Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 423
Capítulo 423: Uma Carta Para a Princesa
“Graças a Deus, você finalmente está aqui,” Ivy exalou aliviada ao abrir a porta para ver Violeta. Ela deu um passo para o lado, apenas para revelar Griffin parado no canto com seu habitual sorriso doce.
“Olá?” Griffin cumprimentou, acenando educadamente.
“Ah. Olá.” Ivy sorriu de volta, ligeiramente surpresa. Ela esperava que Violeta viesse sozinha, mas claramente, esse não era mais o caso.
Agora que Violeta estava unida, ela e Griffin iam praticamente a todos os lugares juntos, como gêmeos grudados.
“Não somos bem-vindos?” Violeta perguntou quando Ivy hesitou na entrada, ainda encarando.
“Ah, claro,” Ivy disse rapidamente, afastando-se para deixá-los entrar.
Violeta entrou com Griffin, suas mãos entrelaçadas. Ela olhou ao redor e não ficou surpresa por Ivy ter escolhido não se mudar. O novo quarto era muito mais espaçoso do que o antigo na casa do Leste. As paredes estavam pintadas em um tom pastel frio, suave e calmante. Mas o que realmente chamou a atenção de Violeta foi a visão de quatro camas. Não três.
Seus passos diminuíram imediatamente.
Desde que ela agora coabitava com Griffin, a quantidade de camas deveria ter diminuído, não aumentado.
Quase imediatamente, uma pontada de ciúmes a atingiu. Claro, eles tinham arrumado uma nova colega de quarto.
Violeta não era contra suas amigas fazendo amizades, mas a ideia de mais alguém se juntando ao círculo íntimo delas não agradava a ela. Violeta não queria compartilhá-las. Não com ninguém.
Ivy a pegou olhando e explicou, “Nós insistimos em manter sua própria cama, caso você brigue com ele e precise de um lugar para ficar. Você sempre terá seu espaço.” Ela acrescentou, “Sem ofensa, Griffin.”
“Sem ofensa tomada.” Griffin respondeu.
Violeta ficou tão emocionada que ficou sem palavras.
“Ou,” Daisy disse, saindo do banheiro, “talvez sempre que ela só quiser dormir aqui. Nem tudo tem que ser dramático, Ivy.”
Ela parou e respirou. “Olá, Griffin. E olá para você também, Violeta. Você finalmente apareceu. Eu estava começando a pensar que você ia chegar à meia-noite e me incomodar como uma bruxa.”
Griffin acenou com seu habitual sorriso educado enquanto Violeta revirava os olhos. O tom sarcástico de Daisy sempre aparecia quando ela estava irritada.
“Desculpe por isso,” Violeta disse, sua voz incomumente suave enquanto olhava para baixo e começava a desenhar círculos invisíveis com o dedo do pé. “Fiquei distraída.”
Ivy e Daisy olharam para ela, depois uma para a outra e acabaram estremecendo. Quem era essa criatura tímida fingindo ser Violeta? O vínculo de companheiros era assustador.
Finalmente, Violeta olhou para cima e notou a terceira cama. Franziu a testa. “Onde está Lila?”
Daisy abriu a boca para responder, mas hesitou quando percebeu a presença de Griffin. Seus olhos piscaram para Violeta, uma pergunta silenciosa passando entre elas.
“Não se preocupem,” Violeta disse rapidamente. “Ele sabe de tudo.”
“O quê?!” Daisy e Ivy gritaram em uníssono.
“Você contou para ele?” Ivy a acusou.
Violeta deu de ombros. “Ele já sabia metade antes de estarmos unidos. Agora que estamos, é justo que ele saiba a verdade. Manter segredos do seu companheiro é basicamente pedir por um relacionamento condenado. Além disso,” ela olhou para ele com praticamente amor nos olhos. “Griffin arriscaria a vida por mim.”
“Oh, eu absolutamente arriscaria,” Griffin prometeu, encarando-a. Eles apenas ficaram lá, olhando um para o outro o que pareceu ser um minuto inteiro, perdidos em seu próprio mundo.
