Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 667
Capítulo 667: Família Unida
Joseph resmungou baixinho. “Rainha do drama.”
“Eu disse—” Vera retrucou, apontando um dedo para a tela,”—encontre para mim os lobisomens malvados. Os valentões. Aqueles com quem ninguém vai simpatizar. Os lobos que abusam de seus cônjuges humanos. Porque pela primeira vez não haverá um escudo os protegendo.”
Ela respirou, “Eu preciso dos meus cavaleiros do apocalipse para começar o apocalipse. Eles vão me ajudar a queimar este mundo até o chão!”
Pelo olhar que Jordan e Joseph compartilharam, era óbvio que eles achavam que ela tinha perdido a cabeça.
Então, como se não tivesse perdido, Vera se recompôs, alisando a expressão em um sorriso agradável.
“Vamos lá, estamos trabalhando contra o tempo. Quero resultados enquanto vou ver como está nosso irmão.” Ela se virou, murmurando para si mesma, “Espero que desta vez ele não esteja desperdiçado.”
Exceto que quando Vera empurrou a porta dos aposentos de Patrick sem bater, foi o cheiro de álcool que a atingiu instantaneamente.
Garrafas vazias estavam por toda parte. No chão e no colchão enquanto Patrick estava esparramado na cama, o rosto relaxado pelo sono bêbado.
Você só pode estar brincando com ela!
O lábio de Vera se curvou de desgosto.
Esse era seu irmão? Uma vez o cérebro de toda esta revolução era agora um bêbado apodrecendo na própria bagunça.
Irritada, Vera chutou o colchão com força. Mas Patrick não acordou.
Seu maxilar se apertou e ela o chutou novamente, vigorosamente o suficiente para que uma das garrafas rolasse para o chão, quebrando.
E isso acordou Patrick.
Ele gemeu, espantando o ar como se ela fosse um mosquito. “Ugh, vá embora.”
Vera cruzou os braços, voz fria como gelo. “Sério, Elias? É assim que vai ser?”
Patrick se forçou a sentar, os olhos vermelhos. “O que diabos você quer?”
Vera se aproximou, sua sombra pairando sobre ele.
“Você realmente está me perguntando isso agora?” Vera gritou com ele, olhos brilhando. “Estamos finalmente fazendo algo que vai deixar nossos ancestrais orgulhosos, e você está se afogando em bebida barata.”
Patrick soltou uma risada sem humor.
“Nossos ancestrais estariam definitivamente orgulhosos de você,” ele disse com sarcasmo mordaz enquanto se deitava novamente.
“Você está brincando comigo, Elias?” Vera gritou, sua voz subindo com frustração.
Isso o fez estalar. Ele se sentou e a encarou.
“O que você quer de mim, Vera? Você já está liderando a operação que eu iniciei, enquanto eu sou jogado de lado como se não importasse. Então me diga, o que mais você poderia querer?”
Vera piscou.
Ah.
Então era isso.
Seu irmão caçula não estava preguiçoso. Ele estava apenas ressentido.
Sua voz suavizou, perdendo a mordida pela primeira vez. “Você ainda importa, Elias. Você é quem estendeu a fase ativa da droga de cinco minutos para trinta. Essa conquista foi sua. Eu nunca poderia tomar a glória por isso.”
Mas Patrick zombou. “Sim, só sou necessário quando há uma modificação no Ignis. Depois disso, sou inútil e deixado neste quarto abandonado por Deus.” Ele gesticulou em torno dos aposentos degradados.
Eles haviam perdido conexões e recursos com as autoridades em seu encalço. Esta era a última chance deles. Se o plano falhasse, todos os sacrifícios que ele havia feito ao longo dos anos seriam em vão.
Vera ronronou, “Ah, Elias, sinto muito se te fiz sentir assim. Claro, eu assumi o controle, mas nunca foi minha intenção te fazer sentir… inútil.”
Patrick lançou-lhe um olhar que dizia que não acreditava em uma palavra do que ela disse.
Vera fez uma careta como se admitir isso a machucasse. “Ok, talvez eu tenha te menosprezado no passado—”
“Desde que éramos pequenos,” Patrick interveio.
“Ok, desde que você era pequeno,” Vera admitiu com um encolher de ombros casual. “Mas não vê? Eu assumi porque essa é a minha especialidade. Estratégia, política e manipulação pública, sou eu. Melhorar a química e alongar o efeito do Ignis é com você. Eu jamais tiraria isso de você, mesmo que quisesse. Nós lutamos a guerra juntos enquanto você constrói as armas.” Ela inclinou a cabeça, deixando a última parte pairar no ar como uma oferta.
“Certo.” Patrick cedeu com uma voz relutante.
Vera sorriu. Claro, Elias se comportava como uma criança a maior parte do tempo, e ela sabia exatamente quais botões apertar.
Ela apertou. “Pense em Cynthia. O que ela diria se te visse assim?”
Ao mencionar Cynthia, a expressão de Patrick mudou. Culpa e vergonha passaram por seu rosto. Sua namorada ficaria desapontada. Ela o incentivaria a ser melhor.
Ele se endireitou, de repente energizado. “Ok. Vamos fazer isso. Mas quero algo mais.”
Vera arqueou uma sobrancelha, esperando.
“Violeta,” ele disse.
O sorriso de Vera morreu. Ela amaldiçoou em voz baixa, mas muito alto.
Patrick continuou, calmo e pragmático. “Não consigo estender o efeito do IGNIS mais do que isso. Se você notou, os sujeitos do primeiro lote são mais fortes do que aqueles dos produtos posteriores porque a duração maior significa poder diluído. Mas Violeta, ela é diferente. Você viu o vídeo. Ela é um verdadeiro motor. Se eu puder colocá-la em minhas mãos, isso pode mudar tudo.”
Havia uma certa luz nos olhos de Patrick agora, como se ele finalmente soubesse exatamente do que estava falando. Vera ficou quieta, estudando-o, avaliando a potencial complicação de sua ideia.
Depois de um longo momento, ela assentiu uma vez.
“Certo.”
Patrick soltou um ar que não percebeu que estava segurando.
“Não é uma promessa,” Vera acrescentou, sempre cuidadosa para manter o controle, “mas ficaremos de olho na garota. E se uma oportunidade se apresentar e se ela estiver ao nosso alcance, você terá seu sujeito.”
Pela primeira vez em muito tempo, Patrick respondeu, “Obrigado, irmã.”
Vera ergueu o queixo, satisfeita. Problema evitado.
Com Elias de volta ao seu lado, não haveria mais interrupções a seus planos. Ela odiava admitir, mesmo em sua própria cabeça, mas Elias tinha ideias astutas e ela precisava disso.
Ela se colocou em modo estratégico.
“Então,” ela disse casualmente, “estou escolhendo meus cavaleiros do apocalipse. Infelizmente, nosso querido irmão Joseph tem feito um trabalho terrível nisso. Talvez você não se importe de examinar nossa lista e fazer uma seleção?”
Nisso, toda a postura de Patrick mudou. Seu peito se inchou um pouco de orgulho. Ele olhou para suas roupas amarrotadas e sentiu o cheiro de álcool em si mesmo.
“Uh… apenas me dê—”
“Tome seu tempo, Elias.” Vera se virou para sair, sorrindo como uma rainha que acaba de garantir mais um peão.
Missão cumprida.
Agora, onde estava sua adorável mãe?
Era hora de essa família trabalhar em unidade novamente.