Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 417
Capítulo 417: Novos Aposentos
Antes mesmo que Violeta percebesse, a Diretora Jameson já estava lá, braços ao redor de seu par Griffin em um abraço.
“Largue ele!” Um rosnado saiu da garganta de Violeta antes que ela pudesse evitar.
As palavras eram afiadas o suficiente para assustar os poucos alunos perto da frente, enquanto Jameson, em questão, hesitava surpreso, rapidamente soltando Griffin enquanto murmúrios começavam a circular pela multidão.
Todos olhavam para ver o que aconteceria, mas então, Jameson virou-se para a imprensa com uma risada suave, sua voz entrelaçada com charme. “Casais predestinados, tão adoravelmente possessivos, não é?”
Os alunos explodiram em risadas, e a imprensa devorava a cena como piranhas famintas. Os obturadores das câmeras clicavam mais rápido agora, colocando Violet Purple no papel perfeito de uma companheira feroz e territorial.
Jameson, claramente aproveitando a atenção, acrescentou com um sorriso, “Eu também te abraçaria, Violeta, mas não gostaria que Griffin arrancasse minha cabeça. Não que eu seja uma ameaça para o seu laço, é claro. Mas eu entendo, eu era bem bonita em meus dias.” Ela terminou com uma pose dramática.
Essa mulher estava seriamente zombando dela?
Enquanto todo mundo achava a cena hilária, Violeta não achava a situação nada engraçada. Sua expressão estava entre uma careta enquanto lutava contra a vontade real de avançar e acertar a diretora bem no queixo.
Claro, Jameson estava bem, mas era só porque ela se esforçava demais. A mulher usava saltos altos o suficiente para fazê-la parecer uma girafa e provavelmente dormia em um tonel de creme noturno.
Mas ainda assim, Violeta teve que dar crédito onde era devido: pelo menos ela não a tocou. Isso poderia ter terminado mal para ambas. Bem, uma delas. Sorte da Jameson.
Felizmente, suas colegas de quarto Daisy e Ivy aproveitaram a oportunidade para envolvê-la em um abraço. Um momento que a mídia capturou com alegria. Alguém não poderia ter um pouco de privacidade aqui?
“Graças a Deus você está segura,” Daisy disse.
“Você não sabe o quanto estávamos preocupadas,” Ivy acrescentou.
“Eu sei. Sinto muito,” Violeta murmurou, abraçando-as mais apertado. Ela sentia muita falta delas.
“Não se desculpe. Você não pediu para ser sequestrada,” Ivy disse gentilmente.
Ainda assim, Violeta não pôde deixar de notar que alguém estava faltando.
“Onde está Lila?” ela perguntou.
“Longa história. Mas podemos mergulhar nisso depois de escaparmos desse circo,” Daisy disse, lançando um olhar para a multidão de alunos curiosos.
“Se algum dia conseguirmos sair disso,” Ivy murmurou com uma risada que enviou um calafrio através de Violeta. “Você não vai acreditar nas mudanças que Jameson fez.”
“Que mudanças?” Violeta perguntou, um temor já se formando em seu estômago.
Como se convocada pela ansiedade de Violeta, a Diretora Jameson tomou novamente o centro das atenções. “Agora, não queremos esgotar nossos pares predestinados tão cedo. É hora de Violeta e Griffin se retirarem para seus aposentos. Todas as entrevistas começarão amanhã.”
“Não concordamos com nenhuma entrevista,” Griffin disse firmemente.
“Ah, querido, vocês são parceiros predestinados. Entrevistas são só o começo,” Jameson respondeu docemente.
“Ótimo,” Violeta murmurou, sua mão tocando instintivamente o símbolo de parceiro em seu pescoço, um gesto instantaneamente imortalizado pelas câmeras piscando. Deusa, isso era um pesadelo.
“A Casa Leste foi preparada para vocês dois. Então andem logo, pombinhos. A mídia quer capturar o momento para a posteridade. Isso é história sendo feita.” Jameson parecia irracionalmente orgulhosa de si mesma.
A expressão de Violeta mudou instantaneamente. Seus olhos se estreitaram. “O que você quer dizer com a Casa Leste foi preparada para nós dois? Você quer dizer Griffin, certo?”
Jameson deu risada. “Vocês são parceiros predestinados, bobinha. De acordo com as regras da Academia, pares vinculados ficam juntos. Seus pertences foram movidos para os aposentos de Griffin. As coisas de seus amigos também, para facilitar sua transição.”
Era isso. Violeta avançou contra ela. Daisy e Ivy, já antecipando, agarraram seus braços antes que ela pudesse cometer qualquer agressão lamentável.
“Nós vamos embora agora,” Ivy disse rapidamente com uma risada nervosa, arrastando Violeta para longe.
Griffin se aproximou de Jameson, e inclinou-se. Ele sussurrou, “Na próxima vez que você fizer algo assim sem pedir, eu prometo que você não vai gostar da minha resposta.”
Apesar da ameaça, Jameson manteve sua expressão neutra, e seu olhar profissional até o fim.
Griffin virou e acenou para a multidão, mandando beijos enquanto seguia atrás de Violeta.
Enquanto isso, Daisy e Ivy não afrouxaram o aperto em Violeta até chegarem à Casa Leste.
“Bem-vinda, Luna Violet,” estudantes da Casa Leste a cumprimentaram com entusiasmo animado.
Que loucura nova era essa?
Ela ainda era Violeta. Não Luna.
Finalmente, chegaram ao quarto de Griffin. Imediatamente as garotas a soltaram, Violeta deu um grito tão alto que as paredes poderiam ter tremido.
Daisy e Ivy se encolheram no canto enquanto ela despejava sua frustração.
Quando Violeta terminou, estava ofegante, lentamente se acalmando. Isso se sentiu um pouco melhor.
Ela olhou ao redor e viu suas coisas cuidadosamente empilhadas em um canto da sala de estar de Griffin.
Daisy explicou, “Parecia errado vasculhar suas coisas. Oscar não deixou a gente mexer nas de Griffin também. Então apenas empilhamos tudo para você.”
“Não acredito que vocês duas deixaram Jameson fazer isso,” Violeta disse, exasperada.
“O que exatamente deveríamos ter feito contra Jameson?” Daisy respondeu, mãos levantadas.
“Além disso,” Ivy acrescentou, “você está destinada a Griffin. Todo mundo sabe que companheiros se mudam juntos. Ou você estava esperando que ele invadisse sua cabana toda noite e fizesse o mambo dos companheiros naquela tábua de tortura que você chama de cama na nossa cabana miserável?”
“Deus,” Violeta gemeu, esfregando a testa. Por que companheiros destinados sempre se traduzia em sexo sem parar na cabeça de todo mundo?
Bem, mais ou menos. Griffin era irresistível. Às vezes ela realmente perdia o controle. Tanto faz.
“Amiga,” Ivy continuou, “sei que você não vai gostar, mas vou dizer mesmo assim. O novo quarto que nos deram é muito melhor, e não vou voltar para aquela armadilha mortal. Não, a menos que abra uma quinta casa.”
Violeta não tinha palavras. Nenhuma.
Bem naquele momento, a porta se abriu e Griffin entrou.
Daisy e Ivy trocaram um olhar, tomando sua aparição como hora de ir.
“Vamos deixar você se acomodar. Mas, sério, temos que conversar. Em breve,” Daisy disse com ênfase apontada.
“Se precisar da gente, estamos lá embaixo,” Ivy acrescentou. “Ala das garotas do dormitório, claro.”
A porta se fechou atrás delas.
Violeta exalou. Agora era só ela e Griffin.