Ivy e Daisy trocaram um olhar e gemeram. Isso era tão constrangedor. Induzidor de vômito constrangedor. Levaria uma eternidade para elas se acostumarem com essa nova realidade.
“Vamos em frente!” Daisy gritou, interrompendo deliberadamente, e funcionou.
Ela se virou para Ivy. “Primeiro de tudo, coloque o colar nela.”
“Claro, chefe.” Ivy fez uma saudação de brincadeira e foi em direção à gaveta.
Com a Lila desaparecida e Violeta oficialmente ficando com Griffin, estava claro que Daisy havia reivindicado a posição de líder entre elas. E ela certamente vestia bem esse papel.
Quando Ivy voltou com o colar, Violeta franziu a testa. “O que é isso?”
Mas Ivy a ignorou e entregou diretamente a Griffin. “Quer fazer as honras?”
“Com prazer,” Griffin disse, pegando-o dela.
Violeta não teve escolha a não ser se virar, dando as costas para Griffin.
Ela sentiu o toque dos dedos dele em seu pescoço enquanto afastava seu cabelo para o lado e sua respiração ficou presa. Havia algo íntimo na forma como ele a tocava.
Quando Griffin fechou o fecho, a corrente se assentou fria contra sua pele, o medalhão repousando logo acima da sua clavícula. Violeta o levantou e deu uma boa olhada nele.
O design do medalhão era estranho, pois tinha duas cabeças esculpidas na superfície. No entanto, uma cabeça estava voltada para cima enquanto a outra estava voltada para baixo, mas elas estavam unidas. Ao redor delas, havia inscrições desconhecidas gravadas no metal, provavelmente Fae. Típico estilo da Lila.
“O que isso significa?” ela perguntou só por precaução.
“Nós não sabemos,” Ivy respondeu. “Lila só disse que tínhamos que garantir que você o usasse. Aparentemente, é para te mascarar das pessoas do Barão.”
Violeta lhe lançou um olhar exasperado. “Então, a mesma Lila, de quem nenhum de vocês me contou o paradeiro, mandou vocês colocarem esse colar misterioso em mim que poderia fazer sabe Deus o quê, e vocês simplesmente seguiram com isso?”
“Bem, não venha nos acusar,” Ivy levantou a mão em defesa. “Lila é sua amiga, e enquanto ela age de forma enigmática e sombria, no final do dia, sabemos que ela tem boas intenções.”
“Ela deixou uma carta para você,” Daisy acrescentou, puxando-a. “Diz que é para explicar tudo.”
“E,” Ivy disse, “cabe a você decidir se quer ou não compartilhar o que aprender com ela.”
“Isso soa sério,” Griffin disse, olhando para Violeta com preocupação.
O estômago de Violeta começou a se contorcer de apreensão. Ela percebeu o quão grave a situação havia se tornado. Não era típico da Lila desaparecer sem explicação e depois deixar uma carta que aparentemente continha as respostas para suas perguntas?
Mesmo assim, ela estendeu a mão e pegou a carta de Daisy.
Todos os olhares estavam sobre ela agora. O peso da atenção deles recaiu sobre seus ombros, tornando-a desconfortavelmente autoconsciente enquanto desdobrava o papel e puxava a nota.
“Vou ler em voz alta,” Violeta disse.
“Sério?” Ivy perguntou, visivelmente surpresa.
Não só ela, Griffin e Daisy também pareceram igualmente surpresos.
“Não é como se vocês não fossem descobrir eventualmente,” Violeta explicou. “Todos esperaram demais pela verdade, e ela finalmente chegou. Além disso, se vocês estão cem por cento comigo, então deveriam saber pelo que estão lutando.”
Os três trocaram olhares e deram de ombros em concordância. Ela estava certa.
“Certo, aqui vou eu.” Violeta respirou fundo, do tipo que se faz antes de uma batalha.
Ela segurou o papel firme e começou.
“Para Princesa Violeta…”