 393: O Lar Perfeito *Lauren*
O chiado do bacon estalando me tirou do sono, e eu respirei o rico aroma do café se misturando com o doce cheiro do maple. Meus membros estavam pesados, mas a promessa do café da manhã me atraiu para fora do conforto da minha cama.
Finalmente meu enjoo matinal estava começando a passar e eu não poderia estar mais feliz com isso. Parecia que eu não tomava café da manhã há séculos e estava ansiosa por isso mais do que esperava.
Ainda estávamos à procura de um novo lugar que pudesse ser nosso, mas Lucas passava todas as noites aqui comigo, nesse ínterim. Atravessando o chão frio de madeira, encontrei Lucas no fogão, seus cabelos escuros uma bagunça por causa do sono, os músculos das suas costas se movendo sob a camisa enquanto cozinhava.
“Bom dia,” murmurei, envolvendo os braços em sua cintura por trás. Inspirei fundo, absorvendo o seu cheiro. Ele sempre cheirava incrivelmente bem, não importava a hora do dia. Acho que eu era simplesmente atraída pelo seu cheiro natural.
Ele se virou, um sorriso se abrindo em seu rosto. “Ei, dorminhoca. Pensei que você poderia usar um descanso extra depois de tudo.” Sua mão acariciou minha bochecha, um gesto tão terno que fez meu coração dar um pulo.
Tínhamos tirado a semana de folga juntos depois do incidente com o barco. Ainda estava fresco em nossas mentes. O pessoal do trabalho foi um anjo, dando um jeito para que pudéssemos ter esse tempo para nós mesmos. Com a diminuição dos turistas, a ilha havia se tornado nosso paraíso isolado—manhãs tranquilas como essa.
“Está com um cheiro maravilhoso,” disse eu, espiando por cima do ombro dele as panquecas dourando na frigideira.
“Só o melhor para você,” Lucas respondeu, virando uma panqueca com facilidade prática.
Nos acomodamos na pequena mesa da cozinha, com a luz do sol entrando pelas janelas, banhando tudo em um brilho caloroso. Enquanto comíamos, nossa conversa derivou para o tema que mais ocupava nossos pensamentos ultimamente—a busca pelo bangalô perfeito.
“É só que… eu não sei, Lucas. Nenhum dos lugares que vimos pareceu certo,” confessei, mexendo na ponta da minha panqueca. “Todos tinham algo faltando ou simplesmente não me davam aquela sensação de lar, sabe?”
Ele concordou, tomando um gole de seu café. “Eu entendo. Mas o que exatamente você está procurando? Talvez se a gente definir o que é importante para você, podemos descobrir isso juntos.”
Suspirei, sentindo a frustração borbulhar outra vez. Não era que eu esperava perfeição, mas com o bebê a caminho, eu queria que nosso novo lar fosse especial—um lugar cheio de amor e calor. Um santuário para nossa família em crescimento.
“Espaço é importante, e muita luz,” comecei. “Mas também tem que ser aconchegante. Um quintal seria ótimo. Algum lugar onde nosso filho pudesse brincar quando ele fosse mais velho.”
Lucas estendeu a mão sobre a mesa, cobrindo a minha com a dele. “Nós vamos encontrar, Lauren. Há um lugar perfeito esperando só por nós aqui, eu prometo.”
Sua garantia acalmou a tempestade dentro de mim, e eu apertei sua mão, grata pela sua paciência. Estávamos nisso juntos, e com Lucas ao meu lado, até a tarefa assustadora de procurar casa parecia um pouco menos intimidante.
Vesti um vestido de verão que caía em minhas curvas crescentes, o tecido leve contra minha pele. Lucas já estava na porta, com as chaves chacoalhando impacientemente em sua mão. “Pronta para ir?” ele perguntou, um sorriso otimista no rosto.
