Desafie o(s) Alfa(s) - Capítulo 20
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20: Ofensa Grave 20: Ofensa Grave Elsie Lyka Lancaster era inegavelmente deslumbrante. Seus olhos azuis eram cativantes, um tom tão vívido e profundo que poderia fazer os homens caírem aos seus pés. Seu rosto em forma de coração, nariz pontudo e lábio inferior cheio lhe davam uma aparência nada menos que sedutora.
Entretanto, por baixo de todo aquele charme, Violeta sentiu a frieza que a envolvia como um véu. Parecia que a sua beleza era apenas uma fachada, escondendo a verdadeira natureza por baixo.
Elsie exalava um ar de superioridade que nada tinha a ver com sua aparência. Estava em sua postura, na maneira como se portava, no modo como olhava para todos os outros com indiferença gelada. Para Elsie, Violeta não passava de sujeira, destinada a rastejar aos seus pés, a adorá-la como se fosse uma deusa acima de todos.
Isso foi ainda mais comprovado quando Violeta sentiu algo parecido com um desafio no olhar da loba, como se estivesse esperando que Violeta desviasse o olhar primeiro.
Lila, percebendo a tensão entre as duas, sussurrou urgentemente, “Desvie o olhar, Violeta. Não a confronte.”
Infelizmente para Lila, Violeta nunca foi de seguir ordens, especialmente não de alguém que esperava que ela se acovardasse. Ela não tinha medo de alguma Abelha Rainha que detinha poder intimidando os outros.
Ela era uma lobisomem de sangue puro, e daí? O que tinha de tão especial nela afinal, se não fosse seu útero em breve sobrecarregado pela descendência de lobisomem de sangue puro. Não era segredo que as lobas de sangue puro tendem a dar à luz bastante. Uma estratégica para reconstruir a população de sangue puro em declínio.
Grace deve ter chamado sua atenção, pois Elsie foi a primeira a desviar o olhar, e essa pequena vitória deu a Violeta um lampejo de satisfação.
Naquele momento, Violeta decidiu que não gostava da loba, e não era porque Elsie estava prestes a se casar com um dos Alfas Cardeais. Isso não era da sua conta. Ela realmente esperava que fosse Asher. Talvez assim o psicopata a deixasse em paz.
Violeta odiava ela porque conhecia garotas como Elsie, aquelas que fingiam ser angelicais e puras enquanto escondiam sua verdadeira natureza por baixo. Elas não passavam de lobos em pele de cordeiro.
“Vamos,” Lila insistiu, puxando-a antes que seu confronto silencioso pudesse reacender. Lila jurou que Violeta estava determinada a lhe dar um ataque cardíaco um dia desses.
Felizmente, a fila andou rápido, e logo foi a vez delas. Seus olhos vasculharam a variedade de pratos dispostos diante dela em uma mesa longa e polida.
Ela tinha que admitir, o luxo aqui não era nada como o que ela já havia experimentado antes. A visão por si só já lhe fazia salivar à medida que cada prato soltava um leve vapor, prometendo uma refeição quente e recém-preparada. Se algo pudesse convencê-la a ficar nesta escola, seria a comida. Ela estava no paraíso da comida, um luxo que nunca teve em casa.
Havia tantos pratos para escolher: ovos mexidos dourados, bacon defumado crocante, linguiças glaceadas com mel, panquecas e waffles fofos servidos com frutas frescas, um sortimento de pastelarias como croissants, dinamarqueses, e muffins cobertos com panos de linho, e uma bandeja de frutas frescas com melões, uvas, abacaxi e frutas vermelhas. Era esmagador.
Mesmo que ela pegasse um pouco de cada coisa, Violeta sabia que não conseguiria terminar tudo. Então ela se serviu de uma colherada de ovos mexidos, salpicados levemente com ervas, um par de tiras de bacon e algumas batatas rösti. Ela terminou adicionando um croissant quente, dividindo-o ao meio para deixar o vapor escapar.
Lila alcançou-a, seu prato empilhado alto com um pouco de tudo. Ela lançou a Violeta um olhar julgador. “É só isso que você vai pegar?”
Violeta assentiu.
Lila a olhou incrédula, depois olhou ao redor, dizendo: “Se você está preocupada com os caras julgando o que você come, não precisa. Os Alfas na verdade gostam de mulheres que comem bem. Olhe em volta.” Ela inclinou a cabeça em direção aos outros alunos.
Violeta seguiu seu olhar, observando os pratos ao seu redor, e seu queixo caiu. As porções que os alunos estavam pegando faziam as dela parecerem uma porção infantil. Especialmente os lobisomens — eles eram os piores. Seus pratos estavam empilhados altos, quase como montanhas que pareciam estar a um movimento errado de desabar.
Claro, fazia sentido já que eles precisavam de mais comida para repor sua energia e acompanhar seu metabolismo rápido, mas ainda assim era impressionante ver.
“Eu não escolhi essa quantidade de comida por causa dos alfas —”
“Sim, sim, eu entendo, mas você ainda precisa comer mais, minha querida,” Lila disse com um olhar entediado.
Antes que Violeta pudesse objetar, Lila já havia adicionado uma porção de batatas assadas ao seu prato. Violeta deixou passar, em parte porque as bordas crocantes das batatas pareciam muito tentadoras.
Ela pegou sua bandeja e começou a caminhar antes que Lila tivesse outras ideias como adicionar mais comida ao seu prato. Mas antes que ela pudesse encontrar uma mesa, Lila agarrou seu braço. “Onde você está indo? Seu lugar é lá em cima.” Ela apontou para o andar elite.
“É, sobre isso…” Violeta olhou para os alunos comendo acima, cercados por seu ar de privilégio. “Acho que vou comer minha comida aqui, a menos que eu queira sofrer de indigestão.”
“Não, Violeta, eu não acho—” Lila começou, mas Violeta já havia tomado sua decisão, dirigindo-se a uma mesa no andar inferior. Ela puxou uma cadeira e sentou-se, pronta para desfrutar de sua refeição.
No entanto, assim que ela se sentou, notou que as conversas ao seu redor haviam parado abruptamente. Violeta olhou para cima, imperturbável, e disse aos alunos que a encaravam, “Por favor, não parem por minha causa. Continuem com o que estavam dizendo.”
Mas, em vez de retomarem, todo o andar pareceu cair em silêncio, todos os olhos fixos em Violeta, como se ela tivesse cometido um grave delito.
“Ótimo,” Violeta murmurou baixinho. Ela definitivamente ia ter indigestão depois dessa refeição.
Afinal, que país ela destruiu em sua vida passada para merecer esse destino?