Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 476
Capítulo 476: Matem Todos Nós
Recomendação de música para este capítulo: Winter has come – Ramin Djawadi
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Violeta estava em chamas.
O que quer que Henry tivesse feito com ela, parecia veneno correndo por sua corrente sanguínea na velocidade da luz. Seu coração estava batendo tão alto que ela podia ouvir o sangue rugindo em seus ouvidos.
Ela estava gritando agora—gritando a plenos pulmões, arranhando a pele como se mil formigas de fogo estivessem rastejando por todo seu corpo. Ela estava sendo queimada de dentro para fora, e ela queria que isso parasse.
Algo estava acontecendo com ela. Algo terrível.
Estava rasgando-a, dilacerando-a por dentro como se quisesse se libertar.
Talvez ela precisasse deixar isso sair.
Talvez ela precisasse ser livre.
“Violeta?!” Griffin gritou, avançando, mas Micah o bloqueou com um braço firme.
“Não!” ele esbravejou. “Parceiro ou não, ela está se desfazendo agora.”
“O que você quer dizer com isso?”
Micah apontou para o chão. “Olhe para isso e me diga!”
Os olhos de Griffin caíram e congelaram. A terra onde Violeta estava deitada havia enegrecido como carvão queimado. Pior, estava se espalhando, rastejando em todas as direções. Eles tiveram que dar vários passos para trás apenas para ficar fora de perigo.
Pulsos de luz torciam sob a pele de Violeta, piscando de forma irregular como relâmpago preso em um jarro de vidro. A cada grito que ela soltava, a escuridão crescente se expandia, murchando tudo em seu caminho. Uma pequena área de vegetação perto dela enegreceu em segundos e se desintegrou em cinzas.
Além disso, a própria Violeta estava começando a brilhar. Os pulsos estavam se intensificando, irradiando mais brilhante e mais rápido.
“Ela vai explodir!”
“Ela vai nos matar!”
Asher e Micah disseram ao mesmo tempo, trocando olhares arregalados.
“O que quer que esteja acontecendo com ela, ela não está no controle,” Micah disse, sua voz tensa de preocupação. “Precisamos sair daqui.”
“E deixá-la aqui sozinha?” Griffin disse em descrença. O rosnado que veio da garganta de Roman mostrava que ele concordava.
Micah rosnou de volta. “Agora mesmo, Violeta é mais perigosa para nós do que para ela mesma. Quem quer que esteja perto dela quando essa energia explodir é o verdadeiro coitado.” Ele acrescentou em uma voz baixa e irônica, “Você é o parceiro dela. Talvez você sobreviva. Talvez não.”
O rosto de Griffin se contorceu de conflito. As palavras de Micah feriam porque eram verdadeiras. Ele sabia o que significava perder o controle, ferir pessoas. Se Violeta machucasse alguém que amava, mesmo sem querer, ela nunca se perdoaria.
“E então o que acontece com ela?” Roman de repente esbravejou. “O que acontece se ela se machucar?”
Ele não olhou para Micah dessa vez. Seus olhos estavam fixos em Adele e Alaric, os cérebros, aqueles que supostamente tinham as respostas.
Mas nenhum deles respondeu. Os olhos de Adele estavam cheios de preocupação impotente enquanto Alaric engolia em seco, seus olhos viajando de volta para o corpo brilhante e contorcido de Violeta.
Aquele silêncio quebrou algo em Roman.
“Vou tirar ela daqui!” ele gritou.
“Não, Roman!”
“Não faça!”
Eles se lançaram para detê-lo, mas uma bala cortou o ar e atingiu Roman na perna. Ele uivou de dor, caindo duro de joelhos enquanto sangue escorria pela sua panturrilha.
“Essas baratas nunca morrem?!” Asher rugiu. Suas garras irromperam enquanto ele avançava, fúria e frustração cintilando em seus olhos.
Eles foram encontrados. Novamente.
Mais homens armados estavam saindo da linha das árvores. A luta estava longe de terminar.
“Não, não, este não é o momento para isso,” Micah gemeu, passando a mão pelo rosto.
Ele deveria estar em seu lugar de volta na academia, relaxando e não dando a mínima para os outros. Mas aqui estava ele, tentando salvar esses adolescentes da morte.
Ele observou sua irmã, Violeta, que brilhava cada vez mais com cada batida do coração, o brilho sob sua pele se tornando perigosamente instável.
Mas era tarde demais. Os garotos já haviam corrido para a batalha, garras para fora e fúria desencadeada. Somente Adele permaneceu atrás, focada em Roman, suas mãos brilhando enquanto trabalhava para curá-lo.
Até eles tiveram que recuar quando a escuridão se espalhando deslizou mais perto, devorando a terra centímetro por centímetro.
Griffin não se conteve.
Ele se lançou no ar como uma fera liberta, vingança ardendo em seus olhos. O primeiro mercenário mal teve tempo de atirar antes de Griffin colidir com ele com força brutal.
Então ele ergueu o homem, seu grito rasgando a noite enquanto Griffin o despedaçava como papel. Intestinos caíram no chão e Griffin não parou até que o homem estivesse partido ao meio, sangue jorrando nele como chuvas.
Enquanto isso, Asher se abaixava, desviava e girava através do fogo cruzado, dançando entre eles como se fosse intocável.
Ele se aproximou e deu um soco no primeiro homem, jogando-o ao chão.
O segundo mercenário levantou a arma, mas Asher já estava se movendo, abaixando sob o cano e cravando suas garras diretamente na rótula do homem. O osso estalou alto, fazendo o mercenário cair com um grito estrangulado. Asher passou suas garras impiedosamente no peito do homem, sangue esguichando em arcos grossos.
Um tiro agudo estalou atrás dele e Asher saltou para o lado, evitando por pouco o próximo disparo. Num piscar de olhos, ele alcançou o atirador e desferiu um golpe punitivo que destruiu completamente a máscara do homem. Seus olhos se encontraram.
Asher o agarrou pelo colarinho. “Encontre os outros. Mate todos eles. Não pare até que estejam mortos. Depois mate-se.”
As pupilas do homem dilataram. Atordoado, ele assentiu e partiu para cumprir a ordem.
Quanto a Alaric, ele estava esgotado e não conseguia mais invocar seu relâmpago. Mas isso não o impediu. Ele apanhou uma arma caída ao seu lado e começou a trabalhar.
Alaric sempre teve uma coisa por precisão, por isso sua mira era letal. Apenas um aperto no gatilho, e um grito agudo ecoou enquanto sua bala encontrava o alvo. E assim, ele os eliminou um por um.
Sangue cobria o chão da floresta, mas nenhum deles se importava. Eles haviam trazido a luta à sua porta, agora seriam eles que a terminariam.