“Quase,” respondi, dando uma última olhada no espelho. O reflexo mostrava uma mulher que estava mudando todos os dias, o inchaço da nova vida arredondando sua figura. Respirei fundo, tentando reunir animação para o dia que se iniciava.
Saímos para a manhã ensolarada, o sol já alto no céu. A primeira parada era só uma curta viagem de carro de distância, mas quando paramos em frente ao bangalô, meu coração afundou. Era parecido demais com todos os outros—charmoso, sim, mas faltava aquela faísca que eu tanto queria ter.
Enquanto o corretor de imóveis nos guiava entusiasmado pelos cômodos, cada um decorado em cores neutras e com instalações modernas, me vi concordando distraidamente. A voz de Lucas, cheia de perguntas e comentários, desaparecia ao fundo como uma música distante.
Eu sabia que estava sendo exigente, mas não conseguia evitar. Eu sabia o que queria e ainda não tinha encontrado aquilo.
“Lauren?” O toque gentil de Lucas me trouxe de volta ao presente. “O que você acha?”
Forcei um sorriso, sem querer acabar com a esperança dele. “É bonito,” eu disse, as palavras soando vazias até para os meus próprios ouvidos.
“Só ‘bonito’?” ele perguntou, a testa levemente franzida.
“Vamos ver o resto,” sugeri, esperando que o próximo despertasse a alegria que eu buscava.
Mas enquanto o dia arrastava-se, o calor parecia pressionar sobre mim com uma força implacável. Cada visita se misturava à próxima—um turbilhão de gramados bem cuidados e interiores de bom gosto. Nenhum deles era ruim, por assim dizer, mas também não pareciam lar.
Er_BuildingTranslationAssistant_Output_SplitMarker_Eram todos muito simples e insossos. Eu queria algo único, algo que gritasse nós.
“Podemos fazer uma pausa?” perguntei, enxugando a testa com um lenço conforme deixávamos a terceira casa do dia. “É só que… eu preciso de um momento.”
“Claro,” Lucas disse, a voz cheia de preocupação enquanto me examinava atentamente. “Você não está exagerando, está?”
“Estou bem,” insisti, mais afiada do que pretendia. O calor irradiava do pavimento, e eu podia sentir minha energia falhando.
“Ok, então vamos encontrar um lugar fresco para sentar,” ele sugeriu, guiando-me gentilmente em direção a um banco próximo sob a sombra de um carvalho frondoso.
Ele era tão bom para mim que nem sequer comentou sobre eu ter estourado com ele.
O alívio foi imediato enquanto eu me afundava no banco de madeira, finalmente capaz de sentar à sombra longe do sol escaldante. Lucas sentou-se ao meu lado, sua mão encontrando a minha. “Está sendo duro para você, não é?”
“Talvez um pouco,” eu admiti, me encostando nele. “É só que… eu quero que tudo seja perfeito, sabe? Para o nosso bebê.”
Ele colocou um braço ao redor dos meus ombros, me puxando para perto. “Vamos encontrar, Lauren. Nosso lugar perfeito.” Sua confiança era reconfortante, mas conforme a tarde se estendia, a dúvida permanecia, pesada como o ar do verão.
A varanda do quarto bangalô rangeu sob nosso peso enquanto saíamos, a corretora fechando a porta com um sorriso que começava a parecer forçado. Eu podia sentir o olhar de Lucas sobre mim, procurando por um sinal de aprovação, mas tudo o que eu consegui foi um murmúrio indeciso.
“Você viu o mofo no banheiro?” disse eu baixinho, assim que estávamos fora de alcance auditivo. “E a cozinha é muito pequena.”
“Lauren,” ele começou, uma nota de exasperação em sua voz, “o mofo pode ser consertado, e a cozinha—bem, não é tão ruim assim.”
Suspirei, passando as mãos nas têmporas. “Não estamos apenas comprando uma casa, Lucas. Estamos construindo um lar, um lugar para iniciar nossa família. Tem que ser certo.”
