Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 463

Capítulo 463: Seja Roman

Aviso: Não leia enquanto estiver comendo, você corre o risco de engasgar.

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“E seu castigo é…” Roman fez uma pausa, prolongando o momento de forma dramática, seus olhos brilhando de maneira travessa enquanto todos aguardavam o veredicto.

“Nenhum castigo,”

“Hã?” Todos ficaram surpresos, especialmente Violeta.

Ela piscou, desequilibrada. Definitivamente não era isso o que ela esperava.

Mas seu olhar de repente se estreitou para ele, questionando sua intenção.

Roman simplesmente deu de ombros, sua boca se curvando em um sorriso torto. “Sou mesquinho, sim, mas você também me disse para crescer. Então você pode decidir responder ou não.”

Violeta o encarou, sem palavras. De todas as coisas que Roman poderia ter dito, isso não estava em seus planos, nem mesmo em mil anos.

E assim mesmo, um sentimento de orgulho floresceu em seu peito.

Seu garoto estava crescendo.

“Eu vou responder,” Violeta disse, surpreendendo a todos. Eles pensaram que ela evitaria a pergunta agora que Roman havia lhe dado a opção. No entanto, nenhum deles se opôs e a deixou agir. Asher nem deixou a emoção transparecer em seu rosto.

“Sabe, eu realmente gosto da maneira como você me beija, Roman.” Violeta confessou e isso chamou a atenção de todos.

“Você é tão brincalhão com isso,” ela continuou, seus dedos se curvando ligeiramente em seu colo. “Há uma confiança em você, como se soubesse que é bom nisso e quisesse ter certeza de que eu aproveito cada segundo. E eu aproveito. Toda vez. É como se…” Ela mordeu o lábio inferior, suas bochechas corando. “Como se estivesse provando o sol nos meus lábios.”

Roman se endireitou, seu sorriso já se expandindo.

“Você é tão imprevisível às vezes,” Violeta acrescentou, rindo levemente. “Eu nunca sei o que você vai fazer a seguir e então sua língua…” Sua voz sumiu enquanto seu rubor aumentava. “Funciona como mágica dentro da minha boca.”

No tempo em que ela terminou, Roman parecia um homem que já havia declarado vitória. Sua expressão gritava campeão autoproclamado dos beijos, com o queixo erguido. Ele parecia orgulhoso e todo convencido.

Mas então Violeta virou a cabeça, encontrando os olhos de Asher. “E eu gosto da maneira como Asher me beija também.”

O rosto de Roman se contraiu.

“Asher tem esse lado possessivo e sombrio,” Violeta disse, sua voz um pouco mais baixa, quase como uma confissão. “Faz meu coração disparar e meu estômago revirar antes mesmo de nossos lábios se tocarem. E então, quando nos beijamos…” Ela exalou, visivelmente afetada apenas pela memória. “Parece que ele quer me consumir por completo. Como se eu nunca pertenceria a mais ninguém. E talvez eu não devesse admitir isso, mas quando ele é um pouco rude comigo do nada? Isso meio que me excita.”

Esse foi como uma bomba.

Alaric e Griffin explodiram em gritos e comemorações, suas risadas altas, e Asher, que estava impassível até então, permitiu que um sorriso vagaroso se espalhasse em seu rosto.

Embora Violeta estivesse corando como um tomate maduro, ela estava longe de terminar.

“E então há Alaric,” ela continuou, virando-se para ele. “Beijá-lo é como a própria vida. Como se eu tivesse entrado em outro universo onde nada mais importa. E quando ele envia aquele relâmpago pelas minhas veias—” ela fez uma pausa, sorrindo ao ver as orelhas de Alaric rapidamente avermelharem, “—é como se eu explodisse em mil pedaços. E é sexy pra caramba.

Sem mencionar que acho que tenho uma queda pelo pomo de adão dele. Simplesmente não consigo evitar querer passar os dentes sobre ele o tempo todo.”

Dessa vez, foi a vez de Alaric virar o rosto, fingindo esfregar o maxilar enquanto os outros assobiavam e riam.

Então ela se virou para Griffin.

“E os beijos do Griffin…” ela disse suavemente, quase reverentemente, “são tão doces que me fazem querer mais. Quando ele me beija, sinto-me cuidada… segura. Até que ele muda as coisas e me lembra que poderia me partir ao meio se quisesse, e a parte assustadora é—eu deixaria.”

Griffin, corando como um verdadeiro virgem, gemeu e passou a palma sobre o rosto. “Deus,” ele murmurou.

Roman riu tanto que quase se dobrou. “Isso foi tão fofo,” ele disse entre risos.

“Você vai ser a nossa morte, não vai?” Asher comentou, aproveitando o momento.

Alaric pigarreou, sua compostura ainda abalada pela confissão dela. “É sua vez de girar, encrenqueira.”

“Oh.” Violeta bateu palmas com empolgação.

Sem perder o ritmo, ela pegou a garrafa e girou dramaticamente. A superfície brilhante capturou as luzes do jardim enquanto girava em círculos vertiginosos, a tensão crescendo a cada volta até finalmente desacelerar e apontar.

“Alaric Storm,” Violeta anunciou docemente, “Verdade ou desafio?”

“Desafio.” A voz de Alaric era confiante, como se ele pudesse lidar com o que quer que Violeta jogasse em seu caminho.

Violeta não hesitou. “Eu desafio você a flertar com Roman por cinco minutos inteiros.”

O efeito foi instantâneo.

