Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 452
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Capítulo 452: Você Não Pode Fugir Para Sempre
Onde diabos ela estava?
Violet Purple estava no meio de um corredor desconhecido, seus sentidos em alerta máximo. Estranhas luzes iluminavam o caminho em direção a uma porta vermelha audaciosa à frente, que pulsava levemente como se estivesse esperando por ela.
Suas sobrancelhas se franziram. Que diabos é isso?
Uma mão pousou suavemente em seu ombro e ela se virou por instinto, já a meio caminho de um golpe defensivo até ver o rosto familiar.
“Asher?” ela respirou, espantada ao vê-lo. “O que você está fazendo aqui? O que está acontecendo?”
Antes que Asher pudesse responder, houve um grunhido alto e um baque surdo.
Roman e Alaric se materializaram do nada, caindo no chão em uma pilha.
“Cara, por que você é tão pesado?” Roman ofegou debaixo de Alaric.
“Fale por você mesmo,” Alaric murmurou, empurrando-se para cima.
Mas antes que qualquer um pudesse ficar de pé, um terceiro corpo caiu bem em cima deles.
Era Griffin.
“Acho que acabei de quebrar um baço,” Roman grunhiu novamente, seu rosto amassado contra o chão.
“O que está acontecendo agora?” Violet murmurou, espantada enquanto olhava para a pilha literal de alfas.
Griffin rolou para fora dos outros, limpando suas calças como se não tivesse acabado de aterrissar em duas pessoas. “Onde estamos?”
“De nada,” Roman murmurou, cambaleando para se levantar com uma careta dirigida a Griffin.
Alaric se levantou com uma expressão rígida. “Ok, o que diabos está acontecendo? Asher?” Ele já suspeitava que isso era obra dele.
“Não olhe para mim.” Asher rosnou para ele.”Eu só posso me ligar a uma mente de cada vez e não iniciei isso. Todos nós estarmos aqui ao mesmo tempo não é algo que eu posso realizar. Se algo, isso parece um —”.
“Um sonho,” Violet completou por ele. “Pense nisso, a última coisa que me lembro é de ter adormecido.”
“Mesma coisa,” Alaric disse.
“Bem, tecnicamente, você adormeceu conosco,” Roman sorriu, mexendo as sobrancelhas como se isso fosse a melhor parte da noite.
“Espere,” Griffin disse a Violet. “Então estamos no seu sonho?”
“Como isso é possível?” Alaric perguntou. “Griffin nem se deitou conosco.”
“Ele está certo.” Griffin disse. “Eu não saí do meu quarto. Achei que vocês precisavam de espaço. Pensei que talvez se vocês passassem mais tempo juntos, mais conexões de acasalamento seriam ativadas.”
Asher acenou em concordância. “Griffin é o parceiro dela. Faz sentido que ela o tenha trazido junto, apesar da distância. Ainda não sabemos do que Violet é capaz e a extensão de seus poderes.”
Roman deu um assobio baixo. “Então estamos todos presos dentro do sonho da Violet. Que segredos suculentos você está escondendo naquele subconsciente seu, querida?”
E com isso, ele correu em direção à porta vermelha.
“Roman—espere!” Violet chamou, mas era tarde demais.
Ele girou o botão e o abriu. De repente, uma luz intensa explodiu de dentro, forçando todos a protegerem os rostos enquanto a luminosidade engoliu o corredor inteiro.
Quando desapareceu, eles se encontraram em uma vasta câmara estéril e branca. Mas isso não foi o que parou Violet em seu caminho.
“Que em nome…” ela sussurrou.
No extremo da sala estava Lila, ou o que restava dela.
Ela estava amarrada a uma árvore retorcida, seus membros afundados na casca como se tivesse crescido em torno dela. Sua pele antes vibrante agora estava fantasmagoricamente pálida com estranhas veias verdes pulsando estranhamente em sua pele.
Seus olhos estavam fechados e cercados por enormes círculos escuros. Seus lábios estavam rachados, secos e sem cor, enquanto sua graça fae desapareceu. Lila parecia faminta e assustadoramente oca.
Ninguém disse uma palavra. Eles não podiam. A visão de Lila, meio consumida por uma árvore, silenciou até mesmo o falante Roman.
“Lila…. ” Violet exclamou, avançando apenas para Asher agarrar seu braço.
“Não sabemos com o que estamos lidando aqui,” ele balançou a cabeça em desaprovação.
Mas Violet se desvencilhou de seu aperto e caminhou em direção a Lila enquanto os garotos trocavam olhares preocupados. Eles não confiavam no que estava acontecendo, mas não havia nada que pudessem fazer.
Cada passo parecia tão pesado que até Violet chegar lá, seu corpo parecia chumbo.
“Lila?” Ela chamou, mas não houve nada além de silêncio.
“L-lila?” Violet engasgou, levantando mãos trêmulas para sentir seu rosto. Ela estava tão fria ao toque.
“Não…” Violeta chiou, lágrimas começando a borrar seu rosto. “Isso não pode ser.” Lila não pode estar morta. Ela tinha ido ao Reino das Fadas para ver sua mãe, não para isso.
