Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 469
Capítulo 469: Fuja
Um rosnado estrondoso ecoou pelas árvores, fazendo os pássaros alçarem voo. Veio das profundezas da floresta, seguido pelo clangor metálico de correntes e outro grunhido gutural.
Asher e Alaric conseguiram levar Roman para uma das cabanas na floresta que, milagrosamente, tinha um porão.
Ficar longe de Violeta clareou suas mentes. Seu perfume intoxicante que nublava seus pensamentos tinha se dissipado com o ar da montanha, mas o mesmo não podia ser dito de Roman.
Ele estava muito longe.
Asher deixou Alaric no comando e dirigiu até a cidade para reunir tudo o que precisava para conter Roman.
Foi imprudente não acompanhar o calendário lunar. Mas com tudo o que tinha acontecido até agora, acompanhar a lua cheia tinha sido a última coisa em sua maldita mente. E agora, isso estava acontecendo.
O porão estava escuro, iluminado apenas por uma única lâmpada nua balançando de um fio desgastado.
Roman estava na extremidade da sala, acorrentado à parede com correntes fixadas na pedra. Embora seus olhos não estivessem mais fendidos, ainda brilhavam com a malícia de uma serpente. Ele puxou as correntes e elas chacoalharam violentamente enquanto as tábuas do piso gemiam enquanto ele percorria sua jaula.
“Devagar,” chamou Alaric, parado a poucos passos dele, suas mãos faiscando com relâmpago, só para garantir.
Mas Roman mostrou-lhe os dentes em desafio. Ele não tinha se transformado completamente, mas o efeito da lua cheia tinha um domínio cruel sobre ele, transformando-o meio criatura, meio homem, pura raiva.
“Esta é a primeira vez que o vejo assim tão selvagem.” Asher destacou, verificando-o lentamente, cuidadoso para não provocar ainda mais Roman.
“Você acha que isso é por causa de Violeta?” Alaric perguntou. Não que ele também não estivesse suspeitando disso.
“Cem por cento.”
“O Vínculo de Parceiros?”
Por um momento, algo cintilou na expressão de Asher — reconhecimento, talvez — mas desapareceu tão rápido quanto surgiu, quando ele disse, “Vínculo de Parceiros ou não, não podemos deixá-lo ir até Violeta assim. Ele tem que ser o que está no controle, não o animal.”
Como se pudesse entendê-los, Roman puxou as restrições, seus músculos se flexionando enquanto rosnados rasgavam sua garganta. As paredes estremeceram com o movimento, chovendo poeira sobre eles.
“Este lugar não vai segurá-lo. Ele derrubaria esta cabana sobre nós. Por acaso, poderemos levá-lo de volta para a academia?” Alaric perguntou a ele.
Como uma academia para lobisomens, ela tinha celas construídas para essa situação.
“Olhe e me diga.” Asher respondeu, os olhos nunca saindo de Roman. “Fazemos o que podemos com o que temos. Só precisamos sobreviver à noite.”
Ele acrescentou com um suspiro. “Faremos de tudo para mantê-lo contido até ele voltar a si.”
Mas, por mais confiante que Asher soasse, ele sabia que a noite seria difícil.
Enquanto isso, de volta à cabana
O calor era insuportável.
Rodada após rodada de acasalamento, mas seu corpo nunca estava satisfeito. Ela já não era mais ela mesma, mas um vaso de desejo selvagem, dolorido e implacável. Sorte dela ter um parceiro lobisomem com a resistência para acompanhar.
Griffin a tomou em todas as posições que pôde, transando com ela com força e rapidez enquanto Violeta acompanhava, cada movimento de seus quadris puxando-o mais para dentro.
Assim como nas muitas vezes incontáveis, seu clímax se construiu rapidamente, devastador e demais tudo de uma vez.
Violeta quebrou, suas costas arqueando, um grito preso entre êxtase e liberação escapando de seus lábios enquanto seu corpo pulsava ao redor dele. Ela era luz, fogo e estrelas explodindo atrás de suas pálpebras.
E finalmente, ela não podia pedir mais. Seu corpo havia sido esticado além de seu limite. Ela precisava descansar e se recuperar.
“Durma agora.” Griffin disse a ela, tirando seu cabelo de seu rosto. Ele estava exausto também e precisava descansar um pouco.
Violeta adormeceu nos braços de Griffin, a névoa de seu calor finalmente diminuindo e permitindo que ela respirasse. Seu corpo doía de forma mais satisfatória, sua respiração se estabilizando contra o ritmo constante do coração dele sob sua bochecha.
Griffin não a deixou ir. Mesmo dormindo, seus braços permaneceram presos ao redor dela, como se temesse que ela desaparecesse se afrouxasse o aperto. Assim eles adormeceram.
Mas a paz era uma coisa frágil.
Um rosnado baixo ressoou na garganta de Griffin antes mesmo de Violeta se mexer. Seus ouvidos atentos, afiados e alertas, captando algo que ela ainda não podia ouvir. Seu corpo se enrijeceu debaixo dela como uma mola comprimida.
“Violeta,” ele sussurrou, tocando sua bochecha. “Acorde.”
Ela piscou, grogue. “O que… ?”
“Shh.” Sua voz era urgente agora. “Algo está errado.”
E então ela ouviu também, botas pesadas nas escadas, vozes abafadas, e o clique metálico de armas. Felizmente, sua febre havia diminuído o suficiente para que ela pudesse pensar.
Griffin agarrou sua mão e a puxou para fora da cama, colocando-a atrás da parede grossa ao lado da porta, justo quando—
BANG!
A porta foi arrancada de suas dobradiças quando homens armados em trajes pretos invadiram como uma enxurrada, rifles erguidos, rostos ocultos atrás de máscaras de vidro. Violeta não teve tempo de gritar.
Griffin não hesitou e saltou sobre os intrusos.
Ele era um borrão de músculos e fúria, suas garras cortando. O primeiro homem nem viu isso chegando e já estava no chão em segundos. O segundo levou um soco tão forte que voou pelo quarto. Violeta arquejou enquanto Griffin os dilacerava, rosnando e lutando como a fera que nasceu para ser.
Mas eles continuavam vindo.
Então veio um zumbido agudo, quase imperceptível, como o ar se rasgando, mas Griffin congelou no meio do ataque. Seus olhos se arregalaram enquanto ele tropeçava para trás, seu corpo tremendo violentamente. Ele gritou, agarrando a cabeça.
“Não!” Violeta estendeu a mão para ele.
“Corra!” Griffin gritou roucamente, logo antes de seus joelhos cederem e ele colapsar no chão.
“Griffin!” ela gritou.
“Maldição! Vá agora!”
Ele conseguiu se levantar e atacar a próxima pessoa que vinha atrás dela, abrindo um caminho para ela escapar.
“Procure os outros!” Griffin gritou, cambaleando enquanto lutava contra outro inimigo, sangue escorrendo de seu nariz.
Violeta fez a única coisa que ele lhe disse para fazer.
Ela se virou e correu.