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- Capítulo 392 - 392 Capítulo 392 Emergência no Mar 392 Capítulo 392
392: Capítulo 392: Emergência no Mar 392: Capítulo 392: Emergência no Mar *Lucas*
O sol da manhã salpicava as águas claras enquanto eu guiava o barco de passeio com mão firme, minha mente ainda dançando com imagens da Lauren da noite anterior. A risada dela ecoava em meus pensamentos, misturando-se ao suave esguicho contra o casco. A brisa do mar brincava com meu cabelo desalinhado, e eu não podia deixar de me sentir leve como se fosse parte do próprio vento.
“Belíssimo dia, não é?” Gritei para os convidados, que responderam com um coro de concordância. Seus olhos estavam arregalados enquanto absorviam a beleza da Costa, câmeras disparando para capturar memórias.
Pensei no sorriso da Lauren, como ele tinha alcançado os olhos dela quando ela concordou em morar juntos. Não era só paixão também. Era sobre conexão — genuína e profunda. Meu coração se enchia com a ideia de que ela me via como mais do que apenas o momento presente.
Eu não queria temporário com ela, nunca quis. Só queria que ela pudesse ver isso mais claramente. Teria esclarecido muita da confusão que tivemos nos últimos meses.
Enquanto apontava um grupo de golfinhos brincando ao longe, um solavanco repentino interrompeu a calma. O motor engasgou, espasmando como se estivesse gaspando por ar, antes de cair em um silêncio assustador. Murmúrios confusos perpassaram entre os convidados enquanto o barco derivava com a corrente.
“Deve ser um glitch,” eu murmurei, principalmente para mim mesmo, enquanto me dirigia para verificar o motor. Virei interruptores e chequei conexões, minha mente percorrendo possibilidades. Mas tudo parecia estar no lugar, sem sinais óbvios de problemas. Contudo, o motor permanecia inerte, me zombando com seu silêncio.
“Está tudo bem, Capitão?” um dos convidados perguntou, um toque de preocupação em sua voz.
“Nada com que se preocupar,” assegurei-os com uma confiança que eu não sentia completamente. “Apenas um pequeno soluço. Voltaremos ao curso em breve.”
“O que tá pegando?” Aidan perguntou ao aparecer atrás de mim.
“Não tenho certeza.”
Mas conforme os momentos se estendiam em minutos sem o zumbido confortante do motor, eu sabia que estávamos presos, e não conseguia afastar a preocupação roendo as bordas dos meus pensamentos. E se não conseguirmos voltar? O que Lauren iria pensar? Pânico era um luxo que eu não podia me permitir, não com todos olhando para mim, esperando uma solução.
“Aproveitem a vista um pouco mais, pessoal,” falei com um sorriso forçado, escondendo meu desconforto. “Ainda temos bastante luz do dia.”
Em meu peito, meu coração não estava mais voando. Ele estava batendo, um ritmo de preocupação que esperava que não se transformasse em medo.
Aidan jogou a âncora na água com um splash que pareceu muito alto no silêncio que se assentou sobre nós. “Está lançada,” ele anunciou, e eu assenti, meu olhar fixado no rádio enquanto mexia nos botões. Estática crepitava pelos alto-falantes, e nada mais.
“Costa, aqui é a Serendipidade,” eu chamei. A única resposta foi um chiado persistente que preencheu a cabine. Pressionei o botão de transmissão novamente, uma ruga de preocupação marcando minha testa. “Costa, responda. Precisamos de assistência.”
“É a bateria?” Aidan perguntou, espiando por cima do meu ombro.
“O rádio é ligado à energia do barco, não a uma bateria separada.” Minha voz soou mais calma do que eu me sentia. “E já que o motor está morto…”
“Ótimo,” Aidan murmurou, esfregando a nuca.
“Deixe-me dar uma olhada embaixo,” eu disse, já tirando minha camisa. A água estaria fresca contra minha pele beijada pelo sol, um bom alívio do calor que se apegava ao ar.
“Tenha cuidado,” Aidan advertiu, seus olhos varrendo o estirão infinito de água ao redor de nós.
“Sempre tenho,” respondi, embora minha mente ainda estivesse na Lauren e como ela reagiria a este imprevisto. Com um suspiro fundo, mergulhei na água, o frio repentino afastando as preocupações da minha mente. Debaixo da superfície, abri meus olhos para o mundo verde-azulado turvo abaixo de nosso barco encalhado.
