Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 630
Capítulo 630: E quanto à Violeta?
Elijah tinha a resposta na ponta da língua, mas de repente parou, um sorriso astuto curvando seus lábios. “Claro, o trono não pertence a mim. Pertence a Violet Purple, sua herdeira, não é?”
A maneira como o sorriso de Angus desapareceu foi quase cômica.
Elijah estava satisfeito. “Estou certo, não estou? Então, em vez do pai senil, colocamos sua herdeira legítima no trono”, ele disse sarcasticamente.
Por um momento, Angus pareceu pego de surpresa. Então, como sempre, ele se recuperou com uma calma inquietante. “Tenho que lhe conceder isso”, ele disse de forma uniforme. “E você está certo. Minha filha, Violeta, é a herdeira legítima, a criança que tive com minha parceira. Uma criança de ambos os mundos.”
Era a vez de Elijah ficar estupefato. Ele não sabia que a mãe de Violeta havia sido a parceira de Angus. Então onde estava ela agora? Se ela estivesse por perto, ele deveria ter ouvido uma ou duas coisas sobre ela.
Mesmo assim, ele não deixou seu choque durar. Se algo, Elijah esperava que seu irmão continuasse a falar, e talvez revelasse mais.
Seus olhares se cruzaram, um brilho de arrogância nos olhos de Angus. “Mas você esquece”, ele disse, sua voz baixando, “ela ainda é jovem. É por isso que vou governar até decidir que ela está pronta para assumir meu legado.”
“Seu primeiro filho é um demônio, tudo graças a você. Você não pagou por esse crime e a única maneira de escapar do julgamento é porque todos acreditam que você está morto. E agora você criou uma segunda abominação, Violet Purple?” Elijah instigou Angus, tentando forçá-lo a revelar a ascendência de Violeta.
É claro que Angus viu através disso. “Você não sabe o que é a outra metade dela, não é? Eu não te culpo. A mãe dela até mesmo amarrou seus poderes para eu não ter acesso a ela.” Ele riu da memória.
O maxilar de Elijah se contraiu com força. Ele odiava ser deixado no escuro enquanto seu irmão tinha a vantagem.
“Mas não se preocupe, eu vou te contar.” Angus sorriu como se estivesse fazendo um grande favor a Elijah.
Elijah não estava nem um pouco satisfeito com a arrogância, mas não disse nada. Ele precisava dessa informação.
“Ela é Fae”, anunciou Angus.
“O quê?” Elijah estava chocado
Angus riu delirantemente, “Eu me uni a uma Fae. Não é de pirar a cabeça?”
“Impossível”, murmurou Elijah, perplexo. Fazia sentido agora, o roxo em seu cabelo e o tremendo poder que ela carregava.
Para ser honesto, Elijah havia assumido que Angus havia gerado um herdeiro de sangue puro e encontrado uma maneira de repetir o mesmo feitiço usado nos alfas cardinais. Seu segundo pensamento tinha sido que a mãe dela era uma bruxa. Uma poderosa, dado o feitiço do armazém.
“Você transou com uma Fae?” Elijah perguntou, ainda abalado.
Angus rosnou, “Uni”. Ele não permitiria tal desrespeito à memória de sua parceira.
“Então Violeta é meio lobisomem, meio Fae?” Elijah repetiu como se a informação fosse se fixar mais rápido dessa maneira.
“A mais poderosa de todos os meus herdeiros”, vangloriou-se Angus.
“Todos os seus herdeiros?” Os olhos de Elijah se estreitaram. “Não me diga que você andou por aí espalhando sua semente.” A suspeita tocava a borda de sua voz.
Angus, satisfeito consigo mesmo, respondeu, “Diferente de você, o meu caiu em solo fértil.” Ele provocou o irmão.
A raiva voltou em Elijah. “Juro sobre o túmulo de nosso pai, se for a última coisa que eu fizer, vou garantir que você nunca pise nesse trono.”
Qualquer traço de gentileza no rosto de Angus desapareceu, substituído por um olhar sombrio. “Procurei você porque é meu irmão. Falei com você porque achei que você veria a razão comigo e faria a coisa certa, talvez até se juntasse a mim.”
Ele se inclinou, fervoroso. “Este poder que trouxe não vai a lugar nenhum, vai ficar na família. O mínimo que você poderia ter feito era apoiá-lo. Eu o machuquei e o compensei deixando você governar por tanto tempo. Agora é hora de devolver as coisas ao que deveriam ser. E você quer ser meu adversário?”
“Não apenas seu adversário,” declarou Elijah, aproximando-se de modo que suas respirações se misturaram, olhos como aço, “assim que eu puser as mãos em Violet Purple, farei dela sua pior inimiga. Então esconda bem porque seu tempo está se esgotando.”
A confiança de Angus vacilou. “Escondê-la? Do que você está falando?”
Elijah estreitou os olhos. “Você não roubou Violeta? Não é por isso que você está aqui, tagarelando sobre reivindicar um trono?”
Angus congelou. “Roubá-la?” Ele lançou um olhar sujo ao irmão. “Por que eu a roubaria quando não é a hora?”
O olhar de Elijah se iluminou. “Então não é você.”
“Espere,” disse Angus, os olhos se arregalando. “Não poderia ser—” mas antes que ele pudesse terminar suas palavras, era como se o tapete tivesse sido puxado debaixo dos seus pés e ele começasse a perder o controle do mundo dos sonhos.
“Não—espere—” Angus ainda estava gritando quando foi expulso.
De volta a Duskmoon Hollow….
Angus abriu os olhos, piscando à medida que a familiaridade de seu quarto entrou em foco.
Ao seu lado, Lauren e Layla respiravam com dificuldade, como se tivessem acabado de correr mil milhas. O sangue escurecia os lençóis onde suas palmas haviam sangrado com o corte, mas seus olhares estavam fixos em Ziva — elas sabiam exatamente o que ela tinha feito. Ela havia cortado o elo dos sonhos.
Sem dizer uma palavra, Ziva pegou a mão de cada irmã e murmurou o feitiço de cura. A carne se juntou como por vontade; os cortes se fecharam abruptamente. Ainda assim, o olhar que ela lhes deu deixou claro: nem uma única palavra deveria passar por seus lábios.
Ela estava terminando com a segunda irmã quando Angus pigarreou. “O que aconteceu?” ele perguntou.
Ziva não hesitou. “Manter a conexão foi exaustivo,” ela disse friamente. “Estava começando a pesar sobre nós, então soltamos.”
Angus não disse nada. Ele não era uma bruxa, então não poderia saber quão difícil deve ter sido puxar seu irmão para o mundo dos sonhos. Mas ele podia ver o cansaço em seus rostos e adivinhar o suficiente.
Ziva o observou, lendo o lento desenrolar dos pensamentos por trás de seus olhos. Ela pressionou com uma voz calma. “Sobre Violeta….”
Angus olhou para Ziva e deixou as palavras caírem como uma ordem.
“Não se preocupe com ela. Eu vou encontrá-la. Vocês podem ir agora.”