Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 36
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36: Lute Como Cachorros 36: Lute Como Cachorros Violeta não foi a primeira a terminar a corrida; já havia homens que conseguiram com sua força masculina, sem mencionar Lila também. Mas então, ela também não foi a última.
No entanto, a corrida terminou, e agora o resultado era óbvio — aqueles que conseguiram e os que desistiram no meio do caminho. E entre os desistentes, Violeta viu Daisy Fairchild.
“Merda!” Violeta xingou quando viu Daisy olhando ao redor com o que parecia uma expressão abatida e lágrimas nos olhos.
Quando seus olhares se encontraram, pareceu que a emoção bateu direto no peito de Violeta. Ela não tinha ajudado Daisy, pois estava ocupada com Ivy. E agora a culpa a atingia fortemente.
Lila deve ter percebido a troca de olhares e captado seus pensamentos, pois disse: “Não é sua culpa. Você não pode salvar todos, Violeta.”
Então, como se para aliviar o clima, ela adicionou em um tom alegre: “Pelo menos, pelo lado positivo, você acabou de provar que não é tão sem emoção quanto uma pedra.”
“E de quem é a culpa?!” Violeta rosnou e se afastou.
Ela não suportava estar perto de Lila ou olhar para o rosto decepcionado de Daisy agora, o que não fazia sentido algum, pois não era da sua conta. Esta era uma corrida. Todos estavam por conta própria. Mas então, ela tinha ajudado Ivy, a colega de quarto de quem menos gostava, e abandonado Daisy, a mais calorosa. Bem, “abandonado” sendo uma palavra forte, mas tanto faz.
É por isso que Violeta preferia estar sozinha. Não era porque ela era uma excluída social, não, ela sabia melhor que isso. Violeta conhecia a verdade, e era porque ela se importava demais. E em um mundo brutal como este, se importar demais só fazia você ser traído, uma facada nas costas por sua encrenca.
Violeta parou um momento para se recompor, forçando suas emoções a se submeterem. Tudo isso era culpa de Lila — suas palavras, sua presença, estavam fazendo ela sentir coisas que não queria sentir.
Mas então, ela não deixaria que a influência dessa garota a desfizesse. Quando Violeta abriu os olhos novamente, a pressão intensa da ansiedade havia desaparecido, e ela se sentiu no controle mais uma vez.
Em seu esforço para se recompor, Violeta havia se movido para a parte de trás da multidão, onde de repente avistou Griffin.
Espera aí, Griffin Hale?
Violeta não tinha certeza se já tinha visto aquele bruto sorrindo, e certamente ele não estava sorrindo agora. A raiva que emanava dele era quase tangível, como uma força viva que fazia sua pele arrepiar. Isso trouxe de volta memórias de ontem, quando ele quase a havia sufocado até a morte. Foi realmente apenas ontem? Parecia uma semana atrás, com tantas coisas acontecendo no meio.
Violeta congelou quando o espaço entre ela e Griffin se fechou, e ela esperava que ele a agarrasse pela garganta novamente e talvez desta vez a terminasse de vez.
Mas Griffin passou por ela, seu ombro roçando de leve, mas esse pequeno contato parecia que ela havia sido envolvida em chamas. O calor viajava para cada parte de seu corpo e a deixava ardendo.
Ela havia captado seu cheiro, e era uma mistura rica de madeiras banhadas pelo sol e âmbar quente, infundido com toques de cítricos frescos de verão e especiarias terrosas. Ele cheirava a vida e força.
Instintivamente, Violeta se virou para segui-lo, curiosa sobre quem havia despertado sua fúria desta vez. Outros pareciam sentir sua raiva também, se afastando dele como um mar de corpos. Seus passos aceleraram, seu foco se aguçando como se ele tivesse travado em seu alvo e mal pudesse esperar para liberar sua fúria.
Violeta passou pela abertura na multidão antes que pudesse fechar, seguindo Griffin até a frente. Ela chegou bem a tempo de ver o exato momento em que ele travou os olhos com sua presa.
Oh, merda.
Asher Nightshade estava no meio de uma discussão com seu amigo e companheiro cardeal, Alfa Roman, quando Roman de repente interrompeu, seu olhar se voltando para a figura raivosa que se aproximava rapidamente.
