Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 614
Capítulo 614: Conheça a Rainha Fae
Lila foi rápida nos pés, o relâmpago passou raspando a poucos centímetros dela. Mesmo assim, os pelos em seus braços se arrepiaram, lembrando-a de quão perto aquilo tinha sido.
“Onde você levou a Violeta?!” Alaric rugiu,
eletricidade faiscando em seus braços.
“Violeta!” Griffin colocou as mãos ao redor da boca e gritou seu nome no auge de sua voz.
Eles tinham desembarcado em outra parte do vasto jardim, e aquele raio de relâmpago tinha sido a pista perfeita para a localização deles. Então, quando Griffin gritou seu nome, Violeta respondeu de volta. “Estou aqui!”
Imediatamente, ambos os homens correram em direção ao som.
Eles se encontraram no meio do caminho, com Griffin levantando-a direto do chão como se ela não pesasse nada. Ele a examinou freneticamente. “Você está ferida?” ele exigiu, as mãos deslizando sobre seus braços e lados.
“Estou bem, apenas—atchoo!” Violeta espirrou violentamente. “Deus, as flores deste lugar são horríveis!” ela gemeu, esfregando o nariz.
Antes que ela pudesse dizer mais, um farfalhar veio de trás deles. Os sentidos de Alaric se aguçaram imediatamente. Ele se virou, e lá estava Lila atravessando a folhagem. De imediato, Alaric se moveu na frente de Violeta, relâmpago escorrendo por seus braços como veias brilhantes, o ar zumbindo com estática. Um movimento errado e ela seria cinzas.
“Não há necessidade de violência,” Lila disse calmamente, sua expressão ilegível. “Eu os atraí para cá de propósito. Eu sabia que Violeta nunca viria sozinha sem seus companheiros.”
Só então Alaric e Griffin realmente perceberam o ambiente ao redor. Até agora, tudo que importava para eles era encontrar Violeta. Mas quando olharam ao redor, a realização bateu forte.
O jardim se estendia infinitamente, cheio de flores estranhas e luminosas enquanto duas luas em crescente pendiam lindamente no céu.
“Onde estamos?” Alaric perguntou, embora ele já sentisse a resposta.
Lila endireitou-se orgulhosamente. “Bem-vindos ao Reino Fae.”
Até mesmo Violeta, que já suspeitava, foi pega de surpresa pelo anúncio.
O momento em que ela pousou aqui, algo profundo dentro dela se agitou, como se sua alma tivesse reconhecido o lugar antes que sua mente pudesse. O ar era mais leve, vivo com magia, e parecia infiltrar-se em seus poros. Ela podia sentir o reino, respirando com ele, e pulsando por suas veias. Se alguma vez ela se sentiu poderosa no reino humano, aqui ela se sentia invisível.
Ainda assim, Violeta franziu a testa. “Você poderia ao menos ter nos avisado—atchoo!—antes de nos arrastar por um maldito portal!” Ela espirrou novamente, então xingou entre os dentes cerrados, “Ah, pelo amor de Deus—atchuh!—me tire daqui já!”
Lila estreitou os olhos, sem se impressionar. “Espero que você não seja alérgica a flores, Princesa, senão o reino inteiro pode entrar em choque.”
Os Fae vivem em harmonia com a natureza. As árvores eram suas linhas de vida. Cada lar, cada corte, até o palácio crescia das raízes vivas deste reino. Seu mundo não existia ao lado da natureza—era a própria natureza.
Violeta franziu a testa. Ela ainda não tinha conhecido os Fae, e já podia sentir o peso pressionando sobre seus ombros. E se eles não a aceitassem? E se ela fosse muito lobisomem para ser Fae? E se sua própria mãe olhasse para ela e visse nada além de um erro?
De repente, ela não parecia tão animada.
Alaric sentiu seu afastamento através do vínculo e, sem hesitar, pegou sua mão. Sua palma estava quente, dando à dela um aperto firme.
“Estamos aqui com você,” ele disse simplesmente.
Eram apenas algumas palavras, mas, de alguma forma, ancoraram-na. Força voltou a seu peito, e Violeta respirou fundo. Bem, se os Fae não a gostassem, esse seria o problema deles. Ela sempre poderia deixar este reino brilhante e cheio de flores e voltar para a Terra, onde ela pertencia com seus adoráveis companheiros.
“Venham,” Lila comandou, “tenho certeza que os outros já estão frenéticos.”
Ao mencionar os outros, os olhos de Violeta se arregalaram, esperanças acendendo-se através dela como uma faísca. Certamente, Lila não estava falando sobre Asher e Roman—estava?
De repente, o mundo parecia mais brilhante. “Eles estão aqui?” ela perguntou, sua voz tremendo de excitação.
Lila respondeu. “Veja por si mesma.” Ela convocou outro portal, a luz ondulando para fora.
Violeta não esperou permissão. Ela praticamente saltou para o portal, seu coração batendo tão rápido que abafava todo o resto.
Quando a luz se dissolveu, seus pés mal tocaram o chão antes de uma voz familiar chamar seu nome.
“Violeta!”
Ela se virou bem a tempo de ver um borrão de movimento.
“Asher!”
Ela cambaleou para frente, e a próxima coisa que soube é que ela foi erguida completamente do chão enquanto ele a girava. Parecia uma cena saída de um filme de romance, alívio puro e avassalador irradiando de ambos.
