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- Capítulo 375 - 375 Capítulo 375 Perguntas para o Futuro 375 Capítulo 375
375: Capítulo 375: Perguntas para o Futuro 375: Capítulo 375: Perguntas para o Futuro *Lauren*
O frio da pia do banheiro parecia uma âncora enquanto eu me apoiava nela, segurando as bordas enquanto outra onda de náusea me dominava. Uma única gota de suor escorria pela minha têmpora — um testemunho do esforço que eu fazia para permanecer em silêncio. Lucas já tinha saído para o dia, o sol da manhã o arrastando para suas responsabilidades antes que o primeiro sinal da minha doença pudesse traí-lo.
“O bebê tem um senso de humor e tanto,” eu sussurrei para mim mesma, tentando um sorriso fraco no espelho. O reflexo que me encarava estava pálido, a vibração usual dos meus vinte e poucos anos ofuscada pela constante náusea. Mas, escondido sob isso, algo milagroso estava florescendo.
Três meses se passaram, e ainda assim, meu corpo não havia completamente revelado o segredo. Embora parecesse determinado a me lembrar a cada oportunidade. Eventualmente, Lucas iria notar. Ou a náusea ou o crescente inchaço.
Eu enxaguei a boca, joguei água fria no rosto e sequei as bochechas com uma toalha. Ainda não havia muito de uma barriga, nada que eu não pudesse esconder de qualquer forma. Mas havia outras mudanças, inegáveis que até mesmo Lucas havia notado, apesar dos meus esforços em mantê-las escondidas dele.
“Parece que alguém tem malhado,” ele tinha brincado ontem à noite, suas mãos deslizando sobre curvas que pareciam mais cheias, mais pronunciadas. “Ou, talvez seja todo nosso tempo no quarto.”
“Ou talvez seja apenas sua imaginação trabalhando demais,” eu rebati levemente, capturando suas mãos errantes nas minhas. Seus olhos escuros dançavam de diversão, os cantos se enrugando de um jeito que sempre fazia meu coração pular.
“Pode ser,” ele concordou, me puxando para mais perto no calor de seu peito. “Mas eu não me importo nem um pouco.”
Ele se inclinou mais, seus olhos fixos nos meus, e passou um polegar áspero pela borda do meu sutiã de renda. Um sorriso sugestivo se espalhou em seu rosto. Ninguém poderia negar que eles haviam aumentado, mas eu continuava disfarçando.
“Sabe,” Lucas murmurou, o calor de sua respiração fazendo cócegas na minha orelha enquanto ele pressionava os lábios contra meu pescoço, “acho que você está me provocando de propósito.”
“Ou talvez você esteja apenas tentando me distrair,” eu retruquei, minha voz leve, mas uma ponta de preocupação tecendo através dela.
Sua aceitação era minha paz, sua natureza tranquila me permitindo manter essa delicada mentira por um pouco mais de tempo. No entanto, com cada dia que passava, o peso do meu segredo crescia, a verdade pressionando contra o interior do meu peito, ansiando para ser libertada.
Não era o medo que me mantinha em silêncio; era o desejo de nos ver prosperar sem amarras ou sombras pairando sobre nossas cabeças. Eu queria que nossa história de amor fosse apenas isso — nossa. Sem complicações por circunstâncias ou expectativas. Eu queria que ele me escolhesse por amor, não por obrigação.
“Hoje é apenas mais um dia,” eu falei ao meu reflexo, encontrando força na rotina. Com uma última olhada garantindo que nenhum sinal revelador me denunciasse, virei do espelho e segui para o trabalho, pronta para mergulhar nos planos e preparativos que me aguardavam.
Eu segurei a borda do balcão, uma onda de náusea rolando por mim enquanto eu tentava acalmar meu estômago. Engolindo em seco, foquei em estabilizar minha respiração, contando silenciosamente até o momento passar. O azulejo sob meus pés estava frio ao contrário do calor inundando minhas bochechas.
“Ei, você está bem?” A voz de Lucas chegava da porta, carregada de preocupação.
