Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 594
Capítulo 594: Corra Por Sua Vida
Do lado de fora, a sirene no pátio começou a uivar, um aviso agudo que fazia a cabeça latejar. Os sensores de temperatura piscavam em vermelho, e os monitores de controle da sala iluminavam-se com avisos furiosos e piscantes.
“Ace!” alguém gritou.
Ace girou justo a tempo de ver seu irmão Alaric e Violeta correndo em sua direção através da fumaça e névoa. Alívio o inundou, e ele agarrou Alaric em um abraço rude. Eles se seguraram por um momento antes de se separarem.
“Qual é o status?” Alaric exigiu.
O maxilar de Ace se apertou. “A primeira bomba explodiu. Interceptamos a segunda, mas ainda não encontramos a localização da terceira.”
Como se zombando de suas palavras, um estrondo ensurdecedor reverberou pelo armazém, o chão tremendo sob seus pés. As luzes acima balançaram, e o cheiro de produtos químicos em chamas ficou mais intenso.
“Outro composto volátil deve ter inflamado,” Ace murmurou, com uma expressão sombria.
“Precisamos cortar a energia do sistema HVAC e desligar o principal. Agora!” Alaric latiu.
Violeta perguntou. “HVAC?”
“O HVAC controla o fluxo de ar e a estabilidade da temperatura nesta instalação,” Alaric explicou rapidamente. “Se não for desligado, ele puxará gases tóxicos para outras áreas e alimentará oxigênio às chamas, fazendo o fogo se espalhar mais rápido.”
Violeta assentiu em compreensão. “Então cortá-lo isola a área e impede o veneno de se espalhar?”
“Exatamente,” Alaric confirmou. “Depois cortamos a energia principal para evitar faíscas que poderiam causar outra explosão química.”
Ace não hesitou. Ele levantou seu rádio. “Sala de controle, relatórios!”
Estática crepitou, então uma voz gritou de volta, em pânico. “Estamos em posição, puxando a alavanca vermelha de emergência agora!”
Um baixo, profundo estrondo vibrou pelo teto enquanto os enormes ventiladores que alimentavam o HVAC pararam de funcionar.
De repente, o ar tornou-se espesso e sufocante, pesado com fumaça e calor.
“Potência principal a seguir!” Ace ordenou.
Um clique alto ecoou, e as brilhantes luzes superiores apagaram-se, mergulhando o armazém em luzes estroboscópicas vermelhas de emergência. Sombras se estenderam pelas paredes, a luz rubra pulsante fazendo tudo parecer infernal.
“Não há mais tempo, Ace!” Alaric gritou por cima do rugido dos alarmes e do fogo. “Diga a eles para ativarem o interruptor manual de transferência agora!”
Ace obedeceu. “Redirecione a energia do gerador de emergência apenas para a linha do sistema de resfriamento, não para a instalação toda!”
Violeta olhou entre os irmãos. Momentos como este a faziam perceber o quanto de coragem bruta e lealdade havia nesta família.
Alaric virou-se para Ace, seu tom urgente, mas firme. “Uma vez que a conexão esteja feita, a equipe deve abrir manualmente as válvulas de nitrogênio e implantar as mangueiras de resfriamento. Essa é a única maneira de estabilizar a temperatura ao redor dos compostos voláteis.” Seu aperto na mão de Violeta se intensificou. “Estamos indo para lá para ajudar. Você e seus homens encontrem o último dispositivo antes que seja tarde demais!”
“Entendido,” Ace respondeu, com o maxilar firme. “Cuidado lá fora. As chamas não são a única ameaça—” Seu olhar desviou para as vigas trincadas acima. “Toda a estrutura está prestes a desabar.”
“Vamos ter cuidado,” Alaric prometeu. Ele puxou Violeta para perto e correu em direção ao perigo.
Ao mesmo tempo, Ace levantou seu rádio, gritando nele, “Movam-se! Movam-se! MOVAM-SE!”
Enquanto isso, o Time A havia sido enviado para a sala de controle.
“Agora para a purga,” o líder da equipe rosnou e ligou a substituição manual.
