Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 581
Capítulo 581: Morreu Aqui.
Finn soltou um som estrangulado de agonia, desabando no chão, segurando sua virilha. A adaga escorregou de sua mão enquanto ele se contorcia de dor.
Zara não perdeu tempo e disparou em direção à porta. Mas assim que puxou a maçaneta, um som cortante atravessou o ar e antes que pudesse reagir, uma dor lancinante explodiu em suas costas.
Ela gritou de dor, seu corpo batendo contra a porta. A adaga revestida de prata sobressaía de suas costas e uma onda de agonia ardente percorreu suas veias.
Aquele pequeno bastardo.
Atrás dela, Finn cambaleou de pé, seus lábios torcidos de satisfação.
“Você está ficando velha, Luna Zara. Deveria ter corrido mais rápido,” Finn zombou dela.
Com os lábios apertados em uma determinação sombria, Zara alcançou atrás de si e agarrou o cabo da adaga.
“Ahh—!” ela gemeu, seus dentes cerrados enquanto puxava a lâmina para fora de suas costas.
Uma dor quente queimou através de seu corpo, e sua visão ficou duplicada, mas ela se forçou a permanecer ereta. O sangue manchou o local, alguns escorrendo por suas costas.
Zara se virou para encarar Finn com desafio. Ela dobrou as pernas, quadrou os ombros e segurou firmemente a adaga desta vez. Ela pode não ter seu lobo, mas ainda tinha sua vontade, e isso era suficiente.
Finn viu sua postura de luta e jogou a cabeça para trás com uma risada zombeteira.
“Eu não bato em mulheres,” ele zombou, “mas por você, Luna Zara, vou ter prazer em fazer uma exceção.”
Zara não vacilou.
“Venha então,” ela sibilou, sua voz como aço. “Venha então, deixe esta velha ensinar uma lição a filhotes insolentes como você.”
Os lábios de Finn se curvaram em um sorriso sinistro. “Veremos então.”
E com isso, Finn investiu contra ela com toda a fúria de um touro, pretendendo jogá-la diretamente contra a parede.
Zara girou no último segundo, desviando dele. Graças a isso, seu ombro bateu no espaço vazio onde ela estivera, e ele tropeçou para frente com um rosnado.
Finn se virou, seus olhos flamejando de raiva.
Novamente, ele avançou contra ela, mas como antes, ela escorregou por ele, mal escapando de seu alcance.
Se ela pudesse continuar desviando dele por tempo suficiente, Finn se cansaria. Lobos sempre subestimaram paciência e estratégia.
Finn investiu pela terceira vez, errando por um fio de cabelo. Zara retrocedeu, seu peito arfando, um plano se formando em sua cabeça. Se ela pudesse atraí-lo para se esforçar demais, ele cometeria um erro.
Mas Finn não era um tolo.
Um sorriso sinistro espalhou-se por seu rosto enquanto ele de repente parava no meio da investida, lendo-a como um livro aberto. “Ah, vejo o que você está fazendo. Certamente não achou que eu sou o beta do seu filho por nada.”
Antes que Zara pudesse reagir, Finn avançou novamente, mas desta vez, ele fingiu à esquerda e então cortou subitamente à direita. Como esperado, Zara calculou mal e Finn a jogou com força total no chão, o ar sendo arrancado de seus pulmões.
“Não!” ela rosnou, esfaqueando para cima com a adaga.
Mas os reflexos de Finn foram mais rápidos, e ele derrubou a lâmina de seu alcance. A arma caiu longe de seu alcance, ao mesmo tempo, o punho de Finn conectou-se com seu rosto.
A dor explodiu na cabeça de Zara, e ela jurou ter ouvido um som de rachadura em seu ouvido enquanto seu mundo girava violentamente. Estrelas explodiram atrás de suas pálpebras, enquanto o quarto girava e borrava. Por um momento aterrorizante, Zara pensou que poderia desmaiar.
Antes que percebesse, a mão de Finn se fechou em torno de sua garganta. Os olhos de Zara se arregalaram enquanto ele começava a sufocá-la, sua força total de lobo pressionando impiedosamente seu pescoço.
Ela arranhou seu pulso, suas pernas chutando inutilmente, desejando ar. Mas sem seu lobo, ela era quase humana e indefesa contra ele.
O rosto de Finn se transformou em uma máscara de pura crueldade enquanto ele se inclinava, sua respiração quente contra o rosto dela. “Eu me pergunto o que Alaric vai pensar quando você acabar morta,” ele a provocou.
Zara lutava com mais força, sua visão começando a embaçar nas bordas.
“Quero dizer, você tentou apagar a memória dele,” Finn continuou, saboreando cada palavra. “Será que ele se importaria com a mãe que tentou afastá-lo de sua companheira? Ou ele simplesmente te deixaria apodrecer no chão?”
Ele riu, “Alguém sentiria sua falta?”
Então Finn mergulhou sua garra fundo no lado de Zara, rasgando sua carne.
“Aaahhh!” Zara gritou enquanto uma dor
quente como brasa ondulava por seu corpo. Ela podia sentir o calor do sangue jorrando da ferida, formando uma poça debaixo de seu corpo.
Finn sorriu sombriamente, deliciando-se com o sofrimento dela. “Tudo o que você já causou a todos é dor. Seus filhos, seu companheiro, sua matilha, você os destruiu todos. Agora você vai sentir o mesmo.”
Ele torceu suas garras mais fundo e o grito de Zara se transformou em um soluço quebrado.
Ela ia morrer. E o pior de tudo, Finn estava certo. Quem sentiria falta dela? Caspian? Não. Alaric? Ele a desprezava. Até mesmo Ace, o mais novo, passou a ressentir-se dela.
Alguém derramaria uma lágrima quando ela se fosse?
“Não…” Zara arfou, desespero inundando-a. Ela não queria morrer assim. Especialmente, não pelas mãos dele.
Com um grito, ela convocou as últimas forças e enfiou os dedos diretamente nos olhos de Finn.
“Arrghhh!” Finn uivou, sua pegada afrouxando.
Mas essa escorregada era o que Zara precisava.
Rangendo os dentes contra a dor ofuscante, Zara rolou para o lado e se lançou para a adaga caída. Finn, meio cego mas movido pela raiva, estendeu a mão para ela ao mesmo tempo.
Mas Zara foi mais rápida e, com um grito entrecortado, cravou a lâmina em sua garganta.
Finn congelou.
Seus olhos se arregalaram de choque, a boca abrindo e fechando como um peixe fora d’água. O sangue borbulhou além de seus lábios, e por um breve momento, uma descrença cintilou em seu olhar.
“Droga…” ele crocitou.
Mas Zara não tinha acabado.
Ela arrancou a adaga e com toda a dor, medo e fúria dentro dela, o apunhalou de novo. E de novo. E de novo.
Zara continuou esfaqueando Finn muito além do ponto da morte, de modo que nem mesmo um milagre poderia trazê-lo de volta.
Quando sua fúria finalmente esmaeceu, ela estava encharcada de sangue, e a adaga escorregou de seus dedos, caindo no chão.
Zara olhou fixamente para o corpo inerte abaixo dela, e desabou em lágrimas.
Meu Deus. Ela era uma pessoa horrível.
Ela não queria perder sua família, seus filhos ou sua matilha.
Cambaleando de pé, Zara pressionou uma mão ensanguentada sobre a ferida e tropeçou em direção à porta.
Ela não morreria aqui. Não hoje.