De Marginal a Ídolo: Transmigrando para um Reality de Sobrevivência - Capítulo 985
- Home
- De Marginal a Ídolo: Transmigrando para um Reality de Sobrevivência
- Capítulo 985 - Capítulo 985: Almas Intocadas Premier (1)
Capítulo 985: Almas Intocadas Premier (1)
As luzes do teatro se apagaram enquanto a plateia se acomodava em seus assentos, o burburinho das vozes animadas transformando-se num silêncio expectante.
No palco, à frente da tela, o elenco de Almas Intocadas se alinhava, seus rostos iluminados sob os holofotes. Taehyun e Hana estavam ao centro. Ambos sorriam enquanto esperavam o sinal para começar a falar.
Finalmente, Taehyun deu um passo à frente para cumprimentar a todos.
“Obrigado a todos por estarem aqui esta noite. Significa o mundo para nós finalmente compartilhar este filme com vocês.”
Ele olhou para Hana, que concordou com a cabeça. “Trabalhamos duro neste projeto, e acho que falo por todos do elenco e equipe quando digo que foi uma jornada incrível. Esperamos que vocês vejam o quanto de paixão foi investido para trazer este filme à vida.”
Hana assumiu, sua voz igualmente entusiasmada. “Não foi um processo fácil. Como muitos de vocês sabem, enfrentamos alguns desafios pelo caminho, mas cada um desses desafios só nos tornou mais determinados a trazer a melhor versão de Almas Intocadas para vocês.”
Ela fez uma pausa, sorrindo enquanto escaneava o quarto. “E acho que conseguimos. Esperamos que todos amem tanto quanto nós.”
A plateia aplaudiu educadamente, alguns se inclinando para a frente. Parecia que muitos deles estavam expectantes, especialmente os fãs ardorosos do livro. Eles queriam amar o filme, mas não tinham medo de expressar suas opiniões se o filme não atendesse às suas expectativas.
Risa, a escritora do romance original, foi a próxima a subir ao palco. Ela parecia composta, mas humilde enquanto fazia uma leve reverência à plateia. “Obrigada por virem”, começou ela.
“Sei que muitos de vocês leram o livro, e tenho certeza de que estão cientes de quão difícil pode ser adaptar algo tão querido pelos seus leitores. Queríamos emular a essência do livro, mesmo sabendo quantas adaptações falham em capturar esse espírito.”
Alguns murmúrios foram ouvidos na plateia, alguns concordando com a cabeça. A história das adaptações de livro para filme estava repleta de decepções, e os fãs ali presentes tinham plena consciência disso.
Risa sorriu suavemente. “Mas acreditamos que criamos algo grandioso, algo que captura a essência de Almas Intocadas. Esperamos que vocês concordem.” Ela recuou, reverenciando novamente enquanto a plateia aplaudia, desta vez com mais curiosidade do que entusiasmo.
Finalmente, foi a vez de June falar. Ele hesitou por um segundo, depois avançou com confiança. O teatro conteve seus gritos enquanto ele colocava o microfone próximo aos lábios.
Do fundo, os olhos de June avistaram algo inesperado. Seus membros estavam de pé, acenando para ele da última fila do teatro. Seus olhos se arregalaram por um momento.
Eles tinham dito que iriam descansar esta noite e não assistir à estreia. Ele balançou a cabeça levemente, um pequeno sorriso surgindo no canto dos lábios, antes de recuperar a compostura e voltar-se para a plateia.
Limpando a garganta, June começou, sua voz firme. “Este filme… significa muito para mim.”
Fez uma pausa, a sinceridade em sua voz capturando a atenção da plateia. “Quando li o roteiro pela primeira vez, fui atingido por quanto ele me lembrava de minha própria vida.”
De algum lugar no teatro, ouviu-se um escárnio audível.
Maçã Ruim.
Ele estava sentado em sua cadeira, braços cruzados, já cético.
‘Sua vida?’ Maçã Ruim pensou com desdém.
Jian, o personagem que ele interpretava, tinha um passado trágico. O que um ídolo mimado como June sabe sobre dificuldades?
