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Desejando o Bilionário Pai de Praia - Capítulo 261

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  3. Capítulo 261 - 261 Capítulo 261 Paranoia ou Intuição 261 Capítulo 261
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261: Capítulo 261: Paranoia ou Intuição? 261: Capítulo 261: Paranoia ou Intuição? *Shelby*
Mais tarde naquela noite, eu atravessava o chão de mármore frio do grandioso saguão do resort, meus passos ecoando sob tetos abobadados decorados com lustres antigos.

Encontrando o Sr. Cavalier atrás do balcão de recepção, inclinei-me, baixando a voz para um sussurro contido. “Sr. Cavalier, têm sumido itens de vários quartos dos hóspedes. O senhor tem alguma ideia do que possa estar acontecendo?”

Sua resposta não foi de surpresa, mas sim uma aceitação sombria enquanto ele assentia gravemente com a cabeça.

“Eu temia que isso acontecesse”, ele admitiu, seus olhos escurecidos por algum conhecimento não revelado.

“Temia o que acontecesse?” Insisti, minha curiosidade aguçada por seu comportamento enigmático.

Por um momento, seu olhar demorou-se em um retrato antigo pendurado atrás de mim, cujo sujeito era um ancestral de feições severas da família fundadora do resort.

“O resort pertence à mesma família há gerações”, ele disse, sua voz desaparecendo como se capturada pelas teias do passado. Um passado sobre o qual eu sentia que não sabíamos o suficiente.

“E isso significa o quê exatamente?” Minha frustração aumentava com sua imprecisão.

“Histórias e lendas, Srta. Shelby. Algumas coisas é melhor deixar como estão.”

Ele limpou as mãos em um pano como se estivesse limpando as mãos da conversa. Ficou claro que ele esperava evitar mais explicações.

“Lendas não roubam joias, roupas e bolsas”, contrapus, pensando nos itens perdidos que haviam motivado essa conversa. “Devo fazer um boletim de ocorrência?”

Ele me olhou com uma mistura peculiar de resignação e desprezo.

Dando de ombros, ele respondeu, “Você faz o que quiser, você é rica.”

Suas palavras ficaram suspensas entre nós, impregnadas com a implicação de que a justiça — ou a falta dela — era uma mercadoria que podia ser comprada.

Um arrepio percorreu minha espinha ao perceber que, por baixo da opulência deste lugar, algo sinistro respirava. Eu não sabia no que acreditar antes, mas agora, estava claro que algo estava acontecendo aqui. Virei-me, o peso da afirmação dele se assentando sobre mim como a umidade tropical do lado de fora.

O telefone era frio e desconhecido em minha mão enquanto eu discava para a delegacia de polícia local, pressionando o receptor próximo ao meu ouvido. A voz do outro lado da linha era amigável o suficiente, um policial de fala mansa que pedia detalhes com a paciência de um santo.

“A senhora diz que as coisas estão sumindo, Srta.?” ele perguntou.

“Sim, nada de grave. Ainda,” respondi.

Mas mesmo enquanto eu relatava os itens desaparecidos e minha suspeita de que furtos estavam ocorrendo no resort, eu não conseguia dissipar uma sensação de inquietação. Havia algo na maneira como os “hum-hums” do policial se alongavam demais, como suas seguranças pareciam ensaiadas, como um ator interpretando o papel de um servidor público preocupado.

“Tudo será investigado, Srta.”, ele me garantiu antes de desligarmos, mas suas palavras soaram vazias e fizeram pouco para aliviar o nó de apreensão se apertando no meu estômago.

Caminhando pela praia arenosa a caminho do bangalô, eu escaneava as árvores. A cada passo, eu podia sentir o peso de olhos invisíveis sobre mim, rastreando meus movimentos através das multidões de galhos e folhagens. A sensação rastejava sobre minha pele, deixando-me abalada ao chegar ao nosso bangalô.

“Michael,” disse assim que entrei pela porta, precisando que ele entendesse a gravidade do que estava acontecendo. Ele estava esparramado no sofá, um livro esquecido no colo enquanto navegava pelo telefone.

“Shelby, oi.” Ele não olhou para cima. “O que está acontecendo?”

