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379: Capítulo 379: Tarde Demais, Pouco Demais 379: Capítulo 379: Tarde Demais, Pouco Demais *Lauren*
O toque agudo do meu telefone me arrancou das profundezas do sono, e meu coração batia contra as costelas como um pássaro em pânico. Tateando no escuro, agarrei o aparelho, franzindo os olhos diante da luz intensa da tela. O nome de Lucas brilhava de volta para mim, e meu estômago se retorceu com um súbito receio. Era tarde—tarde demais para chamadas casuais.

Aconteceu alguma coisa? Ele estava machucado? Alguém estava machucado?

“Lucas?” Minha voz tremia, traindo meu medo. “O que houve? Você está bem?”

“Lauren! Ei, amor…” Suas palavras se atropelavam, um sinal claro de que ele não estava sóbrio. Havia uma leveza desconhecida em seu tom, que não pertencia à nossa recente sequência de conversas tensas.

“Lucas, você parece… Você está bêbado?” Eu me sentei, afastando os lençóis enquanto a preocupação se transformava em frustração. Ele não estava machucado. Em vez disso, havia decidido afogar o que quer que estivéssemos passando em álcool.

“Talvez só um pouco.” Uma risada se filtrou pela linha, mas ela carecia de verdadeiro humor. “Desculpe por mais cedo, Lauren. Estou com saudades de você.”

Meu pulso começou a desacelerar, mas eu não conseguia descartar a preocupação que aderiu como uma segunda pele. “Você está com saudades de mim?” Eu ecoei, apertando o telefone mais forte. Eu o afastei para checar a hora novamente. Sim, realmente é muito tarde para estar tendo esta conversa.

“Lucas, onde você está?”

“Em algum lugar,” ele disse, e eu quase podia visualizar seus cabelos escuros em desalinho, aquelas bochechas coradas pelo sol ruborizadas pela bebida. “Eu só realmente preciso te ver, Lauren.”

“Lucas, isto não está…” Eu interrompi, mordendo meu lábio. Isso era um novo território para nós, para ele. Ele sempre foi tão composto, tão no controle. O que o empurrou para além do limite esta noite? Mas eu já sabia a resposta: eu.

“Você não está dirigindo, está?” Minha voz estava afiada com preocupação, um tom materno surgindo apesar das minhas tentativas de contê-lo.

“Eu? Não, eu não faria—” Houve uma pausa, e eu podia praticamente sentir ele balançando através do telefone. “Mas eu preciso de uma carona.”

Eu suspirei e esfreguei meu rosto cansado com a mão livre enquanto balançava minhas pernas para o lado da cama.

“Por favor, Lauren.” Sua voz amaciou, um fio de vulnerabilidade se entrelaçando através da névoa alcoólica. “Eu preciso de você.”

“Certo,” cedi, esperando pelo menos me sentir melhor sabendo que ele estava seguro. Mesmo depois de tudo, eu não podia deixá-lo sozinho assim. “Eu vou te buscar, Lucas.”

“Obrigado,” ele murmurou, e havia algo tão cru, tão desprotegido nesse agradecimento que comprimiu meu coração. Eu terminei a chamada com uma promessa a mim mesma—eu encontraria uma maneira de consertar o que estava quebrado entre nós. De alguma forma.

“Onde você está?”

“Hum, o bar lá embaixo, perto da praia do sul,” ele falou, um pouco arrastado, e eu revirei os olhos mesmo sabendo que ele não poderia vê-lo.

“Fique aí, estou a caminho.” Eu desliguei antes que ele pudesse protestar ou fazer mais confissões que só me machucariam ainda mais.

Eu peguei as roupas mais próximas que consegui encontrar, um par de jeans desgastados e uma camiseta macia que ainda tinha um leve cheiro de amaciante de lavanda. Procurei minhas chaves na cômoda bagunçada, a urgência motivando meus movimentos.

Meus pés tocavam o piso frio enquanto eu saía do meu bangalô e entrava no ar úmido da noite. O resort estava silencioso, exceto pelo som distante das ondas acariciando a areia. Eu me dirigi à fileira de carros reservados para uso dos funcionários, minha mente correndo mais rápido que meu coração. Não era do feitio de Lucas se afogar em álcool, não assim.