O sistema de purga de gás inerte ficava em uma sala reforçada abaixo da área de carga. A purga automática havia sido conectada ao painel principal, mas ele conhecia a linha manual. Ele chutou a escotilha, gritando, “Abram caminho!” então desceu rapidamente, a escada fria e mordendo contra suas palmas.
A sala abaixo estava congelante, cercada de parede a parede por tanques de nitrogênio imponentes, com gelo aderindo às suas laterais. Canos grossos se estendiam dos tanques até um aglomerado de válvulas e manômetros na parede oposta, encimado por uma enorme roda de manivela pintada de vermelho. O chiado da pressão escapando era ensurdecedor.
“Verifiquem a integridade das linhas!” ele rugiu.
Seus homens se apressaram, batendo nos manômetros e gritando por cima do barulho.
“Válvula Dois estável!” um gritou.
“Válvula Três sem resposta, é preciso acionamento manual!” outro berrava.
A mandíbula do líder se contraiu. “Estou indo!”
Ele agarrou a roda e puxou com toda sua força. O metal gemeu, resistindo a ele, mas finalmente cedeu com um guincho estridente. Um profundo zumbido gutural encheu a sala enquanto o sistema pegava.
Gelo explodiu dos canos quando o nitrogênio irrompeu, rugindo pelas linhas.
Acima deles, os ventiladores se abriram um a um quando a névoa branca estourou para cima, passando pelos dutos do teto, derramando-se no armazém para sufocar as chamas.
“Pressão subindo!” alguém gritou, pânico em sua voz.
“Mantenham estável!” o líder latiu entre dentes cerrados. “Se pular muito alto, aqueles tanques vão explodir, e nos levar com eles!”
Ele bateu a palma da mão contra o rádio preso ao colete. “Aqui é o Controle para o Time A! O purge de gás inerte está online. Preparem aquelas mangueiras, AGORA!”
Por isso, quando Alaric e Violeta chegaram, a equipe já estava desenrolando mangueiras conectadas à enorme bomba de espuma. Água sozinha apenas espalharia certos solventes, piorando o incêndio, mas a espuma poderia sufocar as chamas e selar os vapores tóxicos antes que eles alimentassem o inferno.
Alaric imediatamente mudou para o modo Alfa, sua voz cortando o caos.
“Abram a válvula três! Mantenham a pressão estável!”
Ele deu ordens, dirigindo as equipes para cobrir de espuma os tambores em chamas. Sob seu comando, as ondas brancas avançaram, cobrindo o metal enegrecido e sufocando o fogo. Lentamente, as chamas furiosas escureceram, seu rugido se transformando em um chiado sinistro antes de finalmente cair no silêncio.
A vitória foi de curta duração.
“Cuidado!” Violeta gritou.
Todos congelaram, depois se jogaram de lado exatamente quando uma enorme prateleira de metal, enfraquecida pelo calor, desabou exatamente onde estavam. O impacto enviou uma onda de choque pelo chão, espalhando detritos e soltando as mangueiras.
Respirando pesadamente, um dos homens olhou para Violeta, de olhos arregalados. Eles não disseram uma palavra, mas a gratidão em seus rostos era inconfundível. Sem o aviso dela, eles teriam sido esmagados.
Alaric não deixou o alívio durar. “De volta às posições!” ele latiu, colocando-os em movimento.
Com determinação sombria, a equipe retomou o ataque de espuma. Minuto a minuto, eles derrotaram as últimas chamas teimosas até que o Armazém A ficou em silêncio, exceto pelo chiado do metal esfriando.
Uma alta celebração eclodiu. O Time A se abraçou, lágrimas de alívio misturando-se com fuligem e suor. Era o som de pessoas que encararam a morte e venceram.
Alaric virou-se, agarrando Violeta e puxando-a para um abraço feroz. “Acabou,” ele sussurrou, sem fôlego.
Mas Violeta ficou rígida em seus braços, seu estômago revirando. “Alaric, e a outra bomba?”
Os olhos de Alaric se arregalaram, horror surgindo em seu rosto. Ele abriu a boca para contatar Ace pelo enlace, apenas para a voz em pânico do irmão atingir sua mente:
“É tarde demais! Saiam daí agora! CORRAM!”