Eu pulei, assustada, tendo ouvido ele sair já. O que ele estava fazendo aqui? Meu Deus, ele poderia ter me pegado.
“Desculpe. Esqueci meu café, pensei em voltar e pegá-lo antes de começar meu dia. Lauren, você não parece bem. Está tudo bem?”
Eu lhe dei um sorriso fraco, empurrando a borda do balcão. “Sim, só um pouco cansada,” eu menti suavemente, embora a culpa me roesse por não compartilhar a verdadeira causa do meu desconforto.
Ele se aproximou, a luz da manhã lançando um brilho suave em seus cabelos escuros. Lucas envolveu um braço ao redor da minha cintura, seu toque suave, porém firme, me ancorando.
“Talvez você devesse pegar leve hoje,” ele sugeriu, seu polegar acariciando o algodão da minha camisola de dormir.
“Não posso,” murmurei, me inclinando para seu abraço, mas sentindo o puxão da responsabilidade. “Há tanto para fazer.” E havia — muito mais do que apenas trabalho. Havia esse segredo entre nós, crescendo tão certamente quanto a vida dentro de mim.
“Lauren,” Lucas disse, inclinando meu queixo para encontrar seu olhar. Seus olhos examinavam os meus, e eu me perguntava se ele via através da atuação. “Estamos indo muito bem, sabe? Só nós dois.”
Minha voz estremeceu com suas palavras, um eco silencioso dos meus próprios pensamentos. Estávamos indo muito bem, construindo algo belo juntos, e eu temia o que poderia acontecer quando ele descobrisse a verdade. Quando ele soubesse sobre o bebê.
“Estamos,” concordei, minha voz mal passando de um sussurro. Eu queria contar a ele então, compartilhar tudo, mas o medo me segurava. Medo de que ele ficasse por dever, e não por desejo, que nosso amor fosse ofuscado pela obrigação.
“Lucas,” eu comecei, a palavra pairando entre nós como um fio prestes a arrebentar. Mas então me contive. Ainda não. “Obrigada por estar aqui.”
“Onde mais eu estaria?” ele perguntou com um sorriso caloroso, alheio à tempestade que rugia dentro de mim. Ele pressionou um beijo em minha testa — uma promessa no gesto simples — e eu senti minha resolução endurecer.
“Tenho que ir trabalhar, mas quero que você pegue leve hoje. Promete pra mim, Lauren.”
“Prometo.”
Disfarçar não parecia mais uma opção enquanto eu estava em frente ao armário, tentando encontrar algo que se ajustasse confortavelmente ao meu corpo em mudança. O que eu poderia vestir que não me entregasse?
Eu esperaria até não poder mais esconder, até que a evidência física do nosso futuro inesperado se tornasse conhecida. Então eu lhe diria. E quando eu o fizesse, rezaria para que ele escolhesse ficar comigo, não porque ele tinha que, mas porque estávamos destinados a enfrentar isso juntos — com o amor como nosso âncora e nosso guia.
***
O sol estava se pondo abaixo do horizonte enquanto eu equilibrava ligações e e-mails, o brilho suave do dia lançando uma luz suave pela janela do meu escritório. Meus dedos dançavam sobre o teclado com facilidade prática, mas minha mente estava longe, emaranhada em uma teia de segredos e orações silenciosas.
“Lauren, os bufê precisa de um número final de convidados até amanhã,” Clara me lembrou, sua voz me puxando de volta à tarefa em mãos. Ela estava na porta, seu tablet agarrado como uma âncora, seus olhos expectantes.
“Diga a eles para prepararem para setenta e cinco convidados,” eu disse, tentando soar mais confiante do que eu sentia. “Mas adiciona uma margem para dez a mais, só por precaução. E confirme com a florista que os arranjos estão no cronograma.”
“Entendido,” Clara respondeu, digitando notas em seu dispositivo com polegares ágeis. “E a banda confirmou — eles farão uma passagem de som no início da tarde antes do evento.”
