Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 421
Capítulo 421: O Parceiro Amoroso
Violeta tomou o mesmo caminho de volta para a cabana, apenas para parar abruptamente quando viu uma silhueta esperando lá.
Seu coração disparou e ela entrou em pânico internamente.
Quem quer que fosse, provavelmente sentiria o cheiro de Roman nela. E então o que aconteceria? Provavelmente surgiriam perguntas sobre por que ela havia deixado seu parceiro, sozinho, para procurar outro homem no meio da floresta. Suspeitas se tornariam enormes e rumores se espalhariam. Seja qual for o caos que viesse depois, Violeta nem tinha certeza se conseguiria contê-lo.
Ela sempre se disse que não se importava com o que o público pensava, mas isso era mais fácil de falar do que de fazer.
Claro, ela poderia até conseguir trazer seus homens de volta com a ajuda da profecia, mas não seus pais. Alguém como Zara já odiava seu traseiro. E Henry? Quem sabe o que ele faria para afastar Asher dela?
Como ela deveria equilibrar tudo isso? Como ela poderia lutar por seus homens sem destruir vidas no processo?
Se a deusa realmente destinou os alfas cardinais para ela, então quando o laço de parceiro os atingiria também? Quanto tempo ela poderia esperar, porque o tempo estava realmente se esgotando.
Aquele momento, a única opção que Violeta conseguia pensar era fugir. Mas antes que ela pudesse se mover, sentiu um puxão suave pelo vínculo e seus ombros relaxaram antes mesmo de Griffin sair completamente.
Eles se encararam por mais de um minuto em silêncio, uma tensão cautelosa entre eles. Então, sem uma palavra, Griffin abriu os braços e Violeta correu até eles sem protestar.
Ele a abraçou tão apertado que quase tirou o ar dela. Pressionando um beijo em sua testa, ele disse: “Desculpa. Não deveria ter te parado. Não quando eu sei sobre a profecia. Mas Violeta…” Ele suspirou. “Estou apenas preocupado. Há—”
“Shhh.” Violeta recuou para olhá-lo. “Entendo. Tenho que ser cuidadosa. Há forças maiores em jogo. Mas Griffin, meus sentimentos não mudaram, e se os outros são realmente meus, não vou desistir deles. Só não vou me esgueirar mais. Eu sei o quanto isso pode se voltar contra mim. Contra nós.”
Ela olhou para o céu escurecido com um suspiro. “Eu só gostaria que a Deusa da Lua me desse algum tipo de dica, ou um manual de como lidar com isso. É demais.”
“Eu sei que é,” disse Griffin, esfregando os braços. “E não vou mentir, dói te ver correr antes mesmo de termos a chance de nos acomodar. Nosso lar significa algo…..” Ele coçou o couro cabeludo, claramente nervoso. “É uma coisa de parceiro e é importante para o macho quando a fêmea se sente segura o suficiente para fazer dela também.”
Violeta parou. “Ah.” Isso a atingiu. “Droga.”
Griffin deu uma palmadinha desajeitada. “É estúpido, eu sei. Você basicamente já vivia no meu quarto da Casa Leste. Mas eu teria feito deste especial, talvez pintado de roxo. Você gostaria disso, né?”
Violeta suspirou. “Griffin—”
Mas ele continuou falando. “Eu poderia construir um armário para você se não quiser dividir o meu. E se você precisar de um espaço maior para dormir—”
“Griffin—”
“Você pode ficar com meu shampoo agora que meu cabelo se foi—”
“Griffin!” Violeta gritou, e finalmente ele se calou.
Após um momento de silêncio, Violeta pediu desculpas sinceramente.
“Sinto muito. Eu não sabia sobre isso.”
Griffin deu de ombros, tentando disfarçar. “Não é grande coisa. É só viver juntos.”
Mas Violeta não foi enganada. Ela conhecia Griffin muito bem. Ele poderia minimizar as coisas, mas esses pequenos gestos importavam para ele. Essa era a diferença entre Griffin e os outros. Ele era centrado, pensativo e o tipo de homem que encontrava significado em pequenos rituais.
Violeta se ergueu nas pontas dos pés e o beijou suavemente nos lábios. “Não prometo ser perfeita,” ela sussurrou, “mas vou tentar não negligenciar suas necessidades enquanto tento conquistar meus outros namorados.”
Griffin sorriu. Aquele sorriso lento e caloroso que sempre derretia algo dentro dela. Ele se inclinou, beijando-a novamente, suave e demorado. Então ele se afastou, o nariz mexendo levemente.
“Você está cheirando a Roman,” ele provocou com um sorriso. “Vocês dois fizeram as pazes?”
Nisso, Violeta deu um passo para trás com um gemido exasperado. “Nem tivemos tempo para conversar.”
“Mmmhmm,” Griffin murmurou, a inclinação sugestiva das sobrancelhas dizendo tudo. Era o tipo de som que gotejava com insinuações, como se “é claro” que algo tivesse acontecido.
“Pare com isso.” Violeta revirou os olhos, metade divertida, metade envergonhada. Então ela confessou. “Ele me chamou de vadia por sequer sugerir que namorássemos apesar do laço com você.”
O rosto de Griffin escureceu instantaneamente. “Aquele bastardo,” ele rosnou, fúria brilhando em seus olhos.
“Não se preocupe,” Violeta disse, mantendo o tom calmo apesar da dor em seu peito. “É só o estilo clássico de Roman Draven.” Ela acrescentou aspas no ar com um sorriso irônico. “Ele está tentando me afastar.”
Griffin exalou e balançou a cabeça. “Roman pode agir como uma criança às vezes, mas sei exatamente quem pode lidar com ele.” Seu olhar queimou no dela, cheio de certeza orgulhosa.
“Deus, pare com isso, você está me fazendo corar.” Violeta riu, empurrando-o de brincadeira.
Griffin riu, claramente se divertindo. Então ele se virou e caminhou em direção à frente do barraco onde havia estado anteriormente. Ele voltou com uma pequena bolsa na mão.
“Achei que isso poderia acontecer,” ele disse, abrindo-a. “Trouxe uma troca de roupas e lanches.” Ele levantou um pacote de granola. “Você não comeu desde que voltou.”
Por um segundo, Violeta não conseguiu falar, sua garganta apertada de emoção. O que ela havia feito em sua vida passada para merecer alguém como Griffin? Alguém que era amoroso e atento às suas necessidades.
Sem uma palavra, ela fechou a distância entre eles e o beijou. Desta vez, não foi suave, mas um beijo profundo e intenso. Ela colocou tudo nele, sua gratidão e fome por ele. Não ajudava o fato de Roman ter acendido a chama e deixado queimando. Agora, ela precisava de alívio.
Pernas envolvidas em torno dele, Violeta recuou apenas o suficiente para ofegar contra os lábios dele. “Barraco. Agora.”
“Sim. Barraco,” Griffin concordou imediatamente, um braço envolvendo sua cintura enquanto o outro agarrava a bolsa. Com urgência em cada passo, ele a carregou direto para a porta.
Essa ia ser uma boa noite.