De Marginal a Ídolo: Transmigrando para um Reality de Sobrevivência - Capítulo 1029
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Capítulo 1029: Um Pingo de Discriminação
ALVORECER finalmente estava dentro do local, as luzes cintilantes dos NTV MVAs jogando um holofote em cada participante.
Eles andavam por um mar de celebridades, seus sapatos polidos clicando contra o chão brilhante.
“Olha, alguns deles estão nos encarando”, Jisung murmurou, olhando ao redor.
De fato, algumas pessoas lançavam olhares furtivos para eles. Alguns olhavam com curiosidade, enquanto outros pareciam estar avaliando-os.
Um grupo de jovens mulheres perto da entrada cochichava umas para as outras, ocasionalmente apontando para o ALVORECER.
“Eles são bonitos”, uma delas disse, sua voz se destacando no barulho. “Para pessoas asiáticas, quero dizer.”
As sobrancelhas de Ren se arquearam. Ele trocou um olhar rápido com June, que parecia igualmente perplexo.
“Ela acabou de dizer—” Ren começou, mas Casper o interrompeu com um aceno de mão, forçando um sorriso.
“Deixa pra lá”, Casper murmurou, embora sua mandíbula estivesse tensionada. “Não vale a pena.”
“Ei, isso é racismo”, Akira disse em voz baixa, balançando a cabeça em descrença.
Mas antes que pudessem se apegar a isso, uma voz os chamou. “ALVORECER?”
Era Sabrina Thatcher, uma das maiores sensações pop do momento. Ela era o tipo de artista que conseguia liderar uma turnê de destaque com apenas um hit viral. Alta, loira e glamourosa, ela se aproximou deles com um sorriso radiante.
“Nossa, vocês são demais!” Sabrina disse, dando-lhes um entusiasmado sinal de positivo.
Todos os meninos piscaram para ela, claramente pegos de surpresa. “Uh, obrigado!” Ren conseguiu dizer, os outros rapidamente concordando com acenos.
Casper exibiu seu sorriso mais charmoso. “Muito obrigado. Estamos honrados de estar aqui.”
Sabrina deu um aceno de mão antes de ser levada embora por sua comitiva, deixando o grupo parado lá, ainda processando o que acabara de acontecer.
“Isso acabou de—” Sehun começou, mas ele não conseguiu terminar a frase.
“A gente acabou de ser elogiado pela Sabrina Thatcher?” Akira perguntou, parecendo que tinha visto um fantasma.
“Sim”, Jisung confirmou, balançando a cabeça em espanto. “Ela realmente sabe quem somos.”
June, que estava estranhamente quieto, foi cutucado por Sehun. “Você não a conhece, né?”
June comprimiu os lábios e balançou a cabeça.
Os outros meninos riram divertidos.
“A garota que cantou Cappuccino”, Jisung explicou.
“Ah”, June disse. Claro, ele a conhecia!
Eles continuaram caminhando até que foram abordados por uma repórter sorridente segurando um microfone com o logotipo da NTV.
“As entrevistas ainda não acabaram?” Zeth resmungou.
“Acho que eles são de canais diferentes”, Jaeyong sussurrou de volta.
Para não parecerem rudes, eles sorriram para ela e a receberam calorosamente.
Ela era jovem, talvez na casa dos vinte, com um sorriso gentil que os tranquilizou.
“Olá, ALVORECER! É ótimo ver vocês aqui no NTV MVAs!” ela os cumprimentou. “Posso fazer algumas perguntas?”
“Claro”, Casper disse suavemente, avançando. Os outros membros deram um passo para trás, permitindo que ele tomasse a frente.
“Espera, a gente já estabeleceu por que Casper fala Inglês tão bem?” Ren sussurrou para Akira.
Akira deu de ombros. “A essa altura, estou convencido de que esta é a quinta vida dele.”
“Então, esta é a primeira vez de vocês se apresentando no ocidente. Como se sentem?” ela perguntou.
“É incrível”, Casper respondeu, seu sotaque americano impecável. “Nós estávamos ansiosos por este momento há muito tempo.”
As sobrancelhas da repórter dispararam em surpresa. “Seu inglês é muito bom!” ela exclamou.