Asher não esperou mais um segundo. Seus lábios colidiram com os dela.
Violeta ofegou, então se derreteu contra ele, seus dedos deslizando em seus cabelos como se estivesse ansiando pelo toque dele. Ele a puxou mais perto, pressionando-a firmemente contra seu corpo até não haver espaço entre eles. Havia apenas calor e o som de seus corações batendo.
Asher aprofundou o beijo. Toda a fome, toda dor que ele carregou desde a última vez juntos transbordou nele. Sua língua encontrou a dela, provando, reivindicando, e lembrando de cada parte dela que ele sentiu falta.
Violeta gemeu suavemente, seu corpo reagindo antes que sua mente pudesse acompanhar. Ela segurou firme como se nunca fosse soltar, o mundo ao redor deles desaparecendo. Eles se beijaram de novo e de novo desesperadamente, como duas pessoas tentando compensar o tempo perdido.
Quando eles finalmente se separaram, ofegantes, seus lábios estavam vermelhos e inchados. Asher apoiou sua testa na dela enquanto tentava recuperar o fôlego, olhando em seus olhos. Mesmo um cego podia ver a quantidade de afeição que ele tinha por ela.
Violeta não pôde evitar o rubor que subiu por seu pescoço. Tudo sobre Asher era sempre tão intenso, desde seu toque até a forma como ele a olhava.
Então alguém pigarreou, alto e intencional. Ambos se viraram.
O coração de Violeta pulou quando viu quem era.
Roman.
Ele esfregou o nariz, fingindo estar descontraído. “Me diga,” ele disse, “como, pelo amor de Deus, vou competir com isso?”
Violeta riu suavemente. “Roman.”
Mas Roman não estava brincando. Era como se ele tivesse decidido naquele momento realmente competir. Antes que Violeta pudesse falar, ele encurtou o espaço entre eles. Seus lábios encontraram os dela, quentes e seguros.
Violeta arquejou, as mãos segurando seus ombros, e antes que se desse conta, seus pés estavam fora do chão. Roman a levantou facilmente, suas pernas se enrolando em torno de sua cintura. Suas mãos deslizaram para o seu traseiro, apertando forte, seu gemido profundo e cru.
Deus, já fazia tempo.
Ao contrário do beijo de Asher que queimava como fogo, o de Roman era puro pecado – lento, áspero e sujo. Ele a beijava como se quisesse saborear cada respiração que ela dava, pressionando contra ela em um ritmo que a deixava tonta.
Seus gemidos se misturavam, preenchendo o ar, seus corpos se movendo como se estivessem presos em uma música lenta que só eles podiam ouvir. O calor serpenteava por Violeta, cada nervo vivo. Ela o queria, desesperadamente. Suas mãos atrapalhavam-se contra o peito dele, prontas para rasgar as camadas entre eles—
Então seus olhos se abriram de repente.
As pessoas ainda estavam olhando,
“Que inferno,” Violeta sussurrou entre dentes, o rosto queimando.
Roman apenas sorriu, sussurrando contra os lábios dela, “Valeu a pena.”
Violeta sorriu com as travessuras dele. Roman seria a morte dela.
Então ela se virou e congelou.
Um grupo de Fae estava diante dela, vestidos com armaduras intimidadoras. Seus olhos brilhantes estavam fixos nela. Seis ao todo eram altos, elegantes, e tinham essa aura sobrenatural. Eles não falavam, mas seus olhares diziam tudo. Estavam estudando-a, avaliando-a, como se tentassem ver se ela era realmente um deles.
O que ela deveria fazer? Violeta não fazia ideia. Seu coração batia forte em seu peito, e embora tentasse não parecer nervosa, podia sentir a análise deles rastreando toda sua pele.
Ela não era como eles. Não totalmente. Suas orelhas pontudas, sua pele perfeita — tudo sobre eles gritava poder e graça.
E ela era apenas Violeta.
Então, quase inconscientemente, ela deixou cair o glamour que estava escondendo sua forma verdadeira e seu reflexo mudou. Suas orelhas não eram tão afiadas quanto as deles, mas eram sutilmente e inegavelmente Fae.
Estranhamente, Violeta se sentiu mais leve. Era como se finalmente pudesse respirar novamente.
Lila deu um passo à frente com um sorriso orgulhoso. “Eles vieram dar as boas-vindas à princesa no palácio.”
De imediato, todos os seis Fae se ajoelharam, suas cabeças baixas.
“Vossa Alteza,” eles disseram em uma voz reverente.
Violeta piscou, sem saber como responder.
Do lado, Roman assobiou. “Bem, veja só isso. Nossa pequena companheira agora tem adoradores.”
As bochechas de Violeta esquentaram.
Então Lila disse, “É hora de ir. Sua mãe a espera, Violeta.”
Sua mãe.
O estômago de Violeta revirou. Seus dedos tremeram levemente, mas antes que pudesse pensar demais, os soldados Fae se levantaram e abriram caminho, formando um caminho.
Lila liderou o caminho, enquanto Asher alcançou a mão de Violeta, seu aperto firme.
Ela conseguiu esboçar um pequeno sorriso e assentiu.
“Tudo bem então,” ela sussurrou. “Vamos fazer isso.”
Qual é o pior que pode acontecer afinal.