Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 633
Capítulo 633: Não Agora
Micah lentamente passou a língua sobre a runa mais uma vez e Adele gemeu, arqueando as costas enquanto o prazer corria por suas veias. Seu lobo uivava em sua mente, exigindo mais, marcando-o como dela tão ferozmente quanto ele a marcava.
Ele finalmente levantou a cabeça, os olhos escuros e famintos, seus lábios brilhando. “Cuidado, Adele,” ele sussurrou, seu hálito passando sobre o pescoço dela. “Se eu continuar assim, não vou parar no seu ombro.”
“Então não pare,” Adele implorou, sua voz tremendo de necessidade. Ela estava tão tensa que mal podia respirar. Ela precisava dele.
Os olhos de Micah brilharam com as palavras dela, a escuridão intensa ameaçando transbordar completamente. Quando ele lambeu o lábio inferior, Adele não apenas estremeceu — ela percebeu de forma dolorosa que estava diante de um predador.
E quando ele murmurou, “É isso que você quer?” seu sorriso se espalhando largo, escuro e diabólico, Adele questionou cada gota de sua coragem anterior.
Mas a tentação era mais forte.
“Sim,” ela suspirou tremulante.
“Como você quiser, minha companheira.”
O coração de Adele martelou no peito, percebendo o que ela acabara de convidar. A febre do acasalamento pode ter passado, mas a atração entre eles ainda ardia intensamente.
O toque de Micah foi deliberado quando ele segurou o rosto dela, seu olhar travando com o dela. “Quero seus olhos em mim o tempo todo,” ele disse.
“O quê?” Adele estava confusa, até sentir a mão dele deslizar para debaixo da borda do vestido do hospital, seus dedos subindo pela pele macia de sua coxa. Então ela entendeu.
Seu fôlego ficou preso enquanto a mão de Micah subia mais e mais até que seus dedos tocaram sua calcinha molhada. O toque mais leve enviou um choque por ela, um formigamento que a fez engasgar, seus olhos piscando.
“Shhh.” Micah segurou o queixo dela antes que ela pudesse desviar o olhar. “Olhos em mim,” ele advertiu suavemente.
Então ela obedeceu, mantendo o olhar nele, mesmo que sua respiração tivesse perdido todo o ritmo. Ela sentiu os dedos grandes dele puxarem o tecido fino para o lado, deslizando por sua umidade com facilidade.
De imediato, Adele xingou em voz baixa, arqueando as costas contra ele enquanto segurava os braços de Micah em busca de apoio. Ela nunca soube que manter contato visual enquanto era acariciada poderia ser uma tarefa hercúlea; todo instinto gritava para fechar os olhos e simplesmente se render à doce e avassaladora sensação.
Então ele estava esfregando seu clitóris e Adele gritou enquanto o calor percorria seu corpo.
“Deus, você está tão molhada.” Micah disse, seu nariz queimando com o cheiro do desejo dela.
“Por favor, continue,” Adele implorou, as palavras saindo de seus lábios antes mesmo que ela pudesse pensar.
Micah atendeu, acariciando-a com seu dedo habilidoso que a fazia xingar e gemer ao mesmo tempo.
Mesmo enquanto se afogava no prazer, exatamente como ele queria, Adele nunca tirou os olhos dele. Foi então que ela realmente viu o quão devastadoramente bonito Micah era, mesmo que fosse de uma forma escura e perturbadora que fazia seu pulso acelerar e a adrenalina chegar ao máximo.
Seus olhos, negros e infinitos, perfuravam os dela, e ela podia jurar que o via ali — por trás daqueles olhos demoníacos — totalmente no controle, mesmo que tudo em sua aparência sugerisse o contrário. E deusa, era intoxicante.
“Sim,” ela incentivou enquanto os dedos dele a trabalhavam.
Então, como se a recompensando por sua obediência, Micah introduziu um dedo dentro dela. Os olhos de Adele se arregalaram em deleite surpreendido, sua boca formando um suave ‘O’ enquanto ela sentia ele preenchê-la — a invasão repentina roubando seu fôlego e a deixando trêmula.
“Sim, amor,” Micah disse como se estivesse respondendo ao pedido dela, movendo-se mais rápido e mais fundo dentro dela.
Adele não conseguia parar de olhar para ele. Os gemidos escapavam de seus lábios repetidamente, seu corpo respondendo sem controle a cada toque perverso dele.
Quando ele deslizou um segundo dedo, ela sabia que estava perdida. Seu corpo ficou tenso, o prazer estalando através dela como um relâmpago antes de ela gritar.
Micah não parou, trabalhou nela, guiando-a enquanto as ondas ficavam mais intensas e altas até que ela estava arfando em meio a um segundo orgasmo, e então um terceiro.
Quando tudo terminou, Adele estava tremendo, suas pernas mal a segurando de pé. Ela desabou contra a parede, perdida em uma névoa de êxtase.
Micah finalmente retirou os dedos, sua mão brilhando com a liberação dela.
Certificando-se de que ela estava olhando, Micah levou os dedos aos lábios e os lambeu lentamente, um profundo gemido de satisfação ecoando de sua garganta.
Adele não sabia como explicar o que viu em seguida. Algo nele mudou, sua pele brilhando mais intensamente, embora sua aura permanecesse pesada e escura como antes. Então, para a total descrença dela, ele soltou um arrotinho suave, parecendo satisfeito.
Caiu a ficha.
Ele acabou de se alimentar dela.
Quando seu olhar voltou para ela, seus olhos estavam avelã novamente, quentes e lindos, como se a escuridão nunca tivesse estado lá. Adele se forçou a respirar. Ela tentou não se abalar, mas a verdade era que se acostumar com isso ia levar um tempo.
Micah deu um passo à frente, seu
movimento sedutor de uma forma que fez o coração de Adele acelerar no peito. Ele se inclinou perto, sua respiração acariciando o ouvido dela.
“Você ainda quer ir até o fim?” ele sussurrou. “Estamos em um hospital.”
A provocação em sua voz estava clara. Ambos sabiam que ele estava insinuando que ficar em silêncio não seria fácil.
Mas Adele não recuou. Ela se inclinou até que suas respirações se misturassem, seus lábios roçando os dele quando disse, “Este é um quarto particular. Melhor fazermos bom uso dele.”
Os lábios de Micah se curvaram em um sorriso pecaminoso, então esmagaram contra os dela. Suas bocas se encontraram em um beijo urgente, cheio de necessidade e fome, como se eles não pudessem esperar para ficar pele a pele.
Adele atrapalhou-se com o zíper dele, dedos tremendo de antecipação, enquanto as mãos dele puxavam as alças do esvoaçante avental do hospital dela.
E então, bem naquele momento perfeito, o telefone tocou.
Micah o ignorou, ainda a beijando como um homem possuído. Mas o telefone continuou tocando, de novo e de novo, até que com um rosnado frustrado, ele interrompeu o beijo.
Sem nem sequer olhar para a tela, ele o agarrou.
“Quem caralho é esse?” ele disparou.
Uma voz calma respondeu, “Este é o Oráculo?”
Micah congelou. A fúria desapareceu instantaneamente de seu rosto. Ele olhou para a tela, era um número desconhecido.
“Quem é?” ele perguntou, tenso.
“Aqui é Irene Hale,” a voz disse. “E as crianças estão desaparecidas.”