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Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 478

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Capítulo 478: O Reino das Fae

“Sua Majestade.”

A Rainha Seraphina abriu os olhos e encontrou Zuru, o curandeiro da corte, pairando sobre ela.

Ela tentou se mover, mas não conseguiu. O pânico quase subiu à sua garganta até que as memórias retornaram.

Num momento, ela estava na corte, conduzindo uma sessão, e no seguinte, uma sensação estranha e exaustiva a invadiu. E então, houve escuridão.

Ela levantou a mão apenas para encontrar raízes retorcidas enterradas em suas veias. A realização a atingiu: ela estava sob a Árvore da Vida.

Dizem que é a última árvore sobrevivente tocada diretamente pela Deusa quando ela caminhou entre seu povo uma vez, a Árvore da Vida era sagrada. Tinha o poder de curar a maioria das doenças ou ferimentos. Não é de se admirar que Zuru a tenha trazido aqui.

Aos olhos destreinados, a Árvore da Vida parecia qualquer outra, mas cintilava levemente com energia divina, e agora, essa mesma energia pulsava visivelmente através do corpo da rainha, traçando as raízes brilhantes onde entravam na sua pele.

Zuru fez um aceno sutil, e as raízes começaram a se retirar, uma por uma, de suas veias. Seraphina arfou suavemente enquanto um leve dor atravessou seu braço. Mas então, finalmente, estava livre.

Zuru gentilmente a ajudou a se sentar.

“Você perdeu uma quantidade tremenda de poder, Sua Majestade,” ele disse calmamente. “Não tivemos escolha senão trazê-la aqui para se recuperar.”

Seraphina permaneceu parada por um momento, deixando a dor escoar de seus membros e o último vestígio da energia da árvore se acomodar dentro dela.

“Quanto tempo fiquei fora?” ela perguntou.

Zuru parecia hesitante em responder. Então, ela disse suavemente, “Já faz bastante tempo, Sua Majestade. Pelo menos duas semanas.”

Seu fôlego travou.

O bosque sagrado onde a Árvore da Vida crescia estava silencioso ao redor deles, exceto pelo suave farfalhar do vento. Árvores imponentes cercavam a clareira, mas nenhuma se comparava à própria Árvore da Vida. Sua raiz estava profundamente enterrada no solo sagrado, seu dossel vibrante com poder divino. Apenas a linha de sangue real era permitida ali, além do alcance dos Fae comuns, a menos que permitidos.

Como a mais forte dos Fae Livres, o bem-estar de Seraphina sempre fora priorizado acima de qualquer outro.

Um som de folhas farfalhando chamou sua atenção.

De entre as árvores emergiu uma alta Fae feminina, de ombros largos e marcada por batalhas. Seu longo cabelo verde brilhava como musgo sob a luz do sol, e suas orelhas pontudas espreitavam debaixo das tranças presas com pratas. Ela se ajoelhou de imediato.

“Sua Majestade,” ela disse solenemente.

“Rhara,” a rainha reconheceu, seus olhos se estreitando. “Atualize-me. Agora.”

Rhara abaixou a cabeça. “Após seu colapso, Sua Majestade, Barão assumiu os assuntos da corte.”

Seraphina piscou. “O quê?”

Ela se levantou, trêmula, sua voz carregada de descrença. “Ele deveria ter sentido isso. Nós compartilhamos uma força vital. Se eu estivesse doente, ele deveria ter colapsado junto comigo.”

Seu coração estava batendo forte agora. “Está dizendo que o Barão nunca esteve doente?”

Zuru avançou lentamente, sua expressão grave. “Se me permite, Sua Majestade, eu tomei a liberdade de ler sua magia. O que aconteceu com você não foi um acidente. Alguém sifonou seu poder rapidamente e violentamente. Não foi um declínio natural, foi roubo.”

As palavras penetraram como uma lâmina entre suas costelas e ela não precisava que dissesse mais.

Havia apenas uma pessoa que poderia ter um acesso tão fácil à sua magia.

Os olhos de Seraphina escureceram. Sua voz caiu, fervendo de fúria.

“Barão.”

Nem Zuru nem Rhara se moveram.

Eles já estavam há muito acostumados com a guerra entre a Rainha Seraphina e seu consorte, Barão. O amor — se é que algum dia existiu — havia apodrecido anos atrás, enterrado sob jogos de poder, desconfiança e ameaças sussurradas. Em uma palavra, não havia amor perdido entre os dois. Apenas sobrevivência.

Seraphina virou-se para Rhara, sua voz curta. “Onde está Zyrella? Ela deveria estar com você.”

No momento em que as palavras saíram de sua boca, ela notou a mudança na expressão de Rhara, e isso foi suficiente para fazer seu estômago afundar.

“O que aconteceu desta vez?”

“Sua Majestade…” Rhara hesitou, depois endireitou-se. “Zyrella mudou sua lealdade. Ela está com o Barão agora.”

O sangue sumiu do rosto de Seraphina. “Não. Não, não…”

Como se sentisse o que estava por vir, a boca de Zuru abriu-se para detê-la, mas a rainha desapareceu antes que as palavras pudessem sair de sua língua.

Com um súbito surto de magia, Seraphina apareceu em seu quarto, suas pernas fraquejando sob ela. Ela amaldiçoou baixinho, apoiando-se contra uma parede. Mover-se com sua magia não era um problema para ela até agora. Ela odiava isso!

