Capítulo 373: Santos E Pecadores
Asher Nightshade nunca fazia nada pela metade. No momento em que Violeta entrou pelas portas do clube, ela foi engolida inteira pelo calor, pelo baixo retumbante e pela decadência crua e sem desculpas que pairava no ar como perfume.
O Distrito Um tinha a reputação de lugares assim. Ainda assim, mesmo em uma cidade como Aster, onde humanos e lobisomens coexistiam em harmonia tensa, isso a surpreendeu. Por outro lado, o desejo não discriminava, e pelo que ela estava vendo, a indulgência também não.
Asher apertou o braço dela enquanto mulheres vestidas em roupas íntimas rendadas passavam por eles com bandejas de champanhe, seus saltos batendo contra os pisos de mármore polidos.
Violeta olhou ao redor, um par de gêmeas morenas girando sedutoramente em torno de um poste cromado, seus cabelos esvoaçando como seda sob os holofotes. Perto dali, um homem sentava preguiçosamente em uma cadeira de veludo, jogando notas sobre uma ruiva curvilínea que ria enquanto se inclinava para frente, a língua deslizando por seu lábio enquanto o esfregava através de suas calças.
Quase todos os quartos pelos quais passavam ecoavam com os sons inconfundíveis de gemidos, suspiros ou gritos explícitos e, às vezes, todos os três ao mesmo tempo.
Uma porta estava ligeiramente entreaberta, e através dela, Violeta captou uma visão breve mas inconfundível de um lobisomem em plena transformação, investindo contra uma garota por trás. Ela o acolhia, gritando, selvagem e sem vergonha.
Violeta não hesitou, nem se assustou. Ela apenas continuou andando, como se nada tivesse a ver com isso.
Porque não tinha.
Todos tinham seus fetiches e este era um lugar de pecado. Onde boas garotas vinham para esquecer seu passado, e as distorcidas vinham para tornar suas fantasias reais. Aqui, santos se tornavam pecadores e pecadores se tornavam deuses.
Asher a lançou um olhar meio divertido, meio impressionado, como se não esperasse que ela absorvesse tudo tão facilmente. Mas então, com uma mãe como Nancy, o que exatamente ele esperava?
Violeta cresceu nas sombras da devassidão, e se encontrava com o desejo mais vezes do que poderia contar. A verdadeira maravilha era como ela havia conseguido não sucumbir a esses desejos.
Felizmente, foram levados a uma sala privada por uma mulher que deixava pouco à imaginação. Ela vestia uma tanga de renda, saltos que poderiam matar, e um sutiã minúsculo que mal cobria qualquer coisa. Seus dedos roçaram o peito de Asher enquanto entregava a ele a chave.
“Divirtam-se,” ela ronronou, olhos dançando com calor. Então, com uma piscada para Violeta, virou-se e saiu, balançando os quadris.
Asher e Violeta se entreolharam mas não disseram nada. Então ele girou a chave com um clique, puxando-a para dentro com um puxão na cintura.
O quarto estava escuro, banhado em iluminação carmesim sedutora que brilhava contra as paredes de veludo preto. Correntes de ouro pendiam do teto como vinhas, balançando suavemente com o baixo da batida lenta e sedutora que pulsava através dos alto-falantes escondidos na sala. Uma única cadeira de couro estava perfeitamente posicionada no centro como um trono, aguardando seu rei.
“Isso é legal.” Violeta estava honestamente impressionada, olhando ao redor.
No entanto, Asher a puxou para perto e beijou seus lábios. “O quarto ali é para você se trocar. Mal posso esperar para ver o que você tem reservado para mim.”
Violeta sorriu. “Ah, você vai adorar.”
Então ela se afastou com aquele balanço nos quadris que fez o maxilar de Asher se apertar. Ela ainda nem tinha começado, e Asher sabia que estava prestes a entrar em um mundo de sofrimento.
Tirando a camisa, Asher afundou na cadeira de couro com as pernas abertas, braços estendidos de cada lado, olhos escurecidos com antecipação. Ele havia reservado esse quarto para assistir sua rainha dançar e mal podia esperar para começar.
A porta rangeu ao abrir atrás dele, e então ele a viu. Violeta entrou na sala e, por um instante, Asher esqueceu como respirar.
