Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 344
- Home
- Cuidadora de um Vampiro
- Capítulo 344 - 344 Pirralha 344 Pirralha O olho esquerdo de Léia contraiu em
344: Pirralha! 344: Pirralha! O olho esquerdo de Léia contraiu em irritação, mas ainda assim, ela partiu, pegando um táxi para ir para casa. Demorou vinte minutos para ela chegar e, assim que chegou, correu pelo portão preto que foi aberto pelos guarda-costas e apressou-se até a porta de entrada da mansão.
Ela parou e levantou a cabeça para encarar a porta, sabendo que, uma vez que a abrisse, veria não só Logan, mas seu pai… também. Desde a última vez que se encontraram, eles não tinham falado. Parecia estranho, pois ela só estava acostumada ao seu lado cruel. Mas agora… ele havia se tornado aquilo que ela sempre quis que ele fosse — algo que ela nunca pensou que um dia ele se tornaria para ela.
Soltando um suspiro suave, ela sorriu timidamente para o segurança e entrou. O foyer entrou em seu campo de visão e ela levantou o olhar para o segundo andar para ver a porta da biblioteca aberta. Seu pai estava lá, ela tinha certeza disso.
Seria melhor se fosse ao túmulo de sua mãe, prestasse seus respeitos e saísse sem ser notada. Ela não queria problemas, nem ter um reencontro constrangedor. Já fazia um mês desde a última vez que se viram e isso era por causa de Valério, que não permitia que ele se aproximasse dela.
Léia deu um passo à frente para ir para o quintal da mansão, mas sua testa bateu em um peito sólido, fazendo-a imediatamente recuar com um sibilo. Ela levantou a cabeça e ali na frente dela, Logan estava parado, olhando para ela com o brilho mais odioso que ela já viu, ardendo em seus olhos.
“Pirralha! O que você está fazendo aqui?”
Ela não respondeu, mas passou por ele para sair. Logan, no entanto, agarrou a mão dela, puxando-a de volta. “Ei, eu ainda não terminei de falar com você. Onde diabos você pensa que está indo?”
“Solte-me!” Ela o encarou e tentou arrancar a mão, mas ele não soltava. “Eu disse que não terminei de falar com você.”
“Que diabos você quer? Solte-me.” Ela lutou para se libertar dele.
Logan sorriu com escárnio. “O que você está fazendo aqui? Já faz mais de um mês que você visitou a casa. É por minha causa? Ah, não devia ser. Quer dizer, eu sou tanto seu irmão quanto Valério é. Você não pode ter medo do seu próprio irmão, pode?”
“Quem disse que eu tenho medo de você?” Léia o encarou. “Tire suas mãos nojentas de mim!”
“E se eu não tirar?” Logan perguntou. “Você vai correr e contar para o seu irmão mais velho para que ele venha e me bata por você? Para que ele venha em seu auxílio como sempre faz? É isso o que você vai fazer?”
Léia o encarou e sua mandíbula se apertou com tanta frustração. Era por isso que ela não queria vir aqui em primeiro lugar. Sempre era assim. Logan a intimidava e seu pai nunca fazia nada. Ele com certeza poderia ouvir, mas ficava quieto e deixava acontecer. Se Valério não viesse buscá-la, ninguém viria e esse homem agora estava em uma viagem de negócios.
“Qual é o seu problema? Eu nem fiz nem disse nada para você! O que diabos você quer de mim? Você está me intimidando porque não pode fazer isso com Valério?”
“Sua pirralha maldita!” Logan deu um tapa no rosto dela, fazendo-a cair no chão com um baque pesado. Mas ela não parou e em vez disso se levantou e deu um tapa de volta nele. “Não me toque nunca mais!”
O homem a agarrou rudemente pela orelha, seus dentes cerrados tinindo. “Você realmente sabe como falar, não é? Você pode ser durona, mas não somos humanos. Sabe o que me custaria te matar? Mal um segundo, e você estaria neste chão, sangrando até a morte.” Ele passou o dedo indicador comprido e afiado pelo pescoço dela com um sorriso. “Não me provoque-”
“Vai em frente e tenta.” Léia riu, seu sorriso todo grande e cheio de dentes. “Tente me machucar. Vamos ver o que acontece em apenas vinte e quatro horas. Se você acha que é tão capaz, faça!”
Logan estava fervendo por dentro. Suas mãos tremiam, como se estivesse tentando reunir coragem, mas ele sabia, sabia que não seria poupado, nem por seu pai ou… ou Valério acabaria com sua vida antes que ele pudesse sequer vislumbrar o nascer do sol no dia seguinte. Ele nunca esqueceria o que aconteceu da última vez. Teria sido um homem morto se não fosse pelo pai deles que—
“LOGAN!” E antes que pudesse sequer reagir ao chamado do seu nome, Léia escapuliu do seu aperto e um tapa retumbante, um que ele não viu vindo, pousou em sua bochecha. “Você está louco? O que você acha que está fazendo?” Era Lúcio. O velho estava furioso, os olhos ardendo de raiva.
Ele estava em sua biblioteca e, ao ouvir a confusão, saiu, apenas para ver a filha que não via há algum tempo sendo intimidada novamente por alguém que deveria ser um irmão adequado para ela. Mas, novamente, quem era culpado, senão ele mesmo. O relacionamento entre eles poderia ter sido todo bom se ele não fosse um pai tão horrível.
Um suspiro suave escapou pelo seu nariz e ele se virou para Léia, cujo nariz estava sangrando. “Você está bem?” Ele perguntou, preocupado. “Você deveria vir comigo, eu vou pegar-”
“Não, obrigada.” Léia se soltou do aperto dele e sem vontade de olhar nos olhos genuínos e preocupados do velho homem, ela partiu, em direção à porta que levava para trás da mansão. Um jardim. Ela não tinha certeza, mas Valério havia lhe dito que sua mãe amava flores e que, antes de morrer, pediu para ser enterrada bem ao final do jardim.