De Marginal a Ídolo: Transmigrando para um Reality de Sobrevivência - Capítulo 1042
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Capítulo 1042: Tudo Tem Um Preço
“Vamos arrasar de novo”, Zeth disse, sentado no chão enquanto balançava a cabeça. Naquele momento, ele enxugou algo molhado da sua testa. “Ah, isso está nojento. Estou me sentindo tão quente.”
Ren se virou para ele com as sobrancelhas levantadas. “Você está suando”, ele disse.
Zeth sentiu como se o mundo tivesse virado de cabeça para baixo. “O quê?” ele perguntou, com uma risada borbulhando de seus lábios.
Ren caiu na risada enquanto Jisung inocentemente enxugava sua testa.
“Uau, você está mesmo suando”, Jisung disse. “Não acredito nisso! Essa é a primeira vez?”
O rosto do Zeth ficou pálido enquanto os outros voltavam para suas respectivas conversas.
“Pessoal!” ele exclamou, levantando-se do chão. “O que eu faço? E agora?”
Akira virou para ele com uma risada. “Não acontece nada”, ele disse. “Você está suando. É normal. Agora, você é como o resto de nós.”
Zeth caiu de joelhos, criando um som alto. Suas mãos se fecharam em punhos enquanto ele olhava para o teto. “Era isso que eu temia”, ele murmurou, sacudindo a cabeça.
“Certo”, Jaeyong bateu palmas. “Eu acho que por hoje terminamos. Teremos o último ensaio amanhã antes de seguir para a nossa agenda do dia seguinte.”
Os outros meninos concordaram. Enquanto isso, Zeth ainda estava em turbulência. No entanto, Ren o ergueu e o levou para fora da sala de ensaio.
Enquanto isso, enquanto June pegava sua garrafa de água e toalha, sua mente vagueava para outro lugar.
Mei.
Faltavam apenas dois dias para a performance de Natal tão esperada, e ela não o procurou nenhuma vez.
Sem chamadas, sem mensagens.
Ele balançou a cabeça. Parecia que ela ainda não estava pronta para a performance.
“Tudo bem, mano?” Jisung chamou, passando um braço pelo ombro dele.
June assentiu. “Sim, só pensando na performance do dueto.”
Jisung o olhou de forma compreensiva, mas não insistiu.
O grupo começou a arrumar as coisas, a conversa ficando mais leve enquanto eles brincavam sobre planos para as festas e o número de presentes que seus fãs haviam enviado para a agência.
Enquanto o último dos seus companheiros se preparava para sair, seu telefone vibrou. Seus olhos se voltaram para a tela.
Mei: Me encontre. Sala de ensaio do terceiro andar.
Ele olhou para a mensagem. Sem dizer uma palavra, ele pegou sua jaqueta e subiu as escadas.
A sala de ensaio do terceiro andar estava quieta, iluminada apenas pelas luzes fluorescentes do teto.
Mei já estava lá, sentada com as pernas cruzadas no chão, olhando para a parede espelhada na sua frente.
Quando ela ouviu o clique da porta se fechando, ela se virou para olhar para ele. “Você veio.”
“Hmm”, June resmungou, caminhando mais para dentro da sala. Ele colocou sua bolsa no chão e se encostou na parede, de braços cruzados. “O que está acontecendo?”
Mei suspirou. “Eu estive pensando”, ela começou.
“Bom, pelo menos você ainda está pensando”, June brincou, fazendo-a clicar a língua.
“Cala a boca, tá?” ela falou séria. “Estou falando sério agora.”
June deu uma risada e balançou a cabeça antes de dar espaço para ela continuar.
Seus olhos se desviaram para o reflexo dela no espelho. “Você sabe, quando eu comecei, eu pensava que o maior amor era aquele que faz seu coração acelerar. O tipo que você vê nos filmes – os grandes gestos, os finais felizes.”
Ela fez uma pausa, os lábios curvando em um sorriso agridoce. “Mas agora… eu não tenho tanta certeza.”
“O que você quer dizer?” June perguntou.
