Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 628
Capítulo 628: Visitar Meu Irmão
Duskmoon Hollow
Não havia nada além de silêncio, os conselheiros olhando para Angus em busca de uma resposta.
Angus finalmente falou. “Esses são apenas filhotes. Eles não chegam aos meus pés.”
“Quatro filhotes poderosos,” Ziva murmurou.
“Eu sou poderoso também.”
“Mas você é apenas um. Há força nos números.”
Claro, enquanto Ziva parecia preocupada com seu pai, a verdade era que ela apenas queria uma razão para se livrar de Violeta.
Angus olhou para ela, seu tom calmo, mas firme. “Entendo sua preocupação, mas não posso agir contra eles. Eles estão ligados a Violeta, pelo menos três deles estão. E se você já experimentou a perda de um parceiro…” Havia emoção na voz de Angus agora, como se ele falasse por experiência própria.
“… é o suficiente para fazer alguém perder a cabeça. Se eu vou usar Violeta, preciso que a mente dela esteja intacta. Sem mencionar que esse vínculo é necessário. A única maneira de controlar essa poderosa filha minha é através dos parceiros dela.”
Finalmente, Angus revelou por que não estava preocupado com os crescentes poderes de Violeta.
Diferente dos conselheiros, que estavam claramente impressionados com seu raciocínio, Ziva se sentia completamente derrotada. Não importava o quanto lutasse, Violeta era muito sortuda.
Angus, claro, não era cego à intenção de Ziva. Ele admirava sua impiedade, mas suas emoções frequentemente nublavam seu julgamento. Ainda assim, ela era útil, e por enquanto, serviria bem.
Angus instruiu, “Jericho, reúna as bruxas. Faça com que localizem Patrick e coloquem um feitiço de ocultação nele.”
“Claro, Sua Majestade,” Jericho respondeu com uma reverência respeitosa.
Angus se endireitou. “Isso é tudo por enquanto. Podem se retirar.”
Um por um, os conselheiros saíram da sala, até mesmo Ziva.
“Não você, Ziva. Preciso de você aqui.”
Ziva parou imediatamente. Em circunstâncias normais, o chamado de seu pai a encheria de orgulho. Mas esta noite, ela não foi nada além de humilhada desde que a reunião começou.
Quando os outros saíram, Angus virou-se para sua filha, que estava com as mãos entrelaçadas nas costas, sua expressão ilegível.
“O que você precisa, Pai?” Sua voz carregava uma ponta afiada.
Angus levantou uma sobrancelha para seu tom. Mulheres e sua necessidade de drama. Ainda assim, ele precisava dela, e poderia mimá-la quando necessário. Além disso, ela não era totalmente insuportável; ela poderia ser… divertida.
“Você está com raiva,” ele observou.
“Estou? Não percebi que minhas emoções importavam já que minhas opiniões claramente não importam.”
“Ahh,” ele murmurou, sorrindo. “Então esse é o problema. Tudo bem, papai está arrependido. Está bem assim?”
Ziva tentou segurar sua raiva, mas o pedido de desculpas—por mais raro que fosse—desarmou-a.
“Tudo bem,” ela murmurou, relutante mas apaziguada.
“Venha aqui,” Angus disse, abrindo os braços. Ela entrou em seu abraço sem hesitação.
“Docinha do papai,” Angus sussurrou, sorrindo ao levantar seu queixo e roçar seus lábios nos dela. Mas Ziva não estava satisfeita com isso. Ela queria mais—mais segurança, mais posse—e jogou seus braços ao redor do pescoço dele, aprofundando o beijo.
Sim. Isso era tudo. Angus era dela e somente dela.
Quando eles finalmente se separaram, Angus sorriu. “Já que você se sentiu negligenciada na reunião,” ele começou, com a voz suave e calculada, “eu estava esperando que você me fizesse um pequeno favor.”
Os olhos de Ziva brilharam. “Claro, Pai. Qualquer coisa que você quiser.” Ela apertou as mãos dele avidamente, sua empolgação palpável.
“Eu quero visitar meu irmão,” Angus disse, com um tom baixo. “Uma visita em sonhos. Precisarei que você faça o feitiço.”
“Claro. Eu vou chamar minhas irmãs, Lauren e Layla. Elas vão emprestar sua força, e começaremos o feitiço esta noite.”
“Bom,” Angus disse, satisfeito. “Estarei esperando.”
Ziva correu para fora da sala para começar os preparativos.
Momentos depois, Angus estava deitado em sua cama enquanto Lauren, Layla, e, claro, Ziva estavam sobre ele. A irmã mais velha segurava uma pequena tigela cheia de uma estranha pasta escura. Ela mergulhou os dedos nela e espalhou a mistura sobre a testa de Angus, desenhando um símbolo torto enquanto murmurava uma série de encantamentos sob sua respiração.
“Você deveria dormir agora, Pai,” Ziva sussurrou.
Angus obedeceu, seus olhos se fechando sem hesitação.
Layla franziu a testa enquanto observava. A ousadia daquela vadia em pedir a ajuda delas como se não a tivesse agredido fisicamente apenas horas atrás. Layla ressentia sua irmã com cada fibra de seu ser, mas desafiar seu pai estava fora de questão.
Assim que a respiração de Angus se estabilizou, Ziva deixou a tigela cair e alcançou um pequeno punhal. O metal reluziu afiadamente sob a luz fraca.
“Mão,” ela ordenou.
Layla hesitou mas estendeu a dela primeiro. Ziva cortou sua palma sem piedade, fazendo o sangue fluir. Layla xingou em voz baixa, mas Ziva já havia passado para Lauren, que fez uma careta enquanto a lâmina roçava sua pele.
Finalmente, Ziva cortou a própria palma, sem mostrar sinal de dor ao pressionar sua mão sangrando contra as das irmãs. O sangue delas se misturou, manchando os lençóis.
Juntas, elas começaram a cantar, uma, duas, três vezes. Na quarta, o esforço começou a aparecer. Suor frio grudou nas testas das gêmeas, seu rosto doentio. Caminhar em sonhos não era para os fracos de coração; exigia foco e resistência.
Havia bruxas que se especializavam nisso, mas Angus não confiava em nenhuma delas, não quando um único passo em falso poderia prendê-lo no mundo dos sonhos ou fraturar sua mente completamente.
Na sexta cântico, suas pernas tremeram, ameaçando ceder.
E então, no sétimo, sua respiração travou como uma só. Todas as três ofegaram enquanto seus olhos vidraram e o corpo de Angus deu um sobressalto antes de ficar imóvel, seu espírito agora cruzando para o mundo dos sonhos.
—
Enquanto isso…
Elijah andava de um lado para o outro em seu escritório, tensão marcada em sua testa.
O que ele deveria fazer agora? Estava enlouquecendo tentando encontrar uma solução. Onde, em nome da Deusa, aquelas crianças tinham ido?
“Sua Majestade,” Christian entrou, interrompendo seus pensamentos.
“Sim, Christian?” Elijah perguntou, seu tom cortante de impaciência. “Algum progresso?”
“Não exatamente, Sua Majestade,” Christian disse cuidadosamente, “mas eu fiz uma descoberta.”
Elijah parou. “Uma descoberta?”
“Sim, Sua Majestade.”
“E que tipo de descoberta seria essa?” A paciência de Elijah estava se esgotando a cada segundo.
“Eles tentaram suprimir a informação,” Christian explicou, “mas de acordo com um dos assassinos presos após a rebelião, um portal apareceu no meio da batalha, depois disso, Asher e Roman desapareceram.”