No entanto, a Rainha Seraphira avançou, tropeçando em direção ao alto espelho emoldurado em obsidian. Suas mãos tremiam, mas sua voz permanecia firme enquanto encarava o vidro.

“Lilarín, séla’choráe en darúh vaelesán.”

O feitiço de invocação pairava no ar, as palavras Fae vibrando contra o vidro. Mas nada aconteceu. Lilarin não respondeu, mesmo tendo sido convocada.

Ela tentou novamente, mais alto e mais severo.

“Lilarin, séla’choráe en darúh vaelesán.”

Ainda assim, o espelho permaneceu frio.

Uma amargura tomou conta de seu peito quando a verdade a atingiu.

Lilarin se foi.

O Barão deve ter posto as mãos nela. Somente Zyrella sabia como convocá-la e ela traiu. Por quê? Por algumas moedas ou promessas?

Olhos ainda fixos no espelho, Seraphina lentamente os fechou. E quando os abriu novamente, seu olhar ametista queimava como aço forjado.

Ela se virou e saiu da sala, abrindo as portas com uma força que alarmou os guardas postados do lado de fora. Seus olhos se arregalaram, afinal, a rainha deveria estar acamada.

“S-sua majestade….!”

Mas Seraphina não parou, avançando com propósito. Ela tinha estado em silêncio por tempo suficiente.

Agora, era hora de lembrar a todos exatamente quem era a Rainha dos Fae Livres.

————

A sala do trono da Corte dos Fae Livres era uma maravilha esculpida de cristal vivo e pedra encantada, com altos tetos arqueados. Antigas tapeçarias ostentando o símbolo dos clãs livres pendiam orgulhosamente ao longo das paredes curvas.

Na extremidade mais distante, dois tronos se erguiam sobre um estrado. Um era entalhado em pedra-da-lua e envolto em hera fluente, com encosto alto e gracioso, inconfundivelmente da Rainha. Enquanto o outro, embora menor, feito de obsidiana com filigrana de ferro, estava ao lado. Era do Cônsorte Barão.

No entanto, hoje, o Barão não estava sentado em seu próprio trono. Ele estava sentado no das Rainhas.

Vestido em mantos negros com bordas em verde profundo, ele parecia a perfeita imagem do nobre cônsorte: alto, de ombros largos, com cabelos escuros perfeitamente arrumados e maçãs do rosto afiadas que poderiam cortar vidro. Ele era a personificação da arrogância calma enquanto reclinava no trono da Rainha Seraphira, uma perna descansando preguiçosamente sobre a outra, dedos entrelaçados em reflexão.

A corte estava tensa hoje. A Rainha Seraphira não fora vista em duas semanas e embora dissessem que ela estava apenas “se recuperando,” o Barão assumira seu papel e poderia muito bem ter se coroado rei.

O Barão cruzou as mãos, anéis brilhando em cada dedo, e acenou para o conselho.

“Podem falar.”

Um explorador avançou, levemente armado em bronze entrelaçado com folhas. “Meu Senhor. Avistamos emissários das Cortes de Verão e Outono cruzando nossas fronteiras. Eles não portavam brasões. Vieram disfarçados, discretos, mas sabemos quem eram.”

A sala murmurou, desconforto crepitando como um fio elétrico.

O Barão nem sequer piscou. “E daí?”

O explorador piscou. “E isso, sua graça, é uma violação. Eles invadiram terra sagrada.”

“Talvez,” o Barão respondeu calmamente. “Ou talvez estivessem curiosos. A barreira não existe mais. Não podemos nos esconder atrás de árvores antigas para sempre.”

Alguém zombou.

Um ancião com pele revestida de casca e chifres dourados avançou. “Curiosos?” ele exclamou. “Você esquece que eles uma vez tentaram nos purgar? Que só sobrevivemos porque a própria deusa nos protegeu? Houve uma razão para permanecermos separados.”

“E talvez,” disse o Barão, com voz aveludada, “essa separação só tenha gerado estagnação. Nosso povo se esconde enquanto o mundo exterior cresce. Pretendo nos liderar para uma nova era.”

“Permitindo invasões?” outra voz se juntou.

“Seus emissários não têm respeito por nossos santuários. Nossos rituais. Eles zombam de nossos modos!”

“Eles veem nosso poder e o temem,” outro conselheiro acrescentou, “e o medo gera ambição. Quem garante que a infiltração não é o primeiro passo?”

O Barão se levantou. Lentamente. Como um homem cansado de ouvir crianças discutindo. “Não sou sua rainha,” ele disse, deixando as palavras reverberarem. “Mas em sua ausência, falo por esta corte. E digo que devemos evoluir. Não há progresso sem risco.”

Então—Bang!

As portas se abriram com uma força que ecoou pela câmara.

Um suspiro passou pelos oficiais quando uma figura ensanguentada colapsou em vista, rastejando para frente com braços trêmulos. Longas tranças escuras emaranhadas com sujeira e sangue, sua armadura danificada e suas mãos tremendo.

Zyrella.

O rosto do Barão se contorceu, não de preocupação, mas de desagrado. Havia apenas uma pessoa que poderia fazer isso.

Como esperado, outra voz seguiu.

“Então esta é a nova ordem?”

Todos os olhos se voltaram e era a Rainha Seraphira de pé na entrada.

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