“Algo não está certo aqui,” comecei, mas Michael me interrompeu com um gesto distraído da mão.

“Há muito que não está certo, Shelby. Este lugar é meio que uma bagunça, você precisa ser mais específica.”

“As coisas estão sendo roubadas, Michael. Tanto a Lin quanto a Aubrey estão sem seus pertences, e quando eu falei com o Sr. Cavalier, ele estava evasivo e completamente inútil.”

Minha voz se elevou apesar da minha tentativa de manter a calma. Uma onda de frustração aumentou dentro de mim. “Estou te dizendo, tem algo estranho neste lugar.”

“Olha, vamos não transformar nosso paraíso em um episódio de algum drama policial, ok?” Ele finalmente olhou para cima de sua tela, mas seus olhos eram displicentes, não vendo a urgência nos meus.

“Michael, eu sinto como se estivesse sendo observada,” insisti, minha voz tremendo levemente com o esforço para conter minha crescente ansiedade.

“Sendo observada?” Ele debochou, levantando-se e esticando os braços acima da cabeça. “Vamos lá, Shelby. Isto é para ser relaxante. Não podemos simplesmente aproveitar?”

“Relaxante?” A palavra saiu mais cortante do que eu pretendia. “Como posso relaxar quando literalmente sinto olhos sobre mim toda vez que saio? Isso não te preocupa?”

“Talvez você só precise de um pouco de descanso.” Ele se aproximou, tentando me puxar para um abraço, mas eu recuei, o espaço entre nós ampliando-se mais do que apenas fisicamente.

“Descanso,” repeti, balançando a cabeça. “Você sempre faz isso — ignora as coisas até que elas desapareçam. Mas isto não vai desaparecer, Michael.”

“Shelby…” Seu tom mudou como se finalmente percebesse a tensão que vinha crescendo. “Tá, me conta o que está te assustando tanto.”

Mas o momento passou, e a oportunidade de compartilhar meus medos foi deixada de lado uma vez mais. “Deixa pra lá,” murmurei, me virando para esconder o ardor das lágrimas nascidas da frustração e do medo. “Esquece.”

“Shelby—” A voz de Michael tinha um tom de preocupação agora, mas eu não queria ouvi-lo. Já estava recuando para o quarto, deixando-o de pé no meio de uma discussão que nem sequer havia realmente começado.

Comecei o chuveiro irritadamente e entrei. A água caía sobre mim, um ritmo calmante contra minha pele que fazia pouco para afastar a inquietação se agarrando aos meus pensamentos. Eu fiquei lá mais tempo do que o necessário, permitindo que o vapor embaçasse o vidro e o barulho do chuveiro afogasse tudo mais. Mas não adiantou, mesmo com a tensão em meus músculos aliviando, minha mente permaneceu rigidamente enrolada.

Eventualmente, desliguei a torneira e saí, me enrolando em uma toalha felpuda que parecia luxuosa demais para meus nervos desgastados. O espelho estava um borrão de condensação, e eu resisti à vontade de limpá-lo — para ver o reflexo de uma mulher que deveria estar se divertindo e se preocupando com renovações, ao invés de se desfazendo a cada sensação estranha.

Vesti meu pijama evitando Michael e saí para fora, o ar fresco da noite um contraste marcante com a umidade de mais cedo. A praia estava deserta, a lua lançando um brilho etéreo na areia e as ondas sussurrando segredos que eu não conseguia decifrar. Eu caminhei sem rumo, deixando meus pés afundarem na umidade da areia molhada a cada passo.

“Michael,” murmurei para o vazio, minha voz se perdendo na brisa. Não era do feitio dele descartar minhas preocupações tão prontamente. Nós havíamos construído nosso relacionamento sobre respeito e entendimento mútuos, mas esta noite sua indiferença doía. Minha intuição sempre tinha sido um ponto de orgulho entre nós, algo que ele admirava. Sua súbita dúvida desgastava a confiança que compartilhávamos, deixando um vazio dolorido em seu rastro.

Um calafrio percorreu-me, não do frio, mas do persistente sentimento de estar sendo observada. Com uma respiração funda, juntei minhas ideias fragmentadas, tentando juntar uma aparência de calma. Talvez Michael estivesse certo. Talvez o descanso ajudaria. E talvez à luz do dia, as coisas não parecessem tão sinistras.