Seus saltos eram estiletes de obsidiana que ressoavam com poder contra o piso de mármore enquanto ela se aproximava. Violeta vestia a camisa dele, abotoada apenas o suficiente para ele vislumbrar a sugestão de renda por baixo. Finas alças vermelhas como vinho aderiam aos seus quadris, conectadas a meias transparentes que deixaram sua boca seca. E em sua mão, ela segurava uma gravata.
Uma gargantilha abraçava sua garganta e seus lábios estavam brilhantes, ligeiramente entreabertos. Seu cabelo roxo estava bagunçado de forma artística, uma mecha pendendo sobre o olho, fazendo-a parecer pecado envolto em tentação.
A garganta de Asher se moveu. Ele já estava duro.
Violeta o circulou como uma pantera, olhos semicerrados com uma promessa sombria. Seus dedos roçaram a parte de trás do pescoço dele enquanto ela chegava por trás da cadeira, colocando a gravata em torno dela. Então ela puxou apenas o suficiente para inclinar a cabeça dele para trás.
Sua voz era seda na pele dele. “Como prometido.”
Asher xingou em voz baixa. Aquilo era sexy pra caralho.
Como se tivesse sido a deixa, a música mudou para um som baixo, lento, carregado de grave e Violeta deixou-se derreter nele.
Seus olhos piscaram fechados enquanto ela balançava, seus quadris rolando no ritmo. Ela se movia como tentação líquida, descendo até os joelhos, arqueando, tocando-se. Suas mãos acariciavam suas próprias coxas, seu pescoço e então sua barriga. Com um movimento lento, ela abriu as pernas apenas para ele.
Um grunhido gutural roncou do peito de Asher, punhos cerrados no couro. Violeta pretendia enlouquecê-lo.
Violeta olhou diretamente para ele e começou a desabotoar o resto da camisa sedutoramente, revelando o corpete translúcido abaixo que moldava seu corpo. Ela jogou a camisa de lado e se inclinou para trás, seu peito empurrado para frente, seus seios praticamente implorando para sair.
O olhar de Asher era faminto e ele percorreu seu corpo como adoração.
Desta vez, ela se moveu até ele.
Montando uma coxa, Violeta começou a se esfregar contra ela no compasso da batida. Seus quadris rolavam em círculos hipnotizantes, arrancando um grunhido impotente da garganta de Asher. Suas mãos passavam por seu próprio corpo, deslizando pela cintura, pelas costelas, segurando seus próprios seios com um gemido baixo enquanto fixava o olhar nele.
Violeta avançou, suas coxas o prendendo, pressionando seu corpo contra o dele, e seu fôlego fazendo cócegas em sua mandíbula, seu calor queimando através do tecido entre eles.
Asher quase quebrou. “Violet—”
“Shh, você não tem permissão para tocar,” ela sussurrou contra sua boca, seus lábios não se encontrando enquanto suas mãos prendiam os braços dele contra a cadeira.
Então, provocativamente, ela se esfregou novamente.
Asher gemeu, seus músculos tensionados enquanto uma veia pulsava em sua têmpora. Violeta seria a morte dele.
Violeta se inclinou para trás, a curva de sua bunda roçando seu comprimento já rígido, cada balançar de quadris um golpe calculado.
Ela se abaixou, girou, arqueou as costas e jogou o cabelo, garantindo que ele visse tudo.
E quando seus joelhos montaram suas coxas novamente, desta vez sentada em seu colo devidamente, Violeta movimentou seus quadris contra os dele em pequenos círculos torturantes. Seus seios roçaram seu peito enquanto seu fôlego pintava sua bochecha, a fricção enlouquecedora.
A mandíbula de Asher se contraiu, seu peito subindo e descendo como se estivesse prestes a perder o controle.
“Você está me matando,” ele disse rouco.
“Eu sei.” Seu sorriso era pura maldade.
Então ela o beijou, quente, úmido e sujo.
E assim, Asher perdeu completamente o controle.
Ele segurou os quadris dela, levantando e a jogando contra ele, grunhindo o nome dela entre os beijos. Violeta gemeu, arfando em sua boca enquanto se esfregava contra a protuberância em suas calças, sentindo o quanto ele estava devastado por uma única dança.
“Eu quero te foder bem aqui,” Asher grunhiu em sua garganta.
“Quem disse que eu estava te impedindo?” Violeta ofegou, olhos selvagens.
E foi quando a dança no colo terminou, mas a verdadeira dança começou.