“Eu li a letra”, ela disse. “Pensei em tudo o que você disse antes.”
Ela se virou para encará-lo totalmente, suas mãos descansando sobre os joelhos. “Eu acho que o maior amor não é romântico de jeito nenhum. É…é sacrifício. São as coisas silenciosas que as pessoas fazem umas pelas outras sem esperar nada em troca. Como… como irmãos.”
June inclinou a cabeça, intrigado.
“Crescendo, eu tinha essa ideia de que o amor devia ser grandioso”, Mei continuou. “Mas aí eu penso nas pequenas coisas.”
“Pode parecer estranho”, ela começou. “Mas eu tive sonhos.”
“Que tipo de sonhos?” ele perguntou.
“Sonhos estranhos”, Mei respondeu. “Bem, não realmente estranhos. Apenas… tranquilos.”
“Há alguém nos meus sonhos. Alguém que espera por mim depois da escola, mesmo que isso signifique perder os próprios ensaios. Ele abriu mão de tanto só para garantir que eu pudesse correr atrás dos meus sonhos. Isso é amor, não é? Sacrificar uma parte de si mesmo por outra pessoa.”
A garganta de June apertou. Será que Mei havia recuperado suas memórias, talvez?
“É”, ele disse baixinho.
Mei olhou para ele. “Mas como você coloca isso em uma música? Como você faz as pessoas sentirem isso? Eu não te contatei porque não sei como fazer isso.”
June se recompôs. “Bem, cantar é algo que você sente, sempre digo. Não é algo que você faz. Acesse algo dentro de você que nunca acessou antes.”
Ela o olhou, incerteza passando pelo rosto dela.
“Tenta,” ele insistiu, gesticulando para o aparelho de música no canto. “Canta. Apenas uma vez. Esqueça o público; esqueça de mim. Apenas… sinta.”
Mei hesitou mas eventualmente assentiu. Ela caminhou até o aparelho e apertou o play antes de fechar os olhos.
O silêncio tomou conta da sala enquanto as primeiras notas de ‘O Maior Amor’ enchiam o ambiente. Mei começou a cantar.
A princípio, sua voz estava firme, mas contida. Então, as sobrancelhas da Mei se juntaram, seus ombros se tensionaram, e uma memória pareceu arrastá-la para baixo.
A voz de um homem – não gentil de todo, mas de algum modo tranquilizadora – ecoou em sua mente. Ela não conseguia ver o rosto dele, mas o calor em seu tom era inconfundível.
“Você está irritada e tudo bem”, ele lhe disse uma vez, andando de um lado para o outro. “Você é forte. Mais forte do que pensa. Você não pode ser fraca!”
Ele sempre contava histórias, embora soasse bastante irritante. A memória era distante e nebulosa, mas era suficiente. Ele estava sempre lá – o homem dos sonhos dela.
A voz da Mei falhou, mas isso não tirou a beleza da música.
June deu um passo à frente, sua própria voz se unindo à dela. Sua harmonia preencheu a sala, uma mistura de dor e esperança que se sentia tanto distante quanto dolorosamente próxima.
Eles estavam contando uma história juntos.
Quando a última nota desapareceu, Mei abriu os olhos. Uma única lágrima rolou pelo rosto dela, pegando a luz. Ela a enxugou rapidamente, sentindo-se envergonhada.
Um pequeno sorriso provocador apareceu no rosto do June – e por algum motivo, Mei sentiu que era familiar… familiar demais.
“Você está bem?” ele perguntou, soando um pouco irritante também.
Mei clicou a língua e virou de lado, tentando conter as lágrimas.
“Sim”, ela murmurou. “Estou bem.”
Naquele momento, June soube que Mei havia se lembrado.
No entanto, era apenas a memória que ela recordou, e não ele.
Nesta vida, ela nunca se lembraria dele como seu irmão.
Mas, de alguma forma, isso parecia ser o caminho certo.
Tudo tinha que vir com um preço.
E para June e Mei viverem felizes, eles tinham que sacrificar a única coisa que mais valorizavam em suas vidas passadas.