Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 418
Capítulo 418: Primeira Briga do Casal
Violeta e Griffin não tinham exatamente tempo para conversar. Não quando Oscar, o Beta de Griffin, fez sua aparição e entregou seu telefone para ela. Alaric foi quem o encontrou na casa de Asher e o passou para ele entregar para ela.
“Onde está Alaric agora?” Violeta perguntou após várias tentativas frustradas de contatar seu príncipe relâmpago. Cada uma de suas ligações ia direto para a caixa postal.
“A última vez que ele foi visto foi no hospital com Asher. Ninguém o avistou desde então,” Oscar respondeu.
“Minhas ligações também não estão funcionando,” Griffin disse, abaixando o telefone com uma expressão de preocupação.
Assim como ela, ele tinha acabado de recuperar seu telefone. Griffin estava usando um alternativo enquanto estavam na Matilha do Leste, enquanto Violeta ficou sem nenhum. E embora ele sempre a deixasse usá-lo sempre que ela precisasse, ter o seu próprio de novo era um alívio. Por menor que parecesse, lembrava-a que ainda era sua própria pessoa e não apenas a companheira de alguém, amarrada à conveniência alheia.
Violeta olhou para Griffin, sua voz suave com preocupação. “Você acha que ele está seguro, onde quer que esteja?”
“Se ele está se escondendo intencionalmente,” Griffin disse, “então ele é bom.”
Oscar pigarreou. “O resto dos membros da matilha aqui na escola não pode esperar para ser oficialmente apresentado à Luna Violet.”
“Eu sou Violeta. Não Luna,” ela o corrigiu com um tom seco.
“Você já é. Mais cedo ou mais tarde, você aceitará o título, Luna.”
Violeta revirou os olhos enquanto Griffin lançou um olhar para Oscar que claramente dizia para ele parar. Sua companheira já tinha passado por bastante. Ela não precisava de mais papéis sendo forçados a ela, especialmente aqueles para os quais não estava pronta.
“Sobre Alaric,” Oscar continuou, “se ele é realmente tão importante, posso tentar rastreá-lo. Discretamente.” A maneira como ele disse isso sugeria que ele sabia mais do que estava revelando.
Violeta e Griffin trocaram um olhar. Ela não precisou falar, seus olhos já estavam implorando.
“Claro. Continue,” Griffin disse com um aceno de cabeça.
“Certo, Alfa,” Oscar respondeu, dando-lhes um último olhar antes de sair.
Assim que a porta se fechou atrás dele, Violeta se virou para Griffin. “Obrigada.”
“De nada. Qualquer coisa por você, companheira,” Griffin disse, acariciando suavemente sua bochecha com os nós dos dedos.
Mas Violeta recuou, quase imediatamente. “Agora só preciso encontrar Roman e fazer ele enxergar as coisas claramente.”
“Hey, devagar, Violeta. Você acabou de chegar. Você nem descansou ou arrumou suas coisas,” Griffin disse, entrando em seu caminho.
Mas Violeta respondeu imediatamente. “A febre do acasalamento já me distraiu o suficiente. Não preciso de mais descanso. Minhas coisas podem esperar, vou arrumar depois. Agora, preciso encontrar Roman.”
Ela tentou passar por ele, mas Griffin segurou seu pulso gentilmente, mas firme. “Você não entende, não é? Todo mundo está te observando. Os repórteres ainda estão no campus, e qualquer um deles poderia distorcer algo e piorar a situação.”
Ele a puxou para mais perto, sua voz agora mais baixa. “Olha, eu entendo. Eu entendo como você se sente. Mas aquelas pessoas lá fora? Elas não. Não sobre você. Não sobre nós. Um companheiro deve estar satisfeito com seu par. Se eles te pegarem em uma posição comprometedora com Roman, Violeta, vão te destruir.”
“Então, o que você quer que eu faça?” Violeta retrucou, sua voz se elevando. “Ficar parada e esperar pela aprovação deles? Apenas ficar aqui e não fazer nada?”
“Eu não estou dizendo para não fazer nada,” Griffin rebateu. “Estou dizendo que não agora. Existem muitos olhos em você—em nós—neste momento.”
