Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 460
Capítulo 460: Sem Fingimento
“Bebam! Bebam! Bebam!” Violeta e Alaric gritaram entusiasmados, incentivando os dois alfas sem camisa que competiam em uma disputa de bebida.
Roman Draven e Griffin Hale estavam de cabeça para baixo, equilibrando-se nas mãos com as bocas fixadas nas mangueiras enquanto a cerveja gelada fluía diretamente para eles.
“Cento e noventa e sete! Cento e noventa e oito—”
Griffin começou a engasgar, suas pernas se contraindo no ar. Suor escorria por suas têmporas, e seu domínio sobre a mangueira do barril começava a enfraquecer.
“Cento e noventa e oito!”
“Duzentos!”
Uma torcida começou, mas Griffin estava acabado. Ele engasgou, caiu na grama com um gemido, rolou de costas e gemeu alto.
“É isso aí. Estou acabado. Eu vi a Deusa e ela me disse para parar.”
Violeta riu da declaração, mas continuou contando.
“Duzentos e dois!”
Roman ainda continuava, de cabeça para baixo e com olhos selvagens, seu maxilar preso à torneira como um homem em missão. Naquele momento, ele parecia de fato um deus da decadência.
“Como ele ainda está bebendo?” Violeta estava impressionada.
“Porque Roman não acredita em moderação,” Alaric disse baixinho, com os olhos no Alfa do Sul. “O Sul reproduz seus alfas assim, clubes em quase todos os quarteirões, mesas de apostas altas em cada porão. Eles festejam como se fosse tradição.” Ele deu um sorriso seco. “Lavida loca não é uma fase para eles. É o estilo de vida deles.”
“Duzentos e vinte! Duzentos e trinta!” Asher gritou, pois eles pararam de contar.
Finalmente, Roman afastou a boca, caiu de pé com uma torção acrobática fluida, aterrissando perfeitamente. Ele estava ensopado de cerveja, seu peito arfando, mas seus olhos brilhavam como um homem que acabava de ganhar a coroa.
Então, com uma ducha feroz, ele pegou o barril e inclinou o resto para cima, deixando a cerveja restante salpicar no ar e chover sobre ele como uma vitoriosa chuva de champanhe, capturando a luz enquanto eles rugiam.
“É isso aí, querida!” Roman gritou, erguendo os punhos no ar. “Eu sou o deus do prazer!”
Violeta balançou a cabeça, contendo uma risada.
“Você é nojento.”
“Você adora,” Roman respondeu, limpando seu cabelo molhado do rosto sem nenhum constrangimento.
Griffin, ainda espalhado na grama, levantou uma mão frouxa. “Diga aos meus abdominais que eu tentei, querida.”
Violeta não pôde evitar e explodiu em risadas. Então Alaric lhe passou uma bebida e ela a engoliu, o jardim ganhando vida novamente com o tipo de energia que fazia ela esquecer que o amanhã existia.
“Vamos dançar,” Roman disse, e sem esperar por sua resposta, ele já estava se movendo ao ritmo.
Violeta não hesitou, o calor da noite já zumbia em suas veias. Ela estava alegre e precisava começar a prestar atenção em quanto mais bebia. Pela primeira vez, Violeta se viu desejando ter o metabolismo rápido dos lobos.
As luzes penduradas acima lançavam um halo dourado sobre eles, e Roman puxou Violeta para mais perto dele. Eles se moviam lentamente, seus corpos balançando ao som da música. A mão de Roman estava firme em sua parte inferior das costas, ancorando-a, enquanto a outra acariciava a curva de seu quadril em círculos.
O mundo se estreitou até que tudo que Violeta podia sentir era a respiração de Roman em seu ouvido, suas pontas dos dedos desenhando formas invisíveis em sua pele nua, e seu peito subindo e descendo contra o dela.
Então Roman a virou até que suas costas ficassem contra o peito dele e seus olhos encontraram Asher. Ele estava deitado no sofá mais próximo com uma bebida na mão, observando-os.
Exceto que ele não estava apenas observando, ele estava praticamente devorando-os. A maneira como os olhos de Asher arrastavam sobre ela lentamente, e com uma fome ardente fazia algo se torcer baixo em seu estômago.
Então ela decidiu dar-lhe um show.
Violeta levantou os braços acima da cabeça, balançando seu corpo ao ritmo, e perdendo-se no momento. Ela rebolou os quadris, se esfregando na dureza de Roman atrás dela, sentindo a rápida entrada de ar contra seu pescoço.
Roman não falou. Nem que precisasse. Sua boca pressionou beijinhos quentes contra seu ombro, seu pescoço, seus dentes roçando sua pele. Suas mãos passeavam por suas laterais, acariciando a curva externa de seus seios antes de deslizar para baixo e desaparecer no espaço entre suas coxas com uma lentidão maliciosa que fez arrepios brotarem em sua pele.
Violeta se inclinou nele, seus olhos nunca deixando de olhar Asher. E foi tudo que Asher precisou para se descontrolar.
O Alfa do oeste colocou sua bebida de lado e cruzou o espaço em três longas passadas.
Sem uma palavra, sua mão envolveu possessivamente seu pescoço por trás, e inclinou seu rosto em direção ao dele. Sua boca encontrou a dela em um beijo que era pura fome e comando, puxando um gemido diretamente de seu peito.
