Cuidadora de um Vampiro - Capítulo 329

329: Como é Isso? 329: Como é Isso? Rosa continuou.

“Se eu tivesse contado a Valério sobre o plano, eu teria sido considerada uma traidora, e Valério teria sofrido muito mais do que apenas sua cegueira. Teriam causado muito mais dor a ele…”

Ela sorriu. “Esses eram alguns dos meus medos, mas o verdadeiro motivo pelo qual nunca contei a ele era porque eu temia que ele me odiasse. Eu tinha medo que ele começasse a duvidar do meu amor por ele e eventualmente pudesse partir porque provavelmente começaria a pensar que eu afirmo amá-lo, não porque realmente o amo, mas porque penso que ele estaria recebendo o título.”

“Eu pensei naquela época que simplesmente bloqueá-lo e deixá-lo partir era a melhor solução. Eu queria tê-lo de volta mais tarde, mas já era tarde demais. Ao deixá-lo por Logan, eu o fiz acreditar que eu nunca o amei, o que não era verdade em absoluto.” Ela balançou a cabeça, sua voz cheia de tristeza.

Keisha olhou para ela e sorriu suavemente.

‘Bem, está tudo bem. O que aconteceu, aconteceu, e não há como mudar as coisas agora ou voltar ao passado e reescrever seus erros.”

Ela segurou as mãos de Rosa e olhou em seus olhos. “Acho que a melhor coisa que você pode fazer agora é seguir em frente e encontrar uma maneira de sair desta bagunça. Talvez se sobrevivermos, você possa fazer um pedido de desculpas adequado para Valério e dar a ele uma explicação.”

“Nós vamos encontrar uma saída!”

Rosa arrancou suas mãos das dela e levantou-se do sofá. “Não, Keisha, é só comigo. Você não vai descobrir nada comigo.”

“O que você quer dizer?” Keisha perguntou.

Rosa virou-se para olhá-la. “Estou dizendo que farei isso sozinha. Você não pode ir a lugar algum comigo.”

“E eu estou te perguntando, que merda você quer dizer com isso?” Keisha levantou-se do sofá para ficar na frente dela.

Rosa esfregou as têmporas em profundo estresse.

“Keisha, eu já coloquei pessoas demais em perigo e arruinei a vida delas. Eu não quero arruinar mais uma. Este é o meu problema, e vou encontrar uma solução sozinha. Envolver você nisso só vai colocá-la em perigo, e eu não posso perder…” Ela piscou os olhos. “…eu não posso perder você, Keisha. Eu não posso ser a causa da sua morte, por favor.”

Keisha olhou para ela por alguns momentos antes de repentinamente começar a rir.

“Escute aqui, Rosa.” Ela deu um passo em direção a Rosa. “Quer você goste ou não, eu vou fazer parte disso.”

“Se eu não quisesse, nunca teria te ajudado desde o início. Cuidei de você e cheguei até aqui com você. Agora, você quer me jogar fora do ônibus?”

Rosa balançou a cabeça para ela. “Keisha, não é—”
“Não importa o que seja! Nós vamos fazer isso juntas,” Keisha a interrompeu.

“Eu não tenho família de qualquer forma, então mesmo se eu morresse, ninguém iria chorar por mim. Além disso, você não acabou de me pedir para nunca mais te deixar, há alguns minutos?”

Rosa imediatamente franzreu a testa para ela, e seu rosto inteiro ficou vermelho de constrangimento. “Você! Eu estava apenas…”

Keisha gargalhou divertida e puxou-a para um abraço apertado. “Nenhum de nós vai morrer. Nós vamos fugir para um lugar distante, onde eles não possam nos encontrar.”

“Urgh, você está sendo muito grudenta, Keisha.” Rosa a empurrou.

Keisha revirou os olhos para ela. “Não mais grudenta do que você estava há alguns minutos.”

Rosa franziu a testa para ela. “Você pode parar de trazer isso à tona?”

“Ok ok!” Keisha riu. “Foi apenas bom ver você tão vulnerável e precisando do conforto de alguém.” Ela sorriu para ela e caminhou em direção ao balcão.

Rosa só pôde olhar para suas costas. Ela suspirou, respirou fundo e sentou-se no sofá.

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Layana estava sentada na varanda de sua casa real. Ela olhava intensamente para o sol, parecendo estar em profunda reflexão.

Por trás, Adrik, que havia parado na porta que leva à varanda, ficou olhando para ela. Seu rosto demonstrava preocupação e inquietação. Uma respiração suave escapou de seu nariz, e ele foi até ela. Sentou-se ao lado dela e suspirou profundamente.

“O que há de errado?” ele perguntou.

Layana piscou os olhos, saindo de seus pensamentos caóticos. Ela olhou para Adrik e suspirou.

“Não é nada.” Ela balançou a cabeça.

Adrik olhou para ela. Ele levantou sua mão, bagunçando seu cabelo. “Eu sei que algo está errado. Preciso que você fale comigo sobre isso, por favor.”

“Guardar tudo para si mesma não vai resolver nada. Realmente não vai,” ele disse, balançando a cabeça para ela. “Você bloqueou todos, até o homem que ama. Você quer perder tudo?”

“Claro que não!” Layana rapidamente retrucou. Ela disse, “Pai, eu estou apenas em uma situação muito ruim agora, e tenho muitas coisas na cabeça. Eu não sei o que fazer ou como consertar o que estraguei. Ninguém pode me ajudar também.”

“Isso é sobre Everly?” Adrik perguntou.

Layana olhou para ele. Relutantemente, ela assentiu com a cabeça. “Sim…”

“Quem disse que nada pode ser feito sobre isso?” Adrik indagou, suas sobrancelhas franzidas.

Layana deu de ombros. “O que pode ser feito sobre isso, pai? Ela me odeia! A única filha que tenho me odeia e, não importa que explicação eu dê, ela nunca me escutaria ou tentaria me entender. Ela acredita que eu a abandonei, mas eu nunca fiz isso.”

“Eu nunca abandonaria minha própria filha.” Seu tom estava cheio de dor e tristeza.

Adrik meio sorriu para ela. “Eu sei que você nunca abandonaria sua filha, e é por isso que vamos tentar consertar tudo.”

“Como isso é possível? Como faremos isso?” Layana olhou para ele com uma expressão desamparada.

Adrik sorriu para ela. Ele disse em resposta, “Vamos realizar uma reunião com Lúcio, e todos estarão lá, inclusive aquele que parece ser o companheiro dela. Discutiremos tudo, e vocês duas conversarão, esclarecerão todos os mal-entendidos e tentarão entender e perdoar. Que tal?”