Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 450
Capítulo 450: Família ABC
Violeta estava na cozinha sozinha com Griffin. Tecnicamente, ele estava cozinhando enquanto ela apenas observava.
E por bons motivos.
Griffin estava de pé ao lado da bancada sem camisa, enquanto um avental preto pendia em sua cintura, farinha cobrindo seus braços e peito. Suas mãos trabalhavam a massa com movimentos lentos e firmes, pressionando, dobrando e amassando. Os movimentos faziam os músculos de seus braços flexionarem, as veias em seus antebraços se movendo como cordas sob a pele.
E, deuses, como Violeta poderia não olhar?
Griffin se inclinou para frente, apertando a massa com mais força, seus antebraços tensos e bíceps se contraindo. Então ele deu um tapa forte na massa, o som ressoando na cozinha.
Violeta mordeu o lábio inferior. Aquilo era sexy pra caramba. Ela pressionou as coxas juntas instintivamente enquanto o calor a tomava.
Ele fez de novo. Tapa. Amassa. Tapa. E tudo o que Violeta podia visualizar era Griffin fazendo isso com seu corpo—manipulando-a como ele lentamente rolava a massa sob suas palmas.
“Alguém está transando com o homem-gato com os olhos.”
Violeta se sobressaltou, quase derrubando a tigela de frutas na bancada.
“Roman!” ela sibilou, virando-se para encará-lo.
Ele já estava sorrindo como o diabo, braços cruzados enquanto se apoiava no batente da porta com toda a satisfação de um homem que a pegou pecando com os olhos.
Griffin não disse uma palavra, apenas continuou amassando a massa com a casual dominância de alguém que sabe que está bonito fazendo isso. Seu sorriso era preguiçoso, sabendo, e convencido o suficiente para aquecer suas bochechas novamente.
“Cai fora, Roman,” Violeta estalou, tentando e falhando em soar indiferente.
“Como você desejar, Princesa.” Roman fez uma reverência dramática, caminhou até a geladeira como se estivesse em uma passarela, pegou uma garrafa de água e saiu da cozinha de costas como se estivesse dançando moonwalk.
Violeta exalou profundamente. Ela tinha as mãos cheias com aquele ali.
Griffin finalmente olhou para ela de canto de olho. “Aproveitando o show?”
Violeta não respondeu imediatamente e foi andando em sua direção, parando quando estava próxima o suficiente para sentir o calor dele, farinha e almíscar se misturando no ar.
“Você fez isso de propósito, não foi? ” ela perguntou, cruzando os braços. “Sexualizou a massa para me deixar toda quente e incomodada?”
“Sou apenas um homem humilde fazendo pão, princesa,” Griffin respondeu, totalmente inconvincentemente. O brilho malicioso em seus olhos castanhos dizia o contrário.
E o que era com seus homens de repente a chamando de “princesa”? Ela não lhes disse a verdade para que começassem a jogar títulos por aí. Não era para ser um grande problema, apenas um fato. Nada mais.
No entanto, Violeta estreitou o olhar. “Aham. Humilde, sem camisa, coberto de farinha, sexy de avental.”
O sorriso de Griffin se alargou. “Você esqueceu de adicionar forte, dominante e levemente suado.”
Violeta riu apesar de si mesma. “Deus me ajude.”
“Até Deus concordaria que você não precisa de ajuda, querido,” Griffin disse, batendo na massa uma última vez e o som ecoou entre eles.
Violeta mordeu o lábio de novo. Maldito seja.
Griffin percebeu e sorriu. Então ele disse, “Espere…”
As sobrancelhas de Violeta se arquearam quando Griffin se virou e foi até o canto, apenas para voltar momentos depois com um pequeno prato na mão. O cheiro de alecrim, tomilho e alho flutuava em sua direção, fazendo seu estômago roncar em antecipação.
“Achei que você gostaria de experimentar,” ele disse casualmente, segurando um espeto. O frango com ervas brilhava levemente e ainda estava fumegante, chamuscado nos lugares certos.
Violeta olhou para ele desconfiada. “Você está me alimentando agora? Qual é a pegadinha, grandão?”
Griffin apenas deu de ombros, depois puxou um único, tenro pedaço de frango entre os dedos e o aproximou de seus lábios.
“Abra.”
Suas sobrancelhas se arquearam. “Sério?”
“Falando sério.” Sua voz caiu. “Vamos lá, Princesa.”
Violeta revirou os olhos, mas seus lábios se entreabriram de qualquer maneira. No momento em que o frango tocou sua língua, seus olhos flutuaram semicerrados. O sabor era quente e suculento, cheio de ervas e com um leve toque de pimenta, e atingiu todos os lugares certos. Seu gemido escapou antes que pudesse impedi-lo.
O sorriso de Griffin se alargou. “Bom?”
“Meu Deus, isso é um orgasmo gastronômico,” ela murmurou, ainda mastigando. “Eu devia ter me casado com você quando tive a chance.”
Griffin riu de forma contagiante, seus olhos brilhando. Ele parecia tão feliz e Violeta se sentia tão satisfeita.
“Quem te ensinou a cozinhar assim? Irene?” Violeta perguntou, genuinamente curiosa.
“Deus, não!” Griffin disse rapidamente, como se a ideia sozinha fosse ofensiva. “Se minha mãe já entrou na cozinha, provavelmente foi para afiar as facas para cozinhar. Enquanto outras meninas estavam aprendendo a ferver arroz, Irene estava lutando e aprendendo a liderar uma matilha.”
Violeta deu uma risadinha.
“Na verdade, aprendi com meu pai Arion, ele é o verdadeiro chef master. Aeron às vezes se aventura, mas é considerado um evento celestial se ele o faz. E mesmo assim, ele não consegue segurar uma espátula contra seu irmão.”
Um silêncio cheio de pensamentos se estabeleceu sobre Griffin enquanto ele fazia uma pausa, seus olhos distantes enquanto saboreava as velhas memórias. Era impressionante como a vida passava rápido. Ontem mesmo, ele era um garoto admirando seus pais, agora estava prestes a começar uma família própria. O pensamento era simultaneamente estimulante e assustador.
“É reconfortante saber que você teve a melhor experiência de infância,” Violeta disse suavemente. “Quando nos acomodarmos juntos, vou precisar de alguém que saiba manter tudo unido.”
Griffin entendeu o que ela queria dizer. Asher teve a pior infância. Roman e Alaric, cada um à sua maneira, cresceram com pais ausentes, e provavelmente sabiam quase nada sobre como é uma verdadeira família.
“Vamos descobrir à medida que avançamos,” foi tudo o que Griffin pôde oferecer. Ele já via o caminho à frente, acidentado e exigente. Sua mãe lidou com dois homens; agora, sua carga estava dobrada. Seria um inferno às vezes, mas ele daria tudo que tinha para fazer esse harém funcionar.
“Certo, me alimente com outro,” Violeta disse, esperançosa.
Griffin atendeu, tirando outro pedaço de frango do espeto. “Você é como um grande bebê.”
Violeta não se importou. Ela gemeu quando o sabor explodiu em sua língua, alto e completamente indecente.
Os olhos de Griffin se escureceram. “Você continua gemendo assim, e podemos esquecer o jantar completamente.”
Por mais tentador que isso parecesse, Violeta se obrigou a se comportar.
“Eu suplico pelo jantar,” ela disse, lambendo os lábios.