Ele passou a mão pelos cabelos escuros, sua frustração evidente. Caminhamos até o carro em silêncio, o calor nos pressionando como um peso físico.
“Lauren,” ele começou de novo, uma vez que estávamos dentro do conforto com ar-condicionado do carro. “Você realmente quer isso? Um novo lugar comigo?” Seus olhos escuros encontraram os meus, buscando verdade.
Quer dizer, nenhum dessas casas foi perfeita, mas tampouco são desastres. Você está apenas sendo exigente, ou isto… é tudo demais para você?”
Suas palavras doeram, e eu senti um formigamento de culpa. Era eu que estava sendo irrazoável? As linhas de preocupação em sua testa me tocaram o coração.
“Lucas, eu…” Minha voz morreu, incerta do que dizer. Eu sabia que ele estava tentando entender, apoiar-me, mas a visão que eu tinha para nosso futuro era tão clara. Como eu poderia comprometer os sonhos que tinha para nosso filho?
“Eu só quero encontrar algo que pareça lar,” eu sussurrei, permitindo-me a vulnerabilidade do momento. “Para todos nós.”
“Estou tentando. Mas você não parece feliz com nenhum deles. Está começando a parecer que você não quer isso.”
Me recostei no encosto de cabeça, fechando os olhos. O zumbido suave do motor era reconfortante e eu tentei me concentrar naquilo para manter-me de ficar abalada. Lucas passou a mão sobre a minha, dando um aperto reconfortante.
“Olha, me desculpe,” ele disse, sua voz agora mais suave. “Eu só quero que você seja feliz. Mas também quero ter certeza de que você não está se esforçando demais. Com o bebê a caminho, eu não quero que você se estresse com cada coisinha.”
Uma onda de frustração subiu dentro de mim, e eu pude sentir o calor corando minhas bochechas. Lucas sentava ali, tão composto quanto sempre, com seus cabelos captando a luz do sol que filtrava pela janela aberta. Mas seu olhar preocupado dessa vez não me fazia sentir melhor.
“Lucas,” eu disparei as palavras como balas, “só porque estou grávida não significa que eu sou incapaz de lidar com visitas a casas. Ou de tomar decisões. Ou de saber o que quero.”
Ele piscou, surpreso pela minha explosão. “Lauren, eu não—”
Eu o interrompi, a ira em minha voz afiando cada palavra. “Você acha que eu não vejo? O jeito como você anda na ponta dos pés ao meu redor como se eu fosse alguma flor delicada prestes a morrer? Eu sou mais forte do que você pensa.”
“Hey, eu estou só tentando cuidar de você,” ele protestou, mas eu não quis saber.
“Questionando meu julgamento?” Eu balancei a cabeça, recuando dele. “Não, acabou aqui. Você pode ver o resto dos bangalôs sozinho. Encontre um que seja perfeito aos seus olhos já que os meus parecem tão falhos para você.”
“Lauren, espera—” Lucas estendeu a mão, quase tocando a minha, mas eu já estava com a porta aberta e meus pés no chão. Eu precisava de espaço. Precisava respirar.
Eu bati a porta do carro atrás de mim antes de virar nos calcanhares e sair andando, deixando Lucas para trás no carro. A brisa suave não fez nada para esfriar minhas bochechas ardentes.
Eu não podia acreditar que ele estava agindo assim. Por que ele não queria que tivéssemos o lar perfeito? Não merecíamos isso? Depois de tudo pelo que passamos, era demais esperar uma coisa boa?
Enquanto me afastava do bangalô, eu não podia acreditar nele—ou em nós. Como chegamos a esse ponto? Como nosso sonho de encontrar um lar perfeito para nossa família em crescimento levou a essa discussão acalorada no meio de uma sala de estar inacabada?
Eu não olhei para trás enquanto me afastava. Precisava de tempo para pensar sobre isso.
Longe de Lucas.