Ao me aproximar de um SUV pequeno, sua pintura branca brilhando sob o luar, minha irritação lutava com a preocupação que me roía por dentro. Eu abri a porta um pouco bruscamente, o som ecoando na calmaria. Escorregando para trás do volante, dei a mim mesma um momento para descansar minha cabeça contra o volante, fechando os olhos brevemente.

“Se controle, Lauren,” murmurei para mim mesma. A chave girou na ignição com um ronronar satisfatório, e o zumbido familiar do motor acalmou meus nervos.

Provavelmente foi por causa da nossa briga—risque isso, definitivamente foi por causa da nossa briga—aquela discussão feia que tivemos mais cedo onde palavras mais afiadas que facas foram lançadas sem cuidado. A culpa se torcia em meu estômago, ácida e pesada. Nós dois éramos culpados, mas eu era quem mantinha segredos e fazia ele duvidar de mim. Eu era quem estava mantendo este bebê dele.

“Maldição, Lucas,” eu sussurrei, saindo com o carro na estrada que serpenteava através do resort. Os faróis do carro rasgavam a escuridão, um farol me guiando até o homem que de alguma forma tinha se tornado minha dor e felicidade ao mesmo tempo.

Eu parei no bar, seus letreiros de néon piscando como um chamado de sirene na noite. No momento em que desliguei o motor, Lucas cambaleou das sombras, sua figura um pouco instável mas inconfundivelmente ele. Seu cabelo escuro estava mais bagunçado que o usual, e o cheiro de bebida me atingiu quando ele abriu a porta e se desabou no assento do passageiro.

“Ei,” ele falou arrastado, um sorriso torto se espalhando em seu rosto corado pelo sol. Antes que pudesse ligar o carro novamente, ele se inclinou e pressionou seus lábios nos meus—um beijo que era ao mesmo tempo urgente e desajeitado. Sua língua traçou o contorno dos meus lábios e eu relutantemente lhe permiti entrada por apenas um instante.

“Lucas,” eu disse firmemente, me afastando e colocando uma mão em seu peito para manter alguma distância entre nós. “Um beijo é tudo que você vai ter essa noite.”

“Por quê?” ele perguntou, seus olhos turvos mas buscando os meus por uma resposta.

“Porque eu não vou tirar vantagem de você enquanto você está bêbado.” Minha voz era severa, embora tremesse um pouco, traindo minha preocupação.

Ele soltou uma gargalhada rouca, que não chegava aos olhos. “Obrigado por me buscar,” disse ele, a gratidão em sua voz verdadeira apesar de seu estado embriagado.

“Você está bem?” Eu perguntei, estudando seu rosto à luz fraca. “Eu nunca te vi tão bêbado antes.”

“Ah, eu estou bem,” ele descartou, acenando com uma mão desdenhosamente. Mas eu sabia melhor. Lucas não estava bem; algo o consumia, e era mais do que apenas os efeitos do álcool. Era eu. Eu fiz isso.

A culpa afundou profundamente em meus ossos.

Eu liguei o sinal de mudança de direção, o suave tique-taque um contraste marcante ao silêncio de Lucas. Estávamos há apenas algumas quadras do bangalô dele quando ele alcançou, sua mão desajeitada encontrando a minha na alavanca de câmbio.

“Lauren, espera,” ele falou arrastado, apertando meus dedos. “Não… não me leve para lá. Eu quero ir com você. Para o seu lugar.”

Eu expirei, um longo suspiro que parecia pesado com palavras não ditas. “Lucas, tem certeza? Você não está exatamente–”
“Por favor,” ele interrompeu, e havia algo tão vulnerável naquela única palavra que rompeu minha hesitação.

“Certo. Mas sem gracinhas,” eu disse, direcionando o carro para longe do bangalô dele e em direção ao meu.

“Prometo,” ele murmurou, e mesmo sabendo que promessas são frágeis em confiabilidade a essa hora e nesse estado, eu acreditei nele.

A viagem para o meu bangalô foi curta, mas cada minuto esticava-se firmemente com a tensão daquilo que não estava sendo dito. Quando chegamos, eu ajudei Lucas a entrar, seu braço drapejado sobre meu ombro para equilibrar.

