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Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 502

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Capítulo 502: Família Angus

“Você sabe que me chamar é melhor do que me arrastar assim,” disse Micah entre dentes cerrados enquanto se levantava do chão frio, o impacto ainda reverberando por seus ossos.

Ele se limpou e finalmente levantou o olhar, apenas para sentir a respiração falhar.

Micah reconheceu o palácio de Elijah à primeira vista. Ele havia crescido ali, correndo por esses corredores quando menino, pensando que o mundo era seu até que a vida lhe ensinou o contrário.

Mas não era isso que o prendia naquele lugar. Era a visão de Angus sentado no trono de Elijah. Ou mais precisamente, o que costumava ser seu trono.

O trono era esculpido de uma única laje de obsidiana, sua superfície polida tão escura que devorava a luz ao redor. As costas erguiam-se em picos irregulares, coroado com embutidos de ouro. Os apoios de braços curvavam-se em cabeças de lobos rosnando, presas à mostra como se sempre guardassem aquele que lá sentava, seus olhos incrustados com pequenas lascas de pedra da lua. O assento era acolchoado com couro carmesim, costurado com padrões de cresentes que marcavam o direito divino do Alfa Rei. Na base, o sigilo da deusa da lua estava gravado profundamente no chão, polido por séculos de Alfas reis que haviam governado antes.

E Angus havia se esparramado no assento do poder como se pertencesse a ele.

Claro, ele não estava sozinho.

“Olá, irmão.”

“Ziva.” Micah cuspiu o nome como se fosse veneno em sua língua.

Ziva surgiu de detrás do trono, suas pontas dos dedos crepitando com magia, cada faísca saltando e morrendo contra sua pele pálida. Ela era a terceira filha de seu pai e a única que ousara convocá-lo ali como se ele fosse algum servo obediente a aparecer a cada capricho deles.

Nascida da união de seu pai com uma poderosa bruxa, Ziva era facilmente a mais perigosa de todos. Ela cortou a garganta da própria mãe e drenou cada gota de sua magia apenas para reclamar aquele poder para si—uma oferta para seu pai e sua fome insaciável por domínio.

Ela praticamente adorava o chão que Angus pisava, cumprindo cada um de seus comandos. Pelo que Micah descobriu, ela até partilhou sua cama na esperança de lhe dar um herdeiro.

Sim. A presença deles juntos era tão nauseante quanto profana.

“A que devo este… sequestro?”

As palavras de Micah pingavam veneno, porque isso estava longe de ser uma visita e eles o haviam puxado para lá contra sua vontade.

Seus olhos não se afastaram de Ziva enquanto falava, mas seu tom atingiu Angus também. Os ombros de Micah estavam eretos, o queixo travado desafiando qualquer um deles a ir mais longe. O ar entre eles estava denso, e carregado como o momento antes do relâmpago atingir.

No entanto, o sorriso de Ziva era só dentes, sua magia zumbindo no ar como o ronronar de um predador, enquanto Angus apenas se recostava e o observava, medindo e esperando.

Diferente de Ziva, Micah era a própria imagem de seu pai, uma cópia viva, exceto pelos olhos que herdara de sua mãe. A beleza corria forte em sua linhagem, servindo como uma maldição inescapável e arma ao mesmo tempo.

E se havia uma coisa em que os homens dessa família se sobressaíam, era na arte de seduzir mulheres. Elijah havia espalhado sua semente sem nada para mostrar por isso, mas a criação seletiva de Angus era implacável, e frutífera. Cada criança que ele gerava era elaborada para o seu propósito.

O que perturbava Micah era o quão facilmente Angus conseguiu entrar na área mais protegida do palácio. Mesmo agora, ele podia ouvir os passos constantes dos guardas patrulhando do lado de fora da sala do trono, mas ninguém entrava para verificar. Como se não pudessem ouvir nada ou pior, como se algo os estivesse mantendo afastados. E Micah sabia sem sombra de dúvida que isso era um feito de Ziva.

“Por que estou aqui?” ele perguntou novamente quando ninguém se deu ao trabalho de responder na primeira vez.

Quando Violeta uma vez perguntou se ele estava em comunicação com seu pai, ela estava fazendo a pergunta errada. Nunca foi ele procurando, e sim Angus que sabia exatamente como encontrá-lo sempre que queria.

Ziva se aproximou de Angus, seus dedos deslizando sobre o braço dele com movimentos lentos e deliberados que eram íntimos demais para um pai e filha. Seu toque era uma reivindicação, e quando finalmente falou, sua voz era aquele familiar ronronar baixo e áspero que podia fazer até o homem mais corajoso estremecer.

“Você conheceu nossa irmã o tempo todo,” ela o acusou, “e não se deu ao trabalho de contar ao Pai?”

“Oh,” Micah percebeu do que se tratava tudo isso. Eles haviam descoberto que o bloqueio no poder de Violeta havia sumido.

Micah respondeu calmamente, sua voz com uma ênfase deliberada. “Qual das irmãs? Se bem me lembro, parece haver muitas.”

Ele não estava exagerando. Quer fosse a maldição persistente de Admodeus que de alguma forma impediu o nascimento de mais homens em sua linhagem, ou simplesmente Angus sendo muito seletivo quanto ao gênero que ele criava, Micah não podia afirmar com certeza, mas no fundo, suspeitava desta última.

Complexo de Electra, chamavam isso. O domínio antinatural de um pai sobre sua filha. No caso de Angus, não era algum acidente da psicologia, era intencional. Ele preferia filhas, meninas que podiam ser moldadas desde o nascimento, tornadas flexíveis e leais, ensinadas a obedecer sua voz como se fosse lei. Mulheres que, sob seu cuidadoso treinamento, se tornavam tanto armas quanto adoradoras, inclinando-se à sua vontade sem jamais perceberem que estavam sendo usadas.

“Não brinque comigo, irmão!” Ziva disparou contra ele. Então, quase rapidamente, se acalmou, dizendo. “Você sempre sabe de tudo.” Um sorriso curvou seus lábios, astuto e ciente. “Da mesma forma que eu, também.”

“Sim,” Micah respondeu sem entusiasmo. “Espiando as pessoas com seu espelhinho de vodu. Que esquisito.”

Em vez de se ofender, Ziva riu. “Essa foi boa.” Ela se virou para Angus, suas pontas dos dedos roçando o lado dele. “Pai, vá em frente, diga-lhe por que você o convocou.”

Finalmente, Angus falou. “Violeta sabe sobre mim?”

A boca de Micah se curvou em um sorriso sem humor antes que a risada escapasse dele. “Oh, ela sabe,” ele disse, seu tom pingando de zombaria. “E ela mal pode esperar para acabar com sua vida, dessa vez de verdade.”

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