Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 334

334: Rosa? 334: Rosa? Everly entrou na casa e subiu as escadas. Ela entrou no quarto e lá, Valerio estava sentado, digitando em seu laptop. Ele percebeu a presença dela e virou a cabeça sorrindo. “Como foi?”

Ela suspirou e caminhou para se sentar na cama com os braços cruzados. “Ele é um encrenqueiro.”

“Seu pai?” Valerio largou o laptop de lado e caminhou até ela. Ele se agachou e levantou o olhar para encontrar os olhos dela. “Por que você diz isso?”

“Bem, eu não diria isso, mas ele é persistente. Eu não tenho intenção de perdoá-los, mas ele não quer ouvir. Ele continua insistindo e simplesmente não deixa pra lá.” Ela suspirou e enterrou o rosto nas mãos.

Valerio colocou o cabelo dela atrás da orelha e segurou uma de suas mãos. “E por que isso?” ele perguntou. “Você não quer resolver as coisas com seus pais? Eu sei que eles não estavam lá quando deveriam estar, mas… você sabe que eles ainda poderiam consertar as coisas? Eles ainda poderiam te conhecer e serem pais de verdade para você, não?”

Everly olhou para ele e mordeu o lábio. “Você os perdoaria se estivesse no meu lugar?”

Ele não disse nada, apenas a olhou em silêncio. Mas então ele sorriu e se inclinou para beijar a lateral de seu rosto. “Talvez. Não tenho certeza. Mas sabe de uma coisa?”

Ela balançou a cabeça negativamente.

“Eu gostaria que meus pais consertassem as coisas, não importa o quão tarde eles chegaram. Eu acho que os perdoaria e lhes daria uma chance. Não faria mal.”

“E quanto ao seu pai?” ela perguntou. “Parece para mim que ele quer consertar as coisas com você, mas você não está lhe dando uma chance.”

“Ele é um caso diferente, Everly. Você não entenderia.” Valerio se levantou e procedeu em caminhar de volta ao sofá, mas ela segurou a mão dele o impedindo. “O que eu não entenderia? Me diga.”

Ele balançou a cabeça. “Você não sabe de nada. Não é como a sua situa-”
“Mas eu quero saber! Quero que você me diga, para me fazer entender por que seu caso é diferente. Por que você não dá uma chance ao seu pai assim como você me disse para dar.”

Ele respirou fundo e virou-se para olhá-la, algo cintilando em seus olhos violetas. “Everly, ele é a razão pela qual minha mãe morreu. Ele tornou a vida dela miserável além do que você pode imaginar, ele a fazia chorar constantemente e eu tinha que assistir. Eu não pude fazer nada até o dia em que ela morreu.”

“E então veio minha irmãzinha. Ele nunca foi bom com ela, ele a odiava e sempre a fazia chorar. Ela era inocente, ela não fez nada de errado. Ele nunca sequer lhe deu um abraço e nas vezes que ela se aproximava dele, ele a empurrava para longe como se ela fosse algum tipo de sujeira. Então sim, eu não posso perdoá-lo e não quero ele perto de nós. Estamos melhor sem ele.”

“E é isso que a Léia quer?” Everly perguntou. “E se ela quisesse se reconciliar com ele?”

“Depois de tudo o que ele fez?” Ele parecia estar ficando agitado com as palavras e ela podia sentir isso. “Eu não acredito. Você realmente não entenderia.” Ele balançou a cabeça para ela.

Ela soltou e suspirou, desviando o olhar. “Me desculpe.”

“Pelo quê?”

“Por perguntar e parecer que eu não posso entender,” ela disse. “Eu só acho que mesmo que você não queira perdoar seu pai, você poderia dar essa chance à Léia e impedir que ela saiba o que seu pai fez à sua mãe. Ela não deveria ter que saber dessa memória horrível. Mas talvez seu pai ainda pudesse consertar as coisas, mesmo que não com você, mas com ela. Você entende o que eu quero dizer?”

Valerio desviou o olhar dela e virou de costas para ela. “Mesmo assim, eu não acho que isso seja o que a Léia quer.”

“Mas, você não pode saber até perguntar a ela.” Everly se levantou da cama e caminhou até ele. Ela se pôs na ponta dos pés, beijou seus lábios e recuou com um sorriso suave. “Fale com ela primeiro, hm?”

Valerio franziu a testa. Ele não disse nada, mas pelo olhar em seus olhos, ela podia dizer que era um sim. “E você vai dar uma chance aos seus pais?”

“Talvez.” Ela deu uma risada abafada e girou para cair na cama de costas. “Estou cansada.”

“Cansada?” o homem ergueu uma sobrancelha para ela e ela concordou. “Sim. E um pouco faminta.”

“Você quer sair para comer?” ele sugeriu.

Ela mordeu o lábio inferior e o olhou com um sorriso malicioso. “Como um pequeno encontro?”

“Sim.” Valerio concordou. “Como um pequeno encontro.”

Ela se levantou da cama, girou um pouco pelo quarto e o abraçou, com os braços envolvendo seu pescoço. “Eu te amo.”

“E eu te amo mais.” O homem puxou a cabeça dela para trás e beijou a ponta do seu nariz.

———
Logan estava sentado no sofá de um lugar em seu quarto, brincando despretensiosamente com o telefone em sua mão. De repente, ele tocou e ele olhou para a tela, um sorriso surgindo em seu rosto ao vislumbrar o nome. Ele sorriu maliciosamente.

“Alô,” ele atendeu.

[Alô, Sr. Logan]
“Mizrak, você tem alguma notícia para mim?”

Houve silêncio do outro lado da linha por alguns momentos. [Sim, vossa alteza]
“Vai, desembucha.” Logan estava empolgado, seu sorriso se alargando.

[Eu descobri onde sua mulher está]
“Rosa?”

[Sim, vossa alteza]
Os olhos de Logan se estreitaram numa linha fina e ele jogou a cabeça para trás no sofá e explodiu em risadas. Eu disse a ela que ela não poderia fugir de mim. Eu a encontraria não importa o quão longe ela corresse, mas ela realmente não acreditou em mim. Quando algo é meu e eu realmente o quero, será meu, querendo ou não.”