“Vamos pegar algo para você comer,” eu murmurei, guiando-o para a cozinha.

“Só se for com você.” Suas palavras eram brincalhonas, mas seus olhos estavam vidrados e desfocados.

“Sente-se antes que você caia,” eu ordenei gentilmente, empurrando-o para uma cadeira. Eu vasculhei o armário, tirando biscoitos e queijo, qualquer coisa para absorver o álcool girando dentro dele.

Enquanto eu colocava o prato na frente dele, Lucas pegou minha mão novamente, levando-a aos seus lábios. O beijo que ele deu em meus nós dos dedos era carinhoso, uma forte contradição a seu beijo bêbado anterior.

“Deus, você é linda,” ele respirou, seu olhar fixo no meu. “Tão malditamente linda. E inteligente. E gentil. E eu te amo. Eu amo. Tanto.”

Minha garganta apertou com sua confissão, as palavras agitando um redemoinho de emoções dentro de mim. “Você está bêbado, Lucas. Você diria qualquer coisa agora.”

“Mas eu falo sério,” ele insistiu, seu aperto se fortalecendo como se tivesse medo de que eu escorregasse. “Eu falo sério, Lauren.”

Eu afastei uma mecha de seu cabelo, meu coração inchando com uma dor que nada tinha a ver com pena ou a necessidade de protegê-lo. Era amor, puro e complicado, e doía mantê-lo escondido.

“Vamos te colocar na cama,” eu disse, as palavras pesadas em minha língua enquanto eu o ajudava a se levantar.

“Fique comigo?” Sua voz estava pequena, infantil.

“Se é isso que você quer,” eu sussurrei, sabendo que faria qualquer coisa para aliviar sua dor, mesmo que significasse esconder a minha própria por um pouco mais de tempo.

Eu guiei Lucas até a beira da minha cama, seus passos incertos mas ainda conseguindo um sorriso torto que nunca falhava em mexer com meu coração. Ele desabou no colchão com um suspiro, e eu não resisti a alisar o cabelo longe de sua testa, observando suas pálpebras lutarem enquanto ele resistia ao sono.

“Fique,” ele murmurou, sua voz arrastando apenas levemente enquanto sua mão procurava a minha.

“Eu não vou a lugar nenhum,” eu o tranquilizei, apertando seus dedos gentilmente. O quarto estava silencioso, exceto pelos sussurros suaves da brisa noturna através da janela entreaberta. Parecia íntimo, este espaço compartilhado, cheio de confissões não ditas e o eco da nossa briga mais cedo.

“Água,” ele disse em seguida, e eu lhe trouxe um copo, segurando em seus lábios enquanto ele tomava pequenos goles, sua garganta trabalhando ao luar.

“Melhor?” Eu perguntei assim que ele terminou, colocando o copo vazio no criado-mudo.

“Muito.” Ele sorriu, mas mesmo através do névoa alcoólica, eu podia ver a sombra de algo mais em seus olhos—dor, arrependimento ou talvez ambos.

“Lucas, você não precisa—” eu comecei, mas ele me interrompeu com um aceno de cabeça.

“A noite não é sobre isso,” ele disse. “É só… é bom estar com você, Lauren.”

Eu me abaixei, dando um beijo suave em sua têmpora, demorando um pouco mais que o necessário. Havia tantas coisas que eu desejava dizer, tantas verdades que eu queria compartilhar. Mas não agora, não assim.

“Tente dormir,” eu sussurrei, arrumando as cobertas até seu queixo. Ele assentiu, as pálpebras já cedendo ao peso da exaustão e do álcool.

Enquanto eu o observava adormecer, minha mente corria com pensamentos sobre o futuro, sobre o que nos aguardava. Eu acariciei meu estômago levemente, o segredo dentro de mim se fortalecendo a cada dia. Um dia, quando o caos de nossas vidas se acalmasse e o medo de mudar tudo não fosse tão assustador, eu lhe contaria sobre o bebê. Nosso bebê. Um dia, eu tiraria sua dor e a substituiria por alegria.

Mas esta noite, eu deixava o silêncio nos cercar, meu coração doendo de amor e preocupação, enquanto eu me enroscava ao lado dele, permanecendo acordada até o amanhecer.

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