“E o que dizer sobre Roman? Ele provavelmente está lá fora, sofrendo, e você espera que eu faça o quê? Fique parada?!”
“Bem, é isso que deveria acontecer!” A voz de Griffin subiu para encontrar a dela agora, a raiva brilhando por trás de suas palavras. “A deusa te acasalou comigo! Comigo, Violeta! Comigo apenas! O que você espera que Roman faça? Venha nos parabenizar? Roman te amava. Tanto quanto eu te amo. Se a situação fosse inversa, eu estaria sofrendo do mesmo jeito.”
“Então, se é esse o caso, você não deveria me parar. Roman precisa de mim. E eu não me importo com o que a mídia vai acabar me pintando como.” Ela arrancou o braço do aperto dele, seu olhar ardendo. “Desculpe por te arrastar para a minha bagunça por ser sua companheira.”
Ela se dirigiu furiosamente para a porta.
“Violeta—” Griffin chamou por ela, mas ela não parou nem olhou para trás.
Violeta abriu a porta, saiu, e fechou-a atrás de si.
Ela não podia acreditar. Apenas dias sendo companheiros e eles já tiveram sua primeira briga.
E assim, a realidade se encaixou no lugar.
O laço de companheiros não era uma promessa mágica de conto de fadas de felizes para sempre. Não, era uma conexão de partir a alma. Uma que amplificava cada sentimento que tinham um pelo outro e ligava seus destinos mais apertadamente que o sangue. Mas não fazia os momentos difíceis desaparecerem. Pelo contrário, tornava-os mais difíceis de ignorar.
Quando Violeta saiu, não demorou para que os membros da Matilha do Leste a vissem e a cumprimentassem como se ela fosse realeza.
“Luna Violeta!”
“Luna Violeta! Você está radiante!”
Suas vozes ecoavam de excitação, e seus rostos estavam iluminados com admiração, admiração, e o tipo de reverência que nem existia há apenas uma semana. Mas seus sorrisos logo vacilaram quando perceberam a carranca em seu rosto.
A expressão de Violeta estava tensa, e ela parecia irritada.
Alguns alunos trocaram olhares confusos, sussurrando por trás das mãos. Havia algo errado? Problemas no paraíso já? Eles nem tinham terminado de exibir o clipe do casal no Alimentolunar e o par abençoado pela deusa já estava discutindo?
Violeta, claro, percebeu a mudança no ar, mas não se importou e continuou a caminhar.
Mas quando Violeta chegou lá fora, ela percebeu a preocupação de Griffin.
Não fazia muito tempo, alguns alunos a olhavam como se ela fosse uma anomalia, uma rebelde que não sabia o seu lugar, mas agora, todos queriam estar associados a ela.
“Violeta!”
“Aqui, Violeta!”
Pessoas com quem ela não havia falado durante todo o tempo na Lunaris de repente estavam acenando e chamando seu nome como se fosse uma amiga. Violeta ofereceu um pequeno sorriso, mas nunca parou de caminhar. Ela tinha um destino, e não era para se mostrar.
Ainda assim, Violeta não era boba. Ela não podia simplesmente atravessar o campus parecendo que estava indo encontrar um antigo amante proibido. Especialmente quando até o vento tinha ouvidos na Academia Lunaris.
Então, ela pegou o caminho para a cabana. Ninguém questionaria ela voltar lá desde que já foi a sua casa. A maioria assumiria que ela esqueceu algo ou sentia nostalgia, talvez até um pouco sentimental. Mas definitivamente não que ela estava indo ver outro macho que não era seu companheiro.
Violeta continuou verificando sua retaguarda a cada poucos passos apenas para ter certeza de que ninguém estava seguindo-a. Lobos eram furtivos por natureza, e confiança era um luxo que ela não tinha hoje.
Uma vez que chegou à cabana, Violeta escorregou para dentro da sala e esperou um pouco. Ela escutou por passos ou ruídos. Mas não havia nada. Ela estava sozinha.
Só então Violeta saiu e continuou sua jornada. Havia apenas um lugar onde Roman estaria e era a casa na árvore.
Era o único lugar que ele sempre voltava quando queria ficar sozinho.
O único problema era que Violeta não fazia ideia de onde ficava.