Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 339

339: Patético…? 339: Patético…? Mizrak inclinou a cabeça.

“Hã? Seu irmão? Por quê?” Ele ergueu uma sobrancelha, confuso. “O que ele fez com você desta vez?”

“Nada.” Logan deu de ombros.

“Então por quê?”

“Eu apenas encontrei uma maneira de possivelmente me livrar dele.” Um sorriso surgiu no seu rosto.

“Oh.” Mizrak não parecia interessado, mas tinha que ouvir o homem, então perguntou, “E o que é?”

“Ele está doente.”

“O quê?’
“Sim, ele está. A mesma coisa que matou a mãe dele está errada com ele agora, e meu pai parece estar procurando uma cura para salvar ele,” disse Logan.

“E… ele encontrou alguma?”

“Não.” Seu sorriso se alargou. “Essa é a melhor parte de tudo isso. Quero que você procure essa doença, incluindo a cura. Encontre antes do meu pai.”

Uma carranca se formou no rosto do homem menor. “Mas senhor… por quê? Está tentando impedir seu pai de encontrá-la para que seu irmão possa morrer?”

“Pare de chamá-lo de meu irmão!”

“Mas, ele é seu irmã-”
“Meio-irmão!” Logan franzia a testa para ele e deu um gole na bebida. “E sim, vou impedir meu pai. Eu chegarei lá primeiro, desabilitarei tudo e assistirei aquele desgraçado morrer diante dos meus olhos. Vou vê-lo sofrer em agonia sem ninguém para ajudá-lo além de mim, e também vou me certificar de que ele saiba que eu tenho a única coisa que poderia salvá-lo.” Quanto mais falava, mais seu sorriso crescia. E Mizrak, que o observava, fez uma careta.

“Sua Alteza, não acha que é hora de parar?” ele perguntou.

“Parar o quê?” Os olhos cinza do homem se voltaram para ele.

“Essa loucura!” Mizrak olhou para ele com desprezo. “Toda essa necessidade de revidar ou fazer ele sofrer ou isso e aquilo – não acha que já é o suficiente? Tem sido assim desde que vocês eram crianças, você não está cansado? Não é como se ele estivesse causando problemas para você ou algo do tipo. Valerio não se importa, e você sabe disso, mas você simplesmente não para. Você pode enlouquecer nesse ponto e acabar se perdendo se não-”
A gola de sua camisa foi agarrada e, num piscar de olhos, o rosto de Logan estava bem próximo ao dele, tão perto que ele podia sentir o hálito quente do homem contra seu rosto. “Mizrak, você realmente sabe como me irritar, sabia disso?”

Mizrak virou o rosto para o lado, sem querer manter contato visual intimidante com ele. Ele ajeitou os óculos no nariz e exalou. “Eu não quis ofender você. Estou simplesmente tentando dizer que seria melhor deixar pra lá.”

“Parece que eu me importo com a sua opinião?”

“Então, por que você me chamou para vir ver você?” ele perguntou. “Com quem mais você pode conversar? Quem mais faria seu trabalho sujo para você e obedeceria a qualquer desejo seu?”

“Mizrak.” Logan respirou no seu rosto.

“Sim, Vossa Alteza.”

“Cale a boca. Você não sabe de nada,” ele disse, soltando-o. “Se soubesse de alguma coisa, não diria tudo isso para mim.”

Mizrak desviou o olhar dele. “Estou apenas preocupado com você, senhor. Sei que você deseja mais na relação entre você e seu pai. Mas se livrar do seu irmã—quero dizer, seu meio-irmão, não vai consertar nada. Seu pai não vai finalmente olhar para você do jeito que você quer. Ele não vai te amar do jeito que você quer. Em vez disso, você simplesmente causará sofrimento a ele e possivelmente fará com que ele te odeie.”

“É exatamente isso que eu quero! Quero machucá-lo, fazer com que ele sinta dor, e quero que aquele desgraçado desapareça! É exatamente isso que eu quero.” Logan irrompeu em risadas e continuou bebendo gole após gole de álcool.

Mizrak só podia sentar e ouvir ele tagarelar sem parar. “Senhor, você deveria diminuir a bebida. Você tem baixa tolerância para álcool, e pode ficar bêbado e-”
“Lá vamos nós…”
Logan engasgou forte como se tivesse vontade de vomitar, e o homem foi rápido em se levantar e segurá-lo. “Eu disse para você pegar leve na bebida. Me dê a chave do seu carro, deixe-me te levar para casa.”

“Não!” Logan balançou a cabeça. “Vamos beber mais.”

“Isso não vai acontecer, senhor. Por favor, me dê a chave do seu carro.” Ele estendeu a mão. Logan procurou a chave do carro no bolso do seu casaco e a entregou a ele.

Mizrak colocou o braço sobre o ombro dele e o levou para fora do bar em direção ao carro. Ele o sentou, trancou o cinto de segurança e caminhou até tomar seu lugar no assento do motorista. “Se você vai ficar bêbado a cada encontro que temos, senhor, vou me abster de vir até você. Você não me paga para isso.”

Logan gemeu cansadamente, tendo dificuldade para manter os olhos pesados abertos. Mizrak ligou o carro e saiu para a estrada para levá-lo para casa. Ele dirigiu até o recinto real trinta minutos depois, e com a ajuda da segurança, tirou Logan do carro.

“Está bem, eu posso cuidar dele.” Ele passou o braço ao redor do pescoço de Logan e começou a caminhá-lo para dentro da mansão. “Senhor, por favor, fique acordado mais um pouco. Você está pesado.”

“Eu bebi demais, não foi?” Logan murmurou para si mesmo e jogou a cabeça para trás para tomar um fôlego profundo. Mizrak o levou para dentro e subiram até o segundo andar com a ajuda do elevador. Ele o levou para o seu quarto, e no segundo em que percebeu que o homem estava prestes a vomitar, o arrastou para o banheiro e o fez usar o vaso sanitário até ele se sentir aliviado.

“Não me pagam o suficiente para isso!” ele murmurou para si mesmo, genuinamente irritado.

“Estou cansado.” Logan recuou e encostou a cabeça na parede de mármore.

“Você parece patético, senhor.”

“Patético…?” Um sorriso surgiu em seu rosto. “Acho que… acho que sim.”