Griffin engasgou com a água e a cuspiu na grama. Asher soltou uma risada poderosa, seus ombros tremendo com a força dela.

Alaric cobriu o rosto com a mão, incapaz de acreditar que Violeta o havia colocado nessa situação enquanto Roman parecia pessoalmente ofendido.

“Sério, Violeta?” ele disse sem emoção, escandalizado. “Sério?”

“Desculpa, mas é um jogo.” Violeta respondeu entre risos.

Alaric estava sério sobre o jogo e virou-se para encarar Roman que já estava ao lado dele.

“Não faça isso.” Roman balançou a cabeça.

Alaric disse. “O que você quer dizer com isso, querido? Eu tenho cinco minutos para arruinar sua vida, mas só preciso de um.”

Violeta gargalhou. Isso era melhor do que ela pensava. E também Griffin e Asher, que estavam mais compostos do que ela.

Roman implorou. “Não me traumatize, Alaric.”

Mas Alaric já havia entrado em seu personagem.

“Você sabe,” Ele começou com um tom sedutor. “seus hormônios me têm em uma posição de vulnerabilidade. Tenho certeza de que é um crime biológico cheirar tão bem e não compartilhar.”

“Oh meu Deus,” Roman sussurrou com temor. “Não traga ciência para isso.”

Infelizmente, essa era exatamente a especialidade de Alaric e ele estava apenas começando.

“Mas eu devo,” Alaric continuou, agora tocando sua coxa, “porque claramente você é composto de noventa por cento tentação, dez por cento decisões terríveis e tudo isso altamente reativo.”

Sua mão deslizou mais alto, ronronando. “Se eu tivesse que te descrever usando ligações químicas, diria que você é iônico. Porque no momento em que você entra em uma sala, eu perco meus elétrons, e o controle.”

Griffin arfou enquanto Violeta se dobrava, sem fôlego de tanto rir. Asher estava envergonhado, Alaric era terrível. Mas isso não significava que ele não apreciasse a situação de Roman. Se ele pudesse mais tarde, recompensaria Violeta por isso.

O rosto de Roman estava enterrado em suas mãos. Ele não podia mais fazer isso.

Mas Alaric estava longe de terminar.

“Você é como o gato de Schrödinger,” ele acrescentou suavemente, “porque só de olhar para você, estou questionando a realidade. Você é caos ou salvação? Um paradoxo que estou morrendo de vontade de desvendar.”

Roman murmurou. “Pelo amor de Newton, você deveria desistir neste ponto.”

Griffin caiu de costas rindo.

Alaric estendeu a mão e agarrou o queixo de Roman. “Eu poderia escrever sonetos sobre sua estrutura óssea, pintar murais de seu sorriso e modelar equações físicas em torno desse queixo. Você não é apenas bonito, Roman… Você é teoricamente devastador.”

Roman recuou, olhos arregalados. “Eu vou te processar por danos emocionais.”

“Aposto que seu idioma do amor é entropia,” Alaric disse, lambendo os lábios. “Belo, destrutivo e absolutamente inevitável.”

Griffin uivou.

Violeta enxugou as lágrimas das bochechas, ofegante. “Eu… Eu nem posso… isso foi—Alaric—caramba!”

“Estou com medo,” Roman murmurou.

“Você deveria estar,” Alaric sussurrou, com falso tom sedutor. “Ainda nem cheguei às metáforas de astrofísica.”

Roman imediatamente se afastou dele. Alaric havia perdido sua cabeça, meu Deus.

“Não fuja de seus sentimentos, querido,” Alaric gritou atrás dele. “Poderíamos ter tido algo real.”

Desta vez, nem mesmo o ator Alaric pôde escapar das risadas contagiosas que sacudiram o jardim.

“Nós nunca vamos fazer isso de novo,” Roman avisou, mostrando os braços. “Eu até tenho arrepios desse flerte terrível.”

“Foi bom, no entanto.” Violeta disse, sentindo-se muito orgulhosa do pequeno monstro que era.

“Sim,” Griffin concordou, enxugando uma lágrima do olho. “Melhor desafio de todos. E é minha vez.”

Griffin girou a garrafa e ela parou em Asher.

“Ooh.” Violeta disse, esperando ansiosamente por este.

“Verdade ou desafio?” Griffin perguntou.

“Verdade,” Asher disse, surpreendendo a todos. Parecia que alguém não queria ser arrastado para um de seus desafios insanos.

Griffin disse. “Se você tivesse que trocar de lugar com outro Alfa Cardinal, quem seria e por quê?”

Ele levantou uma mão rapidamente, acrescentando, “Obviamente não pode ser eu. Sou o par de Violeta.”

Todos riram disso, mas todos os olhos estavam agora em Asher.

Ele tinha uma expressão pensativa, seu queixo estava tenso, e seus olhos distantes por um momento. Então ele respondeu calmamente e com certeza.

“Roman Draven.”

“Hã?” Roman ficou impressionado. “Eu?”

Asher não hesitou. “Deve ser tão bom não ter o peso do mundo nos ombros. Não ter um pai que te odeia, mas ainda espera nada menos do que perfeição. Deve ser bom ser amado por todos sem precisar conquistar isso. Rir facilmente. Estar despreocupado em um mundo que nunca alivia. Deve ser realmente bom simplesmente se transformar em um maldito pássaro e voar para longe dos seus problemas. Sim,” ele finalizou, sua voz rouca de emoção, “como deve ser bom.”