“Lila, quem fez isso? Você tem que me dizer para que eu possa vingar você pelo menos.”
Como se ela tivesse ouvido, os olhos de Lila de repente se abriram e Violeta recuou.
“Lila?” a esperança surgiu em sua voz.
Lila parecia desorientada no começo, apenas para ganhar foco. “Violeta?”
“Sim, sou eu.” Violeta anunciou feliz, exceto que Lila não compartilhava do mesmo entusiasmo que ela.
“Você não pode estar aqui!” seu rosto ficou ainda mais pálido ao perceber o que estava acontecendo. “Você está caminhando nos sonhos.”
“Caminhada nos sonhos, é isso que é?” Violeta perguntou por curiosidade.
Lila olhou por cima do ombro para notar os alfas. “E você trouxe os alfas com você também. Uma façanha admirável para uma novata, se não fosse um ato tolo. Você não sabe nada sobre caminhada nos sonhos, Violeta. Você está se tornando vulnerável a ataques. Barão pode te pegar assim. Vá agora!” Ela trovejou.
“Barão?” Violeta captou. “Ele é quem fez isso com você? Eu vou matá-lo!”
“Minha autoconfiança me cegou e eu caí na armadilha dele. E é essa mesma tolice pensar que você pode enfrentar o Barão.” Lila disse com arrependimento.
“Então como eu te tiro daqui? O que é isso?” Violeta estendeu a mão para a árvore, tentando libertá-la, mas foi em vão.
“É uma árvore carnívora e você não pode me libertar.” Lila lhe disse.
“E quanto à minha mãe? Tenho certeza de que ela é poderosa o suficiente para te tirar daqui se souber da sua situação. Como eu posso contatá-la?”
“É isso que o Barão quer e você não deve cair nessa. Então me escute com atenção, Violeta… ” Sua voz agora era séria. “A situação na corte é mais grave do que eu pensava. Não sei como o Barão fez isso, mas ele está sugando poderes da Rainha Seraphira. Por isso ela está enfraquecida. Acredito que ele está, de alguma forma, manipulando a força vital entre eles. ”
“O que posso fazer? ”
“Você não faz nada!” Lila a advertiu. “A rainha em breve perceberá minha ausência e virá me procurar. Essa é a razão pela qual você deve sair agora! Você não pode dar chance para o Barão…. ”
Lila ainda estava falando quando de repente ofegou, seus olhos se virando para o fundo de sua cabeça. Quando se focaram novamente, algo havia mudado. Seu comportamento estava mais aguçado agora e o olhar em seus olhos não era o de Lila.
“Então nós finalmente nos encontramos, princesa.”
A voz veio dos lábios de Lila, mas Violeta sabia que não era mais ela.
“Barão,” Violeta cuspiu, o nojo se enrolando em sua voz. Ela não precisava de confirmação. Lila já o havia chamado.
“Lilarin fez bem em ocultar sua aparência,” ele ponderou. “Mesmo aqui no reino dos sonhos, eu não consigo ver seu verdadeiro rosto. Continua mudando… mudando de forma. ”
Seu tom era calmo. Calmo demais. Deveria haver frustração, raiva, mas em vez disso, havia algo muito mais perturbador: paciência.
Barão inclinou a cabeça de Lila lentamente, usando seu rosto como uma segunda pele com seus olhos brilhando de um prazer cruel.
“Mas Lilarin deveria ter te avisado,” ele disse com simpatia zombeteira, “sobre os perigos de caminhar nos sonhos sem experiência.”
Antes que Violeta pudesse responder, a árvore em frente a ela rangeu. Um de seus troncos grossos cobertos de casca se moveu, gemendo de forma antinatural enquanto avançava e se enrolava em torno de sua garganta.
Violeta ofegou, suas mãos voando para arrancá-lo, mas foi inútil. A casca era áspera e implacável, esmagando sua traqueia. Sua visão ficou turva nas bordas.
“Talvez eu nem precise te encontrar no reino humano,” Barão ponderou, sua voz calma e cruel. “Vou apenas acabar com você assim.”
Com suas palavras, o tronco se apertou ainda mais.
Pânico tomou conta do peito de Violeta, suas unhas rasparam a madeira enquanto seus pés procuravam por apoio que não existia. Seus pulmões gritavam por ar, e seu corpo começou a tremer. Ela iria morrer desse jeito.
Então ela os ouviu.
“Violeta!”
“Violeta?!”
Seus companheiros estavam gritando por trás, suas vozes perfurando a névoa de escuridão que ameaçava levá-la para baixo. Eles soavam distantes, distorcidos e frenéticos.
E então havia Asher gritando para ela. “Pegue minha mão!”
Violeta nem olhou, seus dedos simplesmente estendidos desesperadamente para ele. Sua visão estava se desvanecendo e seu corpo estava falhando, mas de alguma forma ela o encontrou.
Suas mãos se tocaram e naquele instante, a árvore soltou. A pressão desapareceu e o sonho se fragmentou.
Não apenas Violeta, mas todos eles desapareceram.
Mas pouco antes de Violeta ser puxada do sonho, as palavras finais de Barão deslizaram em sua mente como veneno.
“Você não pode fugir para sempre, princesa.”