Nadei ao longo do comprimento do barco, mãos sondando por algo fora do comum — cordas emaranhadas, destroços, danos ao casco — mas não havia nada. Apenas o lado liso da Serendipidade e o balanço suave do oceano embalando-a.
Ressurgindo, sacudi a água do meu cabelo escuro e chamei para Aidan, “Nada. Está tudo limpo aqui embaixo.”
“Então qual é o problema?” A frustração do Aidan ecoou a minha.
Subindo de volta à bordo, eu podia sentir o peso dos olhares dos convidados sobre mim. Eles estavam em silêncio agora, sua diversão anterior substituída por ansiedade. Eu tinha que levá-los de volta em segurança, e tinha que assegurá-los sem palavras. Um aceno e um sorriso teriam que funcionar até que eu descobrisse nosso próximo movimento.
Aidan e eu trocamos um olhar, um acordo tácito passando entre nós. Era hora de abandonar o barco. Nos movimentamos rapidamente, eficiência aprimorada por anos trabalhando juntos nesses passeios. Enquanto Aidan reunia os coletes salva-vidas, eu puxei a cobertura do barco de emergência.
“Certo, pessoal,” eu disse, minha voz calma mas projetando-se através do convés. “Vamos fazer um pequeno desvio de volta para a Costa.”
Os convidados se aproximaram, seus rostos preenchidos com preocupação. Mas enquanto os ajudávamos a entrar na embarcação de emergência, sua tensão diminuiu, substituída por uma confiança cautelosa. Eu podia ver nos olhos deles — estavam confiando em mim para assegurar, e eu pretendia fazer isso.
“Está tudo sob controle,” eu lhes disse enquanto Aidan entregava os últimos coletes salva-vidas. “Isto é apenas uma precaução.”
“Conseguiremos terminar o passeio?” uma mulher perguntou, seus olhos grandes sob a aba do seu chapéu de sol.
“Com certeza,” eu respondi, prendendo o motor no barco pequeno. “Pode não ser hoje, mas asseguro que vocês poderão terminar o passeio antes do final da estadia de vocês. E para compensar por esse pequeno soluço, o resort está oferecendo a todos vocês uma refeição gourmet de cortesia esta noite.”
“Sério?” Um homem animou-se, seu incômodo anterior esquecido com a menção de comida.
“Absolutamente,” eu disse com um sorriso. “Considere isso nossa maneira de pedir desculpas pelo transtorno.”
Quando Aidan e eu subimos no barco, peguei os controles e guiamos para longe da Serendipidade. Os convidados murmuravam entre si, sua ansiedade inicial virando um burburinho empolgado sobre o que eles pediriam no restaurante do resort.
A areia estalou sob o barco de emergência quando deslizamos para a Costa, e meu olhar imediatamente se fixou na Lauren. Seu cabelo loiro era um halo selvagem ao redor de seu rosto marcado por lágrimas. Ela estava chorando, seu corpo sacudido por soluços que me cortavam mais afiados do que cacos de vidro.
“Lauren!” eu chamei, saltando para o cais, movendo-me rapidamente para confortá-la.
“Lucas!” A voz dela rompeu os sons abafados de preocupação dos convidados atrás de mim, e em dois batimentos cardíacos, eu estava ao lado dela, envolvendo-a em meus braços. Ela se agarrou a mim, seu aperto feroz, como se eu pudesse desaparecer se ela me soltasse.
“Deus, Lucas, eu pensei—” As palavras dela saíram em uma enxurrada frenética, seu hálito quente contra meu pescoço. “Quando o rádio ficou em silêncio — quando ninguém conseguia contato com você — eu imaginei o pior.”
“Hey, hey,” eu disse em um tom calmo, acariciando suas costas, sentindo-a gradualmente relaxar contra mim. “Estou aqui, Lauren. Estou bem. Todos estamos seguros.”
“Promete?” Sua voz era pequena e vulnerável. Foi aí que me atingiu o quanto ela tinha se tornado importante para mim.
“Prometo.” Eu beijei o topo de sua cabeça, inspirando o aroma familiar do seu xampu misturado com o toque salgado do ar do oceano.