Como se pudesse sentir a tempestade se formando atrás dele, Asher se virou no momento exato, apenas para ser recebido com um rugido gutural de Griffin. O som era selvagem e perigoso, cortando o ar com tanta força que enviava arrepios pela espinha de Violeta.
Quase simultaneamente, o punho de Griffin se conectou com Asher em um soco tão poderoso que o fez voar metros de distância, uma clara exibição da impressionante força contida naquele único golpe.
Mas Griffin não parou por aí. Ele avançou sobre Asher sem hesitação, segurando-o pela frente da camisa e erguendo-o com uma intensidade quase feral. Então ele começou a desferir soco após soco brutal nele.
Cada golpe pousava com tanta força e intensidade que fazia seu estômago se retorcer, uma reação visceral à pura violência que se desenrolava diante de seus olhos. Era horrivelmente claro. Griffin não ia parar, não até matar Asher.
“Asher!” Violeta gritou seu nome antes mesmo de perceber, seu corpo se movendo instintivamente enquanto dava um passo à frente. Ela mal conseguiu dar esse passo antes de alguém a segurar por trás, impedindo-a.
Ela se virou bruscamente para ver quem era, sua raiva inflamando, mas o rosto familiar de Dion encontrou seu olhar.
“Me solte! Esse desgraçado vai matá-lo!” Violeta gritou, lutando ferozmente contra seu agarrão.
“Você está louca?!” Dion retrucou, segurando-a firmemente. “Ninguém interfere entre dois alfas lutando, a menos que você queira acabar morta.”
“Mas ele vai matá-lo,” Violeta rosnou, seu ódio por Griffin borbulhando à superfície. Não era como se ela fosse uma apoiadora incondicional de Asher, mas se houve alguém que a ajudou desde que chegou nessa academia, foi o Alfa Ocidental. Quaisquer que fossem seus motivos torcidos, pelo menos ele queria que ela sobrevivesse e prosperasse. Ela precisava de um aliado como ele vivo, não morto.
“Não, ele não vai matá-lo. Esta não é a primeira vez que dois alfas lutam,” Dion disse com uma borda afiada, sua voz intensa, deixando-a momentaneamente atordoada. “Caso você ainda não tenha percebido, lutar é o caminho dos lobos. Eles lutam para sobreviver. Lutam para provar a si mesmos. Lutam para possuir as coisas que querem. Lutam para estar no topo.”
O calor em suas palavras parecia atingi-la mais forte que seu agarrão, mas também funcionava para acalmar seus nervos. Sua ansiedade diminuía um pouco enquanto ela voltava sua atenção para a luta. Asher finalmente estava desferindo seus próprios socos, mas era claro que Griffin ainda tinha a vantagem.
Como se para provar o ponto de Dion, o treinador se levantou casualmente de seu assento, sua postura totalmente despreocupada, como se essa luta fosse algo comum. Não era motivo para alarme algum.
De repente, Violeta sentiu uma onda súbita de constrangimento por ter reagido exageradamente.
A voz do treinador ecoou sobre o caos. “Bem, este é o ponto em que infelizmente teremos que encerrar o dia. Vocês devem retornar agora.”
Alguns dos alunos comemoraram a perspectiva de pular mais uma rodada de treinamento exaustivo, mas nenhum deles se moveu. Sua atenção permaneceu grudada na luta.
“Eu não entendo,” Violeta disse, suas sobrancelhas franzidas. “Eles simplesmente acordam e escolhem lutas como cães loucos, ou há uma razão para Griffin estar fazendo isso?”
Dion se virou para ela, sua expressão incrédula. “Você ainda não percebeu?”
“Percebeu o quê?” ela perguntou, confusa.
Seu olhar se tornou sério, sua voz baixa enquanto ele dizia, “Clayton faz parte do bando de Griffin. Asher bateu nele. Pense nisso como Griffin se vingando.”
“Oh, merda,” Violeta respirou, seu peito apertando.
Esta luta era por causa dela.
Asher estava levando uma surra por causa dela, e ela não sabia como se sentir sobre isso.