Violeta derreteu entre eles. Deus, isso era o paraíso.
Roman continuou em suas costas, beijando a curva de seu ombro, sua mão agora segurando seu seio com o polegar acariciando seu mamilo através do tecido do vestido.
Ela gemeu novamente e desta vez foi diretamente na boca de Asher.
A temperatura no ar aumentou, calor florescendo sobre a pele de Violeta, em seu peito, e finalmente baixo em seu ventre. Sua cabeça estava girando e seu corpo vibrava como se tivesse sido aceso por dentro.
Ela era desejada e estava cercada por ambos os homens e naquele momento, Violeta não queria escapar. Ela queria mais.
Então, quando a mão de Roman desapareceu entre suas coxas novamente, ele não provocou como antes. Seus dedos a encontraram – molhada, quente e pronta para ele – e Violeta quebrou o beijo apenas para ofegar por ar. Mas tudo o que escapou de seus lábios foi um gemido necessitado enquanto o dedo de Roman entrava e saía dela, devagar no início, depois mais rápido.
“Oh Deus,” Violeta gritou quando ele adicionou um segundo dedo, alongando-a, indo mais fundo do que antes. Seu ritmo acelerou, investindo em sua essência incansavelmente.
As mãos de Violeta voaram para os ombros de Asher, suas unhas cravando-se. O braço dele permaneceu ao redor de sua cintura, mantendo-a ancorada enquanto Roman a tocava como um violino, arrastando onda após onda de prazer com apenas seus dedos.
“Oh droga, acho que estou prestes a gozar—”
Sua voz quebrou, estrelas explodindo atrás de seus olhos enquanto Roman esfregava aquele ponto doce dentro dela.
Antes que ela pudesse gritar novamente, Asher agarrou seu rosto e a beijou com força, engolindo os gemidos interrompidos que saíam de sua boca enquanto ela se despedaçava entre eles.
Violeta estremeceu violentamente, seu gemido abafado contra os lábios dele, seu corpo tremendo da intensidade. Seus dedos arranharam as costas de Asher, agarrando-o com uma desesperação que beirava a dor.
Por trás dela, Roman retirou seus dedos, devagar e satisfeito, e sem hesitação, lambendo-os limpos, saboreando seu gosto. Naquele momento, ele parecia absolutamente selvagem com seus olhos brilhando, lábios molhados e sorrindo como um gato que acabou de receber um prêmio.
Então, Asher pegou Violeta sem uma palavra, carregando-a até o sofá onde ele tinha estado sentado antes. Ele se sentou, puxando-a para seu colo e deixando-a relaxar contra ele, ofegante, corada e completamente satisfeita.
Eles permaneceram assim, apenas os dois aproveitando o momento até, claro, Roman arruinar tudo.
“Hora do Twister!” ele anunciou, alto demais.
Asher gemeu enquanto Alaric ria de suas brincadeiras. Griffin uivou de empolgação.
E assim, a paz foi quebrada.
“Levante-se, querida,” Alaric disse, já puxando-a gentilmente do colo de Asher. “A arena aguarda.”
“O quê?” Violeta murmurou, mal levantando a cabeça.
“O tapete.” Ele apontou. “E sua queda.”
Violeta estreitou os olhos para todos eles.
“Vocês estão loucos se acham que vou jogar com esse vestido.”
“Sem desistir agora,” Roman sorriu, já tirando os sapatos. “Você é quem entrou aqui parecendo pecado em saltos. Pelo menos tenha a decência de brincar com suas vítimas antes de destruí-las.”
Violeta revirou os olhos, mas caminhou descalça em direção ao tapete. As luzes do jardim brilhavam em seu vestido preto, justo ao corpo e totalmente inadequado para um jogo que envolvia tanto alongamento.
Sua pele arrepiou-se com a percepção enquanto ela pisava no tapete, cada movimento seguido por quatro olhares masculinos que queimavam mais do que as fogueiras ao redor.
“Eu vou girar,” Asher anunciou das laterais, assumindo o papel de árbitro.
“Pé esquerdo, verde”. Ele anunciou.
Violeta foi a primeira, posicionando-se.
Roman a seguiu, permanecendo intencionalmente próximo para que ela pudesse sentir o calor de seu corpo, sua coxa roçando na dela enquanto ele se esticava ao lado dela. Claro, ele não disse uma palavra e apenas sorriu.
“Mão direita, azul.”
Griffin se posicionou ao lado dela, atingindo o tapete com controle suave. Ele plantou a mão perto de sua cintura, e enquanto se inclinava, seu vestido subiu apenas uma ou duas polegadas.
No entanto, Violeta não perdeu o jeito como os olhos de Roman caíram e seu olhar fixou-se em suas coxas, focando, depois indo ainda mais baixo. Sua calcinha espiava por baixo da barra, rendada e preta, e ele viu. E Violeta sabia que ele viu.
Então, sem desculpas, Roman inalou devagar e profundamente, como se estivesse provando-a apenas com seus sentidos.
Violeta sentiu suas bochechas esquentarem, e seus músculos se contraíram. O jogo ainda nem havia começado propriamente, e já ela estava sendo devorada pelos olhares deles.
E eles nem estavam fingindo mais.