Voltando, refiz meus passos, a luz suave do bangalô se aproximando. Dentro, o silêncio era pesado, pontuado apenas pela respiração suave de minha família. Michael e os gêmeos, Amelia e Thomas, estavam perdidos em sonhos que eu, naquele momento, invejava. Deslizei para a cama ao lado do meu marido, os lençóis frios contra a minha pele.

A tela do meu telefone perfurava a escuridão enquanto eu digitava o nome do resort, na esperança de encontrar alguma pista que confirmasse minhas suspeitas ou me permitisse rir delas na manhã seguinte. Mas a busca não retornou nada notável — apenas avaliações cheias de elogios e fotos de hóspedes sorridentes. Passei por elas sem interesse, a falta de evidências não fazendo nada para acalmar minha mente.

A frustração fervilhava dentro de mim enquanto colocava o telefone no criado-mudo. Deitei lá no silêncio, as sombras do quarto parecendo se fechar. Meus olhos se apertaram fechados, desejando que o sono viesse, mas era como agarrar fumaça. Cada rangido do bangalô, cada sussurro das palmas lá fora, pareciam amplificados, uma sinfonia orquestrada para me manter em alerta.

E assim, permaneci acordada, encarando as trevas, ouvindo os sussurros da noite que recusavam revelar seus segredos.

Um som, estranho e discordante, cutucou a borda da minha consciência. Meus olhos se abriram de repente, o coração martelando contra minha caixa torácica. Fiquei imóvel por um momento, esforçando-me para ouvi-lo novamente — um arranhão, como unhas em madeira, mas quando eu escutava, a noite estava silenciosa.

A respiração de Michael era profunda e regular ao meu lado, não perturbada pela interrupção noturna que me arrancara do sono. Com cuidado para não mexer demais os lençóis, saí da cama, meus pés encontrando o piso frio de azulejo. A luz da lua filtrava pelas frestas das persianas, lançando listras pelo quarto que pareciam se mover conforme eu me movia.

Caminhei na ponta dos pés pelo bangalô, o espaço familiar agora transformado por sombra e silêncio em algo alienígena. Meu pulso era uma batida nos meus ouvidos, cada célula alerta enquanto eu vasculhava algo preocupante. Mas a área de estar estava como havíamos deixado, os brinquedos dos gêmeos espalhados onde haviam sido abandonados mais cedo.

A sensação de estar sendo observada rastejava sobre minha pele, arrepios subindo em meus braços. Era ridículo — claramente não havia ninguém ali. E, no entanto, eu não conseguia afastar a sensação de que olhos estavam rastreando cada movimento meu, escondidos nas bolsões de escuridão que enchiam os cantos do quarto.

Com um arrepio, caminhei até o quarto dos gêmeos. Entreabri a porta, um fio de luz do corredor cortando a penumbra. Amelia e Thomas estavam enrolados em seus lençóis, seus rostos serenos no sono. A visão deles, tão inocentes e alheios, apertou algo no meu peito — um nó materno de proteção.

Fiquei ali, observando seus peitos subirem e descerem numa canção de ninar rítmica que quase me arrastava de volta à calma. Quase.

Fechando a porta com o mínimo de ruído, voltei minha atenção para o resto da casa. Verifiquei cada janela, testei cada fechadura, meus movimentos mecânicos, movida por um instinto que não pude ignorar.

Agora convencida de que nosso santuário estava seguro, retracei meus passos até o quarto principal. Minha mente era um redemoinho, pensamentos perseguindo uns aos outros em círculos fúteis. Estava sendo paranoica? Ou havia de fato algo se escondendo fora de vista, uma ameaça velada pela fachada tranquila deste lugar?

De volta à cama, enrosquei-me em mim mesma, o frio da inquietação em contraste acentuado com o calor da forma inconsciente de Michael. Fechei os olhos, disposta a que o sono me tomasse, para apagar as bordas da minha ansiedade. Mas foi uma espera agitada, assombrada pelos sons fantasmas e sombras imaginadas que pareciam se aproximar, sussurrando segredos que eu mal conseguia ouvir.

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