Desconhecendo o desprezo de Maçã Ruim, June continua. “A história deste filme aborda temas de confinamento e liberdade, de viver dentro dos limites impostos pela sociedade ou por nossas próprias mentes”, disse ele. “É uma história que fala comigo em um nível pessoal, e espero que também ressoe com todos vocês.”
A plateia ouvia atentamente, embora alguns estivessem claramente reservados. Eles sabiam que as palavras de June eram sinceras, mas ainda não estavam convencidos de que ele poderia dar vida à profundidade do personagem.
Maçã Ruim estreitou os olhos, murmurando para si mesmo. “Vamos ver se o filme fala mais alto que suas palavras”, ele zombou, já duvidoso. Ele era um fã do livro – ardente, por sinal.
E ele tinha sérias reservas sobre a capacidade de June de capturar a complexidade de Jian.
Finalmente, o elenco saiu do palco enquanto as luzes diminuíam ainda mais. A expectativa no teatro alcançou o ápice. A tela piscou, e o logotipo da companhia de produção apareceu, seguido pelos créditos iniciais.
Então, o filme começou.
A câmera panorâmica sobre uma paisagem expansiva, vasta e etérea. O mundo era como nenhum outro visto antes – um mundo onde as emoções governavam tudo. Quatro grandes facções se destacavam como pilares da terra, cada uma ligada a uma emoção poderosa que ditava a magia que eles empunhavam.
A primeira a aparecer na tela foi a terra da facção Carmesim. Os Carmesins eram conhecidos por sua força implacável e determinação, suas emoções ardendo como fogo. A câmera deu um zoom em um grupo de guerreiros firmes, seus olhos cheios de intensidade.
À distância, uma imponente fortaleza de pedra vermelha se erguia. Os Carmesins eram lutadores, e sua magia vinha de suas mentes – a força de sua vontade se manifestando em poderes que poderiam esmagar montanhas ou dobrar os ventos a seu favor.
A cena mudou para a facção Dourado, onde a perfeição reinava suprema. Torres douradas se estendiam em direção ao céu, brilhando ao sol como se tocassem os deuses.
Os Dourados eram a personificação da ambição e da busca pela excelência. Em seus olhos, havia sempre espaço para melhoria, e era seu desejo implacável por perfeição que lhes permitia empunhar sua magia com precisão e controle. Seus poderes cintilavam como o ouro que tanto reverenciavam, dobrando os próprios elementos ao redor deles com maestria.
Então vieram as Sombras. Misteriosos e elusivos, eles eram os guardiões de segredos, seus poderes atrelados às profundezas de seu turbilhão emocional. A tela escureceu enquanto a câmera varria suas terras – um lugar envolto em sombra, onde a luz mal tocava o solo.
As Sombras eram a personificação da dúvida e do medo oculto, sua magia nascendo das incertezas que atormentam a alma humana. Eles se moviam como espectros, deslizando pelas sombras, suas habilidades permitindo que se mesclassem com a escuridão e atacassem de lugares invisíveis.
Por fim, apareceu a facção Marfim. Suas terras eram tranquilas, um lugar de serena beleza e paz interior. Os Marfins eram conhecidos por suas emoções calmas e estáveis, seus poderes vinham de um lugar de compreensão e aceitação.
A câmera focou em um jardim tranquilo onde o clã Marfim meditava em perfeita harmonia com a natureza. Sua magia era suave, mas poderosa, capaz de curar as feridas mais profundas ou restaurar o equilíbrio ao caos que os cercava.
E no centro desse mundo estava Seon, o herdeiro do clã Marfim. A câmera deu um zoom nele, de pé sozinho à beira de um penhasco, contemplando o mundo com um olhar reflexivo.
Diferentemente dos outros, Seon havia desbloqueado a capacidade de entender todas as emoções. Ele podia empunhar os poderes de todas as facções, um dom que o tornava tanto temido quanto admirado. Mas o coração de Seon estava em conflito.
“Por quê”, ele sussurrou para si mesmo, o vento carregando suas palavras, “por que nos limitamos a uma única emoção quando somos capazes de muito mais?”