Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 60
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60: Isso Vai Doer 60: Isso Vai Doer Valerio passou os olhos furiosamente ao redor e entreabriu os lábios para dizer algo, mas sem nada para dizer ou talvez sem saber o que responder, silenciou.
— Valerio — Nix tentou falar, mas Valerio imediatamente o interrompeu e levantou-se da cadeira.
— Agora eu irei me retirar. — Sem esperar uma resposta de Nix, ele desceu as escadas com a jovem empregada seguindo ao seu lado.
Uma vez que Alex, que estava obedientemente esperando por ele, o avistou, o seguiu, e eles caminharam em direção ao carro.
Alex ligou o carro e saiu da propriedade para a estrada.
— Mestre, está tudo bem? — Notando a expressão sombria no rosto de Valerio, Alex perguntou, mas Valerio não respondeu.
Ele permaneceu em silêncio, sua cabeça completamente nublada com perguntas, dúvidas e muito mais.
Eles chegaram em casa um pouco mais tarde do que o previsto, e no momento em que Valerio entrou na mansão, ele escutou, na esperança de ouvir a voz de Everly, mas quando ele não ouviu, seu coração se entristeceu.
— Ela… não voltou… — Ele murmurou para si mesmo, e Alex o levou ao elevador.
O elevador o levou até o segundo andar, e ele saiu para caminhar até seu quarto.
Ele fechou a porta atrás de si e respirou fundo e longamente.
— Everly… — Ele sussurrou o nome dela, percebendo que de alguma forma estava sentindo a falta dela.
Sua personalidade falante e os sons constantes de sua voz, sua risada, ecoavam em seus ouvidos.
Ele não queria admitir, mas se sentia muito, muito sozinho.
Ele não percebia o quanto estava solitário antes dela entrar em sua vida.
Ele meio que gostava bastante que ela falasse muito.
Everly sempre o fazia companhia e o fazia rir de uma forma que ele nunca riu antes.
Ele não se lembra da última vez que foi realmente feliz e curtiu a companhia de outras pessoas.
O isolamento foi o que ele desenvolveu, então, e ele nunca imaginou que alguém que era sua cuidadora acabaria se livrando disso sem saber.
Um sorriso suave formou-se em seu rosto, e ele sentou-se no sofá.
Ele recostou a cabeça e fechou os olhos.
[Sua cuidadora, o que você sente sobre ela?]
Essa pergunta ecoou em sua cabeça novamente, e ele imediatamente abriu os olhos.
Seu coração acelerou de repente, e ele pigarreou e balançou a cabeça para se acalmar.
— Ela não é nada mais do que uma cuidadora e uma amiga!! Nada mais além disso! — Ele assegurou-se, nem mesmo querendo pensar na possibilidade.
_________
Finalmente tratada e cuidada, Everly, que estava inconsciente por dois dias, lentamente abriu os olhos.
Seus olhos embaçados fitavam o teto do quarto, e um suspiro cansado escapou pelo seu nariz.
— Estou viva… — Ela exalou profundamente.
Um gemido doloroso escapou de sua boca ao tentar se sentar na cama.
— Ai! — Ela exclamou, sentindo uma dor muito aguda em seu abdômen.
Ela olhou para baixo e viu que sua barriga estava enfaixada, mas mesmo assim, a parte do abdômen onde fora baleada parecia ensanguentada.
— Isso dói de verdade! — Ela sibilou e olhou em volta do quarto para reconhecer o local.
— Onde estou? — Ela ponderou, não reconhecendo o lugar.
Reunindo todas as suas forças, ela se levantou da cama.
Tambaleou em direção à porta, uma mão apertando sua barriga e a outra segurando na parede para apoio.
Virou a maçaneta para abrir, mas foi tomada pelo medo.
A porta estava… trancada.
Seu coração parou, e ela freneticamente começou a girar a maçaneta, tentando arduamente abri-la.
— Não! Não! Onde eu est- — Sua frase ainda não estava completa quando sua cabeça de repente se chocou tão fortemente, fazendo-a se lembrar de que antes de desmaiar, alguém a havia carregado embora.
— L-luthier. — Ela sussurrou, e com medo, seu coração afundou no estômago.
— Não! Não! Isso não pode estar acontecendo! — Ela balançou a cabeça furiosamente e bateu no porta com a mão.
— Me deixem sair! — Ela gritou, mas quando ninguém respondeu, imediatamente se afastou da porta.
Seus olhos começaram a contemplar o quarto, procurando uma maneira de sair dali.
— M-meu celular. — Ela vasculhou seu bolso, mas lembrando que o havia perdido, o ímpeto de chorar a dominou.
Como ela ia sair dali agora?
Ela fez uma pausa para pensar, e seu olhar foi atraído para a janela.
Correu até ela e olhou para baixo para ver que o quarto em que estava não estava realmente tão longe do chão. O que significava que, com o uso de qualquer coisa que pudesse encontrar, poderia escapar pela janela.
— Ok, se acalme. — Ela respirou fundo e engoliu em seco.
Olhou ao redor do quarto procurando por qualquer coisa que pudesse usar e pegou o vaso que viu na mesa.
Agarrou-o, caminhou em direção à janela e o arremessou contra ela.
A janela de vidro e o vaso se estilhaçaram em pedaços, cortando suas mãos no processo.
Então ela correu até a cama e pegou o grande lençol.
Ela o amarrou perto da janela, mas vendo que não era suficientemente longo, correu para o armário que conseguiu encontrar e o abriu.
Procurou freneticamente por qualquer coisa que fosse tão longa quanto possível em comparação com o lençol, e por sorte, encontrou uma.
Um sorriso de esperança se formou em seu rosto, e ela o atou o mais forte que pôde ao primeiro lençol.
Jogou-o pela janela e respirou aliviada ao ver que era realmente longo o suficiente.
— Isso vai doer! — Uma careta se formou em seu rosto enquanto olhava para sua barriga.
— Ainda estou sangrando um pouco. — Ela suspirou, mas sabendo que precisava partir e voltar para Valerio, ela prosseguiu na tentativa de escapar.
No entanto, naquele momento, a porta que estava destrancada, se abriu, e Luthier, que tinha uma expressão cansada no rosto, entrou.