“Perfeito.” Eu concordei, grata por sua eficiência. A grande festa que alugava o resort era importante, e tudo precisava sair perfeitamente. O nome Astor estava em jogo, assim como minha própria reputação.
“Lauren, você está bem? Você parece exausta,” Clara observou, preocupação franzindo sua testa.
Eu forcei um sorriso, afastando sua preocupação. “Apenas um dia longo. Vou ficar bem depois de uma boa noite de sono.”
Ela não parecia totalmente convencida, mas concordou com a cabeça e me deixou para concluir o trabalho do dia. Assim que a porta fechou com um clique, permiti-me um momento para respirar, para reconhecer o cansaço que se agarrava aos meus ossos como hera.
Eventualmente, tranquei o escritório e fiz meu caminho de volta ao bangalô, o peso do dia pesado em meus ombros. O caminho era familiar, quase confortante, mas hoje parecia uma ponte entre dois mundos — onde eu mantinha tudo sob controle e onde tudo ameaçava desmoronar.
Cheguei ao bangalô, suas luzes quentes como um farol na escuridão se aproximando. Lucas estava lá, encostado na moldura da porta da frente aberta, seus cabelos escuros bagunçados pela brisa da noite, sua postura casual escondendo a intensidade em seus olhos.
“Oi, você,” ele saudou, sua voz suavizando o caos dentro de mim. “Como foi seu dia?”
“Ocupado,” respondi, me inclinando para seu abraço enquanto ele envolvia seus braços ao meu redor. Era ótimo estar envolvida em seu calor. A tensão em meu corpo começava lentamente a se soltar. “Mas produtivo. Estamos todos prontos para o grande evento deste fim de semana.”
“Bom ouvir.” Lucas beijou o topo da minha cabeça, e eu me derreti nele, permitindo-me esse pequeno intervalo das preocupações que me esperavam nas sombras do nosso futuro. “Vamos te levar para dentro. Você parece que poderia usar um pouco de descanso.”
Eu concordei, muito cansada para protestar, muito esgotada para me perguntar quanto tempo mais eu poderia continuar assim. Quanto tempo mais até o segredo que eu carregava se tornar impossível de esconder? Mas por enquanto, enquanto eu entrava no calor do nosso espaço compartilhado, deixei o conforto da presença de Lucas me embalar em uma frágil sensação de paz. Por agora, isso teria que ser suficiente.
Enquanto o som abafado das ondas se misturava com o farfalhar das folhas de palmeira lá fora, eu afundei no sofá, as mãos de Lucas massageando gentilmente meus ombros. Meus olhos se fecharam, saboreando o alívio que seu toque trazia aos meus músculos tensos.
“Você está aqui mais do que no seu próprio lugar esses dias,” murmurei, um sorriso brincando em meus lábios, ainda não pronta para abrir meus olhos e quebrar o feitiço de sua presença tranquilizadora.
“Talvez eu devesse me mudar,” Lucas brincou, seu hálito quente contra a curva do meu pescoço. A risada que se seguiu foi breve, no entanto, e uma súbita quietude tomou seu lugar.
Eu abri meus olhos, olhando para cima para ele. Seu olhar prendia o meu com uma intensidade que acelerava meu pulso. Na luz fraca, seus cabelos escuros pareciam se fundir com as sombras, enquadrando um rosto que agora estava sério demais.
“Lucas?” Eu sondava, um calafrio de inquietação formigando na base da minha espinha.
“Seria tão ruim?” ele perguntou, a pergunta pairando entre nós, pesada com implicações que eu não tinha certeza se estava pronta para enfrentar.
“Você … você está falando sério?” eu sussurrei, buscando em seus traços qualquer sinal do homem brincalhão que eu conhecia. Mas havia algo mais lá agora — esperança? Medo?
Ele não respondeu. Em vez disso, ele me puxou mais para perto, seus olhos nunca deixando os meus, como se estivesse tentando comunicar algo que palavras não podiam capturar.
“Lauren?”
Nós dois congelamos, a questão do nosso futuro deixada pendurada, incerta e não resolvida.