Casper riu, olhando para os outros, que também estavam admirados com ele. “Estudei aqui por um tempo”, ele explicou casualmente.
“Você o quê?” June exclamou, com os olhos arregalados. “Desde quando?”
Casper apenas deu de ombros.
“Bem, tenho que dizer,” a repórter continuou com um sorriso, “seu visual nunca decepciona.”
June, parado ao lado de Casper, franziu a testa. A música alta, a multidão falante e o inglês rápido estavam dificultando para ele acompanhar.
Mas ele pegou uma palavra—’cartão’.
Sem pensar duas vezes, ele colocou a mão no bolso do casaco e puxou seu cartão de crédito, estendendo-o para a repórter.
Todo o grupo congelou. Os olhos da repórter se arregalaram, depois se suavizaram quando ela começou a rir. “Oh meu Deus, não, não!” ela gargalhou. “Eu quis dizer — você é bonito! É um elogio.”
O rosto de June ficou vermelho enquanto ele rapidamente enfiava o cartão de volta no bolso. O resto dos meninos tentava conter o riso, embora fosse uma batalha perdida.
Casper passou um braço pelo ombro de June, sorrindo para a repórter. “Ele é fofo, não é?”
“Ele é adorável,” a repórter concordou, ainda rindo. “Obrigada pelo tempo de vocês, rapazes. Aproveitem a noite!”
Enquanto se afastavam, Ren deu um tapinha nas costas de June, ainda rindo. “Cara, você literalmente acabou de tentar pagar a repórter.”
June gemeu. “Eu não sou bom em inglês. Além disso, já era tarde.”
“Tudo bem,” Jaeyong disse, tentando não rir muito. “Pelo menos você causou uma impressão.”
Eles logo se acalmaram enquanto se aproximavam do próximo entrevistador. Este não tinha o mesmo comportamento amigável que a garota anterior.
Ele era mais velho, com um olhar penetrante nos olhos e um semblante carrancudo que fez todos ficarem tensos.
“Oi lá,” o entrevistador os cumprimentou secamente, sem se dar ao trabalho de sorrir. Ele olhou o grupo de cima a baixo, mal disfarçando seu desinteresse. “Então, vocês não falam muito bem inglês, né?”
Casper piscou, surpreso. “Desculpa?”
O entrevistador. “Quero dizer, é óbvio. Vocês estão tendo algumas dificuldades aqui.”
Os outros meninos franziram a testa. Enquanto isso, Casper tentou contornar a situação.
“Bem, na verdade, eu estudei aqui por um tempo,” ele disse, sua voz tensa. “Estou bastante confiante no meu inglês.”
“Sei,” o homem disse desdenhosamente. “Podem nos dizer seus nomes, então? Nem que isso importe — as pessoas provavelmente não vão se lembrar mesmo. Você todos parecem iguais.”
Um silêncio caiu sobre o grupo. O sorriso de Akira tinha se tornado forçado, e até o normalmente calmo Sehun parecia querer dizer algo ruim.
Mas em vez disso, eles se forçaram a rir disso, embora amargurados.
“Bem agradável,” Jaeyong murmurou enquanto se afastavam, balançando a cabeça.
Assim que dobraram a esquina, eles colidiram com alguém. Um homem vestido em uma jaqueta de couro vermelha vistosa quase tropeçou, olhando para eles com raiva enquanto recuperava o equilíbrio.
“Olhe por onde você anda!” ele ralhou.
Casper olhou para o homem, reconhecendo-o imediatamente—Tyler King, um popstar em ascensão conhecido por suas habilidades como rapper e personalidade arrogante.
Ele era o tipo de artista que chamava tanta atenção pelos dramas nas redes sociais quanto pela sua música.
June deu um passo à frente, os olhos apertados. “Você esbarrou em nós”, ele disse lentamente.
Tyler deu um sorrisinho, sua voz gotejando sarcasmo. “Ah, é mesmo. Meu mal. Não percebi que estava falando com a Invasão asiática.”
Então, com um acento zombeteiro e exagerado, ele repetiu, “Olhe por onde você está indo!”