Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 514
Capítulo 514: Levar Alaric para Casa
Alaric estava andando de um lado para o outro no quarto quando a porta de repente se abriu e seus pais entraram.
“Nós estamos saindo agora mesmo,” Zara anunciou antes mesmo de a porta se fechar.
“O quê?” Alaric piscou, sem ter certeza se tinha ouvido direito. Seu olhar se virou para o pai em questionamento.
Caspian suspirou, sua voz cansada. “Você ouviu sua mãe. Estamos indo para casa.”
“Não. Não, não.” Alaric balançou a cabeça. “Eu não posso sair agora.”
Zara ergueu o queixo. “E por que não?” Seus olhos fixaram-se nos dele. “Por causa de Violet Purple?”
Alaric não respondeu, sua maçã-de-adão movendo-se em vez disso.
Zara se aproximou, o desespero brilhando em seus olhos enquanto ela o encurralava com o olhar. “O que essa garota fez com você? Eu não consigo mais reconhecer meu filho.”
“Ela não fez nada comigo, mãe. Eu simplesmente não posso ir embora. Tenho que estar aqui quando ela voltar com os outros.”
Aquelas palavras irritaram os nervos de Zara, e ela perdeu o controle. “Aquela garota tem um companheiro!” ela gritou. “Dois, na verdade! Então, o que exatamente você está esperando?”
Alaric gemeu, passando a mão pelo cabelo. Ele não tinha escolha a não ser contar a verdade.
“Há uma profecia,” ele disse. “Violet Purple está destinada a nós quatro. Griffin foi o primeiro. Agora Roman está acasalado com ela. Asher e eu podemos ser os próximos. É por isso que eu tenho que ficar perto dela, Mãe. Precisamos estar juntos mais do que nunca!”
Mas suas palavras pareceram desaparecer no ar. O rosto de Zara perdeu a cor, sua expressão ficando pálida. Era como se o sangue tivesse secado em suas veias.
Seu filho finalmente tinha perdido a cabeça.
“Onde você ouviu isso?”
“O quê?”
“A suposta profecia.”
Alaric hesitou antes de finalmente confessar. “Alfa Irene.”
“É mesmo?” O tom de Zara se tornou amargo. “Então é ela quem está corrompendo meu filho?”
“O quê?” Alaric ficou surpreso. Essa não era a resposta que ele esperava. Ele pensou que agora que tinha contado a verdade à sua mãe, ela entenderia sua decisão de ficar.
“Mas não se preocupe. Tudo ficará bem em breve.” Zara sorriu, amargurada.
“O quê?” Uma súbita inquietação o tomou. Ele sabia que sua mãe era teimosa, mas isso era diferente.
“Sinto muito, filho,” Caspian disse silenciosamente atrás dele. Antes que Alaric percebesse, uma injeção atingiu seu pescoço.
Ele gemeu enquanto o líquido corria em sua corrente sanguínea. Virando-se rapidamente, arrancou a agulha, mas estava quase vazia.
“Não,” ele disse de olhos arregalados, percebendo o que era. Seu pai o havia tranquilizado.
“Como você pôde?” ele murmurou, traído.
“Sinto muito, mas você tem que nos ouvir desta vez.” Caspian tentou se aproximar, mas o rosnado de Alaric o parou de imediato. A raiva surgiu dentro dele, forte o suficiente para que ele pudesse quebrar os pescoços de ambos.
Zara disse a ele. “Um dia, quando você se tornar pai, entenderá as decisões difíceis que tomamos por nossos filhos.”
No entanto, Alaric não ficaria para ouvir essas bobagens. Ele precisava buscar ajuda. Ele passou por eles com força e saiu correndo da sala, sua respiração irregular, a droga já tomando seu sistema. Ele precisava de algo para contrariar isso. Roman. Se ele estivesse aqui, seu veneno poderia queimá-la.
Mas Roman não estava aqui.
Alaric forçou suas pernas a se moverem mais rápido, forçando seu metabolismo a lutar mais, seu corpo aquecendo enquanto seu lobo resistia ao tranquilizante. Ele não podia se dar ao luxo de perder a consciência, não aqui, não sob a vigilância deles. Ele precisava encontrar um lugar onde seus pais não pudessem alcançá-lo.
Ele estava quase no fim do corredor quando dois guardas surgiram para bloqueá-lo. Sua visão ficou turva, mas ele captou bem os contornos deles. Ele girou nos calcanhares apenas para ver mais dois se aproximando do outro lado.
Então eles haviam planejado isso, seus pais estavam bem preparados.
Está bem. Já que eles queriam assim.
Alaric estalou o pescoço, seus lábios se curvando em um rosnado. Relâmpago piscou em seus punhos, faiscando mais forte a cada batida de seu coração.
O primeiro guarda correu em sua direção, mas Alaric saiu do alcance, seu corpo movendo-se com instinto, apesar da droga pesando sobre ele. Relâmpago faiscou em seu punho, crepitando quando ele golpeou o guarda no peito, o suficiente para lançá-lo para trás, mas não para matar. Tirar uma vida no palácio de Elijah não ajudaria sua situação.
O segundo guarda se aproximou com mais cuidado, circulando-o. Ele havia visto o relâmpago e não estava prestes a ser descuidado. Seus punhos vieram rápidos, colidindo com os de Alaric em uma enxurrada de golpes. Alaric o igualou golpe por golpe, mas sua força vacilou. Ele cambaleou para frente quando a terceira pessoa o atingiu por trás. Os outros dois haviam chegado e agora eram três contra um.
Está bem.
Ele lutou contra todos eles, faíscas de relâmpago rompendo o ar. Cada golpe que ele acertava lhe dava segundos, mas segundos não eram suficientes. Um deles agarrou seu pulso e prendeu uma braçadeira fria em torno dele.
Alaric congelou, seus olhos se arregalando de horror quando percebeu o que era. Um supressor.
“Droga!” ele rosnou, puxando para trás, mas o peso sobre ele estava aumentando. Outro guarda agarrou seu outro braço, tentando forçar o segundo bracelete. Alaric rugiu e o jogou longe, relâmpago faíscando descontroladamente. Mas ele já estava perdendo terreno.
Eles o empurraram para o chão, forçando-o para baixo como um criminoso. Ele se debatia com os dentes à mostra e fúria em cada músculo, mas isso foi suficiente quando a segunda braçadeira encaixou no lugar.
“Não!” Seu grito ecoou pelo corredor enquanto ele sentia seu lobo recuando, seu poder cortado pela raiz. Seu corpo enfraqueceu de uma vez, o tranquilizante finalmente reivindicando seu domínio.
Alaric lutou contra o chão, sua visão embaçada, mas a luta esvaía dele. Ele ouviu os passos de sua mãe se aproximando e estendeu a mão trêmula, sua voz quebrando.
“Mãe, por favor… não faça isso.” Seus olhos ardiam, lágrimas escorriam.
Zara se abaixou, dizendo em voz baixa. “Sinto muito. Com o tempo, você entenderá que foi para o seu bem.”
Ela se levantou e virou-se para os guardas. “Levem-no para o carro. Saímos agora.”
Alaric mal sentiu quando um deles o ergueu sobre o ombro como se fosse um peso morto. Seu corpo pendia mole, sua força havia desaparecido.
E naquele momento de desvanecimento, tudo o que veio à sua mente foi o rosto de Violeta. Como ele desejava poder vê-la uma última vez.
Então a escuridão o engoliu por completo.