Ela finalmente se afastou, limpando as lágrimas com as costas da mão, seus olhos procurando os meus por qualquer sinal de que eu não estava tão bem quanto dizia. Mas ao não encontrar nada, sua postura se endireitou, e a mulher que fora criada entre a elite de Nova York, que sabia lidar com qualquer crise com elegância, reapareceu.
“Certo,” ela disse, respirando fundo. “E os convidados?”
“Eles estão abalados, mas são durões,” eu disse com um sorriso, tentando amenizar o clima.
“É mesmo?” Um lampejo de diversão cruzou seu rosto, e ela se voltou para abordar os convidados com um profissionalismo que nunca deixava de me impressionar.
“Senhoras e senhores, pedimos desculpas pelo transtorno. Para compensar esse evento inesperado, convidamos vocês a se juntarem a nós em nosso melhor restaurante para um jantar cortesia esta noite.”
“Vai ter lagosta?” uma senhora mais velha perguntou, sua voz esperançosa, mas hesitante.
“Com certeza, Sra. Henderson,” Lauren a garantiu com um sorriso que podia encantar o cliente mais insatisfeito. “Lagosta, bife e qualquer outra coisa que seu coração desejar.”
“Perfeito,” outro convidado se manifestou, e a tensão que estava espessa no ar se dissipou como névoa da manhã sob o sol.
“Obrigada,” Lauren sussurrou para mim enquanto os convidados começavam a murmurar empolgadamente entre si sobre o cardápio.
“Tudo por você,” eu respondi baixinho, só para ela ouvir. E eu quis dizer cada palavra. Qualquer coisa para vê-la sorrir, para mantê-la segura. Porque no espaço de algumas horas caóticas, meu mundo se reduziu à certeza dela em meus braços — e era isso que importava.
Caminhamos pelo cais desbotado pelo sol, deixando os convidados aliviados para trás. As sandálias da Lauren batiam contra as tábuas de madeira, em contraste com o suave sussurro das ondas batendo na Costa. Ela havia voltado para a sua persona composta, o pânico que a havia apreendido mais cedo agora trancado atrás de camadas de profissionalismo.
“Certo, precisamos ligar para a Guarda Costeira,” ela disse, alcançando a porta do escritório administrativo do resort. Sua voz era firme, mas peguei o leve tremor na mão dela antes de desaparecer por trás da maçaneta.
“Certo.” Minha própria voz soou áspera e cascalhenta pelo ar salgado. Segui-a para dentro, grato pela sombra e pelo escape do calor do meio-dia.
Lauren foi direto para a mesa e pegou o telefone, discando com facilidade prática. Eu me encostei na parede fria, observando-a, admirando como ela assumia o controle. Mesmo depois de testemunhar sua vulnerabilidade, sua força nunca deixava de me surpreender.
“Oi, sim, aqui é Lauren Astor do Resort Fuga à Beira-mar. Temos um barco encalhado a cerca de duas milhas da Costa oeste da ilha. Sem energia, sem feridos, mas precisamos de um reboque.” Ela ouviu por um momento, concordando com a voz do outro lado da linha. “Sim, as coordenadas já foram enviadas pelo farol de emergência. Obrigada.”
Ela desligou e se virou para mim, seus olhos examinando meu rosto por sinais do que eu havia passado. “Eles já estão cuidando disso. Não deve demorar mais de uma hora antes de chegarem ao barco.”
“Obrigado, Lauren.” Minha gratidão era tanto pela sua eficiência quanto pela sua preocupação anterior. “Não sei o que faria sem você.”
“Vamos torcer para que este seja o último soluço por um bom tempo.” Um sorriso tímido percorreu seus lábios, um vestígio da nossa noite compartilhada ainda lá.
“Concordo. Excitação demais não é bom para o coração,” eu brinquei, embora a pressão em meu peito não tivesse nada a ver com adrenalina e tudo a ver com ela.
“É o que eu digo,” ela suspirou, encostando-se na mesa. Por um momento, ela parecia cada bit a socialite despreocupada que eu conheci inicialmente, mas muito mais centrada. Era uma combinação que me atraía a ela, repetidas vezes.
“Vamos,” eu disse, oferecendo minha mão. “Precisamos sair deste escritório. Ambos podemos usar um pouco de ar fresco.”
Ela pegou minha mão, seu aperto firme e tranquilizador. Ao sairmos do escritório, não pude deixar de sentir o peso se levantando dos meus ombros. De volta à terra firme, com Lauren ao meu lado, eu estava exatamente onde queria estar.